terça-feira, 31 de dezembro de 2013

É urgente recuperar o sentido de urgência,
por Eliane Brum

Via Época
Por Eliane Brum
29.04.2013


Nós, que podemos ser acessados por celular ou internet 24 horas, sete dias por semana, estamos vivendo no tempo de quem?


Dias atrás, Gabriel Prehn Britto, do blog Gabriel quer viajar, tuitou a seguinte frase: “Precisamos redefinir, com urgência, o significado de URGENTE”. (Caixa alta, na internet, é grito.) “Parece que as pessoas perderam a noção do sentido da palavra”, comentou, quando perguntei por que tinha postado esse protesto/desabafo no Twitter. “Urgente não é mais urgente. Não tem mais significado nenhum.” Ele se referia tanto ao urgente usado para anunciar notícias nada urgentes nos sites e nas redes sociais, quanto ao urgente que invade nosso cotidiano, na forma de demanda tanto da vida pessoal quanto da profissional. Depois disso, Gabriel passou a postar uns “tuítes” provocativos, do tipo: “Urgente! Acordei” ou “Urgente: hoje é sexta-feira”.  
A provocação é muito precisa. Se há algo que se perdeu nessa época em que a tecnologia tornou possível a todos alcançarem todos, a qualquer tempo, é o conceito de urgência. Vivemos ao mesmo tempo o privilégio e a maldição de experimentarmos uma transformação radical e muito, muito rápida em nosso ser/estar no mundo, com grande impacto na nossa relação com todos os outros. Como tudo o que é novo, é previsível que nos atrapalhemos. E nos lambuzemos um pouco, ou até bastante. Nessa nova configuração, parece necessário resgatarmos alguns conceitos, para que o nosso tempo não seja devorado por banalidades como se fosse matéria ordinária. E talvez o mais urgente desses conceitos seja mesmo o da urgência. 
Estamos vivendo como se tudo fosse urgente. Urgente o suficiente para acessar alguém. E para exigir desse alguém uma resposta imediata. Como se o tempo do “outro” fosse, por direito, também o “meu” tempo. E até como se o corpo do outro fosse o meu corpo, já que posso invadi-lo, simbolicamente, a qualquer momento. Como se os limites entre os corpos tivessem ficado tão fluidos e indefinidos quanto a comunicação ampliada e potencializada pela tecnologia. Esse se apossar do tempo/corpo do outro pode ser compreendido como uma violência. Mas até certo ponto consensual, na medida em que este que é alcançado se abre/oferece para ser invadido. Torna-se, ao se colocar no modo “online”, um corpo/tempo à disposição. Mas exige o mesmo do outro – e retribui a possessão. Olho por olho, dente por dente. Tempo por tempo.  
Como muitos, tenho tentado descobrir qual é a minha medida e quais são os meus limites nessa nova configuração. E passo a contar aqui um pouco desse percurso no cotidiano, assim como do trilhado por outras pessoas, para que o questionamento fique mais claro. Descobri logo que, para mim, o celular é insuportável. Não é possível ser alcançada por qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar. Estou lendo um livro e, de repente, o mundo me invade, em geral com irrelevâncias, quando não com telemarketing. Estou escrevendo e alguém liga para me perguntar algo que poderia ter descoberto sozinho no Google, mas achou mais fácil me ligar, já que bastava apertar uma tecla do próprio celular. Trabalhei como uma camela e, no meu momento de folga, alguém resolve me acessar para falar de trabalho, obedecendo às suas próprias necessidades, sem dar a mínima para as minhas. Não, mas não mesmo. Não há chance de eu estar acessível – e disponível – 24 horas por sete dias, semana após semana. 

CONTINUA!
***

Comentário básico:
 Não tive, não tenho,
 e pretendo nunca ter um celular.
Adelidia Chiarelli

O Melhor Spa Do Mundo, por Maria Helena RR de Sousa

Via blog do Noblat
30.12.2013

Mais um ano sem poder comemorar uma geração completamente alfabetizada. Para isso são necessários seis anos completos: creche, escola maternal, jardim de infância e Classe de Alfabetização.
Façam as contas e calculem quantos brasileirinhos estariam totalmente alfabetizados, já matriculados em séries do fundamental, se o governo petista não tivesse se dedicado a passar uma pomada anestésica nos complexos do Lula e não se dedicasse a criar mais faculdades do que creches, num país analfabeto!
Não sei quantos de vocês já foram a uma livraria com crianças pequenas. Há algo na seção de livros infantis que as atrai de tal modo que lá vão elas, umas já com passinho firme, outras ainda trôpegas, e ali se instalam, animadíssimas.
Já assisti cenas deliciosas, como esta: uma menininha, tão analfabeta quanto sua coleguinha de livraria, lendo para a outra o que aquele boneco parecido com um ovo, sentado em um muro, dizia para a linda menina de longos cabelos louros. E leu diálogos inacreditáveis! 
CONTINUA!

Careca de saber, por Ricardo Noblat

Via blog do Ricardo Noblat
30.12.2013

O Senado deve ao distinto público a abertura de processo para cassar por quebra de decoro o mandato do seu presidente, Renan Calheiros.
Ou não é falta de decoro ignorar a lei? Ou não foi o que fez Renan ao voar em jatinho da FAB para se submeter no Recife a um implante de 10 mil fios de cabelo?
Com um agravante: depois de flagrado voando às nossas custas, tentou encenar uma farsa. Consultou a FAB sobre se de fato desrespeitara a lei.
A FAB não respondeu à consulta. Deu-se ao respeito, ora.
Renan estava careca de saber que o decreto que regulamenta o uso por autoridades de jatinhos da FAB não prevê deslocamentos por razões particulares.
É lícita a requisição de jatinho para viagens a serviço ou de volta ao seu Estado, por exemplo. Ou em caso de emergência médica. Um implante capilar é tudo – até um luxo. Emergência não é.
CONTINUA!

Relatório informa que Genoino está com boa aparência e saúde estável

Via Agência Brasil
Por André Richter
30.12.2013


Brasília - Um relatório feito pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal e obtido pela Agência Brasil afirma que o ex-deputado José Genoino, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, "apresenta boa aparência e quadro geral de saúde estável". No dia 26 de dezembro, Genoino recebeu a visita de uma assistente social e de uma psicóloga, responsáveis pela avaliação periódica de detentos que cumprem prisão domiciliar provisória. O documento foi enviado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pelo juiz Bruno André Silva Ribeiro, da VEP.
Em um breve relatório, as duas profissionais informam que Genoino declarou não ser necessário passar por consultas periódicas, com exceção das reavaliações de recuperação da cirurgia cardíaca, prevista para o dia 7 de janeiro, em São Paulo. O ex-parlamentar também relatou que faz uso diário de medicamentos e que, esporadicamente, faz exames para verificar a coagulação do sangue, cuja coleta têm sido feita em casa para evitar deslocamentos.

CONTINUA!

"Não existe justiça na Rússia", diz ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel

Via Zero Hora
Por Vivian Eichler
29.12.2013


Longe do governo de Vladimir Putin, bióloga a relata os cem dias de espera para voltar ao Brasil

Domingo, 35 graus, a ativista Ana Paula Maciel escolhe o Parque Farroupilha, em Porto Alegre, como local para dar entrevistas. Diz que gosta muito e sente saudades do lugar. A bióloga, que retornou ao Brasil no sábado, cem dias depois de ter sido presa em uma ação contra o início da exploração de petróleo em águas congeladas no Círculo Polar Ártico, vivencia experiência de celebridade. É abordada por desconhecidos que dizem ter torcido por ela e compartilhado sua história nas redes sociais.

Passou pouco mais de um mês este ano na Capital. De fevereiro a abril, viajou por Cingapura e Sri Lanka a bordo do navio Esperanza, do Greenpeace. Depois, passou três meses no México, com o namorado, fazendo um curso de mergulho — uma ferramenta de trabalho nas ações da organização ambientalista. 

CONTINUA!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tatu Tapume






Projeto realizado coletivamente pelos participantes do Ateliê Municipal de Xilogravura. Intervenção nos tapumes da obra da futura Pinacoteca do Estado na cidade de Botucatu.

[Vídeo] Marina Tavares, Otávio Seraphim, Elisete Alvarenga
[Trilha] Kalimba (Bixiga 70), Só mais um samba (Instituto/Daniel Bozio) 


Coordenação do Ateliê Municipal de Xilogravura: Elisete Alvarenga

Após receber diagnóstico de esclerose múltipla aos 25 anos, Laura Pires buscou a cura na Índia

Via Zero Hora
Por Mariana Kalil
mariana.kalil@zerohora.com.br
14.12.2013

Era uma manhã de janeiro de 2006 quando Laura Pires acordou com a sensação de um cisco no olho. Tinha 25 anos, era uma arquiteta em início de carreira e trabalhava feito condenada de manhã até a noite. Natural de Pelotas, havia se mudado para o Rio de Janeiro com o namorado, o rio-grandino Marcus Fahr Pessoa, e vivia uma vida ligada na tomada de 220 volts. A rotina impedia dar muita atenção ao que parecia apenas isso, um cisco no olho. Só que os dias foram passando; o incômodo, não. Ela resolveu consultar um oftalmologista.

A primeira suspeita recaiu sobre glaucoma e descolamento de retina. Um segundo especialista diagnosticou inflamação do nervo óptico. Laura ainda recorreu a outros médicos, mas cada um dizia uma coisa. Um mês se passou, e o sintoma do cisco no olho ganhou a companhia de formigamento nos braços. Em poucos dias, Laura viu um lado inteiro do corpo paralisar. Submeteu-se a uma série de ressonâncias no cérebro até receber o diagnóstico correto e aterrorizante: esclerose múltipla, doença degenerativa, debilitante e incurável, que compromete o sistema nervoso central.

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domingo, 29 de dezembro de 2013

Cabeça Antenada

Por Lucia Maria Paleari
Via blog do Projeto Croton




Cabeça de um macho Eurytomidae


Esse inseto, com cerca de 1,1mm de comprimento,
 faz parte da entomofauna associada às sementes de Croton glandulosus.

(Imagem obtida em microscópio eletrônico de varredura)



Lucia Maria Paleari
lpaleari@ibb.unesp.br

Já no Brasil a bióloga brasileira Ana Paula Maciel

Via blog do Noblat
29.12.2013

Flávio Ilha e Márcia Abos, O Globo 

A ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel, que chegou ao Brasil na manhã deste sábado, após ficar 62 dias presa e passar mais um mês em liberdade provisória, na Rússia, classificou o episódio envolvendo os ativistas do Greenpeace como um dos mais críticos e vergonhosos em 40 anos de história de protestos pacíficos em prol da natureza. Ana Paula comparou o caso à explosão do navio Rainbow Warriors, afundado pelo serviço secreto da França em 10 de julho de 1985 e que causou a morte de um militante do grupo ambientalista.

- Esses dois momentos foram os mais vergonhosos e críticos em 40 anos de protestos pacíficos e de liberdade de expressão. É quando podemos perceber quanto os governos tentam desesperadamente calar as vozes que precisam falar. E se eu aceitei os riscos para falar mais alto (que os governos) é porque eu acho que vale a pena. Esse dois meses na prisão valeram a pena – disse ao desembarcar.


A ativista foi recebida pelos pais, pela irmã e por outros parentes no aeroporto Salgado Filho. Ela chegou às 11h, vinda de São Paulo. Do pai, Jaires Maciel, ganhou uma orca de pelúcia, uma referência à próxima missão dela, na Nova Zelândia. A família também confeccionou uma faixa que saudava a sua chegada: “A nossa Porto está mais Alegre com teu retorno. Te amamos”, dizia.


sábado, 28 de dezembro de 2013

Ativista Ana Paula Maciel está no Brasil

Via Zero Hora
Por Erik Farina erik.farina@zerohora.com.br
28.12.2013

Bióloga chegou nesta tarde ao apartamento da mãe, na Zona Sul de Porto Alegre 

O "pior momento" da vida da ativista Ana Paula Maciel — os cem dias que esteve retida na Rússia, 60 desses presa sob acusação de vandalismo — chegou ao fim às 15h20min deste sábado, quando finalmente chegou ao apartamento em que vive com a mãe no bairro Camaquã, Zona Sul de Porto Alegre.

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Após 60 mortes, Maranhão é considerado incapaz de apurar agressões em cadeias

Via El País, em português

27.12.2013


Presídios do Estado registram presos decapitados, doentes mentais agredidos e mulheres estupradas


Polícia Militar vai fazer segurança de Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís




Nueva retina biónica que cura la ceguera

Via Tendencias 21
Por Yaiza Martínez
27.12.2013

Se ha comprobado que funciona en cerdos, por lo que podría comenzar a comercializarse en dos años

Los trastornos de la retina provocan ceguera a unos seis millones de personas en el mundo occidental. La tecnología ha avanzado mucho en los últimos años hacia el desarrollo de dispositivos que restablezcan la funcionalidad normal del ojo. El último de éstos: un minúsculo implante retinal diseñado para sustituir los fotorreceptores dañados. Por Yaiza Martínez.

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As empresas dos EUA dão as costas às vítimas de Bangladesh

Via El País, em português
Por 
24.12.2013


Os grandes grupos rejeitam pagar indenizações pelo desabamento das oficinas têxteis do Rana Plaza



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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Amazônia continua ameaçada

Via Greenpeace
Por Germano Assad e Luana Lila
22.12.2013


O avanço da pecuária sobre as florestas continua sendo uma das maiores ameaças à Amazônia.
Na década de 70, o governo militar ofereceu incentivos fiscais para os investidores brasileiros e internacionais ‘desbravarem’ a Amazônia. Os empresários começaram a comprar terras que eram antigos seringais com o intuito transformar a floresta em ‘novas frentes de negócios’, sobretudo pastagens para a criação de gado.
Mas, diferente do que se imaginava em outras regiões do país, que tinham a ideia de que na Amazônia havia um enorme vazio demográfico, eram milhares de famílias de seringueiros e povos indígenas ocupando aquelas terras. Foi assim que começaram os conflitos com a expulsão de índios, ribeirinhos e seringueiros pelos novos “proprietários”.
Pessoas que nasceram naquelas terras de repente recebiam a notícia de que seriam obrigados a se retirar. Muitos foram enfrentar um destino de pobreza extrema e desemprego na periferia das grandes capitais do Norte. Outros perderam a economia de uma vida, enganados por grileiros. Os que resistiam eram pressionados por pistoleiros, ameaçados de morte por jagunços e muitas vezes tinham suas casas queimadas.
Foi nesse contexto que os seringueiros se organizaram nos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, apoiados pela Igreja, que criou as Comunidades Eclesiais de Base com a missão de conscientizá-los sobre seus direitos e formar líderes que pudessem atuar nas comunidades. O jornalista, escritor e documentarista Edilson Martins conhece bem essa história.
“Antes de conhecer o Chico eu conheci o Pinheiro, que foi presidente do sindicato antes, e foi assassinado nas mesmas condições que ele. O Pinheiro é o cara que começa a organizar a resistência em um momento que o governo militar decide substituir o ciclo mono-extrativista que dominava a Amazônia pelos grandes projetos agropecuários, madeireiros, de mineração, rodovias patrocinadas pelo banco mundial, transamazônica, ainda no final dos anos 60”, lembra.  CONTINUA!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Troquem estátua do Drummond pela de Renan

Via blog do Josias de Souza
25.12.2013




Em 1951, Carlos Drummond de Andrade trouxe à luz o livro ‘Claro Enigma’. De todas as coletâneas do poeta é a mais amarga. Sente-se o azedume já na epígrafe famosa de Paul Valéry: “Les événements m’ennuient” (Os acontecimentos me entediam). Hoje, nada é mais entediante do que o vandalismo a que vem sendo submetida a estátua de Drummond. Os atentados tornaram-se sistemáticos.
No poema ‘Relógio do Rosário’, um dos mais azedos de ‘Claro Enigma’, Drummond fede a pessimismo: “Nem existir é mais que um exercício / de pesquisar de vida um vago indício, / a provar a nós mesmos que, vivendo, / estamos para doer, estamos doendo.” Ah, quanta premonição! Continua.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Depende de nós, por André Trigueiro

Via G1
24.12.2013

Em 2013 chegou a fatura do Código Florestal: depois de sucessivas quedas, a taxa de desmatamento voltou a subir (28%) e tudo leva a crer que as regras complacentes aprovadas no Congresso estejam por trás desse número. Também chegou a fatura da política equivocada do governo em favor do transporte individual (eliminação do IPI para carros 0Km combinada com preço subsidiado da gasolina) que agravou o colapso da mobilidade urbana em praticamente todas as capitais brasileiras (inclusive Brasília, famosa por seu uma cidade “planejada”, e Curitiba, incensada mundo afora como a “capital da sustentabilidade”). As históricas manifestações de rua de junho foram motivadas inicialmente pelo péssima qualidade do transporte público. Em resumo: o nó das cidades nunca foi tão ostensivo.
2013 foi um ano especialmente ruim para as comunidades indígenas, com dezenas de mortes em conflitos abertos com fazendeiros e posseiros. De quebra, o governo se esmera em dificultar ao máximo o processo de regularização de novas reservas, mudando a legislação vigente e esvaziando ainda mais o poder da já combalida FUNAI. 
Continua.

Brasil é campeão em produção de lixo eletrônico

Jornal da Band
24.12.2013



Lajedinho, na Bahia, ainda tem centenas de desabrigados 3 semanas após chuvas

Jornal Nacional
24.12.2013


Na Bahia, mais de três semanas depois do temporal que devastou Lajedinho, um dos menores municípios do estado, centenas de famílias ainda têm não para onde ir.
A enchente danificou 200 casas de Lajedinho, que agora precisam ser demolidas. O município, a 350 quilômetros de Salvador, não suportou o temporal do início do mês. Dezessete pessoas morreram.

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Chuva isola 25 mil moradores de cidade no leste de Minas Gerais

Jornal Nacional
24.12.2013


Em Minas Gerais, 16 pessoas morreram por causa da chuva. E 24 cidades decretaram situação de emergência.

Em Aimorés, leste do estado, os 25 mil moradores estão praticamente isolados,  como mostram os repórteres Ricardo Soares e Vanderlei Oliveira.

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Chuvas fazem mais de 50 mil pessoas deixarem suas casas no Espírito Santo

Jornal Nacional
24.12.2013

Esta vai ser uma noite difícil para milhares de pessoas no Espírito Santo, onde as chuvas já deixaram 14 mortos. Nesta terça-feira (24), a presidente Dilma  Rousseff e o governador capixaba Renato Casagrande sobrevoaram as áreas mais afetadas.

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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Chuva faz mais de 40 mil pessoas passarem Natal fora de casa no Espírito Santo

Jornal Nacional
23.12.2013

Já são sete dias seguidos de chuva no estado e a situação é caótica. Seis pessoas morreram e 40 mil tiveram que deixar suas casas.

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Veja os postos de ajuda para vítimas da chuva no Espírito Santo

Eventos extremos do clima: Decisões urgentes que nos faltam, artigo de Washington Novaes

Estadão / Via EcoDebate
Por Washington Novaes
23.12.2013


[O Estado de S.Paulo] Na semana passada, grande parte da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e região serrana voltou a ser atingida pelas chuvas muito intensas, que desalojaram milhares de pessoas e mataram algumas. E, depois de dois anos de seca, há uns dez dias a água de uma chuva de 130 milímetros – volume usual na região para um mês e meio – acumulou-se nos pontos mais altos do município de Lajedinho (4 mil habitantes), no interior da Bahia, e correu toda para a cidade, que foi destruída em 70%. Mais de dez pessoas morreram. É um fenômenos cada vez mais frequente no Brasil, onde não temos políticas capazes de remover mais de 5 milhões de pessoas de áreas de risco nem de impedir que prossiga o desmatamento sem controle e se criem condições para problemas como o de Lajedinho: a água escorre para as cidades e aumenta ali as inundações cada vez mais frequentes com os volumes de chuva muito intensificados com as mudanças climáticas em curso.
Já quase ninguém mais duvida desse quadro. Estudo do Lawrence Livermore National Laboratory, Califórnia, publicado pela Proceedings of the National Academy of Sciences, assegura que as emissões de poluentes que se acumulam na atmosfera afetam a distribuição de chuvas, tanto por causa do aumento de temperatura que geram como pela alteração dos padrões de circulação atmosférica, que “empurram tempestades de zonas de clima subtropical semiárido rumo aos polos do planeta”. Não se trata – dizem os pesquisadores – de fenômenos conhecidos como El Niño ou La Niña.
Nesta mesma hora, texto do jornal The New York Times (10/12) informa que o aquecimento global seria o dobro do que é hoje, não fosse o Protocolo de Montreal, tratado mundial assinado em 1987 e que levou ao banimento dos clorofluorcarbonos, que reduzem a camada de ozônio e agravam para os seres humanos as consequências das radiações ultravioleta, principalmente o câncer de pele. O tratado também impediu maior concentração de poluentes na atmosfera e mudanças climáticas ainda mais graves. Curioso também que as negociações do tratado tenham sido lideradas pelo então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan – um ultraconservador, mas que já sofrera um câncer de pele.
Mas é difícil constatar que os países ricos ainda precisariam reduzir a cada ano em 10% suas emissões de poluentes para evitar que a temperatura planetária continue a subir e ultrapasse dois graus Celsius – e no conjunto não o estão fazendo, dizem os cientistas do Tyndall Centre for Climate Change Research. Ainda há poucos dias, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu manter em 30 milhões de barris diários a produção (The New York Times, 5/12) – e os chamados combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) são responsáveis pela maior parte da produção de energia no mundo e pela poluição.
Esse panorama – como tantas vezes já se escreveu aqui – deveria levar o Brasil a tornar ainda mais forte sua possibilidade de manter matriz energética predominantemente “limpa” e renovável. Além da hidreletricidade, temos a energia eólica no País, que chegou em 2011 à capacidade instalada de 1.403 MW e em 2021 deverá atingir 15.563 MW. A venda de aquecedores solares no País chegará ao fim deste ano com aumento de 15%, por oferecer a vantagem de reduzir em 40% o consumo de energia elétrica. Estudo do governo paulista mostra que o Estado tem potencial solar de 12 milhões de MWh por ano, suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências. As usinas solares já implantadas no País evitaram a emissão de 11.229 toneladas equivalentes de dióxido de carbono em 2012. E ainda podemos ter usinas movidas por marés e ondas, usinas geotérmicas e outras movidas a biomassas (inclusive a partir de dejetos animais – o que seria uma possibilidade extraordinária para Estados com grande plantel de gado).
Em muitos lugares do planeta a corrida pelas energias “alternativas” está forte. Nova York, por exemplo, está implantando no aterro sanitário de Fresh Kills – que se esgotou em 2001, com mais de 150 milhões de toneladas de lixo ali depositadas – uma usina solar de 10 MW, ao lado de áreas de lazer. O fechamento do aterro obrigou a cidade a mandar seu lixo em caminhões para mais de 500 quilômetros de distância, no Estado da Virgínia, a custos altíssimos. Em dez meses deste ano, as fontes renováveis responderam por 32,8% de toda a capacidade nova de geração de energia naquele país. No conjunto, significam 16% da capacidade instalada no país. E, segundo a Agência Internacional de Energia, 18% da eletricidade no mundo podem ser gerados pela energia dos ventos – o custo será de US$ 150 bilhões por ano.
Nesta hora, o Brasil anuncia que fará as primeiras explorações do chamado gás de xisto (que muitos cientistas preferem chamar de gás de folhelho), extraído mediante “fraturamento” de rochas no subsolo e a grandes profundidades. Vários estudos – como já se escreveu neste espaço – mostram que a injeção de água e produtos químicos no subsolo para o fraturamento pode ter consequências muito graves com o retorno do líquido para a superfície – nos aquíferos de passagem e nas camadas superiores. O senador Sarney Filho já apresentou projeto para impedir o desenvolvimento de qualquer empreendimento dessa natureza antes de feitos os estudos de impactos. Em alguns lugares, como o Paraná, áreas que se pretende explorar estão situadas a profundidades maiores que as do Aquífero Guarani e podem ter neste consequências graves.
Como quase sempre, informações não faltam. Faltam decisões políticas. Principalmente lembrando que os estudos mostram que caminhamos rapidamente para 90% das pessoas morando nas cidades brasileiras. E de que não há indícios de que se atenue a intensidade dos “eventos extremos” no clima.
*Washington Novaes é jornalista. E-mail: wlrnovaes@uol.com.br
Artigo originalmente publicado em O Estado de S.Paulo e reproduzido pelo EcoDebate, 23/12/2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Os novos “vândalos” do Brasil, por Eliane Brum

Via El País, em português
Por Eliane Brum
23.12.2013

O rolezinho, a novidade deste Natal, mostra que, quando a juventude pobre e negra das periferias de São Paulo ocupa os shoppings anunciando que quer fazer parte da festa do consumo, a resposta é a de sempre: criminalização. Mas o que estes jovens estão, de fato, “roubando” da classe média brasileira?


O Natal de 2013 ficará marcado como aquele em que o Brasil tratou garotos pobres, a maioria deles negros, como bandidos, por terem ousado se divertir nos shoppings onde a classe média faz as compras de fim de ano. Pelas redes sociais, centenas, às vezes milhares de jovens, combinavam o que chamam de “rolezinho”, em shopping próximos de suas comunidades, para “zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras” ou “tumultuar, pegar geral, se divertir, sem roubos”. No sábado, 14, dezenas entraram no Shopping Internacional de Guarulhos, cantando refrões de funk da ostentação. Não roubaram não destruíram, não portavam drogas, mas, mesmo assim, 23 deles foram levados até a delegacia, sem que nada justificasse a detenção. Neste domingo, 22, no Shopping Interlagos, garotos foram revistados na chegada por um forte esquema policial: segundo a imprensa, uma base móvel e quatro camburões para a revista, outras quatro unidades da Polícia Militar, uma do GOE (Grupo de Operações Especiais) e cinco carros de segurança particular para montar guarda. Vários jovens foram “convidados” a se retirar do prédio, por exibirem uma aparência de funkeiros, como dois irmãos que empurravam o pai, amputado, numa cadeira de rodas. De novo, nenhum furto foi registrado. No sábado, 21, a polícia, chamada pela administração do Shopping Campo Limpo, não constatou nenhum “tumulto”, mas viaturas da Força Tática e motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) permaneceram no estacionamento para inibir o rolezinho e policiais entraram no shopping com armas de balas de borracha e bombas de gás.
Se não há crime, por que a juventude pobre e negra das periferias da Grande São Paulo está sendo criminalizada?
Primeiro, por causa do passo para dentro. Os shoppings foram construídos para mantê-los do lado de fora e, de repente, eles ousaram superar a margem e entrar. E reivindicando algo transgressor para jovens negros e pobres, no imaginário nacional: divertir-se fora dos limites do gueto. E desejar objetos de consumo. Não geladeiras e TVs de tela plana, símbolos da chamada classe C ou “nova classe média”, parcela da população que ascendeu com a ampliação de renda no governo Lula, mas marcas de luxo, as grandes grifes internacionais, aqueles que se pretendem exclusivas para uma elite, em geral branca.
Antes, em 7 de dezembro, cerca de 6 mil jovens haviam ocupado o estacionamento do Shopping Metrô Itaquera, e também foram reprimidos. Vários rolezinhos foram marcados pelas redes sociais em diferentes shoppings da região metropolitana de São Paulo até o final de janeiro, mas, com medo da repressão, muitos têm sido cancelados. Seus organizadores, jovens que trabalham em serviços como o de office-boy e ajudante geral, temem perder o emprego ao serem detidos pela polícia por estarem onde supostamente não deveriam estar – numa lei não escrita, mas sempre cumprida no Brasil. Seguranças dos shoppings foram orientados a monitorar qualquer jovem “suspeito” que esteja diante de uma vitrine, mesmo que sozinho, desejando óculos da Oakley ou tênis Mizuno, dois dos ícones dos funkeiros da ostentação. Às vésperas do Natal, o Brasil mostra a face deformada do seu racismo. E precisa encará-la, porque racismo, sim, é crime. 
CONTINUA!

Revierten el envejecimiento con una molécula que produce el propio organismo

Via Tendencias 21
Por 
23.12.2013


Científicos de la Harvard Medical School le quitan ‘20 años’ al tejido muscular de unos ratones



clique no texto acima para ler a matéria completa


domingo, 22 de dezembro de 2013

Na cidade de São Paulo, agentes devem alertar moradores em área de risco

Jornal da Band
20.12.2013




Câmara reembolsa até a gasolina do Carnaval

Via blog do Josias de Souza
21.12.2013

O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), aquele que certa vez disse que “se lixa” para a opinião pública, espetou na conta do contribuinte um inusitado lote de notas fiscais. Referem-se a despesas com o abastecimento dos carros supostamente utilizados por ele e pelas 25 pessoas que o assessoram em Brasília e o Rio Grande do Sul. Incluem, por exemplo, 43 abastecimentos feitos num mesmo posto, em Santa Cruz do Sul, em pleno feriadão do Carnaval de 2013.

 Veja a matéria completa

Os ministros campeões de voos em jatinhos da FAB

Via Veja
Por Felipe Frazão
20.10.2013

No primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, Pepe Vargas, José Eduardo Cardozo, Ideli Salvatti e Marco Antonio Raupp decolaram mais de quarenta vezes em três meses, quase uma viagem a cada dois dias


Renan Calheiros usa avião da FAB para viajar e fazer duas cirurgias

Jornal Nacional
21.12.2013

Presidente do Senado informou que vai pagar custos da viagem se consulta à Força Aérea apontar que uso da aeronave não está de acordo com a lei.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, usou um jatinho da Força Aérea Brasileira para ir de Brasília ao Recife, onde fez duas cirurgias. A cirurgia para implantar 10.118 fios de cabelo foi feita em um hospital no Recife. Começou ao meio-dia de quinta-feira (19) e terminou às 20h. O senador também foi submetido a uma cirurgia de correção das pálpebras.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o senador usou um jatinho da Força Aérea para viajar à capital pernambucana. A FAB registrou que o voo requisitado pelo senador partiu de Brasília às 22h da última quarta-feira (18), e chegou ao Recife às 23h30. De acordo com o documento, quatro passageiros embarcaram e o motivo da viagem registrado pela FAB foi “serviço”.
Veja a matéria completa. Veja o vídeo.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Decoração natalina!










- Charge do Paixão, via ‘Gazeta do Povo’.
- Via blog do Josias de Souza

Como Um Sonho Ruim - O Jovem e a Internet

Via Publica
Por Andrea Dip e Giulia Afiune
19.12.2013

Adolescentes falam do suicídio das meninas que tiveram imagens íntimas expostas na internet e revelam como é amadurecer em um mundo em que o virtual é real

Fotos estampam sorrisos, olhares e caretas. Meninas posam para o próprio celular usando maquiagem, unhas feitas, roupas de festa ou mesmo o uniforme da escola – sozinhas ou acompanhadas dos amigos. Tudo é publicado nos perfis de redes sociais para ser “curtido” – a forma mais rápida e fugaz de aprovação online. Cada “like” em um “selfie” (autorretratos feitos com o celular), gato, comida ou sapato novo é esperado com ansiedade principalmente por crianças e adolescentes que passam cada vez mais tempo postando e checando a própria popularidade nas redes sociais. Uma pesquisa à qual a Pública teve acesso na íntegra em primeira mão, realizada pela ONG Safernet em parceria com a operadora de telecomunicações GVT – que entrevistou quase 3 mil jovens brasileiros de 9 a 23 anos – revela que 62% deles está online todos os dias e 80% tem as redes sociais como seu principal objetivo de navegação. Como acontece no mundo todo, o que prevalece é a autoimagem – não é à toa que “selfie” foi escolhida como a palavra do ano de 2013 do idioma inglês pelo dicionário Oxford. De 2012 para 2013, seu uso aumentou 17.000% e a hashtag #selfie acompanha mais de 58 milhões de fotos na rede social Instagram.
A rotina online de duas garotas que estamparam páginas de portais, jornais e revistas no último mês não era diferente. Giana Fabi, de Veranópolis, interior do Rio Grande do Sul, e Julia Rebeca, de Parnaíba, litoral do Piauí, viviam a maior parte do tempo conectadas. Separadas por mais de 3,8 mil quilômetros, as meninas de 16 e 17 anos, respectivamente, acompanhavam ansiosamente a reação online às autoimagens cuidadosamente construídas que postavam.
“Ela era linda, as fotos dela então…”, é a primeira coisa que lembra Gabriela Souza, amiga próxima de Giana, sobre as muitas curtidas nas fotos do perfil da gaúcha no Facebook. Gabriela, que preferiu dar a entrevista através do bate-papo da rede, lembra que a amiga vivia arrumada, se achava bonita mas se preocupava com o peso, como a maioria das garotas de sua idade. Willian Silvestro, de 17 anos, namorado de Giana na época, também comenta sua beleza: “Ela tinha olhos azuis e gostava de realçar com lápis preto. Era vaidosa e amava maquiagem”. Os dois estavam juntos havia um mês e todas as noites se falavam por cerca de duas horas pelo Skype.
Já Julia Rebeca, diz o primo Daniel Aranha, gostava de pintar as unhas com cores diferentes e mostrá-las nas redes sociais. “Todo dia era uma nova. Tinha fotos no Facebook em que ela mostrava a unha pintadinha, desenhada, decorada que ela mesma fazia”. Além das fotos, Giana e Julia escreviam sobre o dia a dia na escola ou na academia e  postavam músicas e fotos das cantoras preferidas – Miley Cyrus para Julia e Avril Lavigne para Giana.  A piauiense fazia curso técnico de enfermagem e pensava em seguir carreira na área da saúde. Já a gaúcha estava no colegial, mas sonhava em deixar a pequena Veranópolis, de apenas 22,8 mil habitantes, para fazer faculdade em Bento Gonçalves ou Caxias do Sul – cidades médias da região.
A descrição das meninas por amigos e familiares combinam com as fotos: alegres, extrovertidas, falantes, “adolescentes normais”. Mas em novembro deste ano, uma foto em que Giana mostrava os seios e um vídeo em que Julia aparecia fazendo sexo com um rapaz e uma garota foram divulgados através do aplicativo Whatsapp – usado em celulares – e se espalharam pelas rede com a velocidade dos escândalos virtuais. Julia se suicidou no dia 10 de novembro e, quatro dias depois, no dia 14, foi a vez de Giana tirar a própria vida, poucas horas depois de saber que a foto havia sido compartilhada. As duas deixaram mensagens de adeus nas redes sociais e se enforcaram.
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REPORTAGENS E NOTÍCIAS MAIS LIDAS DO MÊS

Agência FAPESP



Brasil é grande exportador de “água virtual”

Agência USP de Notícias
Por Da Redação - agenusp@usp.br
19.12.2013


Assessoria de imprensa Cena/USP
As commodities agrícolas estão entre os principais itens de exportação do Brasil. A produção é tão elevada que se estima, atualmente, que a agricultura responde por mais de um quarto do PIB nacional. Porém, há um novo elemento, de abudante quantidade no País, que vem sendo muito bem cotado no mercado internacional e a China, um dos maiores clientes de nossas riquezas, já desponta como um dos grandes mercados para este antigo, porém valioso produto. A água!
O Brasil é hoje um dos maiores exportadores globais de “água virtual”, conceito criado para explicar a quantidade de água empregada para produzir um produto em um determinado local, porém destinado para outra localidade, criando assim um fluxo virtual entre os países.
“A China adotou uma política de aumentar as importações de culturas de elevado uso de água, como a soja, o que reduz a demanda de água na Ásia, mas aumenta a dependência de quem produz mercadorias que necessitam de irrigação no Mato Grosso”, explica Maria Victoria Ramos Ballester, professora do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.
Continua.

Ministério Público investigará Odebrecht sobre obra em Angola

Via blog do Noblat
21.12.2013

BBC  Brasil
O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu um inquérito para investigar a empreiteira brasileira Odebrecht pela possível prática de aliciamento para trabalho escravo em Angola - acusações negadas pela empresa.
A decisão ocorreu após o órgão ter tomado conhecimento de Clique reportagem da BBC Brasil com denúncias de ex-funcionários contra as condições de trabalho numa usina da empresa no país africano. O inquérito está a cargo do procurador do trabalho Rafael de Araújo Gomes, de Araraquara (SP).
Na reportagem, publicada nesta sexta-feira, operários que trabalharam na construção do complexo industrial Biocom, na província de Malanje, relatam ter enfrentado uma série de provações, entre as quais cárcere privado, retenção de passaportes e condições insalubres nos alojamentos.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Morre Reginaldo Rossi






O cantor e compositor Reginaldo Rossi


Artistas e atletas: dos holofotes aos palanques

Via Zero Hora


Eles são ex-big brothers, craques aposentados (ou prestes a pendurar as chuteiras), cantores, atores e celebridades em geral - em alguns casos, nem tão "célebres" assim.

Não importa. Para os partidos políticos, artistas e atletas tornam-se objeto de assédio porque incorporam uma particularidade: são "puxadores de voto".

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Segregação de gênero toma universidades britânicas


JC e-mail 4879, de 19 de dezembro de 2013
Segregação de gênero toma universidades britânicas


Em doze meses, separação de homens e mulheres aconteceu em 46 eventos religiosos realizados em 21 instituições

Diante da polêmica sobre a separação de homens e mulheres em eventos organizados pelas universidades britânicas com palestrantes religiosos, o primeiro ministro David Cameron considerou inaceitável a segregação de gênero no país. O debate sobre a distinção entre os assentos dos públicos feminino e masculino começou no inicio do ano, depois que eventos organizados na Universidade de Leicester e na University College London com palestrantes islâmicos acabou por separar a audiência entre homens e mulheres.

Mas o premier se viu obrigado a reagir após a realização de protestos em frente às universidades e de um abaixo-assinado firmado por nada menos que nove mil pessoas, que condenaram a segregação, classificada como "apartheid de gênero".

O documento se seguiu ao resultado da conferência da entidade que reúne 132 universidades britânicas (entre ela as prestigiosas Oxford e Cambridge), que concordaram que, em alguns casos, quando se tratasse de conferencia ou seminários religiosos, era recomendável separar o público. De acordo com o porta-voz de Cameron, a posição do número 10 de Downing Street é enfática.

- Existe uma tradição de liberdade de expressão muito importante nas nossas instituições educacionais - disse.

De acordo com pesquisa realizada pelo Student Rights, grupo criado para combater o extremismo nas universidades, nos doze meses encerrados em março deste ano, foi identificada a segregação da plateia em 46 eventos realizados em 21 instituições distintas. Seis deles teriam sido cancelados antes mesmo de acontecerem.

A população cada vez mais diversa do Reino Unido é um dos principais motivos para que as autoridades se preocupem com a defesa da igualdade de gêneros e com o extremismo. Leicester, por exemplo, é uma das comunidades com maior diversidade étnica fora da capital, com menos da metade da popuação composta pelos chamados brancos-britânicos, segundo os dados do último censo. A Universidade de Greenwich, como passou a ser chamada a antiga Politécnica de Woolwich, onde estudou um dos homens que assasssinou o fuzileiro Lee Rigby em maio deste ano tem um dos públicos mais variados da capital.

Dos 245.586 habitantes, segundo os últimos dados do Censo (2011), 33% da população de Greenwich pertencem a minorias étnicas. Ao todo, 72% são nascidos no Reino Unido. Mas muitos destes, apesar de tecnicamente britânicos, não deixam de ser vistos como imigrantes pelo conjunto dos londrinos. Nesta verdadeira Babel, do tamanho do município de Petrópolis, falam-se nada menos que 197 idiomas. As diferenças não estão restritas à cor da pele ou à língua: 14% da população economicamente ativa não tem qualquer qualificação, e quase um terço não tem emprego.

(Vivian Oswald/O Globo)


Uso frequente de celular prejudica rendimento acadêmico, diz estudo


JC e-mail 4879, de 19 de dezembro de 2013
Uso frequente de celular prejudica rendimento acadêmico, diz estudo


Pesquisa divulgada por universidade americana mostra que jovens que usam aparelho em excesso têm níveis mais altos de ansiedade


O uso excessivo de celulares por estudantes pode aumentar seus níveis de ansiedade, e até comprometer o rendimento acadêmico. É o que diz uma pesquisa divulgada pela Universidade de Kent, em Ohio, nos EUA, assinada pelos cientistas Jacob Barkley, Aryn Karpinski e Andrew Lepp.

Os pesquisadores acompanharam o comportamento de mais de 500 universitários para executar o estudo. O uso diário dos aparelhos era monitorado, ao mesmo tempo em que eram medidos clinicamente a ansiedade e o nível de satisfação de cada aluno com a sua própria vida. Por fim, os dados foram cruzados com os registros oficiais de desempenho de cada universitário.

Constatou-se, então, que os alunos que utilizavam muito seus celulares tinham notas mais baixas que os demais, além de se mostrarem mais ansiosos e menos satisfeitos com a própria vida.

No início deste ano, uma equipe liderada pelos pesquisadores também identificou uma relação negativa entre o uso de telefone e a capacidade cardiorrespiratória. Dessa forma, os cientistas acreditam que os alunos devem ser incentivados a monitorar o uso do telefone celular e refletir sobre o aparelho de forma crítica, para que não seja prejudicial ao desempenho acadêmico, bem como à saúde mental e física.

(O Globo)


O analfabetismo científico no Brasil


JC e-mail 4879, de 19 de dezembro de 2013
O analfabetismo científico no Brasil


Diante do mau resultado brasileiro no Pisa, educadores propõem soluções para melhorar desempenho de crianças e jovens em ciências


O Brasil sofre de analfabetismo científico. A avaliação é de educadores brasileiros que afirmam: nossas crianças não se interessam por ciência e a razão disso está num ensino fundamental deficiente e desinteressante, com professores mal preparados e condições inadequadas de infraestrutura. Eles alertam para o fato de a ciência não fazer parte do cotidiano das pessoas. A análise foi motivada pelo resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2012, que revelou o mau desempenho dos alunos brasileiros nas provas de matemática, leitura e ciências. O pior resultado do país foi o 59º lugar em ciências em um ranking de 65 países.

Pensando em respostas práticas para melhorar nossa performance, o professor sênior do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), Luís Carlos de Menezes, aposta numa educação mais eficaz não só como preparação para exames. "Isso não se deve resumir ao ensino das ciências, mas a modificações profundas em todos os componentes de instrução", enfatiza.

Menezes, que atua na área de formação de professores, acredita que uma educação melhor depende de várias transformações que levem, por exemplo, a escola a ser um espaço de produção cultural, com práticas que envolvam a participação ativa e propositiva dos estudantes.

De acordo com o professor da USP, as transformações necessárias não se fazem sem recursos materiais e humanos e dependem de efetiva vontade política. "A formação de professores não deve estar restrita a aulas em faculdades, mas a práticas docentes supervisionadas nas escolas. E a ciência e tecnologia devem ser tratadas com atualidade e envolvimento criativo, não com ouvir falar de descobertas dos outros", opina.

Física também é cultura - Para Nelson Pretto, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Secretário Regional da SBPC/BA, também está na política, parte da solução. "Precisamos de uma política de implantação massiva e universal de museus, planetários, hackers labsfab labs, espaços coletivos associados com a escola, onde a meninada possa criar e claro, tudo isso fortemente articulado com a cultura, pois como já dizia João Zanetic, professor de Física da USP, em sua tese de doutorado, "Física também é cultura", afirma.

Os hackers labs, a que se refere Pretto, são assim denominados com base na Hackers Lab - empresa criada na década de 90, na Coréia do Sul, que passou a contratar jovens hackers que antes eram investigados por cyber-crimes. Esta empresa assessorava outras companhias em questões de segurança de rede e com soluções informatizadas. Já um fab lab (do inglês fabrication laboratory) é uma espécie de oficina para fabricação de produtos tecnológicos.

Com esses exemplos Nelson Pretto chama a atenção para a forma como o conhecimento deve ser transmitido. "A questão fundamental é não achar que a formação científica seja apenas de forma escolarizada, ou seja, não basta que a juventude tenha aulas de ciências. Os conteúdos formais são importantes, mas não são as únicas coisas importantes. Fazer com que os jovens tenham gosto pelos fenômenos da natureza, pela criação e não apenas pelo consumo de informação científica", argumenta.

Popularização da ciência - Uma pesquisa realizada em 2010 pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sobre a percepção pública da Ciência e Tecnologia no Brasil mostrou que a população brasileira não conhece os seus próprios cientistas e muito menos, a ciência e tecnologia aqui produzidas. A enquete demonstrou também que a maioria dos entrevistados não frequenta espaços científicos e culturais, como museus, zoológicos, jardim botânicos e bibliotecas.

Para Isaac Roitman, professor emérito e coordenador do Núcleo do Futuro (UnB), para reverter essa vergonhosa posição no PISA é preciso que haja uma inflexão da divulgação e a popularização da ciência e que o público alvo sejam as crianças, adolescentes e adultos. "A ciência deve ser matéria diária nos vários veículos da mídia: jornais, revistas, rádio, televisão, web, etc. Essas matérias devem abordar desde a história da ciência, as grandes descobertas científicas e mostrar a aplicação dos resultados das descobertas no cotidiano da vida de cada um", destaca.

De acordo com ele, não menos importante é a educação científica que pode ser perfeitamente iniciada na faixa etária de dois e três anos. Nessa idade as crianças são curiosas e, portanto ávidas e motivadas para a iniciação científica. "As nossas crianças não são atraídas para a carreira científica por várias razões. A primeira é que na maioria dos lares brasileiros a ciência não faz parte do cotidiano e certamente o analfabetismo científico é bem maior que o analfabetismo das letras", conclui Roitman.

Para os educadores, a promoção de feiras de ciências e olimpíadas com a participação de crianças e jovens também devem ser estimuladas. Na opinião do astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), para os estudantes terem motivação em aprender é necessária a experimentação. "Quando o educador provê uma demonstração de maneira prática, ou seja, uma atividade lúdica que vai além do quadro negro, os jovens prestam mais atenção. Nosso ensino é puramente livresco. O docente não sabe passar o conteúdo com ajuda de laboratórios quando os tem. Não sabe improvisar um experimento ou demonstração", avalia.

Segundo Canalle, as olimpíadas científicas vêm mostrando aos professores que há muito de experimental e prático. "E isso tudo pode ser explorado em sala de aula, desde que se conheça, com certa profundidade, os conteúdos a serem ensinados. Essas iniciativas tentam levar para os professores conhecimentos, técnicas de ensino e informações. Torna assim a aprendizagem demonstrativa e divertida" enfatiza o astrônomo.

(Edna Ferreira / Jornal da Ciência)