sábado, 31 de agosto de 2013

Estádio só pra rico?

Via Pública
Por Ciro Barros e Giulia Afiune
23.08.13

Ingressos disparam nos últimos dez anos no Brasil e novas arenas têm preços 119% maiores do que os estádios antigos, afastando os torcedores tradicionais

“Tô sentindo isso na pele. Tenho um filho de 14 anos, flamenguista também, e ainda não consegui levar ele no Maracanã devido a essa sem-vergonhice que eles fizeram”, diz Reinaldo Reis, morador da comunidade da Estradinha e presidente da Associação de Moradores do Morro dos Tabajaras, na zona sul carioca.

Reinaldo, 39 anos, é um flamenguista fanático. Um papo breve com ele já basta para ouvir aqueles “causos” típicos do torcedor de estádio. Mas não de qualquer estádio; Reinaldo também tem uma relação umbilical com o Maracanã, sede carioca da Copa 2014. Frequentador desde os seis anos de idade, quando acompanhava um vizinho nos jogos do Fluminense, Reinaldo comemorou quando, aos 11 anos, ganhou permissão para ir ao Maraca sozinho. “Foi uma alegria muito grande quando a minha mãe me deu essa liberdade de ir ver o Flamengo. Eu já era flamenguista, mas só tinha ido no Maracanã ver o Fluminense. Eu gostava de ver o estádio. Mas ver o meu time lá foi muito legal”.

Desde então, Reinaldo se tornou, nas palavras de Nelson Rodrigues, um “Arquibaldo”: o torcedor de arquibancada. Supersticioso, sempre que pôde ficou na arquibancada superior do Maraca, entre a Raça Rubro-Negra e a Jovem Fla, torcidas organizadas do Flamengo. O jogo mais marcante? “Com certeza foi aquele Flamengo e Botafogo de 1992, quando caiu a arquibancada. Se eu tô aqui podendo falar com você foi porque eu cheguei um pouco atrasado naquele dia e por sorte não tava no meio da galera que caiu”, relembra. O jogo foi em 19 de julho de 1992, decisão do Campeonato Brasileiro entre Fla e Bota. Na ocasião, parte da grade de proteção da arquibancada superior cedeu e alguns torcedores caíram no anel de baixo. “Que sorte que eu não tava, meu irmão”, diz.

Desde que o seu filho mais velho nasceu, Reinaldo assumiu um compromisso: ir com o menino a todos os jogos do Flamengo no Maracanã. “Pô, meu primeiro filho, filho homem. A primeira coisa que eu quis foi levar ele pra torcer comigo. E eu tava levando ele em todos os jogos, todos mesmo, mas depois dessa reforma pra Copa não tem a menor condição”, afirma. “Antes de fechar para a reforma, já tava difícil. O ingresso mais barato a 40 reais já não era tão acessível. Mas agora, com esse absurdo que tá o preço dos jogos, não tem como. Se eu for pagar, por mais barato que seja, vai ser 80 reais o jogo. Para tomar um refrigerante, comer um cachorro-quente, tudo mais, eu tenho que levar no mínimo R$ 150. Qual trabalhador tem esse dinheiro sobrando pra gastar em ingresso?”, questiona. CONTINUA!

Fragmentação põe em risco fauna da Mata Atlântica

Via O ECO
Por Vandré Fonseca
27.08.13

Manaus, AM - Se ter pouca floresta já é ruim, pior ainda se o que restou dela estiver dividido, fracionado em pedaços ainda menores. A fragmentação do hábitat aumenta a possibilidade de desaparecimento das espécies, conforme artigo recentemente publicado no jornal científico Proceedings of the Nacional Academy of Sciences (PNAS).

"Muitas regiões florestais, com a Mata Atlântica, na América do Sul, têm sido reduzidas a pequenas frações de sua extensão original e essas florestas estão frequentemente muito fragmentadas", afirmou o autor principal do artigo, Ilkkla Hanski, da Universidade de Helsinki, Finlândia, para o site Mongabay.com. "Nossos resultados sugerem que, nesta situação, se alguém ignora o efeito da fragmentação provavelmente subestima a extinção".

O artigo cita trabalho do biólogo Gonçalo Ferraz, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que desenvolve estudos de efeitos da fragmentação sobre a as aves, desenvolvidos no Programa de Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e o Instituto Smithsonian.  CONTINUA!

Um zumbi na Casa do Espanto, por Nelson Motta

Via blog do Noblat
30.08.2013

Nelson Motta, O Globo

“Não acredito”, bradou aos céus o deputado Natan Donadon, caindo de joelhos em patética pantomima, quando viu no placar da Câmara 131 votos a favor, 41 abstenções e 108 bem-vindas ausências, que mantinham o seu mandato e o consagravam como o primeiro deputado-presidiário da nossa história. Que ronco das ruas que nada, eles não ouvem e não têm medo, e mais uma vez votaram, ou fugiram, em causa própria, porque também acumulam processos na Justiça e podem ser o Donadon de amanhã.

“Não a-cre-di-to” digo eu, dizemos nós, diante da cena inacreditável, mas quando se trata dos 300 picaretas que Luiz Inácio falou deve-se acreditar em tudo, porque de tudo eles são capazes. Nunca na história deste país houve um deputado-detento, mas Lula agora diz que fica puto quando falam mal de políticos.

Zoologicamente é fácil identificá-los: andam em bandos, têm pelagem acaju, negro graúna ou raposa prateada, alimentam-se de verbas públicas e são pacíficos e afáveis, condição necessária para seus golpes e tramoias, mas quando ameaçados podem se tornar hostis e violentos em defesa dos privilégios e impunidades do bando. Seu habitat natural é a Câmara dos Deputados. CONTINUA!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Médicos mostram a dificuldade para atender pacientes nos hospitais

Profissão Repórter
27.08.2013

 
Em São Paulo,12 mil pessoas estão na fila para fazer uma ressonância magnética.
 
Hospital de Fortaleza tem 130 pacientes internados nos corredores.




 
 
 
 
Comentário básico:
É o horror institucionalizado!!!
Socooooooorrrooooooooooo!!!
Adelidia Chiarelli
 
 
 


Prefeituras vão demitir médicos para receber equipes do governo

Via Folha de São Paulo
LUCAS REIS
DE MANAUS
AGUIRRE TALENTO
DE FORTALEZA
NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
DANIEL CARVALHO
DO RECIFE
30.08.2013

Para aliviar as contas dos municípios, médicos contratados por diferentes prefeituras no país serão trocados por profissionais do Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff (PT) para levar estrangeiros e brasileiros para atendimento de saúde no interior e nas periferias.

Na prática, a medida anunciada à Folha por prefeitos e secretários de saúde pode ameaçar a principal bandeira do plano: a redução da carência de médicos nesses lugares.

A reportagem identificou 11 cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer demissões para receber as equipes do governo federal. Segundo as prefeituras, essa substituição significa economia, já que a bolsa de R$ 10 mil do Mais Médicos é totalmente custeada pela União.

CONTINUA!

Vídeo: povo fala sobre absolvição de Donadon








Via blog do Josias de Souza

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

População brasileira tem 12% de fumantes


JC e-mail 4801, de 29 de Agosto de 2013.
População brasileira tem 12% de fumantes


No Dia Nacional de Combate ao Fumo, reportagem da Agência Brasil moistra que a meta do governo é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes na população adulta até 2022

"Para mim, deixar o cigarro foi uma libertação". É o relato do músico de 32 anos, Odair Souza que, por 11 anos foi fumante, e depois de mais de cinco tentativas, deixou o cigarro há dois anos. Dados do Ministério da Saúde mostram que 12% dos brasileiros são fumantes. Para tentar conscientizar outras pessoas a seguir o exemplo de Odair, são feitas, hoje, ações educativas em praticamente todo o país desde 1986, quando foi sancionada a lei que instituiu 29 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

O pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Ricardo Meirelles, alerta que o tabagismo é uma doença que pode ocasionar outras 50. Vários tipos de câncer, doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), além de menopausa, infertilidade e envelhecimento precoces são alguns dos problemas de saúde que podem ser ocasionados pelo fumo.

Meirelles explica que, logo depois de deixar o cigarro, o ex-fumante já sente melhora na qualidade de vida. "Ele sente uma melhora dentro de dois, três dias no fôlego, se não tiver uma doença respiratória, já dá pra subir uma escada melhor, fazer exercícios", disse o especialista.

Foi o que aconteceu com Odair. À Agência Brasil, o músico lembra que decidiu parar de fumar quando começou a sentir dificuldade para cantar e dor na garganta. "Depois que parei vi diferença em vários aspectos, na hora de cantar, na respiração, tanto para cantar como pra fazer exercício físicos, na alimentação, o gosto dos alimentos é muito melhor agora", destacou.

De acordo com o Ministério da Saúde, 24.515 equipes de 4.371 municípios brasileiros estão inscritas no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que inclui o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). A meta do governo é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes na população adulta até 2022.

O tratamento contra o vício em tabaco do serviço público inclui apoio psicológico, medicamentos (adesivos, pastilhas, gomas de mascar e o antidepressivo bupropiona), atendimentos educativos e terapêuticos. Segundo Meirelles, deixar de fumar é difícil, mas o acompanhamento de profissionais pode tornar o processo mais confortável.

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável. Além disso, cerca de 1,2 bilhão de pessoas são fumantes. "Cerca de 80% dos fumantes desejam parar, mas apenas 3% conseguem realmente abandonar o vício. Além disso, é considerado ex-fumante a pessoa que fica um ano sem fumar", explica o cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, João Ferreira Marques. O médico esclarece que, quem abandona o vício antes dos 30 anos, consegue reestabelecer o organismo a ponto de parecer que nunca fumou.

De acordo com Meirelles, muitas vezes o fumante espera ter um problema de saúde para decidir parar de fumar. O médico acrescentou que a proibição de fumar em locais fechados fez com que muitos fumantes se sentisem incomodados em ter que deixar o ambiente de amigos para fumar e isso está fazendo com que pensem em deixar o vício. "Ele está conversando com amigos e tem que sair para fumar, a pessoa sente-se escrava do cigarro. Se está no shopping e precisa sair pra fumar, isso passa a ser desconfortável".

Segundo pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), entre 1989 e 2010 um em cada três brasileiros deixou de fumar devido à entrada em vigor das medidas que restringiram a propaganda de cigarros na televisão e em veículos de comunicação de massa.

(Aline Leal Valcarenghi/Agência Brasil)


Comentário básico: 
Ontem, dia 28: 2 anos e meio sem fumar!!!
 Afff!!! Parece mentira!!! 
Se você ainda não leu, leia: 
Com cigarro na mão, claro!
Adelidia Chiarelli

Empresa aponta possível fraude em periódicos científicos brasileiros


JC e-mail 4800, de 28 de Agosto de 2013.
Empresa aponta possível fraude em periódicos científicos brasileiros


Publicações foram punidas por fazerem citações cruzadas

A produção científica brasileira explodiu nos últimos anos, trazendo a reboque um grande aumento no número de periódicos científicos editados no país. Mas a luta para aumentar a relevância destas publicações no cenário internacional acaba de sofrer um duro golpe com a suspensão por um ano da divulgação do fator de impacto de quatro delas pela Thomson Reuters, uma das principais empresas que fazem este tipo de avaliação no mundo, por suspeita de fraude. A decisão, tomada em junho, foi acompanhada por determinação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de excluí-las da base de dados do "Qualis Periódicos", um dos quesitos usados pela instituição para avaliar e dar notas aos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no país.
 
O fator de impacto é uma medida de qualidade dos periódicos científicos que tem como base a premissa de que uma revista é "melhor" se os artigos por ela publicados são mais citados em outros estudos. Isso, no entanto, abre caminho para dois principais tipos de manipulação: a autocitação, isto é, quando os periódicos estimulam e priorizam a publicação de artigos que citam estudos por ela previamente publicados; e o chamado "empilhamento de citações", no qual os editores de diferentes periódicos acertam a publicação de artigos que citem os estudos publicados nos dos outros, promovendo citações cruzadas. Foi este segundo esquema que as quatro revistas brasileiras - "Clinics", "Revista da Associação Médica Brasileira", "Jornal Brasileiro de Pneumologia" e "Acta Ortopédica Brasileira" - teriam sido flagradas praticando por novo algoritmo antifraude inserido pela Thomson Reuters e seu sistema de indexação.
 
Editor-chefe da "Revista da Associação Médica Brasileira", o cardiologista Bruno Caramelli nega a existência do esquema e critica a decisão da Capes, segundo ele muito mais severa que a punição imposta pela Thomson Reuters. De acordo com Caramelli, o que houve foi um esforço conjunto dos editores dos periódicos para melhorar e aprimorar suas publicações, o que incluiu diversas estratégias, como a confecção de versões em inglês das revistas, um crivo de qualidade mais restrito e um processo de aceitação e rejeição mais rápido dos estudos. Entre estas estratégias, porém, também estava a publicação dos chamados "artigos de revisão", que reúnem e avaliam os mais relevantes estudos feitos em determinadas áreas nos últimos anos e publicados em revistas brasileiras. E foram estas revisões que teriam disparado o alarme da Thomson Reuters.
 
- Foi essa estratégia que a Thomson Reuters viu como suspeita e não vamos mais fazer isso - garante Caramelli, que, no entanto, vê a decisão da empresa como uma forma de discriminação: - Todas as revistas internacionais usam o mesmo recurso de artigos de revisão, mas só nós fomos punidos.
 
Ainda segundo Caramelli, as principais vítimas tanto da decisão da Thomson Reuters quanto da Capes serão os próprios pesquisadores brasileiros. Para ele, isso vai alimentar o ciclo vicioso que mantém baixo o fator de impacto dos periódicos nacionais.
 
- Minha grande preocupação é o prejuízo que isso pode trazer para os programas de pós-graduação e aos autores dos artigos, já que eles não farão parte da pontuação calculada pela Capes - diz. - Além disso, se não tivermos estratégias para melhorar nossas revistas, não vamos elevar seus fatores de impacto e elas continuarão não sendo procuradas pelos melhores autores, em um ciclo vicioso.
 
(Cesar Baima / O Globo)


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sob críticas, médicos estrangeiros iniciam treinamento







Mais Médicos - JC e-mail 27.08.2013




Veja as matérias aqui!


Rio: vídeo mostra farra de médicos em hospital







Via blog do Josias de Souza

Médicos hostilizam colegas estrangeiros em Fortaleza

Via blog do Noblat
27.08.2013

Lauriberto Braga, Estadão

Selecionados pelo programa Mais Médicos, 96 profissionais com formação no exterior foram hostilizados na noite desta segunda-feira, 26, em Fortaleza, por um grupo de médicos cearenses. O incidente ocorreu quando os estrangeiros saíam da aula inaugural do treinamento a que se submetem na capital. Cerca de 50 médicos brasileiros fizeram um corredor humano e hostilizaram os estrangeiros - entre eles 70 cubanos - gritando palavras de ordem como "Revalida".

A manifestação, puxada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, cobra do governo federal que os médicos vindos de fora sejam submetidos ao exame de revalidação do diploma. "Não aceitamos que eles apenas passem por avaliação de português e Sistema Único de Saúde", reclamou o presidente do Sindicato, José Maria Pontes.

Leia mais em Médicos hostilizam colegas estrangeiros em Fortaleza

Leia também Mais Médicos: profissionais podem ser excluídos do programa em avaliação no fim do curso

Leia ainda ‘Se deixaram a comida, por que os outros não têm direito de comê-la?’, diz médico

Começa processo de avaliação e acolhimento de profissionais estrangeiros que vão atuar no Mais Médicos


JC e-mail 4798, de 26 de Agosto de 2013.
Começa processo de avaliação e acolhimento de profissionais estrangeiros que vão atuar no Mais Médicos


De acordo com reportagem da Agência Brasil os médicos vão trabalhar por três anos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias das grandes cidades

Começa nesta segunda-feira (26) o processo de avaliação e acolhimento de todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação que vão atuar por três anos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias das grandes cidades, pelo Programa Mais Médicos. Os 644 profissionais que vão atuar na primeira fase desembarcaram entre sexta-feira (23) e sábado (24) em oito capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, onde terão terão aulas em universidades federais sobre saúde pública e língua portuguesa.

A vinda dos profissionais foi um dos pontos mais polêmicos do Programa Mais Médicos, já que eles não vão precisar passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), que tem alto índice de reprovação e que é obrigatório para os médicos com diploma estrangeiro atuarem no Brasil. Para as entidades médicas, a não revalidação do diploma deixa a população sem garantia da qualidade dos profissionais. Em vários estados brasileiros, médicos foram às ruas nos últimos dias para protestar contra o programa.

Segundo a doutora em saúde pública e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lígia Bahia, que foi conselheira do Conselho Nacional de Saúde (CNS), há experiências internacionais que mostram haver maior incidência de erros em procedimentos médicos cometidos por estrangeiros. "Dispensar testes de habilitação pode ser uma medida emergencial e provisória. Para a população que vivencia uma verdadeira viacrucis para obter atendimento, a possibilidade de ter um acesso facilitado é sempre positiva. No entanto, sem algum tipo de certificação de competência, haverá dúvidas sobre a qualidade da formação dos médicos que se candidatarem ao edital proposto pelo governo".

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no entanto, defende que as três semanas de ambientação, nas quais os profissionais estrangeiros terão aulas, em universidades públicas federais, sobre saúde pública, com foco na organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e língua portuguesa, servirão também para os médicos serem avaliados pelas universidades brasileiras, "podendo inclusive ser reprovados".

As entidades médicas criticam ainda o tipo de vínculo, considerado por elas precário, que os profissionais estrangeiros que vierem ao país pelo Mais Médicos terão. Eles terão uma bolsa formação no valor de R$ 10 mil, sem contrato empregatício. "Eles pagam uma bolsa de estudo, mas esses profissionais vêm é trabalhar e não estudar", disse o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira.

O Ministério da Saúde defende que a bolsa prevista consiste em uma "bolsa-formação", uma forma de remuneração para a especialização na atenção básica, que será feita ao longo dos três anos de atuação no programa. Além disso, a pasta argumenta que os médicos vão ter que contribuir com a Previdência Social, para terem direito a licenças e outros benefícios.

Inicialmente, o programa, que foi lançado no começo de julho por medida provisória, só previa inscrições individuais, ou seja, o próprio médico se inscrevia. Porém, com esse modelo, o programa só preencheu 10% da demanda de 15.460 profissionais apresentada pelos municípios. Foi então que Padilha anunciou que buscaria convênios internacionais.

Paralelamente, o início da negociação para um acordo com o governo cubano já havia sido divulgado em maio, quando o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que 6 mil médicos vindos de Cuba atuariam nas regiões carentes do Brasil. Nessa ocasião, a medida foi duramente criticada pelas entidades médicas, que alegam que o curso de medicina em Cuba tem carga horária inferior à do Brasil, o que o tornaria semelhante a um curso técnico.

Na última quarta-feira (21), o governo anunciou um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que prevê a intermediação de convênios internacionais. O primeiro, assinado com Cuba, trará 4 mil médicos cubanos até o fim de 2013 para as regiões que não tiveram as vagas preenchidas por inscrições individuais no Mais Médicos.

As críticas quanto à vinda dos cubanos, por parte das entidades médicas, foram ainda mais contundentes. Um ponto que gera questionamentos é o fato de a bolsa de R$ 10 mil paga aos profissionais ser repassada ao governo da ilha, com a intermediação da Opas, para posterior pagamento aos médicos - o que, segundo as entidades, poderia levar os profissionais a receber valores abaixo do que é permitido pela lei brasileira. O secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes, disse, no entanto, que esses profissionais receberiam entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil.

Quando perguntado se seria correto um médico cubano ter a mesma carga horária de trabalho dos demais médicos, mas ganhar menos, Padilha disse que "essas situações acontecem em todo o mundo, nas mais de 50 parcerias que o Ministério da Saúde de Cuba faz no mundo inteiro". O ministro ressaltou a credibilidade da Opas e disse que as regras do acordo são respeitadas em todos os acordos feitos com o governo cubano.

Os 1.618 profissionais inscritos individualmente na primeira etapa do Mais Médicos vão atuar em 579 postos da rede pública, em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma brasileiro e começam a trabalhar no dia 2 de setembro. Os de diploma estrangeiro começam a atuar no dia 16 de setembro.

(Aline Leal Valcarenghi / Agência Brasil)
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-26/comeca-processo-de-avaliacao-e-acolhimento-de-profissionais-estrangeiros-que-vao-atuar-no-mais-medico

Mortalidade infantil está diretamente associada à falta de estudo dos pais


JC e-mail 4798, de 26 de Agosto de 2013.
Mortalidade infantil está diretamente associada à falta de estudo dos pais


Estatística compilada pelo 'Estadão Dados' mostra que, para cada ponto percentual retirado da taxa de analfabetismo da população adulta, a morte de crianças cai 4,7 pontos; fator tem mais influência do que a pobreza e a falta de saneamento básico

Nada mata mais crianças no Brasil do que a ignorância. Pesquisa do Estadão Dados mostra que nenhuma outra de 232 variáveis testadas influi mais nas mortes na infância do que a falta de estudo dos adultos. Nem falta de dinheiro, de água ou esgoto têm impacto maior.

Os dados se referem aos 5.565 municípios brasileiros, foram coletados durante o Censo 2010 e compilados pelo Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Eles foram usados para criar um modelo explicativo dos indicadores que poderiam causar a mortalidade de crianças de até 5 anos. Por meio de métodos estatísticos, foi possível ver que a maior causa desse tipo de morte está relacionada à taxa de alfabetização da população com mais de 18 anos.

Para cada ponto porcentual retirado da taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais, a taxa de mortalidade de crianças até 5 anos cai 4,7 pontos. Na prática, se 1% dos adultos de uma cidade é alfabetizado, em média, mais 47 crianças sobrevivem à primeira infância, a cada 10 mil nascimentos. "Às vezes, a casa não tem saneamento básico, mas se a mãe tem um pouco de educação, consegue que o filho tenha acesso aos programas sociais do governo", disse o pesquisador do IBGE Celso Simões, autor de estudo que chegou a conclusão similar.

O gráfico acima mostra como essas duas variáveis estão relacionadas. Cada ponto representa um município. Ao seguir uma tendência diagonal, o conjunto desses dados revela que quanto maior o analfabetismo, maior a taxa de mortalidade na infância. Cidades como Olho D'água Grande (AL) são exemplos onde esses dois índices são altíssimos - 50 crianças de até 5 anos morrem por ano e 46% dos adultos são analfabetos. Blumenau (SC) está no outro extremo, com taxa de mortalidade cinco vezes menor e apenas 2% de analfabetismo entre adultos.

O impacto da alfabetização de adultos sobre a mortalidade de crianças é duas vezes maior do que o da pobreza. O segundo fator com maior peso para evitar mortes infantis é aumentar a fatia da renda dos 20% mais pobres. Cada ponto porcentual a mais na renda faz diminuir 2,8 pontos da taxa de mortalidade na infância.

O terceiro fator estudado que diminui a mortalidade na infância é o acesso a água e esgoto. Mas o impacto é bem menor do que o do analfabetismo e da pobreza. A cada ponto porcentual a menos de população sem saneamento básico, a mortalidade na infância cai 0,8 ponto. Combinadas, as três variáveis - analfabetismo, pobreza e água/esgoto - explicam 62% da taxa de mortalidade das crianças com até 5 anos no Brasil. O modelo é consistente também no tempo. Aplicado aos dados do Censo de 2000, seu poder de explicação é ainda maior: 69%.

O professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa José Cássio de Moraes ressalta que a maior educação materna também aumenta as chances de doenças infantis serem diagnosticadas mais cedo: "A mãe com nível educacional melhor reconhece mais rapidamente os sintomas de doenças." / COLABOROU DIEGO RABATONE

Desafio é reduzir as mortes de recém-nascidos
Entre 2000 e 2011, segundo o SIM-Datasus, as mortes de crianças com menos de 5 anos caíram de 79.470 para 46.375 por ano. A queda foi mais significativa entre as crianças com mais de um mês de vida: 47% no período. Nessa fase, as causas de morte mais comuns podem ser tratadas com terapias simples, como soro caseiro. Isso ajuda a explicar como o aumento da escolaridade dos pais reduz a mortalidade.

Desafio está agora nas crianças com até uma semana de vida, grupo com maior parte das mortes infantis. O problema é mais complexo, porque as causas não são facilmente evitáveis e implicam cuidados com as mães e o parto.
 
(Lucas de Abreu Maia, José Roberto de Toledo e Rodrigo Burgarelli/O Estado de S.Paulo)
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,mortalidade-infantil-esta-diretamente-associada-a-falta-de-estudo-dos-pais,1067807,0.htm

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nectários, Néctar e Teias Alimentares
Croton glandulosus
Por Lucia Maria Paleari




Díptero da família Asilidae, consumindo o conteúdo da cabeça de uma formiga capturada em Croton glandulosus.


Veja o artigo. Veja as fotos!


Acidificação dos oceanos pode contribuir para o aquecimento do planeta

Via EcoDebate
26.08.2013

Nossas emissões de gases de efeito estufa não apenas aquecem o planeta, elas também acidificam os oceanos . Agora verifica-se que esta mudança na química do oceano vai realimentar as mudanças climáticas, potencializando o aumento da temperatura.

A acidificação dos oceanos é uma ameaça para muitos organismos marinhos, como corais (as conchas de alguns moluscos marinhos já estão se dissolvendo). Até agora parecia que este era estritamente um problema para os organismos marinhos e as pessoas que dependem deles, considerando que a maioria dos cientistas do clima consideravam que o dióxido de carbono que é absorvido pelo oceano para ser armazenado era incapaz de afetar o clima.

Mas uma nova pesquisa [Global warming amplified by reduced sulphur fluxes as a result of ocean acidification] sugere que a acidificação terá efeitos em todo o planeta, agindo nas minúsculas plantas marinhas chamadas de fitoplâncton. CONTINUA!

Extração de gás de xisto vira pivô de batalha em vilarejo da Inglaterra


JC e-mail 4797, de 23 de Agosto de 2013.
Extração de gás de xisto vira pivô de batalha em vilarejo da Inglaterra 


Ativistas protestam contra exploração do produto, que, segundo eles, polui o ar e a água

Uma promessa de riqueza enterrada a 900 metros de profundidade pôs Balcombe, um vilarejo de menos de 2.000 habitantes no sul da Inglaterra, no centro do debate ambiental britânico.
 
Há um mês, moradores da região e ativistas de todo o país protestam contra a realização de testes para extrair gás de xisto do subsolo.
 
Os estudos são defendidos pelo governo David Cameron como uma luz no fim do túnel da crise energética que quase provocou um apagão no Reino Unido em março.
 
Do outro lado, os manifestantes dizem que o método de fratura hidráulica ("fracking", em inglês) das rochas de xisto pode contaminar o lençol freático, poluir o ar e até provocar terremotos.
 
A polêmica ganhou força no domingo passado, quando uma marcha de 2.000 pessoas "dobrou" a população do vilarejo e levou a petroleira Cuadrilla a interromper os trabalhos de perfuração.
 
No dia seguinte, os manifestantes fecharam a rodovia que corta a região. A polícia prendeu 29 pessoas.
 
Ontem a empresa confirmou que as atividades no subsolo foram retomadas, sob forte proteção policial.Entidades ambientalistas, que não estiveram à frente da mobilização até aqui, prometem apoiar novos protestos.
 
"A Cuadrilla tem que aceitar que não pode invadir o interior da Inglaterra com caminhões e máquinas de perfuração sem dar nenhuma garantia à população local", disse à Folha Leila Deen, uma das coordenadoras do Greenpeace britânico.
 
Em nota, a empresa afirma que se submete à fiscalização do governo e que contratou estudos independentes antes de perfurar o solo. "O último relatório não identificou nenhum impacto ambiental que possa ser causado pelas nossas atividades", diz.
 
Na exploração do xisto, as rochas são bombardeadas com uma mistura de água, areia e produtos químicos. A pressão causa fissuras no subsolo e faz com que o gás suba em direção à superfície.
 
No fim de 2011, geólogos ligaram testes feitos pela Cuadrilla a tremores de terra em Blackpool, noroeste da Inglaterra. Diante da repercussão, o governo suspendeu o "fracking" em todo o país.
 
No mês passado, o ministro das Finanças, George Osborne, encerrou a proibição e prometeu incentivos à retomada dos testes. Para ele, o xisto pode baratear a energia e reduzir as importações de gás natural.
 
(Bernardo Mello Franco/Folha de S.Paulo)
 
Leia também:
SBPC e ABC enviam carta à presidente Dilma Rousseff solicitando a suspensão da licitação para a exploração do gás de xisto (matéria de arquivo do Jornal da Ciência): http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=88545 


Commodities cubanas, por Mary Zaidan

Via blog do Noblat
25.08.2013

Acabam de desembarcar no Brasil os primeiros médicos estrangeiros do polêmico Mais Médicos, carro-chefe da campanha eleitoral do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado de São Paulo, que nem se preocupa em esconder isso. Até foi ao aeroporto receber quatro deles, sendo dois brasileiros formados lá fora, que apostam na chance de exercer a profissão na terra natal sem o Revalida, teste que no ano passado aprovou apenas 7,5% dos brasileiros com diploma estrangeiro.
Mais do que ninguém, Padilha sabe que a precariedade do atendimento à saúde não reside no médico e que pouco adiantará multiplicar jalecos brancos sem infraestrutura. Mas como luta contra o tempo para dar cara à sua gestão, tenta, a cada dia, costurar um discurso novo para remendar os furos de um programa parido às pressas para lhe garantir palanque.

Em menos de dois meses, criou a extensão do curso de medicina para oito anos, os dois últimos no SUS, e recuou; anunciou que contrataria seis mil médicos cubanos, desistiu e desistiu da desistência. Para tal, assinou o mais rápido acordo bilateral de que se tem notícia na história, permitindo que 400 médicos cubanos cheguem já nesta semana, quatro mil no total. CONTINUA!

A escravidão foi restaurada em 2013

Via blog do Noblat
25.08.2013


Blog de Augusto Nunes

Se algum dos médicos cubanos tentar escapar de vez da ditadura castrista e asilar-se no Brasil, será atendido pelo governo ou deportado para a ilha-presídio?

Formulada no comentário de 1 minuto para o site de VEJA, a pergunta acaba de ser respondida pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. “Nesse caso me parece que não teriam direito a essa pretensão”, declarou à Folha o doutor federal. “Provavelmente, seriam devolvidos”.

Depois de ressalvar que “a possibilidade de deserção é remota”, Adams tentou justificar a abjeção: “Todos os tratados, quando se trata de asilo, consideram situações que configurem ameaça por razões de ordem política, de crença religiosa ou outra razão. É nesses condições que você analisa as situações de refúgio. E, nesse caso, não me parece que configuraria essa situação”. CONTINUA!

Chegam ao Brasil os primeiros cubanos do programa Mais Médicos

Via Jornal Nacional
24.08.2013

A previsão é que eles comecem a trabalhar em setembro, mas os conselhos regionais de medicina afirmam que não vão conceder o registro profissional aos estrangeiros.


Começaram a chegar, neste sábado (24), ao Brasil os primeiros cubanos que vão fazer parte do programa Mais Médicos. A previsão é que eles comecem a trabalhar em setembro, mas os conselhos regionais de medicina afirmam que não vão conceder o registro profissional aos estrangeiros. O Ministério da Saúde afirma que eles vão poder exercer legalmente a profissão.

Vestidos de jaleco, com bandeiras de Cuba e do Brasil. No desembarque no Recife, os médicos cubanos foram recebidos por estudantes e integrantes de movimentos sociais.

Em entrevista, disseram que não é a primeira vez que vão trabalhar fora de Cuba e que vieram dispostos a ajudar - os médicos e a medicina do Brasil.

“Queremos trabalhar, colaborar e participar da melhora dos indicadores de saúde do povo brasileiro”, declarou a médica Natacha Sanchez.

Veja a matéria completa. Veja o vídeo.

sábado, 24 de agosto de 2013

Una nueva generación reclama la vigencia del sueño de Martin Luther King

No El País
24.08.2013



Aqui!



Las auroras boreales de agosto, en directo desde Groenlandia

Via Tendencias 21
IAC/T21
20.08.2013


Una expedición científica retransmitirá
 a través de Internet el espectacular fenómeno celeste







clique no texto acima para mais detalhes

Helena Nader traça panorama dos desafios da ciência no Brasil


JC e-mail 4797, de 23 de Agosto de 2013.
Helena Nader traça panorama dos desafios da ciência no Brasil

Em entrevista para o Globo Universidade, presidente da SBPC reforça importância de investimentos em educação


Quando o assunto envolve o crescimento econômico brasileiro, Helena Nader é categórica: "Se o Brasil quer entrar para o grupo dos grandes tem que investir em ciência, tecnologia de ponta e inovação". Em entrevista exclusiva ao Globo Universidade, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) reflete sobre os entraves do desenvolvimento científico no país e conta como a SBPC tem militado por mais investimentos na área. "O que a SBPC sempre pautou, desde o início das discussões sobre o pré-sal, foi que os recursos obtidos a partir deste bem finito, que só foi descoberto porque o Brasil investiu em educação e em ciência, deveria ser revertido em mais educação e ciência", ressalta a professora. Helena destacou, ainda, que um dos principais desafios do Brasil é a garantia da educação de qualidade. "A faculdade brasileira é terminal. O nosso estudante universitário não entra na faculdade para ganhar conhecimentos, ele entra para conquistar uma profissão, para ser biólogo, médico, engenheiro".

Helena Bonciani Nader é Bacharel em Ciências Biológicas - modalidade médica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Bióloga pela Universidade de São Paulo (USP). Possui doutorado em Biologia Molecular pela Unifesp e pós-doutorado na University of Southern Califórnia. Atualmente é professora titular da Unifesp e membro da Academia de Ciências de São Paulo e Academia Brasileira de Ciências.

Globo Universidade - Como presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), você poderia comentar quais os principais temas da agenda brasileira em relação às ciências para os próximos anos? Qual a contribuição da SBPC para a concretização desses projetos?
Helena Nader - Como a maioria dos temas da agenda ainda estão em discussão, eu vou dar alguns exemplos de projetos recentes que estão em processo de implementação e que contaram com a participação efetiva da SBPC tanto na proposta e execução do plano, como na implementação.

O mais expressivo deles é voltado para o mar brasileiro e envolve o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas e Hidroviárias (Inpoh). Este projeto busca discutir o mar sob diferentes ângulos: desde a biodiversidade, passando pelas populações que dependem dos insumos que vêm do mar, até o petróleo e o pré-sal. Foi quando nós começamos a discutir sobre isso que percebemos que conhecíamos muito pouco do mar brasileiro, sendo que se você considerar a nossa costa, ela dá uma Amazônia, é um pouquinho maior até. Então, para suprir as necessidades do mar brasileiro, serão implantados institutos com focos específicos do sul ao norte da nossa costa. E para gerenciar esses institutos haverá uma organização social, que funcionará como uma instituição virtual. Dessa forma, aos poucos vamos compreender como o Brasil deverá agir em relação à biodiversidade, ao petróleo e até em relação à defesa, porque o pré-sal, por exemplo, não está colado na costa brasileira, está bem mais distante. Então o tipo de ciência desenvolvido neste projeto vai envolver todas as áreas do conhecimento. Esse é um grande desafio da ciência brasileira para os próximos anos.

Outro tema que também foi discutido sobre o Brasil no âmbito da SBPC e que está tendo um grande impacto é a linha de luz síncrotron. O que é essa luz? Esse tipo de luz possui um comprimento de onda variável, além de ter grande intensidade e alto brilho, o que é fundamental para a obtenção de imagens em alta resolução. Atualmente, nós temos uma linha que fica localizada em Campinas (SP), no antigo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. Essa linha foi, durante muitos anos, pioneira no hemisfério sul do planeta. Hoje já existem no hemisfério sul linhas muito melhores e mais modernas do que a nossa, que está superlotada. Além disso, a faixa de energia na qual ela trabalha está ultrapassada. Junto com outras sociedades, a SBPC já conseguiu aprovar os recursos para a construção de uma nova linha, que também ficará em Campinas, e que nós esperamos que esteja pronta entre quatro e cinco anos. O Centro Diamond, na Inglaterra, possui uma linha excepcional, muito parecida com a que nós vamos construir aqui no Brasil. Foi o Comitê Nacional que analisou o projeto brasileiro e pediu para fazer algumas mudanças de forma que a nossa linha ficasse com um diferencial ainda superior ao da Inglaterra. A linha do Brasil vai se chamar Sibius, assim como a constelação, como uma analogia ao brilho intenso que ela vai ter. A construção dessa linha, portanto, vai envolver muita inovação que será criada pelo Brasil. Então esse projeto vai gerar um grande impacto na ciência brasileira.

GU - Em entrevista, você já afirmou que para o Brasil ter inovação é preciso investir simultaneamente em toda uma cadeia de processos que envolve educação, ciência e tecnologia. Como esta cadeia deve funcionar? Quem é o responsável por viabilizar esta cadeia?
HN - O que a SBPC sempre pautou, desde o início das discussões sobre o pré-sal, foi que os recursos obtidos a partir deste bem finito, que só foi descoberto porque o Brasil investiu em educação e em ciência, deveria ser revertido em mais educação e ciência. A decisão ainda vai ser votada, mas, infelizmente, parece que os recursos serão totalmente destinados à educação e saúde. Saúde é importante, não estou dizendo que não seja, mas o Brasil precisa investir naquilo que dará retorno em vários campos, tanto na saúde, como na agricultura, indústria, tudo. A proposta da SBPC era destinar 70% para o ensino básico, 20% em ensino superior e 10% para ciência e tecnologia, mas isso não aconteceu. Como é que alguém legisla contra aquilo que gerou o recurso? Daqui a 20 anos as pessoas vão se arrepender dessa decisão, porque vão ver que acabou o fundo do petróleo. Hoje as pessoas estão se matando pelo recurso e se esqueceram que isso só foi possível porque anteriormente existiu uma política de investimento na ciência. A Petrobras, por exemplo, teve um papel fundamental. Investiu na ciência com a criação do Cenpes e, mais importante, estabeleceu um diálogo com a universidade. A Petrobras tem convênio com todas as grandes universidades que realizam pesquisas na área do petróleo. E aí você se pergunta por que isso não é feito com mais frequência?

É importante que se diga que um bem que é finito, como o petróleo, precisa ser investido em algo que vai dar frutos, que vai gerar novos recursos, inclusive para a saúde. O Brasil tem que fazer uma opção: quer ou não entrar para o grupo dos grandes? Se ele realmente quer entrar para o grupo dos grandes, vai ter que investir em ciência de ponta, tecnologia e inovação. Hoje nós temos uma economia ótima, mas é toda com baixo valor agregado, ou seja, nós exportamos todo o nosso minério e compramos da China ou dos Estados Unidos todos os insumos, que têm grande valor agregado. Agora, eu insisto, o petróleo e o minério são bem finitos. Todo mundo tem orgulho, por exemplo, da nossa agricultura. Eu preciso reforçar que a nossa agricultura foi feita por ciência. O Brasil apostou na criação da Embrapa que, para dar certo, precisou investir em ciência. E mais importante, nós tínhamos excelentes escolas de agronomia espalhadas por diferentes universidades brasileiras. Foi o conjunto Embrapa/universidade que gerou o que nós temos hoje.

Então o que falta é as pessoas entenderem que a ciência está no dia a dia delas. Quando o indivíduo está fazendo compras, usando um celular, sendo atendido por um medico, usando uma geladeira que consome menos energia, tudo isso é fruto de uma ciência. Então toda tecnologia foi gerada a partir da ciência.

GU - Em relação à SBPC, sabemos que sua fundação foi um importante passo para que houvesse a institucionalização de um sistema de ciência e tecnologia no país. Sabemos, ainda, que a SBPC nunca se restringiu às questões da ciência, mas sempre voltou seu olhar para a vida do país e suas questões sociais e políticas. Por isso, gostaria que você comentasse quais os principais desafios da SBPC na atualidade?
HN - Nós temos vários desafios. A luta por uma legislação para a biodiversidade é uma delas, mas nós ainda estamos limitados. Precisamos de uma legislação que permita que se tenha, realmente, a flexibilização. Aqui no Brasil, quando se fala em flexibilização as pessoas logo pensam que significa "dar um jeitinho", mas não é isso. Atualmente, existem orientações técnicas que possibilitam a investigação e o acesso à biodiversidade brasileira sem qualquer tipo de penalização, mas não são leis, então é sempre algo condicionado. Infelizmente nós estamos ficando para trás. Em relação à Amazônia, por exemplo, nós não somos o único país que está olhando para este bioma, ele não é exclusivamente nacional. Então vários países da América do Sul e a Europa (através da Guiana Francesa) também estão de olho na Amazônia. Aqui no Brasil nós não temos as condições ideais para a ciência, em relação a como as pesquisas podem ser efetuadas. Então nós precisamos de uma legislação moderna, não restritiva e que realmente impulsione a ciência, não só da Amazônia, mas de toda a biodiversidade brasileira. A biodiversidade da Caatinga, por exemplo, também é impressionante. Podemos aprender muitas coisas lá. Ou seja, o Brasil é um país com uma mega biodiversidade e, infelizmente, quando você olha, por exemplo, para a Amazônia, a maioria das publicações sobre ela não saem com o endereço do Brasil. E isso é muito ruim para o país.

Mas, sem dúvida, o nosso principal desafio é pela educação de qualidade. E é um desafio em todos os níveis, desde a pré-escola, do ensino fundamental até o nível universitário. Não adianta eu dizer que a universidade brasileira é de excelência. Ela é, se comparada com as que estão abaixo da gente, mas nós temos que olhar para quem está acima de nós. O modelo de graduação brasileira é pouco atual, precisa ser modernizado. Aquilo que era bom no início do século passado não pode ser bom neste século. Hoje, existem muitas tecnologias que podem ser aproveitadas, mas que são pouco utilizadas no atual modelo educacional brasileiro.

GU - Na sua opinião, qual seria o modelo ideal?
HN- Pensando no caso da graduação, o estudante de graduação deveria poder fazer um currículo mais flexível. Os alunos que vão estudar fora pelo Ciência Sem Fronteiras, por exemplo, têm uma grande oportunidade de obter conhecimento diversificado. Eles precisam adquirir olhares diferentes. A faculdade brasileira é terminal. O nosso estudante universitário não entra na faculdade para ganhar conhecimentos, ele entra para conquistar uma profissão, para ser biólogo, médico, engenheiro. Com isso, a flexibilização é muito restritiva. Então nós temos que acompanhar as mudanças e ver o que podemos fazer para melhorar.

Temos, ainda, outra questão preocupante: Nós colocamos todas as crianças dentro da escola, mas que escola é essa? Possibilitar o acesso à escola para todos foi um passo fundamental, porque antes as crianças não estavam dentro das escolas. Hoje, porém, as crianças estão nas escolas, mas nós não as estamos mantendo. O número de adolescentes que abandona os estudos é muito alto. Nós não podemos permitir que isso aconteça em um país que é a 7ª economia do mundo. Não existe uma unanimidade sobre o tipo de ensino ideal, nem dentro da SBPC, nem na academia.

GU - Como você avalia a participação dos jovens na comunidade científica atualmente? Qual o seu papel em lutar por mais investimentos em ciência, tecnologia e inovação?
HN - O papel do jovem é fundamental sempre, porque o país precisa se renovar a todo o momento. Temos que ter a consciência de que os cientistas do futuro são os pós-graduandos de agora. Eles serão os docentes que vão lutar no futuro pelas mesmas coisas que nós estamos lutando hoje. Na minha opinião, o envolvimento dos jovens é muito bom, mas ainda tem que ser maior. Esse isolacionismo que está acontecendo com os professores e pesquisadores não é nada bom. Tomando como base a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) consigo observar que os jovens que estão à frente da associação e da sociedade são muito envolvidos, mas os demais ficam muito à parte. Não adianta você ter sucesso sozinho. O seu sucesso individual desaparecerá se o seu país, ou pelo menos a sua instituição, não tiver sucesso também.

(Globo Universidade)


Formados no exterior chegam ao Rio com críticas aos médicos do Brasil

Via Portal Terra
Por Marcus Vinicius Pinto
23.08.2013

Na chegada ao Rio de Janeiro dos médicos formados no exterior para o programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, foram os brasileiros que estavam fora do País e que aderiram ao programa que bateram forte contra os críticos da iniciativa. "Não precisamos de Revalida (o exame de revalidação de diploma). Fiz cinco anos de pediatria lá fora e não dois aninhos como aqui", disse em tom crítico o goiano Marcio Moura, que abandonou o serviço público no Faro, sul de Portugal, para voltar ao Brasil com a mulher e a filha para trabalhar em Pirenópolis, Goiás. "Não precisamos de dinheiro, viemos pelo desafio de trabalhar no nosso País", disse. Continua.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CRM-MG diz que brasileiros não devem ser 'padrinhos' de estrangeiros

Via G1
23.08.2013

Conselho pode denunciar profissionais vindos de fora do país à polícia.
Presidente da entidade afirma que revalidação de diploma é indispensável.


O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) não está satisfeito com o programa Mais Médicos e com a vinda de médicos do exterior ao estado, que começam a desembarcar nesta sexta-feira (23) no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o presidente da entidade, João Batista Gomes Soares, os brasileiros não devem “socorrer” nem ser "padrinhos" de profissionais estrangeiros. 

“Não é não socorrer o paciente. É não servir de preceptor para cubano. É não ficar emendando atendimento realizado por cubano. Nós médicos brasileiros não fomos contratados para ser padrinhos de médico cubano ou qualquer outro estrangeiro que venha através de medida provisória”, declara. Ele afirma ainda que nenhum médico, brasileiro ou estrangeiro, deve ser assessorado por colegas. “É a grande pergunta, de quem é a responsabilidade? Se esse médico não tem o CRM, ele pode exercer a medicina através de uma medida provisória?”, questiona.

 Soares afirma que o conselho pretende fiscalizar a atuação dos estrangeiros e, em caso de irregularidades, denunciar os profissionais à polícia. “Se eles estiverem exercendo ilegalmente, exercício ilegal da profissão é motivo de investigação policial. Para exercer uma profissão tem que cumprir regras. Se o sujeito está em Caratinga, e a fiscalização for até lá, e ele não tem documentação [registro no CRM], o conselho vai até a policia denunciar”, adianta. Continua.

Alyne morreu e o Estado continua omisso,
por Flávia Piovesan e Carmen Hein de Campos

Via blog do Noblat/O Globo
22.08.2013

Em 16 novembro de 2002, morreu Alyne da Silva Pimentel Teixeira: 28 anos, afro-descendente, pobre, grávida de 6 meses, deixando uma filha de 5 anos. Em 11 de novembro, Alyne foi a um Centro de Saúde em Belford Roxo, em virtude de fortes sintomas indicando uma gravidez de alto risco. Por orientação médica, retornou à sua casa, regressando ao Centro dois dias depois, com dores ainda mais agudas, sem que no exame médico fossem detectados os batimentos cardíacos do feto.

Com a demora na realização do parto induzido, 6 horas depois, Alyne deu à luz a um feto natimorto. A cirurgia para a retirada da placenta ocorreu somente 14 horas depois do parto. Em virtude da gravidade do caso, Alyne foi transferida para um hospital.

Contudo, a ausência de ambulância e a indisponibilidade de leito culminaram com a sua morte 5 dias após a ida ao Centro de Saúde. O drama de Alyne simboliza a violência da morte materna evitável, fruto da dolorosa peregrinação por hospitais, do sofrimento agravado pela precariedade do sistema de saúde e da omissão de políticas públicas a violar o direito à maternidade segura.

Desde 2003, tramita na Justiça uma ação de indenização proposta pela família de Alyne. Diante da demora na prestação jurisdicional, em 2007, o caso foi submetido ao Comitê para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW).

Em agosto de 2011, ineditamente, o Comitê da ONU condenou o Estado brasileiro pela morte de Alyne, recomendando:

a) indenizar a família de Alyne;

b) garantir o direito das mulheres a uma maternidade segura e o acesso adequado aos procedimentos obstétricos;

c) proporcionar a formação profissional adequada aos trabalhadores de saúde;

d) assegurar a observância de parâmetros nacionais e internacionais de saúde reprodutiva nos serviços públicos de saúde; e

e) punir os profissionais de saúde que violem os direitos reprodutivos das mulheres e seu direito de acesso à saúde.

O caso é emblemático por constituir a 1ª condenação internacional referente à morte materna, sendo um relevante precedente para a proteção dos direitos humanos das mulheres.

A gravidez ainda apresenta sérios riscos à vida das mulheres: uma mulher morre a cada minuto no mundo por causa relacionada à gravidez ou ao parto (UNFPA, 2008) — o que corresponde a mais de meio milhão de mortes anualmente (UNFPA, 2007; 2008).

Mulheres que vivem em zonas rurais e com baixo nível socioeconômico são as que mais correm risco de morrer ou de sofrer as consequências de uma gravidez sem o atendimento necessário (CRR, 2008).

Reduzir em 75% as mortes maternas evitáveis, até 2015, é o 5º Objetivo do Desenvolvimento do Milênio (ODM) assumido pelo Estado brasileiro. Apesar da redução do óbito materno no Brasil nas últimas décadas, a mortalidade materna persiste como sério problema de saúde pública no país.

No entanto, passados mais de 10 anos da morte de Alyne e dois anos da decisão do Comitê CEDAW, o Estado brasileiro ainda não cumpriu qualquer das recomendações. O risco de descumprimento da decisão internacional não apenas viola o direito da vítima e de seus familiares à reparação, como também afronta os direitos das mulheres brasileiras à maternidade segura, demandando o dever do Estado de adotar políticas públicas no campo da saúde reprodutiva (como medida preventiva a afastar mortes maternas evitáveis).

Traduz, ainda, uma incoerente e inaceitável postura do Estado brasileiro — que, na qualidade de crescente ator global a endossar o multilateralismo, não merece afrontar a credibilidade, a legitimidade e a eficácia de instituições internacionais.

O caso Alyne foi apreciado por uma instância internacional — o Comitê CEDAW — tendo como fundamento o Protocolo Facultativo à Convenção sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher, que habilita o Comitê a apreciar denúncias de violações da Convenção. Foi o mesmo Estado brasileiro que, no livre e pleno exercício de sua soberania, ratificou o Protocolo aceitando o mecanismo de denúncia — que, agora, porque condenado, recusa-se a cumprir.

Implementar integralmente a decisão internacional é uma exigência jurídica decorrente dos tratados firmados e da responsabilidade do Estado por morte evitável de mulheres. Uma gravidez segura, com um atendimento qualificado e humanizado, é um direito de todas as mulheres.

Flávia Piovesan é procuradora do Estado de São Paulo e professora da PUC-SP e Carmen Hein de Campos é advogada.

Governo não se entende sobre salário de cubanos

Via blog do Noblat
23.08.2013

O Globo

O governo deu nesta quinta-feira informações divergentes sobre o salário que os médicos cubanos vão receber para trabalhar no Brasil pelo programa Mais Médicos. Pela manhã, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse que os médicos cubanos deverão ganhar o mesmo valor que recebem em Cuba. Médicos cubanos ouvidos pelo GLOBO disseram receber o equivalente a US$ 27 (R$ 60) na ilha.

Mas à noite, em entrevista ao “Jornal Nacional”, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que os cubanos terão um padrão de remuneração superior ao que têm no próprio país.

— Posso te afirmar, ele (o cubano) terá um padrão de remuneração aqui no Brasil, para além do que pode receber na sua família, que é superior aos enfermeiros, aos técnicos de enfermagem, a agentes comunitários de saúde com quem esses médicos vão trabalhar — disse Padilha. Continua.

Cid terá que detalhar caviargate à Assembleia

Via blog do Josias de Souza
23.08.2013


Por unanimidade, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou nesta quinta (22) requerimento que obriga o governador Cid Gomes (PSB) a fornecer em 30 dias detalhes sobre o caviargate, um escândalo de comida que ameaça comer os responsáveis.
Deve-se a iniciativa do requerimento ao deputado Heitor Férrer (PDT), um opositor que faz barulho em torno do contrato firmado pela administração de Cid Gomes com um serviço de buffet. Coisa de R$ 3,4 milhões só para o gabinete do governador. Continua.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Amazônia perdeu 153 quilômetros quadrados de floresta no mês de julho

Via UNISINOS
21.08.2013


SAD detectou 152 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal em julho de 2013. Isso representou um aumento de 9% em relação a julho de 2012 quando o desmatamento somou 139,5 quilômetros quadrados. Foi possível monitorar 92% da área florestal na Amazônia Legal enquanto que em julho 2012 havia mais nuvens e foi possível monitorar 80% do território.
A informação é do Imazon, 19-08-2013.
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2012 a julho de 2013 totalizou 2.007 quilômetros quadrados. Houve aumento de 92% em relação ao período anterior (agosto de 2011 a julho de 2012) quando o desmatamento somou 1.047 quilômetros quadrados.
Em julho de 2013, o desmatamento ocorreu principalmente no Pará (38%), Amazonas (28%), Mato Grosso (24%) e Rondônia (9%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 93 quilômetros quadrados em julho de 2013. Em relação a julho de 2012, quando a degradação florestal somou 27,5 quilômetros quadrados, houve um aumento de 237%.
A degradação florestal acumulada no período (agosto 2012 a julho 2013) atingiu 1.555 quilômetros quadrados. Em relação ao período anterior (agosto de 2011 a julho de 2012), quando a degradação somou 2.002 quilômetros quadrados, houve redução de 22%.
Em julho de 2013, o desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 3 milhões de toneladas de CO² equivalente. No acumulado do período (agosto 2012 a julho de 2013) as emissões de CO² equivalentes comprometidas com o desmatamento totalizaram 100 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 60% em relação ao período anterior (agosto de 2011 a julho de 2012).
Clique  aqui para ler os dados completos.

Los muy enganchados a la nicotina engordan más al dejar de fumar

Via SINC
21.08.2013


clique no texto acima para ler a matéria completa


Comentário básico:
No próximo dia 28 : 2 anos e meio sem fumar.
Vivaaaaa!!!!!!!
\0/
Adelidia Chiarelli

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Conselho Federal de Medicina (CFM) promete barrar convênio do governo para importação de 4 mil médicos cubanos

Via Estadão
Lisandra Paraguassu 
21.08.2013

Para entidade médica, anúncio é 'eleitoreiro, irresponsável e desrespeitoso'

BRASÍLIA - O Conselho Federal de Medicina (CFM) classificou como “eleitoreiro, irresponsável e desrespeitoso” o anúncio feito pelo governo de contratar médicos cubanos para atuar no País. Por meio de nota, o órgão afirmou que vai recorrer às “medidas judiciais cabíveis” para barrar a importação dos profissionais.
"O CFM condena de forma veemente a decisão irresponsável do Ministério da Saúde que, ao promover a vinda de médicos cubanos sem a devida revalidação de seus diplomas e sem comprovar domínio do idioma português, desrespeita a legislação, fere os direitos humanos e coloca em risco a saúde dos brasileiros”, afirmou a entidade. Continua.

Leia também:
Conselho Federal de Medicina critica vinda de médicos cubanos

Governo anuncia a contratação de 4 mil médicos cubanos

Jornal Nacional
21.08.2013

Os profissionais vão trabalhar nos municípios que não foram escolhidos pelos candidatos do programa Mais Médicos.

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (21), a contratação de 4 mil médicos cubanos para trabalhar nos municípios que não foram escolhidos pelos candidatos do programa Mais Médicos.

Os detalhes do acordo foram fechados numa reunião entre o ministro da Saúde e o representante da OPAS - Organização Panamericana da Saúde.

Até o fim deste ano, o governo brasileiro vai contratar 4 mil médicos cubanos para trabalhar no programa Mais Médicos. O primeiro grupo, de 400, chega neste fim de semana.

Veja a matéria completa. Veja o vídeo.

Secretário diz que havia ambulâncias para resgate em Porto Alegre

Jornal Nacional
21.08.2013

A prefeitura de Porto Alegre vai investigar a conduta do médico do Samu que não atendeu ao pedido de uma ambulância, feito na terça-feira (21), para um homem de 70 anos que passava mal no centro da cidade.

A prefeitura de Porto Alegre vai investigar a conduta do médico do Samu que não atendeu ao pedido de uma ambulância, feito na terça-feira (21), para um homem de 70 anos que passava mal no centro da cidade. O homem foi levado pela polícia, mas morreu ao chegar ao hospital. O enterro foi na tarde desta quarta.

Foi uma despedida simples, apenas com a presença da família. Orlando Francisco Rodrigues da Silva trabalhava como jardineiro e vigilante.

O filho, Luciano Oliveira, soube da morte do pai pela televisão. “Tudo a gente paga imposto e é maltratado, é tratado que nem animal”, diz.

Veja a matéria completa. Veja o vídeo.

Pesquisadores criam biossensor para detectar pesticida

Via Agência FAPESP
21.08.2013

Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com colegas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), criaram um sensor biológico (biossensor) que detecta em minutos, na água, no solo e em alimentos, a presença de um pesticida altamente tóxico que está sendo banido no Brasil, mas que ainda é usado em diversas lavouras no país: o metamidofós.
Desenvolvido no âmbito do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO) – um dos INCTs apoiados pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Estado de São Paulo –, o sensor pode ser adaptado para detecção de outros tipos de pesticidas, afirmam os pesquisadores. O princípio básico do dispositivo também deu origem a um possível novo teste rápido para detecção de infecção pelo vírus da dengue.
“Escolhemos o metamidofós para ser detectado pelo sensor porque, apesar de já ter sido banido em diversos países, há indícios do uso desse pesticida, extremamente tóxico, sobretudo no Estado do Mato Grosso”, disse Nirton Cristi Silva Vieira, pós-doutorando no IFSC (com Bolsa da FAPESP) e um dos orientadores do projeto do biossensor de pesticida e do teste rápido de dengue, à Agência FAPESP.
Vieira conta que o metamidofós é utilizado principalmente em lavouras de soja para matar lagartas e percevejos que atacam a oleaginosa. O pesticida penetra facilmente o solo e os lençóis freáticos e, ao contaminar a água e os alimentos, atua no sistema nervoso central dos seres vivos, inibindo a ação da acetilcolinesterase – enzima que promove as ligações (sinapses) dos neurônios.
Nos humanos, além de ser prejudicial para as funções neurológicas, o metamidofós também pode causar danos nos sistemas imunológico, reprodutor e endócrino e levar à morte.
Continua.