quarta-feira, 30 de maio de 2012

INPE e SOS Mata Atlântica divulgam novos dados do Atlas

Via INPE
29.05.2012


A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram nesta terça-feira (29/5) os dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2010 a 2011. Os resultados mostram que Minas Gerais e Bahia foram os Estados que mais desmataram.

O estudo aponta desflorestamentos verificados de 13.312 hectares (ha), ou 133 Km², no período de 2010-2011. Destes, 12.822 ha correspondem a desflorestamentos, 435 ha a supressão de vegetação de restinga e 56 ha a supressão de vegetação de mangue. No dia 27 de maio (domingo), foi comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica. Ela é o bioma mais ameaçado do Brasil: restam somente 7,9% de remanescentes florestais em fragmentos acima de 100 hectares, representativas para a conservação da biodiversidade. Considerando todos os pequenos fragmentos de floresta natural acima de 3 hectares, o índice chega a 13,32%.

Da área total do bioma Mata Atlântica, 1.315.460 km2, foram avaliados no levantamento 1.224.751 km2, o que corresponde a cerca de 93%. Foram analisados os Estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e Bahia. Por causa da cobertura de nuvens, que prejudicam a captação de imagens via satélite, foram avaliados parcialmente os Estados da Bahia (57%), de Minas Gerais (58%) e do Espírito Santo (36%). Nos demais Estados do Nordeste que estão dentro dos limites do bioma – Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte – a análise foi impossibilitada devido a ocorrência de nuvens.

Os dados foram apresentados durante coletiva em São Paulo por Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica; Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação, e Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE. Continua

Países expulsam diplomatas sírios em resposta ao massacre de Houla

Via blog do Noblat
30.05.2012


O Globo

Em resposta à morte de pelo menos 108 pessoas no massacre de sexta-feira na cidade de Houla, atribuído pelas autoridades internacionais ao governo do presidente Bashar al-Assad, o governo brasileiro não deve, pelo menos por enquanto, expulsar diplomatas sírios do país, a exemplo do que fizeram diversas nações ocidentais.

A informação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo ele, esse tipo de atitude pode interromper qualquer tentativa de entendimento.

EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália, Bulgária, Austrália e Canadá expulsaram nesta terça-feira diplomatas sírios, incluindo os embaixadores nos países.

O ministro das Relações Exteriores australiano, Bob Carr, disse esperar que outros países façam o mesmo, enquanto uma resolução mais forte no Conselho de Segurança da ONU continua enfrentando a resistência de aliados de Assad.

Segundo a ONU, menos de 20 das vítimas de Houla morreram no ataque de artilharia: a maior parte foi executada sumariamente e quase metade delas eram crianças.

Nos EUA, enquanto o chefe do Estado Maior Conjunto, Martin Dempsey, disse que massacres como o de Houla tornam uma intervenção militar mais possível, a Casa Branca se esforçou para se distanciar de tal opção — também não descartada ontem pelo presidente francês, François Hollande.

Leia mais em Países expulsam diplomatas sírios em resposta ao massacre de Houla

Leia também Brasil não adere para manter canal de diálogo, diz Patriota

Atum com radiação de Fukushima cruza o Pacífico e chega aos EUA

Via IG
29.05.2012

Peixes foram contaminados nas águas do Japão e migraram 9.650 kms até chegar a costa da Califórnia, nos Estados Unidos

Baixos níveis de radiação nuclear oriunda da usina atômica de Fukushima, no Japão, foram detectados em atuns na costa da Califórnia, num sinal de que esses peixes transportaram isótopos pelo Pacífico mais rapidamente do que o vento ou o mar, disseram cientistas nesta segunda-feira (28).

Pequenas quantidades de césio-137 e césio-134 foram detectados em 15 atuns apanhados perto de San Diego em agosto de 2011, cerca de quatro meses depois do terremoto e do tsunami que danificaram a usina japonesa, causando o vazamento radiativo. Continua

terça-feira, 29 de maio de 2012

Em vídeo, presidente do PT pede que militância defenda Lula///Gilmar Mendes diz ser alvo de 'intrigas' por parte de Lula

Portal Terra
29.05.2012

Em vídeo, presidente do PT pede que militância defenda Lula

O presidente do PT, Rui Falcão, pediu apoio à militância do partido para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para adiar o julgamento do mensalão. Em vídeo postado no site da legenda, Falcão afirma que as denúncias contra Lula são "manobras com nítidos objetivos eleitoreiros". Continua



Folha.com
Por FELIPE SELIGMAN
29.05.2012

Gilmar Mendes diz ser alvo de 'intrigas' por parte de Lula

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a "central de divulgação" de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo "constranger o tribunal" para "melar o julgamento do mensalão". Continua

'É como um filho voltando para casa', diz dono do cão Zeca, em São Paulo

Vi G1
Por Nathália Duarte
28.04.2012

Cachorro foi levado durante arrastão a condomínio no dia 22 de maio.
Dono quer recuperar tempo perdido e promete ‘carnes nobres’ para cão.


Ao reencontrar o seu cão Zeca, na tarde desta segunda-feira (28), na sede do Deic, Zona Norte de São Paulo, o dono Cristiano Maffra parecia emocionado. Zeca foi levado por assaltantes na terça-feira (22), durante um arrastão em um condomínio na Aclimação, Zona Sul. O cachorro foi encontrado nesta segunda, em uma favela na Zona Leste da capital.

“É como um filho voltando para casa. Não tenho palavras para agradecer todo o apoio que recebi e o esforço das pessoas em encontrar o Zeca. Agora, é recuperar o tempo perdido e cuidar dele, que parece estar com sede e não deve ter se alimentado direito. Prometo uma noite com carnes nobres para ele”, brinca Maffra.

Segundo o dono, o cão foi encontrado em um terreno abandonado. “Foi muita crueldade terem levado o cachorro. Durante o arrastão, um dos assaltantes se encantou com ele e decidiu levá-lo. Os últimos seis dias foram muito complicados e cansativos”, conta. Veja a matéria completa. Veja o vídeo

Pesquisa investiga uso indevido de ansiolíticos entre mulheres

Via Agência FAPESP
Por Por Karina Toledo
24.05.2012

Agência FAPESP – A maioria das mulheres que fazem uso indevido de ansiolíticos compra os medicamentos com receita médica, mas apesar de serem acompanhadas por um profissional de saúde não recebem orientação adequada sobre os riscos do uso prolongado desse tipo de droga.

As conclusões estão em um artigo publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O estudo qualitativo, financiado pela FAPESP e coordenado por Ana Regina Noto, entrevistou 33 mulheres entre 18 e 60 anos com o objetivo de compreender os padrões de uso indevido de benzodiazepínicos.

Essa classe de medicamentos – da qual fazem parte o Rivotril, o Dormonid e o Alprazolam – é indicada principalmente para tratar quadros de ansiedade e insônia. Seu uso por mais de quatro semanas, contudo, não é recomendado pelo risco de desenvolvimento de dependência.

No estudo da Unifesp, foram definidos como uso indevido os casos de pacientes que compraram o medicamento sem prescrição médica ou que consumiram a droga em quantidades ou prazos superiores ao recomendado.

“Levantamentos epidemiológicos têm indicado com frequência o uso abusivo de benzodiazepínicos e decidimos investigar esse fenômeno com mais profundidade. Optamos pelas mulheres porque é a população que esses estudos apontam como a de maior consumo”, contou Ana Regina.

Das 33 mulheres entrevistadas, 24 disseram receber acompanhamento médico e 30 afirmaram comprar o medicamento com receita apropriada. No entanto, apenas cinco entrevistadas souberam mencionar as principais orientações que devem ser dadas sobre o consumo de benzodiazepínicos: não usar em associação com o álcool, não dirigir sob o efeito da droga e o risco de dependência associado ao uso prolongado.

“Os benzodiazepínicos são drogas depressoras do sistema nervoso central e, se consumidas com álcool, esse efeito é potencializado. Isso diminui a coordenação motora e aumenta as chances de a paciente se envolver em vários tipos de acidente. É uma importante causa de queda entre os idosos”, afirmou a pesquisadora. Continua

Brasileiros preferem publicar em revista tradicional às de livre acesso


JC e-mail 4506, de 28 de Maio de 2012.
Brasileiros preferem publicar em revista tradicional às de livre acesso


Uma iniciativa de cientistas do mundo todo está propondo uma revolução no mundo acadêmico. Chamada de Primavera da Academia, a campanha incentiva o boicote às editoras de periódicos científicos, que impõem aos interessados em seu conteúdo assinaturas que chegam a US$ 40 mil.

O movimento ganhou força com o apoio de universidades como Harvard, que publicou um comunicado, no dia 17 de abril, incentivando seus pesquisadores a disponibilizarem seus artigos gratuitamente em seu site. Contudo, hoje, apesar das cobranças, os cientistas brasileiros ainda priorizam as publicações tradicionais, publicando poucos artigos em revistas de livre acesso.

Os pesquisadores justificam a preferência. "É importante publicarmos em revistas tradicionais, pois elas têm uma notoriedade maior, e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] está muito preocupada com o índice de impacto das publicações. Se o pesquisador não publica artigos em revistas com alto índice, ele não é considerado prestigiado na classificação do órgão, o que prejudica os alunos e o curso dele, pois cursos com classificação abaixo de 4 na avaliação fecham. Se eu tiver cinco artigos publicados na Nature, eu tenho portas abertas no mundo inteiro, o que não ocorre se publicar cinco trabalhos em revistas de livre acesso", explica o professor de bioquímica da Unicamp Anibal Vercesi.

O professor de física da USP-São Carlos Vanderlei Bagnato concorda: "Você tem que se preocupar em publicar em periódicos sérios e reconhecidos, porque, para nós, a credibilidade do trabalho vem com a publicação nessas revistas". Por outro lado, ele também destaca a importância da publicação de artigos nas revistas de livre acesso. "Todo mundo quer ler trabalhos relevantes. Por isso, as pessoas procuram acessar publicações de boa reputação, e pelas quais não precisam pagar. Por isso, o ideal seria a gente unir essas duas características em revistas de acesso livre, que também são mais vantajosas para quem publica nelas, já que podem ser lidas por mais pessoas", diz.

Para o professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Grupo de Educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Isaac Roitman, o quadro brasileiro da publicação de artigos científicos deve ser analisado historicamente. "Há 30, 40 anos, era muito mais difícil para o pesquisador do Brasil publicar os seus trabalhos em periódicos científicos, e poucas publicações brasileiras preenchiam os requisitos de qualidade exigidos. Além disso, o acesso às revistas estrangeiras era muito mais difícil e lento", analisa. Contudo, especialmente nos últimos 10 anos, a popularização da internet permitiu o maior acesso a publicações do mundo todo, que passaram a ter versões online. Continua

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Para entidades, novo Código traz anistia e redução da proteção ambiental

Via Estadão
Por Eduardo Bresciani
28.05.2012

Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, que reúne 163 entidades da sociedade, apresentou uma análise extremamente negativa da decisão da presidente

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, que reúne 163 entidades da sociedade, apresentou uma análise extremamente negativa da decisão da presidente Dilma Rousseff sobre o Código Florestal. Para os integrantes do comitê o texto sancionado pela presidente, com 12 vetos, combinado com a Medida Provisória traz um retrocesso ambiental.

"Infelizmente a presidente Dilma não cumpriu seu compromisso com a sociedade. Tem vários dispositivos de anistia e de incentivo a desmatamento e com redução de proteção ambiental", disse André Lima, consultor da SOS Mata Atlântica e coordenador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). "Falou-se muito em meio termo, mas o caminho do meio entre não tomar veneno e tomar muito é veneno do mesmo jeito. Essa proposta é venenosa", afirmou Pedro Gontijo, secretário da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Continua



Lula pediu para adiar mensalão, diz ministro

Via Estadão
27.05.2012

Agência Estado

Brasília, 27 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para adiar o julgamento do mensalão. Segundo reportagem da revista Veja, a conversa teria ocorrido no escritório de advocacia do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim.

Questionado pela reportagem, durante evento neste sábado em Curitiba (PR), Mendes não quis dar declarações, mas confirmou o conteúdo da reportagem e salientou que nem ele nem os outros ministros do Supremo se sentem intimidados pelo ex-presidente. A expectativa é de que o STF julgue a ação no segundo semestre.

De acordo com a revista, Lula teria comentado que o julgamento agora seria "inconveniente" e feito uma oferta velada. Em troca do apoio ao adiamento, Mendes poderia ter proteção na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Cachoeira. Continua

Leia também:
Celso de Mello: se Lula ‘ainda fosse presidente, comportamento seria passível de impeachment’


PF deporta artista espanhol em aeroporto do CE

Via blog do Josias de Souza
27.05.2012


A Polícia Federal barrou a entrada de um artista plástico espanhol no aeroporto internacional Pinto Martins, de Fortaleza. Chama-se Jose Inácio Rincom Rodrigues. Sob a alegação de que o visitante não apresentou comprovante de hospedagem no Brasil, os agentes alfandegários o deportaram.

O artista foi mandado de volta à Espanha na noite de sábado (26). Neste domingo (27), o incidente ganhou o noticiário. José Inácio informou aos policiais que viera ao Ceará para participar de uma exposição de arte. Foi deportado mesmo assim.

O caso ocorre uma semana depois de o artista plástico brasileiro Menelaw Sete ter protagonizado episódio análago no Aeroporto de Barajas, em Madri. A caminho de Milão, na Itália, onde também participaria de uma exposição de arte, Menelaw foi embarcado de volta ao Brasil no sábado (19) anterior, após ficar detido por cerca de 30 horas. Continua

domingo, 27 de maio de 2012

A Terra daqui a 100 milhões de anos

Pra você, Silvinha!
Parabéns!!!!






Conselho quer retirar do ar quadros do programa Pânico na Band

Via Agência Brasil/Agência Patrícia Galvão
24.05.2012

Brasília - O Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos entrou hoje (24) no Ministério Público Federal (MPF) com uma representação em que pede a retirada do ar dos quadros A Academia das Paniquetes e O Maior Arregão do Mundo, exibidos no programa Pânico na Band. Para o conselho, a atração da emissora de TV Band reproduz exemplos negativos para crianças e adolescentes, estimula a discriminação e constrange a figura feminina.

O documento foi entregue nesta tarde ao subprocurador-geral da República, Aurélio Virgílio Veiga, pelo presidente do conselho, Michel Platini. A vice-presidenta da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Erika Kokay (PT-DF), também participou da reunião.

Na audiência, Aurélio Virgílio recebeu a representação e disse que o documento será encaminhado até amanhã (24) à Procuradoria Regional da República do Estado de São Paulo. Segundo Virgílio, será feita uma recomendação imediata quanto ao horário de veiculação do programa. A intenção é que a exibição seja feita em horário que resguarde crianças e adolescentes. “A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão não defende programas que utilizem a humilhação dos outros como forma diversão de alguns”, argumentou o subprocurador.

“Em um caso como esse, em que há violação dos direitos humanos, tradicionalmente trabalhamos pensando na classificação indicativa. Temos muita preocupação de tomar atitudes drásticas que possam ser entendidas como censura ou cassação, até por ser uma concessão pública. Vamos tentar buscar através da reclassificação indicativa a possibilidade efetivamente eficaz para resolver o problema”, disse Aurélio Virgílio.

O conselho sugere que, no horário da veiculação do programa (às 21h), sejam exibidos vídeos educativos com a finalidade de combater todas as formas de trote, divulgando uma cultura de paz, que enfrente a discriminação e combata a exposição vexatória das mulheres. Procurada pela Agência Brasil, a emissora informou por e-mail que não comentará a representação.

O presidente do conselho, Michel Platini, disse que crianças e adolescentes estão entre os telespectadores do programa, que “cultua atos de violência e agressividade”. “[Isso nos] preocupa muito. Não podemos deixar que um programa nacional influencie nossa sociedade negativamente”, disse ele.

“O programa excede os limites, veicula trotes, naturalizando esse comportamento e educando o seu público a reproduzir esses atos em outros ambientes, inclusive nas escolas. A cada edição, os direitos humanos são afrontados, eles [responsáveis pelo programa] não têm ideia dos desdobramentos que podem causar”, destacou Platini.

O último balanço feito pela coordenação da campanha Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania revelou que o programa Pânico na TV, que era veiculado pela pela emissora Rede TV e passou a ser transmitido pela Band, lidera o ranking de reclamações de telespectadores. A campanha tem o apoio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Edição: Talita Cavalcante e Juliana Andrade

Especialistas em comunicação advertem sobre perigo do “humor fácil” na TV

Via Agência Brasil/Agência Patrícia Galvão
24.05.2012


Brasília - Especialistas em comunicação advertem que programas exibidos pelas emissoras de televisão têm um efeito em cadeia na educação das crianças e adolescentes. Para eles, um programa que contenha cenas de violência e que exponha a figura feminina, por exemplo, deve ir ao ar em um horário no qual apenas adultos acompanhem a exibição. Também alertam sobre as ameaças de agravamento da violência e da discriminação por meio da banalização do chamado humor fácil.

Para a pós-doutora em cinema e televisão e professora da Universidade de Brasília (UnB) Tânia Montoro, o tipo de humor apresentado no programa incentiva a violência. “Esse tipo de humor de naturalização da violência simbólica contra o feminino presta um desserviço à população brasileira”, disse ao se referir ao programa Pânico na Band. “Existe um conceito filosófico comprovando que as pessoas em formação imitam o que veem com frequência. O programa passa ensinamentos de discriminação e atos violentos”, completou.

O Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos entrou hoje (24) no Ministério Público Federal (MPF) com uma representação em que pede a retirada do ar dos quadros A Academia das Paniquetes e O Maior Arregão do Mundo, exibidos no programa Pânico na Band. Para o conselho, a atração da emissora de TV Band reproduz exemplos negativos para crianças e adolescentes, estimula a discriminação e constrange a figura feminina. Procurada pela Agência Brasil, a emissora informou por e-mail que não comentará a representação.

Tânia Montoro disse ainda que é contrária a qualquer tipo de censura dos meios de comunicação. Mas advertiu: “A sociedade está cansada desse tipo de programa humorístico”. “O fato de ter audiência não significa em momento algum que formas grotescas possam ser incentivadas. Agredir as pessoas não é humor e, sim, violência.”

O jornalista e mestre em comunicação visual Cláudio Ferreira defendeu a revisão da chamada classificação indicativa do Pânico, assim como de seu conteúdo. “A primeira providência a ser tomada é reclassificar o programa. Essa mudança é um instrumento importante para preservar esse público infantojuvenil de programas inadequados. É obrigação do Estado rever a classificação indicativa. Ao perceber que tem conteúdo inapropriado, deve-se mudar o horário de exibição.”

Para o professor, as autoridades e a sociedade devem exigir qualidade na programação de televisão. “Temos várias formas de fazer pressão para que um programa como esse tenha boa qualidade, mas, com o humor, é um pouco mais difícil, porque às vezes perde-se o limite de respeito. Vivemos em uma sociedade com muitos problemas de educação. A televisão, além de ser um meio de comunicação, é um meio de instrução para as pessoas. Ela mostra o comportamento e pode influenciar nesse sentido”, disse ele.

Edição: Talita Cavalcante e Juliana Andrade


Xuxa e a doença do coração de pedra

Via Época
Por CRISTIANE SEGATTO
25.05.2012

Ela revelou que muitos brasileiros sofrem de um mal degenerativo e paralisante

Todo médico é obrigado pelo Ministério da Saúde a notificar os casos de violência infantil que lhe chegam. No ano passado, foram registradas 14 mil agressões contra menores de dez anos. O abuso sexual somou 35% dos registros. Para um país com as condições sociais e a dimensão geográfica do Brasil, são números acanhados. Um sinal de que muita gente sofre em silêncio foi a reação popular ao depoimento de Xuxa ao Fantástico.

Em apenas dois dias, 220 mil denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes chegaram à Secretaria de Direitos Humanos. Muito mais que as 30 mil ligações feitas ao Disque Denúncia (Disque 100) nos primeiros quatro meses deste ano. Xuxa encorajou as vítimas a dar o primeiro passo. Agora, o Estado precisa ser capaz de acolhê-las, investigar o que dizem e, quando for o caso, punir os culpados.

Ao revelar sua história pessoal, Xuxa cutucou uma ferida nacional das mais vergonhosas. Mostrou também que parte da sociedade brasileira sofre de uma moléstia degenerativa e paralisante: a doença do coração de pedra.

A insensibilidade expressa aos borbotões nas redes sociais demonstra que só um desavisado ainda credita ao povo brasileiro qualidades gerais como caráter amigável e solidariedade. Se uma parte de nós ainda é assim, outra parte – coesa e ruidosa – é cruel, desumana, preconceituosa.

Tornou-se uma saída fácil atribuir todas as mazelas da sociedade brasileira à falta de educação. A economia melhorou, mas a sociedade só vai avançar quando o povo tiver acesso à educação. Preconceito se combate com educação. Ouvimos isso o tempo todo, não é mesmo?

Como se explica, então, que um rapaz com doutorado no Exterior se ocupe de distribuir nas redes sociais insultos contra Xuxa? Será que o problema dele é baixa instrução? Sendo ele um homem preocupado com as questões sociais, por que a denúncia de um crime cometido cotidianamente contra meninos e meninas não o sensibiliza? Se ele cultiva uma mente aberta, com neurônios capazes de juntar lé com cré, por que reage à revelação de Xuxa como o mais obtuso dos homens das cavernas?

Enxergo uma única explicação: preconceito. Contra a beleza, a riqueza e o sucesso. Se o mesmo depoimento, com as mesmas palavras, a mesma entonação, a mesma emoção saísse da boca de uma moça pobre e anônima provavelmente a reação do rapaz fosse outra.

Saudaria a coragem da vítima, ecoaria sua denúncia e culparia a hipocrisia da sociedade brasileira e a inépcia do governo. Sendo Xuxa a vítima, o que ela merece é o linchamento moral. Xuxa declarou ter sido abusada sexualmente até os 13 anos por alguns homens. Um professor, um amigo do pai, um homem que iria se casar com a avó dela.

A cada novo abuso, ela se imaginava culpada. Talvez fosse atraente demais, desejável demais, talvez merecesse demais. É exatamente essa mensagem que, agora, os linchadores fazem questão de reforçar: se foi abusada é porque mereceu.

Qualquer pessoa que faça um relato dolorido e corajoso como Xuxa fez merece respeito. No mínimo. Não interessa se é rica, pobre, bonita, feia, criança, adulta, homem ou mulher. Não interessa se o abuso de fato ocorreu ou se é uma fantasia, uma suspeita . Quem declara o que Xuxa declarou lida com um sofrimento atroz.

Os insensíveis não são capazes de perceber. Acham que ela não passa de uma imbecil. Uma mulher frívola que inventou uma história escabrosa para voltar à mídia no momento em que só lhe resta a decadência física e artística. Só um coração de pedra e uma mente cimentada são capazes de interpretar a realidade dessa maneira. Continua

sábado, 26 de maio de 2012

COMO OS FILMES SÃO FEITOS HOJE

Impressionante!!!!
Ki meda!!!!!!!








Valeu, Carlinhos, mon amour!

Código Florestal: mais um capítulo infeliz

Via Greenpeace
25.05.2012

A saga das mudanças no Código Florestal ainda não acabou.
Mas teve direito à teatro no Planalto.


A presidente Dilma Rousseff colocou três ministros em um tablado para falar que retalhou o texto que saiu da Câmara a fim de recuperar o projeto de lei que havia saído do Senado. Como o que os senadores produziram era ruim para as florestas e o governo não mostrou na coletiva com que retalhos pretende costurar no texto, o Brasil continua desconhecendo como fica o futuro de suas matas. Ao que parece, o resultado se aproxima de um Frankenstein, que ainda depende de uma medida provisória – também desconhecida – para preencher um vácuo jurídico provocado pelo corta-e-cola. Não foi o que o povo pediu.

Dilma precisava vetar o texto e iniciar um novo processo, começando por eliminar o desmatamento e com base técnica e social desde o início. “O governo fez hoje um anúncio vazio. E esse nada apresentado é o retrato do governo, que durante dois anos não deu as caras enquanto o Código Florestal era retalhado pelo Congresso”, afirma Marcio Astrini, da campanha Amazônia do Greenpeace. “Dilma falhou com o povo brasileiro.”

Desde que o processo começou, há dois anos e meio, a presidente ignorou os avisos de diversos setores da sociedade, de que uma lei tão importante não pode ser reescrita sem a participação de todos. Ela aceitou que um dos maiores tesouros do país – a floresta e a decisão constitucional de protegê-la pelo bem comum e futuro – fosse destruída pelo interesse de apenas um setor da sociedade.

Tanto é que, apenas quando o texto saiu no Congresso, o governo foi ver exatamente quantos seriam beneficiados pelo projeto de lei. Quanta surpresa: percebeu que 81% das propriedades são pequenas, e que elas ocupam apenas 16% da área agrícola do país – e que, portanto, o código escrito no Congresso falhava em proteger os pequenos produtores, pois fora escrito para proteger os grandes. Como se todos não soubessem disso. Continua

Leia o texto de Sérgio Abranches
do dia 24.05.2012:
Vetar tudo ou vetar parte, eis a questão


Leia também:
- Dilma faz reuniões para aplacar ira de quem era contra os vetos
- Veto parcial ao Código Florestal tem repercussão internacional


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dilma veta 12 pontos e faz 32 modificações no Código Florestal

Via Estadão
Por Tânia Monteiro, Rafael Moraes Moura e Venilson Ferreira
25.05.2012

Das alterações, 14 recuperaram o que foi aprovado no ano passado pelo Senado Federal

A presidente Dilma Rousseff vetou nesta sexta, 25, um total de 12 artigos do projeto de lei do Código Florestal aprovado no final de abril pela Câmara dos Deputados. Também foram feitas 32 modificações no texto, sendo que 14 recuperaram o que foi aprovado no ano passado pelo Senado Federal, 5 são dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo do projeto.

O anúncio foi feito em entrevista coletiva que conta também com a participação dos ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Mendes Ribeiro (Agricultura) e Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União).

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o governo levou em conta algumas diretrizes para definir os vetos ao Código Florestal. São elas: recompor o texto aprovado pelo Senado; preservar acordos e respeitar o Congresso Nacional; não anistiar o desmatador; preservar os pequenos proprietários; responsabilizar todos pela recuperação ambiental e manter os estatutos de Área de Preservação Permanente (APP) e reserva legal.

Ela afirmou que o texto favorece os produtores da agricultura familiar, que têm propriedades com limite de até quatro módulos fiscais. Esse grupo abrange cerca de 90% das propriedades rurais e corresponde a 24% da área agrícola do País. Continua



O FUTURO QUE QUEREMOS
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE




Cartilha ilustrada sobre Economia verde,
desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza.
Rio+20





Pesquisa acusa presença de contaminantes emergentes na água fornecida em 16 capitais brasileiras

Via EcoDebate/Jornal da UNICAMP
24.05.2012

A água potável fornecida em 16 capitais brasileiras, onde vivem aproximadamente 40 milhões de pessoas, apresenta contaminação por substâncias ainda não legisladas, mas que podem ser potencialmente nocivas à saúde humana. A constatação é de uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA), que está sediado no Instituto de Química (IQ) da Unicamp, em colaboração com outras instituições. Os pesquisadores identificaram, por exemplo, a presença de cafeína em todas as 49 amostras coletadas no cavalete (cano de entrada) de residências espalhadas pelas cinco regiões do país. “Esse dado é relevante, pois a cafeína funciona como uma espécie de traçador da eficiência das estações de tratamento de água. Ou seja, onde a cafeína está presente, há grande probabilidade da presença de outros contaminantes”, explica o professor Wilson de Figueiredo Jardim, coordenador do estudo e do Laboratório de Química Ambiental (LQA) do IQ.

Além de cafeína, os cientistas também encontraram nas amostras analisadas concentrações variadas de atrazina (herbicida), fenolftaleína (laxante) e triclosan (substância presente em produtos de higiene pessoal). No caso da cafeína, as duas capitais que apresentaram maiores níveis de contaminação pela substância foram, respectivamente, Porto Alegre e São Paulo. “A liderança de Porto Alegre nesse ranking foi uma surpresa. Há uma hipótese para explicar a situação, mas ela evidentemente depende de confirmação. Segundo essa conjectura, a contaminação estaria ocorrendo porque os gaúchos são grandes consumidores de erva mate, que, por sua vez, tem grande concentração de cafeína. Independentemente da origem, a presença da cafeína na água fornecida aos porto-alegrenses e aos demais moradores das capitais consideradas no estudo demonstra que os mananciais estão contaminados por esgoto e que as estações de tratamento não estão dando conta de remover este e outros compostos do produto que chega às torneiras das residências. Ou seja, é a prova inequívoca de que estamos praticando o reúso de água há muito tempo”, explica o docente da Unicamp.

De acordo com Wilson Jardim, por não serem legislados, esses contaminantes emergentes – são emergentes não porque são novos, mas porque estão cada vez mais presentes no ambiente – não são monitorados com frequência. Ademais, a ciência ainda não sabe ao certo qual o limite de proteção ao ser humano e nem que efeitos deletérios eles podem causar ao organismo do homem. “Entretanto, já dispomos de estudos científicos que apontam que esses compostos têm causado sérios danos aos organismos aquáticos. Está comprovado, por exemplo, que eles podem provocar a feminização de peixes, alteração de desenvolvimento de moluscos e anfíbios e decréscimo de fertilidade de aves”, elenca o professor da Unicamp. Continua


Brasileiro vê indícios de um novo planeta no Sistema Solar


JC e-mail 4504, de 24 de Maio de 2012. Brasileiro vê indícios de um novo planeta no Sistema Solar

Órbitas de pequenos astros além de Netuno seriam pista de corpo ainda desconhecido.

A análise das órbitas dos objetos que ficam além de Netuno parece sugerir a existência de outro planeta, ainda desconhecido, no Sistema Solar. A ideia audaciosa partiu de Rodney Gomes, astrônomo do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro.

Especialista em dinâmica orbital, Gomes atingiu alto grau de respeitabilidade por estudos anteriores, que sugeriam que Urano e Netuno podem ter trocado de posição nos primórdios da história solar. Ele apresentou seus mais recentes resultados na reunião da Sociedade Astronômica Americana.

Os astrônomos presentes julgaram que o trabalho é sólido, mas apontam, com razão, que ainda falta muito para que se possa dizer que o tal planeta existe de fato. O próprio Gomes concorda.

Um dos problemas é que há múltiplas possibilidades que explicam o padrão de órbitas visto nos objetos do cinturão de Kuiper (do qual Plutão, ex-planeta, faz parte), que Gomes investigou. Um novo planeta explicaria, por exemplo, a estranha órbita de um objeto similar a Plutão, conhecido como Sedna, e de uma população de astros do tipo, com dimensões modestas para serem tidos como planetas, que seguem órbitas muito ovais.

Mas Gomes ainda não pode prever como seria esse planeta. Talvez ele seja tão grande quanto Netuno, numa órbita radicalmente distante (225 bilhões de km, quase 40 vezes mais longe que Plutão). "Posso apenas dizer que planetas com certas relações entre massa e distância do Sol causariam uma 'superpopulação' de corpos de alto semieixo maior [ou seja, com órbitas bem ovais]", diz ele.

De toda forma, é uma análise interessante que deve reacender a busca pelo chamado Planeta X - expressão usada desde que o astrônomo Percival Lowell, no início do século 20, incentivou a busca por um outro mundo solar além de Netuno.

Até agora, houve dois alarmes falsos: Plutão (achado em 1930, acabou sendo inicialmente classificado como planeta para depois ser rebaixado) e Éris (cuja descoberta, em 2005, levou à reclassificação plutoniana). Será que a terceira tentativa é a boa?
(Folha de São Paulo)

Primeiro homem a pisar na Lua quebra o silêncio


JC e-mail 4504, de 24 de Maio de 2012.
Primeiro homem a pisar na Lua quebra o silêncio


Niel Armstrong revela que tinha apenas "50% de crença" de que conseguiriam pousar no satélite.

Primeiro homem a pisar na Lua, o astronauta americano Neil Armstrong, hoje com 81 anos, é também conhecido pela discrição obsessiva. Foram raríssimas as vezes em que concedeu entrevistas desde a façanha de 1969. Nesta quarta-feira (23), no entanto, Armstrong quebrou no silêncio e deu uma entrevista divulgada por um canal de TV australiano, a CPA Austrália. No depoimento, o astronauta aposentado disse que a missão Apollo 11, que comandou, rumou ao satélite natural com a crença pessoal de que havia apenas 50% de chances de que a tripulação conseguiria aterrissar em solo lunar.

"Um mês antes do lançamento da Apollo 11, decidimos que estávamos confiantes o suficiente para uma tentativa de descer à superfície. Eu achava que tínhamos 90% de possibilidades de voltar com segurança à Terra, mas apenas 50% de fazer uma aterrissagem naquela primeira tentativa", disse Armstrong.

No depoimento de cerca de uma hora, o hoje empresário Armstrong deu detalhes dramáticos sobre a navegação da missão. Conta que quando ele e Buzz Aldrin fizeram a manobra de descida à Lua, o computador de bordo os induziu a pousar ao lado de uma grande cratera com encostas íngremes e cheias de pedregulhos enormes.

"Não era um bom lugar para aterrissar. Tomamos o controle da nave manualmente e voamos como um helicóptero no sentido oeste, até uma área mais suave sem tantas pedras. Achamos uma área para pousar antes que acabasse o combustível. Restava apenas algo como 20 segundos de autonomia", disse.

Por fim, Armstrong aproveitou para criticar os rumos da política espacial norte-americana. "Temos uma situação onde a Casa Branca e o Congresso estão em desacordo sobre o que a futura direção da agência deve ser. Eles estão jogando um jogo em que a Nasa é o manche que movem de um lado para o outro para tentar colocar a agência no caminho certo".
(O Globo)


quinta-feira, 24 de maio de 2012

El tratamiento que puso en peligro las pinturas rupestres de Lascaux

No El País
Por Manuel Morales
24.05.2012



Estado de la llamada Vaca negra entre 2000-2010,
con la progresión de manchas negras por los hongos.
 Imagen cortesía del Ministerio de Cultura de Francia.




Apesar de conhecer mais sobre saneamento, pesquisa diz que brasileiro tem preocupações mais urgentes

Via Agência Brasil
Por Camila Maciel
22.05.2012

São Paulo – A percepção do brasileiro sobre o saneamento básico avançou, segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil e Ibope Inteligência apresentada hoje (22), mas os serviços desse setor ainda são pouco valorizados pela população. Para os entrevistados, o tema é o sexto entre os maiores problemas da sociedade, ficando atrás de saúde, segurança, drogas, educação e transporte.

De acordo com a pesquisa, o nível de conhecimento do tema passou de 65% dos entrevistados, em 2009, para 81% este ano.

De acordo com Édison Carlos, presidente executivo do instituto, o crescimento mostra que o tema vem ganhando espaço na sociedade e que os cidadãos estão assumindo uma postura mais crítica. “Fica claro que o cidadão está mais crítico à passividade do poder público. Ele reconhece na prefeitura a responsabilidade de resolver esses problemas e isso já é, por si, um fato muito positivo, ainda mais em um ano eleitoral”, avalia.

Dados de 2009 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, apontam que 44,5% da população estão conectados à rede de esgoto. A percepção da população em relação a esse percentual fica evidente na pesquisa divulgada hoje: 47% dos entrevistados declararam morar próximo de esgotos a céu aberto.

Segundo Carlos, com os investimentos feitos atualmente em saneamento básico, em torno de R$ 8 bilhões por ano, a universalização do serviço só será alcançada em 2050. “O Brasil se orgulha de estar entre as dez maiores economias do mundo, mas precisamos ver esse avanço econômico se transformar em avanço social”, afirmou.

De acordo com o dirigente, “ou a gente resolve o problema do saneamento ou o Brasil não vai progredir nos seus principais índices sociais”.

A população também está dividida quanto à inclusão do saneamento no debate político das eleições municipais desse ano: 51% disseram que sim, mas 39% acreditam que o tema não estará na agenda dos políticos. “Isso mostra que grande percentual dos cidadãos espera que os candidatos se preocupem com esse problema”, avalia Hélio Gastaldi, diretor de Negócios do Ibope Inteligência. Dos entrevistados, 68% reconhecem o governo municipal como responsável pelo problema.

Mesmo considerando o serviço menos prioritário em comparação com outras necessidades, 79% dos participantes reconhecem o tema como muito importante e identificam que os investimentos nessa área resultam em benefícios em outros setores. As melhorias em saúde foram citadas por 73% dos entrevistados. Também foram citados meio ambiente (37%), educação (23%), geração de empregos (20%), habitação (18%), segurança (16%), lazer (10%) e turismo (7%).

O levantamento foi feito com 1.008 pessoas em 22 cidades, todas com população acima de 300 mil habitantes e de todas as regiões do país. O Instituto Trata Brasil é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que incentiva a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.

Entre os associados, estão fabricantes de produtos e equipamentos para o setor e concessionárias de serviço de saneamento. A organização conta ainda, entre seus apoiadores, com associações setoriais, agências reguladoras, organismos públicos internacionais, entidades públicas e da sociedade civil, além dos próprios associados.

Edição: Davi Olivei


Inpe organiza simpósio internacional em Astrofísica Relativística


JC e-mail 4503, de 23 de Maio de 2012.
Inpe organiza simpósio internacional em Astrofísica Relativística


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) está à frente da organização do 26th Texas Symposium on Relativistic Astrophysics, a ser realizado entre 15 e 20 de dezembro de 2012 na cidade de São Paulo.

Essa é a primeira vez que o evento é realizado na América Latina e a segunda vez no hemisfério sul. Assim como nas edições anteriores, o Texas 2012 irá abordar os recentes avanços em Cosmologia, Gravitação, Física de Astropartículas e outras áreas relacionadas à Astrofísica Relativística.

O evento é direcionado a pesquisadores, pós-doutores, estudantes de pós-graduação ou estudantes de graduação com iniciação científica em algum dos temas do programa. Estão previstas plenárias pela manhã, sessões paralelas à tarde e apresentações de pôster no decorrer do simpósio.

Mais informações sobre o evento, inscrições e submissões de trabalhos no site http://www.das.inpe.br/texas2012sp/.
(Informações da Divisão de Astrofísica do Inpe)

A SBPC se despede de mais um Cientista que integrou sua Diretoria - Luiz Edmundo de Magalhães


JC e-mail 4503, de 23 de Maio de 2012.
A SBPC se despede de mais um Cientista que integrou sua Diretoria - Luiz Edmundo de Magalhães


Faleceu na noite de ontem (22) o cientista Luiz Edmundo de Magalhães, devido a problemas pulmonares. Seu corpo está sendo velado, até as 16h, no saguão do edifício André Dreyfus, no Instituto de Biociências da USP, na Rua do Matão, 277, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Graduado em História Natural pela Universidade de São Paulo (1952) e doutor em Ciências Biológicas pela mesma universidade (1958), Magalhães tinha vasta experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Animal e Genética de Populações.

Também desenvolveu trabalhos em biotérios de experimentação animal e foi um dos pioneiros na abordagem deste trabalho com ênfase em ética animal.

Foi responsável pela produção do primeiro camundongo transgênico no Brasil. O professor foi membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por dois mandatos: de 1969 a 1973 e de 1987 a 1991. Foi também membro da Diretoria da SBPC, ocupando o cargo de Secretário-Geral por três mandatos: de 1973-1975, 1975-1977 e de 1985-1987. Seu trabalho se destacou também como editor da Revista Ciência e Cultura. Ultimamente colaborava com a Sociedade compondo a Comissão "Memória da SBPC". Seu mais recente trabalho foi o de organizar o livro "Humanistas e Cientistas do Brasil" que será publicado pela SBPC.

Na última sexta-feira (18), mesmo internado na semi UTI do Hospital Albert Einsten, entregou à presidente da SBPC, Helena Nader, o conjunto completo de textos para a impressão do livro. A obra foi resultado de um trabalho intensivo de treze meses de duração. Nele, são homenageadas 62 personalidades, contemplando três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida, Ciências Humanas e Ciências Exatas. Sobre a importância do livro, em carta o professor Luiz Edmundo destaca que foi "um trabalho de elevado padrão intelectual, produzido pelos melhores nomes da nossa elite cultural. Seguramente, será uma obra de extrema importância, referência indispensável para quem for fazer a História da Ciência Brasileira no século XX e início do XXI".

SBG - Luiz Edmundo Magalhães foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Genética (SBG) e presidente da entidade de 1982 a 1984. Para o presidente da SBG, Carlos Frederico Martins Menck, o professor deixa uma obra de relevância para a genética e biologia brasileira. "Lembro que quando ingressei no Instituto de Ciências Biológicas da USP, ele era o diretor e nos dava grande apoio. Sua atuação no aspecto administrativo também foi relevante, garantindo a qualidade da ciência e do ensino na instituição", declarou Menck ao Jornal da Ciência. Para a SBG, o Professor Luiz Edmundo também teve destacado papel na divulgação e popularização desta área do conhecimento no Brasil atuando como membro do corpo editorial de periódicos como 'Educação Brasileira', 'Revista Brasileira de Genética' e 'Genetics and Molecular Biology'.

UFSCar - O professor Luiz Edmundo de Magalhães foi reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) de 1975 a 1979 e Doutor Honoris Causa da Instituição. Durante sua gestão, liderou momento de expansão dos cursos de graduação da então jovem universidade, aumentando de seis para 19 cursos de graduação. Magalhães também estava à frente da Instituição no início de suas atividades de pós-graduação, com a criação dos programas de Ecologia e Recursos Naturais e de Educação, em 1976, meta com a qual se comprometera já em seu discurso de posse.

Em nota, a reitoria da UFSCar destaca que Magalhães nunca perdia a oportunidade de expressar seu carinho e o orgulho que sentia pela Universidade. "Sua gestão foi marcada também pelo início de uma trajetória que resultaria na consolidação dos processos de gestão democrática que hoje caracterizam e diferenciam nossa Instituição, já que foi durante seu mandato que foram implantados o Conselho Universitário e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Assim, expressando nossos agradecimentos e o reconhecimento do papel fundamental que o professor Luiz Edmundo desempenhou na história da UFSCar, despedimo-nos com pesar e expressamos nossos sentimentos aos seus familiares e amigos." Prêmios - Em 2008, Luiz Edmundo Magalhães recebeu o título de Patrono do Biotério da Uniararas, Centro Universitário Hermínio Ometto e o Prêmio Domingos Niobey, Academia Nacional de Medicina em 1985 e em 1975 recebeu da mesma academia o Prêmio Alvarenga. O pesquisador ainda foi homenageado como "Huésped de Honor de La Universidad Nacional de La Plata, Universidad Nacional de La Plata" e recebeu o título de 'Cidadão Sãocarlense', da Câmara Municipal de São Carlos, em 1976.

A Ciência brasileira perde mais um de seus ícones, mas fica o legado de sua obra grandiosa. (Jornal da Ciência)

Um comentário enlutado:
Estou muito triste.
Fui aluna do professor Luiz Edmundo de Magalhães.

Adelidia Chiarelli


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Tribunais absolvem acusados de sexo com menor, apesar de nova lei

Via G1
Por Rosanne D'Agostino
20.05.2012

Em 2009, lei tornou crime qualquer ato sexual com menor de 14 anos. Levantamento do G1 mostra decisões de 2ª instância que livraram réus.

Desde 2009, todo ato de cunho sexual praticado com menor de 14 anos, mesmo com consentimento, é considerado crime de estupro de vulnerável. Levantamento do G1 junto às decisões dos Tribunais de Justiça de todo o país mostra que, mesmo após alterações do Código Penal, juízes e desembargadores continuam absolvendo réus.

A questão voltou a ser discutida depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) absolveu um acusado de estupro de uma menina de 13 anos porque ela se prostituía. Para criminalistas, o entendimento estava correto porque o caso ocorreu antes da edição da nova lei do estupro. Se tivesse ocorrido depois, a absolvição já não mais se justificaria (Entenda a discussão abaixo). Continua

terça-feira, 22 de maio de 2012

A ferida, por Eliane Cantanhêde

Via Agência Patrícia Galvão
Por Eliane Cantanhêde
Folha de São Paulo
22.05.2012


BRASÍLIA - O depoimento de Xuxa ao "Fantástico" é uma das peças mais contundentes da TV brasileira, porque ela é quem é e cutucou profundas feridas para tratar de um problema gravíssimo e bem mais comum do que se pensa: o abuso sexual de crianças e adolescentes. E onde deveriam estar mais protegidas: em casa e na escola.

"Eu tinha vergonha, me calava, me sentia mal, me sentia suja, me sentia errada", disse Xuxa, ao relatar que sofreu abusos do melhor amigo do pai, do homem que casaria com a sua avó e de um professor. Eles tinham a aura da autoridade, o acesso à casa e a confiança da família. Aproveitaram-se disso e da vulnerabilidade da menina Xuxa. Como enfrentá-los? Como desmascará-los?

Quem conviveu com pessoas que passaram por isso, em menor ou maior grau, sabe a explosão emocional que significa expor para uma irmã, uma amiga, uma psicóloga - imagine para milhões de pessoas- uma ferida que jamais cicatriza. E que, curiosa e invariavelmente, vemacompanhada desse sentimento desolador: o de culpa. Por que eu? Por que deixei? Por que não contei?

Porque era uma criança e, ainda por cima linda, à mercê de adultos aparentemente respeitáveis (um professor?!). E foi punida múltiplas vezes por esse "erro": pela violência, pelo pânico, pela vergonha, pela culpa e pelas conseqüências vida afora. Xuxa talvez tenha aberto o coração em público para elaborar a própria dor e tentar entender, como disse, por que jamais teve um relacionamento estável e não conseguiu, ou não quis, se casar.

Mas talvez tenha feito também para que milhares, sabe-se lá se milhões, de meninas e meninos, de mulheres e homens, possam se livrar de um confuso sentimento de culpa embolado com a dolorosa sensação de solidão, de abandono.

Toda minha solidariedade, Xuxa, e meu respeito pelo seu ato de profunda coragem. O Brasil agradece.

elianec@uol.com.br

Comentário básico:
Faço minhas as palavras de Eliane Cantanhêde:
“Toda minha solidariedade, Xuxa, e meu respeito pelo seu ato de profunda coragem. O Brasil agradece.”

Adelidia Chiarelli


Violência sexual

Via Estadão
Por Sonia Racy
22.05.2012

Coincidindo com o doloroso relato de Xuxa no Fantástico, domingo – em que revelou ter sofrido vários abusos sexuais durante a infância –, o Ministério da Saúde fechou levantamento inédito: o mapa da violência contra crianças.

Feita pela primeira vez no Brasil, a pesquisa mostra que, em 2011, a violência sexual tirou 2º lugar na tipificação do crime, entre crianças menores de 10 anos. Elas somam 35% dos casos registrados, perdendo apenas para negligência e abandono (36%).

E pior: 64,5% das notificações aconteceram onde a criança… mora. Maior parte dos agressores? Os próprios pais ou outros familiares (38%). E força física e espancamento são as formas mais comuns para violentar as crianças (22%).

Força física
Mas os números do ministério trazem pelo menos um alento: conforme a criança cresce, a violência diminui.

Entre pré-adolescentes e adolescentes de 10 a 14 anos, os casos de violência sexual são 10,5% dos registrados. Já na faixa dos 15 aos 19 anos, a violência sexual cai para o terceiro lugar, com 5,2% – após violência física (28,3%) e psicológica (7,6%).

Depoimento de Xuxa reacende discussão sobre abuso sexual

Jornal Nacional
TATIANA NASCIMENTO
21.05.2012

Apresentadora revelou ao Fantástico que foi vítima do crime. O depoimento provocou discussão em todo o Brasil sobre como é possível identificar casos de abuso e a importância de apoiar medidas para puni-lo.

No domingo (20) à noite, em um depoimento exclusivo ao Fantástico, a apresentadora e cantora Xuxa contou que também foi vítima de abuso sexual. Esse depoimento provocou uma discussão muito útil no Brasil inteiro, sobre como é possível identificar um caso de abuso para proteger uma criança ou um adolescente e a importância de apoiar medidas que coíbam e punam esse crime.

O segredo de um trauma de infância foi revelado no quadro "O que vi da vida", do Fantástico:

“Eu vivi isso. Na minha infância, até a minha adolescência, até os meus 13 anos de idade foi a última vez. Foram algumas pessoas que fizeram isso e em situações diferentes, em momentos diferentes da minha vida" contou Xuxa.

“É um ato de muita coragem poder dizer “eu sofri abuso, eu sou vítima de abuso””, afirma a juíza da Infância e Juventude Cristiana Cordeiro. Veja a matéria completa. Veja o vídeo.

Útero que seria examinado desaparece e paciente fica sem diagnóstico em SP




Jornal da Record - 21.05.2012



Comentário básico:

É muita irresponsabilidade!
É muito descaso!
É um país à deriva!

Adelidia Chiarelli



Comissão do CNPq que analisará fraudes em pesquisas científicas investiga primeiras denúncias


JC e-mail 4501, de 21 de Maio de 2012.
Comissão do CNPq que analisará fraudes em pesquisas científicas investiga primeiras denúncias


No próximo mês, a Comissão de Integridade na Atividade Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai examinar quatro denúncias de fraude em pesquisas científicas no Brasil. Essa será a primeira reunião da comissão instituída no ano passado e que funcionará como auxiliar à diretoria executiva do CNPq.

Os processos estão sendo analisados sob sigilo pelas áreas técnicas do CNPq. A comissão foi criada para apurar se ocorreram, em pesquisas conduzidas no País, casos de falsificação e invenção de dados, plágio e autoplágio (quando o autor repete texto escrito e publica como inédito).

De acordo com Paulo Sérgio Lacerda Beirão, coordenador da comissão e diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, o problema "sempre existiu", mas "deixou de ser pontual e passou a ser um problema que as agências e os institutos de pesquisa têm que cuidar".

Beirão avalia que a aparição dessas denúncias já é efeito da criação da comissão e destaca que o número de acusações é baixo levando-se em conta que o CNPq lida com 21 mil bolsistas. "Não é um número proporcionalmente significativo, mas é significativo que haja denúncias", avaliou.

Se for comprovado algum problema em parecer técnico apreciado pela comissão, poderá ser sugerida à direção do CNPq desde a advertência do autor e correção de erro até a suspensão de bolsas e financiamentos concedidos pelo conselho.

Eventualmente, um processo administrativo poderá ser levado à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tomada de contas especial, que apura responsabilidades (com direito de resposta) por ocorrência de dano e visa ao ressarcimento à administração pública. Responsáveis pelo problema poderão até ser inscritos no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).

Segundo Beirão, as fraudes nas pesquisas tendem a ser desmascaradas. "A virtude da ciência é que nada é tomado como definitivo, sempre estão verificando", apontou. Ele ponderou, no entanto, que, até a descoberta da fraude, a produção científica pode ser induzida ao erro. "Isso implica custo, desvio. [A pesquisa] Começa a investigar uma linha que, na verdade, está errada. Está desperdiçando recurso humano, tempo, dinheiro".

O diretor do CNPq observa que a ocorrência de fraudes em pesquisas científicas existe há alguns anos e em várias partes do mundo, não é algo novo. "A pesquisa científica é uma atividade sujeita às grandezas e vilezas [baixeza] do ser humano", enfatizou.

Relatório da comissão de integridade disponível no site do CNPq enumera vários casos de fraude pelo mundo, entre eles o caso do Homem de Pitdown, "uma montagem de ossos humanos e de orangotango [falsamente descoberta no início do século 20, na Inglaterra] convenientemente manipulados, que alegadamente, seria 'o elo perdido' na evolução da humanidade". A farsa foi descoberta na década de 1950, quando foi possível fazer a datação da mandíbula e do crânio por meio de carbono radioativo e descobrir que os ossos tinham origens diferentes.

O CNPq faz parte, como membro da comissão executiva, do Global Research Council, órgão internacional recentemente criado pelas principais agências de fomento à pesquisa no mundo para, entre outras funções, tratar de problemas de integridade das investigações científicas em todo o planeta. Em maio de 2013, em Berlim, a capital alemã, o Global Research Council elaborará um documento que poderá servir para todas as agências como referência de normas contra a fraude científica.

Além de Beirão, fazem parte da comissão Jailson Bittencourt de Andrade (Universidade Federal da Bahia); Silke Weber (Universidade Federal de Pernambuco); Alaor Silvério Chaves (Universidade Federal de Minas Gerais); e Walter Colli (Universidade de São Paulo).

As diretrizes básicas para a integridade na atividade científica estão disponíveis no site do CNPq, no link http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes
(Agência Brasil)

domingo, 20 de maio de 2012

Para o meu pai que completaria 99 anos hoje:
Tonico e Tinoco, o coração do Brasil!



VIVA O SEU CHIARELLI!!!


Em 1973, Tonico e Tinoco participaram do programa As muitas histórias da MPB, da TV Cultura.
Bernardino G. Novo / CEDOC FPA



#vetatudodilma




#vetatudodilma



Via Folha.com
19.05.2012:

Ato em São Paulo pede que Dilma vete o Código Florestal

Um ato neste domingo em São Paulo prentende chamar a atenção da presidente Dilma Rousseff para que ela vete o projeto do Código Florestal aprovado na Câmara no final de abril.

A manifestação acontece às 10h, em frente ao Monumento às Bandeiras, no centro da cidade, e faz parte da campanha "Veta Tudo Dilma!" organizada pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável e pelos movimentos Floresta faz a Diferença e Mangue Faz a Diferença.

Na quinta-feira (17), a Fundação SOS Mata Atlântica, que apoia a campanha, lançou o Viva a Mata 2012, um evento voltado para defesa do meio ambiente e comemorou o aniversário da fundação com a publicação do livro "25 anos de mobilização" pela causa. O lançamento aconteceu no Porão das Artes, no parque Ibirapuera, em São Paulo.

O Viva a Mata 2012, que também ocorre no parque durante o fim de semana, terá música, jogos e oficinas.

As atividades são gratuitas e ocorrem das 9 horas às 18 horas. A programação reúne caminhadas, pedaladas, oficinas, apitaços e flash mobs.

Na internet, nas redes sociais, as pessoas vão usar a hashtag #vetatudodilma em canções, memes, blogs e tumblrs.

O novo Código aguarda sanção da presidente. Dilma tem até o dia 25 para decidir se veta o texto integralmente ou em partes.

O documento é criticado por ambientalistas por considerarem que o texto prejudica a proteção do meio ambiente e das florestas e promove a anistia a desmatadores.

Eu sou você amanhã: a experiência chilena e o ‘Minha Casa, Minha Vida’

Por Raquel Rolnik
10.05.2012

Acabo de retornar de uma visita ao Chile, onde fui conhecer a política habitacional do país e os processos de reconstrução pós-terremoto de fevereiro de 2010. O Chile foi um dos primeiros países do então terceiro mundo a adotar, durante a ditadura de Pinochet, no final dos anos 1970, as fórmulas neoliberais propostas pela Escola de Chicago em vários domínios das políticas, reduzindo, em tese, a intervenção do Estado, promovendo a participação do mercado e focalizando subsídios públicos aos grupos de extrema pobreza. Setores como a educação e serviços públicos foram privatizados, e políticas públicas, como as de habitação, foram reformadas.


Implementada sistematicamente durante mais de três décadas, inclusive durante os governos da Concertación (coalizão de centro-esquerda), o modelo de política habitacional adotado pelo Chile é quase igual à fórmula do programa “Minha Casa, Minha Vida”: subsídios públicos individuais permitem às famílias de menor renda comprar no mercado produtos ofertados por construtoras privadas. O modelo se completa com disponibilidade de crédito: quanto menor é a renda, maior é o subsídio e menor é a parcela de crédito que entra para viabilizar a compra.

Este modelo praticamente pôs fim à produção informal de habitação no Chile e criou, ao longo do período, mais de um milhão de soluções habitacionais, transformando-se em grande referência de política habitacional, louvada por organismos e consultores internacionais. Hoje, no entanto, além das manifestações estudantis maciças denunciando a privatização da educação, que produziu um ensino caro e de baixa qualidade, o Chile vive o dilema do que fazer com os seus “com teto”.

As centenas de milhares de casas e apartamentos da supostamente exitosa política habitacional chilena produziram um território marcado por uma segregação profunda, onde o “lugar dos pobres” é uma periferia homogênea, de péssima qualidade urbanística e, muitas vezes, também, de péssima qualidade de construção, marcada ainda por sérios problemas sociais, como tráfico de drogas, violência doméstica, entre outros. Para se ter uma ideia, vários conjuntos habitacionais já foram demolidos (!) e muitos outros se encontram em estudo para demolição.


Deixada para o mercado a decisão de onde e como deveria ser produzida, encarada como um produto que se compra individualmente, como um carro ou uma geladeira, a cidade que resultou é simplesmente desastrosa. Nada nos leva a supor, que, em menos de dez anos, não estaremos enfrentando no Brasil o mesmo cenário com o programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Originalmente publicado no Yahoo!Blogs.

sábado, 19 de maio de 2012

Relações perigosas

Via Jornal da USP
16 May 2012


IMPRENSA

Em História da Imprensa Paulista, o jornalista e escritor Oscar Pilagallo conta como os jornais e revistas paulistas se estabeleceram e cresceram desde o século 19 até os dias atuais – e de como suas relações com o poder sempre foram tensas e complicadas

MARCELLO ROLLEMBERG

Na noite de 20 de novembro de 1830, um sábado, o jornalista e naturalista Líbero Badaró – italiano de nascença, mas brasileiro por opção – chegava à sua casa, numa rua escura de São Paulo, ainda comemorando a repercussão de seus artigos pela capital paulista. Badaró editava o jornal Observador Constitucional, uma publicação liberal que teimava em desancar políticos, magistrados e até a Igreja em seus artigos contra ações que considerava “absolutistas”. Nem o imperador Dom Pedro I escapava de seus ataques. Um dos últimos sucessos que o jornalista – que trocou o nome de batismo Gian Batta para Líbero para deixar bem clara sua ideologia – saboreava era um texto que dava conta da queda do rei francês Carlos X, absolutista até o último fio das meias de seda, que provocou uma passeata liberal pelas ruas de São Paulo para saudar a queda do monarca tirânico do outro lado do Atlântico e servir de alerta para Dom Pedro de que ele poderia ser o próximo. Ao mesmo tempo em que estava satisfeito, Badaró estava também apreensivo. E tinha razão. Naquela noite de sábado, ao chegar em casa, foi cercado por desconhecidos. Um deles fez uma pergunta irrelevante, aparentemente apenas para checar a identidade do alvo. Reconhecimento feito, disparou um tiro no estômago do jornalista, que agonizou por toda a noite e morreu na manhã seguinte.

Essa cena, narrada pelo jornalista Oscar Pilagallo logo nas primeiras páginas de seu recém-lançado História da Imprensa Paulista, dá bem a dimensão do que significa o subtítulo da obra – Jornalismo e poder de D. Pedro I a Dilma – e a intenção de seu autor. Afinal, ao longo das quase 400 páginas do volume, Pilagallo não se ocupa simplesmente em narrar a criação e evolução de uma “imprensa paulista”, passando aí pelas fundações de publicações que se tornariam emblemáticas na sociedade brasileira como um todo, como os jornais O Estado de S. Paulo (originalmente A Província de S. Paulo), Folha de S. Paulo e as revistas Realidade, Veja e IstoÉ. O que o escritor quer mostrar – e consegue com rara habilidade – é a quase sempre intrincada e tensa relação da imprensa com o poder, ora o segundo tentando cooptar a primeira para suas hostes por meio de benesses, ora tentando calá-la com ameaças (veladas ou não), empastelamentos, censuras e estampidos de bombas. Continua

SBPC e ABC encaminham documento sobre reformulação do Código Florestal


JC e-mail 4500, de 18 de Maio de 2012.
SBPC e ABC encaminham documento sobre reformulação do Código Florestal


A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) entregaram ontem (17) uma carta à presidente Dilma Rousseff criticando o texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados. O documento é assinado pela presidente da SBPC, Helena Nader, presidente da ABC, Jacob Palis e pelo coordenador do Grupo de Trabalho sobre o Código Florestal e secretário da SBPC, José Antônio Aleixo.

A íntegra da carta está disponível em PDF no link: http://www.sbpcnet.org.br/site/arquivos/arquivo_332.pdf

Confira o texto abaixo:

Senhora Presidenta,

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira da Ciência (ABC) estão surpresas com a aprovação do projeto de lei (PL 1876-E/1999) pela Câmara dos Deputados no último dia 25 de abril. Trata-se de um Código Florestal que por não ter incorporado os avanços provenientes do Senado Federal e sugestões baseadas no conhecimento científico e tecnológico, traz sérios retrocessos e riscos para a sociedade brasileira.

A aprovação do referido projeto de lei representa interesses econômicos imediatos de grupos dentro da Câmara dos Deputados, os quais não consideram as peculiaridades de uma região gigantesca como a Amazônia e dos demais biomas do País. Privilegia aqueles que desrespeitaram a legislação ambiental oferecendo anistia pelos ilícitos praticados e, principalmente, não concilia a produção agrícola com a sustentabilidade ambiental. Continua

Extremos de chuva e seca no Norte e Nordeste desafiam cientistas


JC e-mail 4500, de 18 de Maio de 2012.
Extremos de chuva e seca no Norte e Nordeste desafiam cientistas


Apesar de naturais, sincronicidade dos fenômenos é considerada incomum.

Os extremos climáticos nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, que enfrentam cheia e seca recordes, respectivamente, estão desafiando os cientistas. Apenas nos últimos sete anos, a Bacia Amazônica registrou as duas maiores estiagens da História, em 2005 e 2010, e as duas maiores inundações, em 2009 e em 2012. Ainda ontem, o Serviço Geológico do Brasil, conhecido como CPRM, informou que o nível do Rio Negro subiu mais dois centímetros, chegando aos 29,80 metros. Enquanto isso, o semiárido nordestino viu muito pouca chuva cair na última estação úmida, encerrada no mês passado, e agora a maior parte de seus 25 milhões de habitantes distribuídos em 1,1 mil municípios encara a perspectiva de ter que esperar até o início do ano que vem por mais água vinda do céu.

Segundo os especialistas, as causas pontuais destes dois eventos extremos são relativamente fáceis de serem apontadas. No caso da cheia da Bacia Amazônica, ela ainda estaria ligada ao fenômeno conhecido como "La Niña", uma redução da temperatura da superfície na faixa equatorial do Oceano Pacífico que provoca mais chuvas na região.

Apesar de a Organização Mundial de Meteorologia (WMO, na sigla em inglês) ter declarado seu término esta semana, a influência da "La Niña" fez aumentar a precipitação em dezembro, janeiro e fevereiro na parte Oeste do Norte da América do Sul. Agora, toda essa água já desceu os Andes e as calhas dos rios afluentes, elevando o nível do Rio Negro. Já no caso do Nordeste, é o resfriamento do Oceano Atlântico que está provocando o surgimento de sistemas de alta pressão atmosférica que invadem o continente, impedindo a formação de nuvens e, consequentemente, as chuvas.

Embora os cientistas evitem afirmar que o aumento na frequência de eventos extremos esteja diretamente relacionado às mudanças climáticas, eles admitem que isso pode ser um sinal de que os modelos sobre a influência da ação humana no clima estão corretos.

"Tanto a cheia no Norte quanto a seca no Nordeste são fenômenos de causas naturais, que já aconteceram antes", diz José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "O que é incomum, porém, é a sincronicidade que estamos vendo este ano. Normalmente, as duas regiões costumam se comportar de forma similar, com a 'La Niña' provocando mais chuvas em ambas. Assim, o estranho neste ano é que a 'La Niña' tomou conta da Amazônia, enquanto a situação no Atlântico Tropical Sul influenciou o Nordeste. E este tipo de divisão que leva a extremos de ambos os lados da região tropical da América do Sul é o que os modelos climáticos preveem que vai acontecer no futuro".

Javier Tomasella, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), segue a mesma linha. Segundo ele, a situação é "inusitada", com o recém-criado órgão tendo que lidar com casos opostos de muita e falta de chuvas em duas regiões vizinhas.

"A rigor, não temos indícios suficientes para afirmar as mudanças climáticas estão alimentando este processo", conta. "Sabemos que os dois eventos extremos estão ligados à temperatura na superfície dos oceanos, mas o caráter dinâmico dos fenômenos climáticos faz com que se tenha uma incerteza muito grande quanto a suas causas. O fato, porém, é que fenômenos que deveriam ocorrer uma vez por século estão se repetindo a cada quatro ou cinco anos. E o por que disso é a grande pergunta que a gente tem".

De olho na gravidade da situação, os técnicos do Cemaden, Inpe, e outros órgãos, junto com representantes das defesas civis das duas regiões, vão se reunir hoje para nova avaliação, que será apresentada à Casa Civil. (O Globo)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Campanha marca Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes //// Menina de 13 anos é estuprada por oito garotos, também menores de idade, em SP

Via Agência Brasil
Por Daniella Jinkings
18.05.2012



Brasília - A exploração sexual de crianças e adolescentes em grandes empreendimentos é uma das maiores preocupações de defensores de direitos humanos. De acordo com a socióloga e consultora da Agência Nacional dos Direitos da Infância (Andi), Graça Gadelha, ainda não há ações concretas para evitar essas violações, mas existem algumas organizações da sociedade civil que estão se empenhando para minimizar os impactos das grandes obras na vida de crianças e adolescentes.

“Um dos maiores desafios é o impacto das grandes obras na questão da exploração sexual de crianças e adolescentes. Temos um conjunto de obras, que inclui siderúrgicas, hidrelétricas, as obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], além da questão dos megaeventos, que causam impacto direto na vulnerabilidade de crianças e adolescentes”, disse Graça.

As violações em grandes obras são o tema da campanha que marca hoje (18) o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente. Segundo Graça, a situação no Norte e no Nordeste é mais complicada. “Essas regiões já têm um histórico de vulnerabilidade e de omissão do Poder Público em relação às ações voltadas para a afirmação de crianças e adolescentes”.

Um relatório sobre violações de direitos humanos nas obras das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau (RO), publicado pela Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil) no ano passado, mostrou que o número de homicídios dolosos cresceu 44% em Porto Velho entre 2008 e 2010.

Além disso, a quantidade de crianças e adolescentes que foram vítimas de abuso ou exploração sexual aumentou 18%. O relatório também mostra que o número de estupros cresceu 208% em Porto Velho entre 2007 e 2010. Segundo o documento, a explosão populacional foi um dos principais fatores que provocaram o aumento dos índices de violência.

Um documento contra a exploração sexual de menores em grandes empreendimentos será entregue nesta sexta-feira a representantes da Frente Parlamentar Mista da Criança e do Adolescente. De acordo com a coordenadora do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo, o objetivo é mostrar quais são os desafios que envolvem o tema. “Queremos mostrar quais são as prioridades que temos de pautar para que a gente consiga mitigar um pouco os prejuízos que essas obras têm causado na vida de crianças e adolescentes”, disse.

Para ela, é necessário mostrar à sociedade, de maneira mais clara, a diferença entre abuso e exploração sexual. “O abuso sexual, embora seja mais denunciado, quando é identificado, aparece [para a sociedade]. A exploração sexual não, talvez porque ainda seja algo muito natural para a sociedade. A culpa fica muito em cima da menina, as pessoas dizem que ela é explorada porque é sem-vergonha, porque a mãe não cuida”.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, em alusão a 18 de maio de 1973, quando a menina Araceli, de apenas 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). Apesar de sua natureza hedionda, o crime prescreveu e os assassinos ficaram impunes.

Edição: Graça Adjuto

Visite:

Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes







Menina de 13 anos é estuprada por oito garotos,
também menores de idade, em SP


Jornal da Record - 17.05.2012


Perguntinhas básicas:

Relação consentida?
Foram liberados? Como?
Quem é que vai se responsabilizar por tamanha atrocidade?

Adelidia Chiarelli

Denúncias de violação de direitos humanos contra crianças e adolescentes aumentam 71% em 2012

Via Agência Brasil
Por Daniella Jinkings
17.05.2012

Brasília – Apenas nos primeiros quatro meses de 2012, o módulo Criança e Adolescente do Disque 100 registrou um aumento de 71% das denúncias de violação de direitos humanos contra menores em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril deste ano, foram 34.142 denúncias contra 19.946 em 2011. Oito em cada dez vítimas são meninas. O serviço funciona 24h e nos sete dias da semana.

De janeiro a março deste ano, foram registradas 4.205 denúncias de violência sexual. No ano passado, foram mais de 12 mil registros. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, a média diária de denúncias aumentou de 84, em 2010, para 103 nos três primeiros meses de 2011.

São Paulo é o estado com maior incidência de denúncias (4.644), seguido pelo Rio de Janeiro (4.521) e Bahia (3.634). A região com maior número de relatos é a Região Sudeste (36,2% ), seguida do Nordeste (34,7%), Sul (11,3%), Centro-Oeste (9%) e, por fim, a Região Norte (8,8% ).

Nesse periodo, foram registrados 2.165 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes, sendo que os municípios com maior número de denúncias foram Salvador (81 denúncias), Manaus (67), Rio de Janeiro (66) e São Paulo (61). Também foram registrados 7.671 casos de abuso sexual. As cidades com maior incidência foram Salvador (346 relatos), Brasília (269), São Paulo (250) e Rio de Janeiro (236).

Amanhã (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, diversas atividades e ações de mobilização serão feitas pelo país, entre elas, a entrega de um manifesto contra a exploração sexual de menores a representantes da Frente Parlamentar Mista da Criança e do Adolescente.

As denúncias de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes são examinadas e encaminhadas para os serviços de atendimento e proteção, como os Conselhos Tutelares, órgãos da segurança pública e Ministério Público.

Edição: Fábio Massalli/ Alterado para correção de informação às 21h03

Brasil tem maior taxa de reprovação no ensino médio desde 1999


JC e-mail 4499, de 17 de Maio de 2012.
Brasil tem maior taxa de reprovação no ensino médio desde 1999


Em 2011, índice de repetição foi de 13,1%, segundo o Inep. No mesmo ano, a reprovação no ensino fundamental foi de 9,6%.

Em 2011, 13,1% de todos os estudantes matriculados em algum ano do ensino médio estavam repetindo a mesma série feita em 2010. A taxa de reprovação no ensino médio, incluindo tanto a rede pública quanto as escolas particulares, foi divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na tarde de segunda-feira (14) em seu site, com base nas informações do Censo Escolar 2011.

Esse é o pior índice desde 1999, primeiro ano com dados disponíveis no site do Inep. Entre 2006 e 2007, o órgão alterou a metodologia e adotou a taxa de rendimento em vez de índices de evasão escolar. Porém, o número de alunos repetentes no ensino médio, que desde 2007 oscilava em cerca de 12%, acabou sofrendo um leve salto depois de cinco anos. Os estados com maior índice total de reprovação no ensino médio são Rio Grande do Sul (20,7%), Rio de Janeiro (18,5%) e Distrito Federal (18,5%), Espírito Santo (18,4%) e Mato Grosso (18,2%).

A rede municipal de ensino na região urbana de Belém, no Pará, foi a que apresentou o maior índice de reprovação do País: 62,5% seguida pela rede federal na zona rural do Mato Grosso do Sul, com 40,3%. Os estados com menores taxas de repetição são Amazonas (6%), Ceará (6,7%), Santa Catarina (7,5%), Paraíba (7,7%) e Rio Grande do Norte (8%).

Taxa de abandono - Os dados sobre o rendimento dos estudantes é dividido em quatro categorias: taxa de aprovação, taxa de reprovação, taxa de abandono e taxa de não-resposta (TNR), composta por matrículas que não se encaixam nas outras categorias por falta de informação nas escolas.

Apesar do aumento na taxa de reprovação, o índico de abandono no ensino médio vem caindo de maneira constante: em 2007, 13,2% dos estudantes que estavam no ensino médio em 2006 haviam desistido de estudar, enquanto em 2011 o número de desistentes em relação a 2010 foi de 9,6%.

Ensino fundamental - Em 2011, segundo o Inep, o ensino fundamental teve taxa de reprovação de 9,6%. Os estados com maior índice total de reprovação neste ciclo do ensino básico são Sergipe (19,5%), Bahia (18,5%) e Alagoas (15,2%), Rio Grande do Norte (14,9%) e Rondônia (14,2%). A rede estadual de Bahia e Sergipe também têm os piores indices do país: 26,6% e 22,5%, respectivamente. Os estados com menores taxas são Mato Grosso (3,6%), Santa Catarina (4,4%), São Paulo (4,9%), Minas Gerais (7,3%) e Goiás (7,6%). (O Globo)