quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Esperança contra esquizofrenia

JC e-mail 4333, de 30 de Agosto de 2011.
Esperança contra esquizofrenia


Cientistas brasileiros recriam células e aceleram busca de tratamento eficaz.

Num feito inédito no mundo, cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de outras universidades brasileiras transformaram células do braço de um paciente com esquizofrenia em células-tronco e depois em neurônios. Com isso, abriram um caminho novo e promissor para estudar a esquizofrenia, doença que afeta 1% da população mundial e para a qual não há cura.

Liderada por Stevens Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, a pesquisa foi aceita para publicação pela revista "Cell Transplantation", uma das mais respeitadas da área. O grupo conseguiu identificar alterações específicas da esquizofrenia nos neurônios e, num passo ainda mais fundamental, corrigiu essas alterações, fazendo com que os neurônios funcionassem normalmente.

A pesquisa, inteiramente realizada no Brasil, será apresentada amanhã na Academia Brasileira de Ciências, durante o Simpósio Indo-Brasileiro de Ciências Biomédicas. Segundo Rehen, essa é a primeira vez que se consegue modelar inteiramente uma doença em nível celular no Brasil. O estudo também é o primeiro no mundo a reverter em laboratório as características bioquímicas da esquizofrenia. Essa foi a segunda vez no mundo em que se identificou marcas bioquímicas da esquizofrenia usando células-tronco humanas reprogramadas (iPS).

Embora ainda seja necessário fazer outros estudos, os pesquisadores estão convencidos de que têm em mãos instrumentos para o desenvolvimento de um tratamento realmente eficaz contra a esquizofrenia.

O grupo de Rehen, do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da UFRJ (LaNCE-UFRJ) é pioneiro no estudo de células-tronco embrionárias e células-tronco de pluripotência induzida (iPS) no Brasil. Atualmente, sete doenças cerebrais são estudadas por métodos de reprogramação de células (Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, atrofia muscular espinal, disautonomia familiar, síndrome de Rett, síndrome do X frágil e esquizofrenia).

Estima-se que no Brasil há mais de 1,9 milhão de pessoas com esquizofrenia, um número superior, por exemplo, ao pacientes com mal de Alzheimer (estimados em 1 milhão), Aids (630 mil) e mal de Parkinson (200 mil).

(O Globo)





Cientistas conseguem neurônios iguais a de pacientes com esquizofrenia


Jornal Nacional - 30.08.2011



Ausentes também ajudam a absolver Jaqueline Roriz

Via Estadão
Por Eduardo Bresciani
31.08.2011

BRASÍLIA - Há uma regra não escrita no Congresso: quem falta às sessões de cassação vota pela absolvição do parlamentar investigado. A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) se beneficiou de 61 ausências. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), por exemplo, foi um dos parlamentares que ajudaram a filha do ex-governador Joaquim Roriz a escapar da cassação.

Com as faltas, ficou mais difícil alcançar o número de 257 votos necessários para decretar a perda de mandato de Jaqueline.João Paulo é réu no processo do mensalão. Caso o precedente de se cassar um parlamentar por fato anterior ao mandato fosse uma tese vencedora, seriam muito maiores as chances de que ele, no futuro, viesse a ser alvo de processo semelhante. Continua


Causa indignação a absolvição de Jaqueline Roriz

Via blog do Noblat
Por Fábio Fabrini, Evandro Éboli, Isabel Braga
e André de Souza, O Globo
31.08.2011

Com a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) no plenário da Câmara, restaram apenas o protesto e a indignação para políticos, intelectuais e dirigentes de entidades não governamentais que não concordaram com o resultado.

Para eles, o episódio representou um reforço à impunidade e uma demonstração de corporativismo. Jaqueline Roriz teve o mandato ameaçado após ser flagrada recebendo dinheiro do operador e denunciante do esquema do mensalão do DEM em Brasília, Durval Barbosa, em vídeo gravado em 2006, mas revelado apenas em março deste ano.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), da Frente de Combate à Corrupção, disse que a decisão vai contra o Código de Ética do Parlamentar, que exige que o eleito tenha tido uma vida limpa antes de assumir o mandato:

- É uma decisão que legitima a impunidade, o motor da corrupção. É como se a Câmara fosse uma grande corporação, e não a representante do povo.

Na semana que vem, a frente pretende convocar entidades como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) a engrossarem a mobilização "pró-faxina" em ministérios e outros setores da administração pública.

Uma das ideias é criar uma subcomissão na Comissão de Direitos Humanos e discutir mudanças na legislação para favorecer a punição de corruptos, entre elas o fim do voto secreto em votações de quebra de decoro.

- É um pacote de medidas. Se a presidente quer parar, nós não - afirmou.

Também integrante da Frente de Combate à Corrupção, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) condenou a decisão da Câmara.

- O Brasil continua sendo o país da impunidade. Só vai para a cadeia ladrão de galinha. O povo e os caras-pintadas precisam ir para a rua. Não se deve esperar nada do Congresso, e do Supremo (STF) e nem do o Executivo - disse Simon, que tinha convicção da cassação da parlamentar.

O presidente da Organização dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, foi outro a lamentar a absolvição.

- É um péssimo exemplo para a sociedade brasileira. Um exemplo de corporativismo, onde se vê prevalecer o instituto da autopreservação - afirmou Cavalcante, que, apesar do resultado, se diz otimista, pregando a necessidade de continuar lutando para mudar o cenário atual, por meio de ações da sociedade civil.

Leia mais em Políticos, intelectuais e representantes da sociedade civil criticam a absolvição de Jaqueline Roriz

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Soja e Código Florestal incentivam desmatamento

Via O ECO
26.08.2011





Valorização do grão no mercado internacional incentiva novos desmatamentos.
Cerca de 65% das propriedades produtoras são de grande e médio porte, acima de 200 hectares de terra.
Crédito: Embrapa Soja


Lançado nesta semana, o mais recente estudo do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis da ONG Repórter Brasil avalia a relação entre desmatamento e sojicultura na safra 2010/11, sob a perspectiva de mudanças do Código Florestal Brasileiro. O estado do Mato Grosso, um dos mais devastadores e o maior produtor de soja do país, foi quem liderou o aumento da produção. Ao mesmo tempo, dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicaram que, entre janeiro e junho deste ano, o estado também liderou as estatísticas de derrubada da mata, com 673,5 km² de vegetação retirada. Continua


Livro “Mudanças do clima no Brasil: aspectos econômicos, sociais e regulatórios” reúne trabalhos de 46 autores

Via EcoDebate
30.08.2010

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta segunda-feira, 29, o livro Mudança do Clima no Brasil: aspectos econômicos, sociais e regulatórios. A publicação reúne contribuições de 46 autores em 23 capítulos que discutem, entre outras questões, os mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) e os impactos das mudanças climáticas nas grandes cidades, na atividade agrícola e nas desigualdades sociais. São abordadas ainda a situação atual das negociações globais sobre o clima e a política de mudanças climáticas adotada pelo Brasil.

“Nós sentimos a necessidade de aproveitar o contato próximo que tivemos com especialistas e membros do governo durante as conferências sobre mudanças climáticas para produzir uma obra que fosse o retrato do momento atual, um momento importante em que o país deu uma guinada com a criação de seu marco regulatório sobre as mudanças no clima”, afirmou Ronaldo Seroa da Mota, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea.

A mesa de abertura do seminário de lançamento teve a presença dos diretores do Instituto Francisco de Assis Costa (Dirur) e Carlos Eduardo Fernandez da Silveira (Diset), além do representante do Itamaraty André Ordenbreit e do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Afonso Nobre.

Nobre, autor de um capítulo da publicação, ressaltou a importância da publicação para a retomada do debate sobre as mudanças climáticas. “Estamos passando, desde o fracasso de Copenhague (COP 15), pelo vale da morte. Têm sido tempos difíceis, há enormes incertezas, mas o Brasil precisa voltar-se para essas questões, temos sido líderes e somos um dos poucos que colocou em lei uma meta de redução de gases do efeito estufa”, disse.

Após a abertura, uma exposição geral sobre a obra foi realizada pelos editores Ronaldo Seroa da Mota, Jorge Hargrave e Gustavo Luedemann, todos técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea. Em seguida, os capítulos do livro foram apresentados em três mesas de debate: Aspectos regulatórios e sociais das mudanças climáticas no Brasil; As mudanças climáticas nos diversos setores da economia brasileira; e O Brasil e as negociações internacionais sobre mudanças climáticas.

Acesse a íntegra do livro Mudança do Clima no Brasil: aspectos econômicos, sociais e regulatórios

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 109

Fonte: Ipea

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Trabalhos escolares e teses são oferecidos na internet e até em bancas de jornal

Fantástico
28.09.2011





texto




Alunos de baixa renda recebem menos conteúdo

Via Estadão
Por Mariana Mandelli
29.09.2011

Dados de avaliação de escolas públicas mostram que só 1 em cada 6 unidades com estudantes mais pobres dão 80% da matéria prevista

SÃO PAULO - Apenas uma em cada seis escolas públicas do País que recebem alunos de classes sociais mais baixas consegue cumprir mais de 80% do conteúdo previsto para o ano letivo. Já entre as unidades escolares onde estudam as crianças de nível social mais elevado, essa taxa sobe para 45,2% - ou seja, metade das escolas que têm as matrículas de alunos com melhores condições socioeconômicas conseguem cumprir quase todo o currículo.

Os dados fazem parte de um tabelamento dos microdados da Prova Brasil 2007 feito pelo pesquisador Ernesto Martins Faria, do site Estudando Educação (estudandoeducacao.com). Os dados de 2009 ainda não foram divulgados e não há previsão de publicação.

Faria levou em conta os questionários socioeconômicos que compõem a avaliação (mais informações nesta página). Foram consideradas todas as 47.976 escolas que fizeram a prova. Delas, 11.994 têm alunos com condições socioeconômicas precárias matriculados.

A maior parte dessas escolas se situa nas Regiões Norte e Nordeste do País. Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins têm pelo menos uma escola pública com esse perfil. Continua

Convocados via Facebook 30 mil vão à rua em Brasília

Via blog do Josias de Souza
29.08.2011


Lula Marques/Folha

A região central de Brasília viveu um domingo atípico. Convocada via Facebook para uma tal “Corrida da Cerveja”, uma multidão foi meio-fio.

A Polícia Militar estima que cerca de 30 mil pessoas passaram pela via batizada de Eixão, no trecho que corta a Asa Norte da Capital.

Muita gente foi à rua fantasiada. Algo que, combinado à euforia proporcionada pelo consumo de cerveja, injetou na azáfama um quê de Carnaval fora de época.

No fim das contas, celebrou-se o nada. Afora o rastro de latinhas que vai infernizar a segunda-feira dos garis, ficou impressa no asfalto uma interrogação.

Num instante em que ministros caem da Esplanada como frutas podres, por que diabos o brasiliense não desperdiça um naco de sua energia num protesto anti-corrupção?

Veja mais fotos


Noivas em fuga

Via blog do Noblat
Por Miriam Leitão, O Globo
28.08.2011

O machismo virou problema econômico. Sempre foi uma trava no progresso, mas agora ganhou até capa de revista econômica pelos dilemas que está criando na sociedade asiática, que tem sido a mais refratária aos avanços.

As mulheres asiáticas, que estão no mercado de trabalho e trabalham dez vezes mais em casa que seus maridos, estão fugindo do casamento e não tendo filhos.

Com maior ou menor intensidade, é mundial a ideia de que o trabalho em casa e os cuidados com os filhos é obrigação da mulher. O homem — quando quer — “ajuda”.

Se no Ocidente isso está mudando, no mundo oriental o problema é pior e produziu equações difíceis de serem resolvidas do ponto de vista econômico e social.

A “Economist” tratou disso na semana passada: o movimento das asiáticas de fuga do casamento representa uma queda mais rápida da população, que pode representar envelhecimento ainda mais rápido, criando dificuldades maiores ao sistema previdenciário.

Um terço das mulheres nos seus trinta e poucos anos na Ásia não se casaram; e no Japão 21% delas encerraram o período reprodutivo sem se casar. Em Tóquio, a taxa chegou a 30%. Em Cingapura, 27% das mulheres com curso superior entre 40 e 44 anos não se casaram. Essas taxas estão subindo também na Tailândia, Coreia e até na China, entre mulheres mais escolarizadas e com renda maior.

Lá, há muito preconceito contra nascimentos fora do casamento, porque a Ásia não passou pela revolução de costumes que houve no Ocidente. Por isso, não casar significa não ter filhos.

No Ocidente, é alta a taxa de crianças nascidas fora do casamento tradicional. Na Suécia, 55% das crianças nascidas em 2008 foram fora do casamento; na Islândia, 66%. Na Ásia, a média é 2%.

O problema é que a carga a se carregar no casamento é pesada demais para uma asiática, diz a revista. Uma mulher asiática que trabalhe 40 horas semanais tem, em média, mais 30 horas de trabalhos domésticos. Os homens dedicam, em média, 3 horas a esse serviço.

Além disso, considera-se que a mulher é responsável pelo cuidado das crianças e também dos idosos da família. Normalmente, a mulher por lá é responsável pelos cuidados do sogro e da sogra. Por isso, muitas asiáticas, principalmente as de alta escolaridade, estão preferindo apostar na carreira.

Aumenta também o que era inaceitável tempos atrás: relacionamento sem casamento, sem filhos e sem compromisso. As taxas de mulheres no mercado de trabalho estão aumentando rapidamente. Na Coreia do Sul, a taxa de mulheres empregadas na faixa dos 20 anos superou a de homens.

Com opções e independência financeira, elas impõem os termos: ou a sociedade muda por uma divisão mais igualitária do peso da vida familiar ou elas continuam solteiras. “Por que mudaria minha vida para preparar sopa de tofu como minha mãe?” disse uma entrevistada à revista. Continua


domingo, 28 de agosto de 2011

Seis meses sem fumar!!!!




Quem diria!!!





Para quem ainda não leu:
Com cigarro na mão, claro! - Adelidia Chiarelli





Sonhos bolivianos viram pesadelos no Brasil

Via blog do Noblat
28.08.2011







Leila Suwwan, O Globo

Na região central de São Paulo, em pleno horário comercial, centenas de casas e lojas amanhecem e anoitecem com seus portões abaixados e janelas fechadas, para abafar o ruído das máquinas de costura. Atrás das portas trancadas, milhares de imigrantes bolivianos vivem e trabalham em aglomerados que confundem as linhas entre o cooperativismo, a terceirização e a degradação. Em muitos casos, o regime é análogo à escravidão.

Os fiscais do trabalho começaram a desbaratar o esquema, alimentado por grandes lojistas e intermediários. Mas para o batalhão de trabalhadores, que cruzaram a fronteira para tentar o "sonho brasileiro", as oficinas de costura representam uma chance de melhorar de vida.

Cerca de 300 mil bolivianos vivem hoje no país, sendo que 250 mil se fixaram em São Paulo, de acordo com o consulado. A comunidade se torna visível em dia de grandes festas, como a de Nossa Senhora de Copacabana, patrona da Bolívia. Mas a integração ainda está longe. Os traços indígenas, a barreira do idioma e a retração cultural ajudam a propagar a discriminação.

Leia mais em Sonhos bolivianos viram pesadelos no Brasil

Leia também Lista de 'escravocratas' só cresce no Brasil


sábado, 27 de agosto de 2011

Cientistas que assinam artigos escritos por "ghostwriters" deveriam ser penalizados

Via Folha.com
Por IAN SAMPLE
DO "GUARDIAN"
26.08.2011

Médicos e cientistas que assinam artigos médicos que não escreveram deveriam ser acusados de erro de conduta profissional e fraude, dizem especialistas legais.

As propostas visam erradicar o negócio escuso da "autoria convidada", em que artigos sobre pesquisas que foram redigidos por empresas farmacêuticas ou redatores médicos pagos pelo setor são publicados com se fossem obras de acadêmicos independentes e influentes.

Nos piores casos, médicos recebem pagamentos ou outros incentivos para endossar artigos, sem estarem familiarizados com os estudos ou dados descritos nos mesmos. Com frequência os artigos são enviesados e não trazem os nomes de seus autores reais.

Não é de hoje que a questão dos autores convidados e dos "ghostwriters" (pessoas que escrevem um texto mas não recebem os créditos de autoria, que ficam com quem contrata ou compra o trabalho) atinge a categoria médica, mas nos últimos anos ela vem se tornando mais difícil de ignorar, na medida em que vem ficando claro até que ponto as empresas farmacêuticas fazem uso dessa tática como ferramenta de marketing.

Artigos redigidos pelo setor farmacêutico, com participação mínima de autores convidados, foram publicados em periódicos importantes, tratando da terapia de reposição hormonal, do Vioxx (um anti-inflamatório que foi tirado do mercado devido a questões de segurança de uso), o Neurontin (usado no combate à dor), antidepressivos e a associação medicamentosa Fen-phen, usada em dietas (também tirada do mercado por razões de segurança). Continua



Veja também:
- Indústria farmacêutica não quer curar pessoas, diz prêmio Nobel

- Câmeras ao vivo: Furacão Irene

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rumo às energias que nos convêm

Via Estadão
Por Washington Novaes
26 de agosto de 2011

O governo federal deve à sociedade brasileira uma satisfação, que não pode mais ser postergada, sobre a matriz energética nacional. Não se pode continuar avançando em meio a informações contraditórias, que levantam dúvidas quanto à estratégia no setor, conveniência dos rumos tomados, adequação dos investimentos, custos a serem pagos pela sociedade, etc.

O primeiro ponto a esclarecer é sobre a real necessidade de expansão da matriz. O governo e seus órgãos vão continuar fazendo de conta que nunca ouviram falar do estudo da Unicamp (2006), várias vezes citado neste espaço, segundo o qual o País pode viver com 50% da energia que consome (poupando 30% com conservação e eficiência, 10% com redução de perdas em linhas de transmissão - que estão em 17% - e 10% com repotenciação de geradores antigos)? Mesmo que continuem, vão seguir com as informações contraditórias e insuficientes, que inclusive permitem onerar a sociedade com custos discutíveis, para beneficiar alguns setores? Como disse recentemente (Ambiente Energia, 21/8) o diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética, Pietro Erber, uma boa política energética não pode estar voltada apenas para questões do desenvolvimento econômico e obreirismo, precisa estar atenta aos chamados fatores ambientais e sociais, dar preferência a fontes renováveis de energia e de origem local (mais próximas dos usuários, menos caras), computar e cobrar dos geradores os impactos que produzam.

Mas não é o que ocorre. Várias consultorias estão reduzindo suas previsões sobre crescimento econômico no País nos próximos tempos - e isso terá influência no consumo de energia. Estão sendo consideradas? O próprio Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Empresa de Pesquisa Energética já preveem, segundo os jornais, que o aumento de consumo de energia este ano não será de 5%, e sim de 3,9% (ONS), ou baixará de 5,4% para 3,8% (EPE). "Estamos nadando em sobras", diz o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. Então, por que insistir em tantas hidrelétricas na Amazônia, com altos custos sociais e ambientais (incluindo a redução de parques nacionais, decretada por medida provisória)? Por que insistir na usina de Angra-3 e mais quatro no Nordeste? "O planejamento energético no País continua autista", diz o professor Carlos Vainer, da UFRJ. Mas no mesmo debate o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, previu "forte tendência de crescimento no Brasil nos próximos anos", que justificaria as hidrelétricas na Amazônia. "Se adotarmos a energia solar", disse ele, "o pobre não vai ter energia". Não é só. O próprio MME teve de intervir para mudar as metas projetadas pela Aneel para as renováveis (eólica, biomassa, pequenas centrais), que haviam sido fixadas (favorecendo fontes não renováveis) em 2.700 MW de potência e tiveram de ser elevadas para 4.300 MW.

Quando se põem todas as cartas na mesa, os números assustam. No ano passado, por exemplo, a conta paga às geradoras de energia a gás (era indispensável?) foi de R$ 670 milhões (Estado, 2/8). Pelo ângulo do cidadão, mais grave ainda, diz a Fiesp que a economia para o consumidor nas contas de luz em 20 anos poderá ser de quase R$ 1 trilhão se não forem renovadas as atuais concessões para fornecimento de energia. Mas um lobby poderoso trabalha pela renovação.

Está ficando difícil, porém, a posição dos adversários das energias renováveis e "limpas". No último leilão de energia, as fontes eólicas ficaram com 48% do total leiloado (Estado, 19/8), quase 2 mil MW, com preço inferior a R$ 100 por MWh, menor que o das hidrelétricas, a R$ 104,75 (de novo: por que insistir na Amazônia?). Não por acaso, a previsão da Associação Brasileira de Energia Eólica é de que os investimentos nesse setor até 2013 serão de R$ 25 bilhões, em 141 projetos (4.343 MW, tanto quanto Belo Monte). Na verdade, hoje a EPE afirma que potencial eólico já mapeado está em 143 mil MW. Há quem pense que pode chegar a 300 mil.

Não é só por aqui. Na Espanha a eólica já é a maior fonte de energia, com 21% do total. A Noruega começa a instalar usinas flutuantes no mar. A energia solar também avança, até mesmo no Brasil, onde o megaempresário Eike Batista inaugura sua primeira usina em Tauá (CE), com 4.680 painéis. E a Abrava calcula que, se todos os 11,2 milhões de habitantes de São Paulo se banhassem em água aquecida por painéis solares, economizariam R$ 7,3 bilhões anuais e evitariam a emissão de 450 mil toneladas de dióxido de carbono. A projeção que se faz (Ambiente Energia, 14/8) é de que este ano se acrescentarão mais 200 mil metros quadrados de painéis ao quase 1 milhão implantado em 2010.

A tendência parece irreversível. Diz o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Convenção do Clima, que fontes renováveis suprirão 80% da demanda de energia em 2080, principalmente eólica, solar e das biomassas. Hoje, juntamente com as energias geotérmica e de ondas oceânicas, respondem por 13%. A América Latina já é a segunda região no volume de investimentos em energias renováveis, nas quais o mundo investiu US$ 211 bilhões em 2009. A China é que mais investe (US$ 48,9 bilhões/ano); o Brasil, US$ 7 bilhões. Mas os subsídios às energias fósseis continuam a vencer: US$ 312 bilhões em 2009, ante US$ 57 bilhões para as renováveis. E o carvão segue como principal fonte, 47% do total.

Só que a corrida pelas tecnologias de energias renováveis continua fortíssima: no ano passado, o Escritório Americano de Patentes reconheceu 1.811 patentes de tecnologias energéticas relacionadas com veículos elétricos, células de combustível e aplicações energéticas em biomassas, eólicas, geotérmicas, solares e hídricas (hidrelétricas, ondas e marés).

Precisamos sair com urgência da nossa confusão e jogar pesado nas direções corretas.

JORNALISTA
E-MAIL: WLRNOVAES@UOL.COM.BR

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Só 32% dos alunos da escola pública sabem somar e subtrair

Via G1
Por Paulo Guilherme
25.08.2011


Desempenho em matemática na rede privada é mais que dobro da pública

Prova ABC mediu quantas crianças do 3ª ano sabem somar e subtrair.
Na escola privada, 75% atingiram mínimo esperado; na pública, 32%.


Três quartos das crianças do 3º ano do ensino fundamental das escolas particulares sabem o mínimo esperado de matemática, como as operações de somar e subtrair. Já nas escolas públicas, somente uma a cada três conhece o básico do conteúdo desta disciplina nesta série (que tem em sua maioria alunos com oito anos de idade).

Estes dados foram apresentados nesta quinta-feira (25) na divulgação do resultado da Prova ABC, que avaliou a proficiência de 6 mil alunos de 250 escolas públicas e privadas das capitais do país. A avaliação mostrou uma diferença gritante de desempenho entre estudantes de escolas públicas em relação aos alunos de escolas particulares.

Apenas um terço (32,58%) dos alunos da rede pública alcançou o índice de 175 pontos que corresponde ao conhecimento esperado dos alunos desta série segundo escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Já o desempenho na rede privada foi de 74,30%, mais que o dobro do índice dos alunos da rede pública. Esta escala é progressiva e vai até o terceiro ano do ensino médio (500 pontos). Na rede privada, a média foi de 211,2 pontos. Entre as escolas públicas, o desempenho foi de 158,0 pontos. Continua


Comentário básico:
Isso é uma calamidade pública.
Me sinto ultrajada!

Adelidia Chiarelli



Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas

Via Estadão
Por Alexandre Gonçalves
25.08.2011

Batizado de Hamza em homenagem a um dos pesquisadores que participaram do estudo, rio corre a 4 mil metros de profundidade em meio a sedimentos; descoberta foi possível graças a dados de 241 poços perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980

Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d"água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente.

A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobrás nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.

Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura.

Com a informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.

O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio.

Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza. Continua



Na última hora, Maluf desiste de admitir um crime

Via Estadão
Por Fausto Macedo e Marcelo Godoy
24.08.2011

Ex-prefeito negociava acordo com promotoria de Nova York para deixar lista de procurados da Interpol; Prefeitura apoiava acerto

Paulo Maluf, que vai celebrar 80 anos em 3 de setembro com pompa e estilo na Sala São Paulo, negociou ao longo de quase um ano acordo com a promotoria de Manhattan (EUA) para ter seu nome excluído do alerta vermelho, o lendário índex dos mais procurados da Interpol em todo o mundo. Em troca, o ex-prefeito e deputado pelo PP admitiria a autoria de um crime pela primeira vez na vida - no caso, delito classificado formalmente de falsificação de registros contábeis praticado nos Estados Unidos.

A confissão histórica se daria perante o Tribunal Criminal de Nova York e de viva voz pelo réu. Sob a condição de não correr nenhum risco de ser algemado, nem mantido em cela prisional, Maluf viajaria para a audiência nos Estados Unidos.

Ele também estava disposto a declarar que "não tem interesse" em US$ 22 milhões do Macdoel Trust, na Ilha de Jersey - fundo controlado por três empresas offshore cuja titularidade o Ministério Público de São Paulo atribui ao ex-prefeito e ao filho mais velho de Maluf, Flávio.

Mas o pacto malogrou há duas semanas, à beira do ato final - assinatura do documento pelas partes envolvidas, os defensores de Maluf, ele próprio e a promotoria americana. Flávio, presidente da Eucatex, ficaria à mercê do Ministério Público brasileiro para eventual ação de natureza penal.

O fracasso da negociação frustra planos da Prefeitura de São Paulo, que pretende investir na área social recursos supostamente desviados de seus cofres na gestão Maluf. A Procuradoria do Município já se havia manifestado favoravelmente ao acordo, do qual a Prefeitura seria parte. O Município seria consultado pela promotoria de Nova York por ser o destinatário final de valores resgatados em Jersey. Advogados foram contratados no Reino Unido pelo governo municipal para acompanhar o caso.

A história secreta do acordo que não deu certo reúne capítulos às vezes marcados pela cautela, outros pela tensão. Foi um jogo de xadrez. De um lado da mesa, advogados de renome e prestígio. Do outro lado, promotores que perseguem com destemor a corrupção e a improbidade. Treze cláusulas compunham o ajuste que, afinal, encalhou. Continua

Perfil dos portadores de HIV

Via Agência Fapesp
19.08.2011



Levantamento feito pelo hospital
 Emílio Ribas indica que  heterossexuais
 representam 68% das internações por HIV
 (Wikimedia)
Agência FAPESP – Levantamento feito pelo hospital estadual Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo referência em tratamento de doenças infecto-contagiosas na capital paulista, indica o perfil do paciente tratado na unidade e revela que 80% do atendimento é voltado a portadores do vírus HIV. Outro dado aponta que 68% desses pacientes informam ser heterossexuais.

O estudo mostra também que 25% dos pacientes são do sexo feminino e a maioria, homens e mulheres, têm idade entre 30 e 40 anos. Apenas 20% dos entrevistados declararam união estável com o parceiro. Em relação à escolaridade, 42% dos pesquisados informaram ter apenas o ensino fundamental concluído, e apenas 0,9% havia concluído o ensino superior.

Segundo o médico infectologista David Uip, diretor do Emílio Ribas, a batalha contra o vírus ainda continua e a barreira principal ainda não foi quebrada: a consciência de todos, independentemente da opção sexual.

“Houve muitos avanços na medicina no que diz respeito ao tratamento da Aids da década de 1980 para cá, mas não adianta a medicina evoluir se toda a população não estiver consciente dos riscos da doença e de como preveni-la”, disse.

O levantamento dos dados foi realizado pelo serviço social durante 15 dias acompanhando a rotina de mais de cem pacientes internados no hospital.

Mais informações: http://www.saude.sp.gov.br/

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Cientistas calculam quantas espécies existem

JC e-mail 4329, de 24 de Agosto de 2011.
Cientistas calculam quantas espécies existem


Cientistas acabam de estimar quantas espécies existem na Terra. O total chegaria a 8,7 milhões, com 1,3 milhão a mais ou a menos.

Apesar do tamanho da margem de erro, é o cálculo mais preciso já feito sobre a presença de vida no planeta. Até então, as estimativas giravam entre 3 milhões e 100 milhões. Dos 8,7 milhões, 6,5 milhões são espécies terrestres e 2,5 milhões, marinhas. Para a ciência, os números representam um desafio gigantesco, uma vez que a grande maioria ainda não foi classificada ou mesmo descoberta.

Os números foram divulgados pelo Censo da Vida Marinha, uma rede de pesquisadores de mais de 80 países em uma iniciativa de dez anos focada na diversidade, distribuição e abundância de vida nos oceanos. Estão em artigo publicado na revista PLoS Biology.

"A questão de quantas espécies existem tem intrigado cientistas há séculos e a resposta, somada a pesquisas em distribuição e abundância de espécies, é particularmente importante nesse momento, uma vez que diversas atividades e influências humanas estão acelerando as taxas de extinção", disse Camilo Mora, da Universidade do Havaí, um dos autores do estudo.

"Muita espécies podem desaparecer antes mesmo que saibamos de sua existência, de seu nicho particular ou de sua função em ecossistemas", alertou. Os autores do estudo destacam que a mais recente Lista Vermelha, feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, estima que 19.625 espécies estão classificadas como ameaçadas. Isso de uma amostragem total de 59.508, ou menos de 1% do total agora estimado de espécies.

"Sabemos que o número exato de livros na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 1º de fevereiro de 2011 era de 22.194.656, mas não somos capazes de dizer, mesmo em uma ordem de magnitude, quantas espécies distintas de plantas e animais dividem o mundo conosco", disse Lord Robert May of Oxford, ex-presidente da Royal Society.

Desde que o sueco Carl Linnaeus (1707-1778) publicou, em 1758, um sistema usado até hoje para classificação biológica, cerca de 1,25 milhão de espécies - aproximadamente 1 milhão em terra e 250 mil nos oceanos - foram descritas e seus dados estão disponíveis em bancos de dados. Outras cerca de 700 mil foram descritas mas ainda não publicadas.

Segundo o estudo, do total estimado de 7,77 milhões de espécies de animais, apenas 953.434 foram descritas e catalogadas. Das espécies marinhas, 11% foram descritas e catalogadas. Entre as plantas o conhecimento é muito maior: das estimadas 298 mil espécies, 215.644 foram descritas e catalogadas.

Mais informações e inscrições: www.coml.org.

O artigo How Many Species Are There on Earth and in the Ocean?(doi:10.1371/journal.pbio.100112), de Camilo Mora e outros, pode ser lido em www.plosbiology.org.

(Agência Fapesp)



Entidade faz curso com condenado por plágio

JC e-mail 4327, de 22 de Agosto de 2011.
Entidade faz curso com condenado por plágio


Sociedade Brasileira de Zoologia e UFPA, onde o cientista dá aula, afirmaram desconhecer o histórico do pesquisador.

A Sociedade Brasileira de Zoologia convidou, pela segunda vez, um cientista com histórico de plágio para ministrar um dos minicursos em seu próximo congresso bienal, que acontece em março. O minicurso, sobre entomologia forense (que envolve o uso de insetos como pistas de crimes), deve ser conduzido pelo entomólogo Leonardo Gomes, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Há cinco anos Gomes tem seu nome ligado a fraudes científicas, desde seu pós-doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Duas das acusações foram comprovadas. Elas levaram à saída de Gomes da Sociedade Brasileira de Entomologia e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde ele teve uma bolsa cortada em 2008.

O pesquisador teve um artigo científico anulado pela revista "Neotropical Entomology" e um livro sobre entomologia cancelado pela Springer, editora internacional de obras científicas. No artigo, o cientista copiou partes integrais de trabalhos já publicados. Isso ocorreu "lamentavelmente", na opinião do ex-orientador e coautor de Gomes, Cláudio Von Zuben, professor da Unesp de Rio Claro. "Ele teve a honradez de assumir o erro", diz Zuben.

Mas, na opinião do biólogo da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Hermes-Lima, assumir um erro não é uma atitude "honrosa". "Isso é uma obrigação." Até essa retratação, Gomes era revisor da própria "Neotropical Entomology". Ou seja: ele analisava os artigos enviados para publicação, dando pareceres sobre isso. Continua


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ginger Rogers - 100 anos

Via Estadão
15.07.2011





AQUI!



Sobre Ginger Rogers




Radiação pode deixar área do Japão inabitável

JC e-mail 4328, de 23 de Agosto de 2011.
Radiação pode deixar área do Japão inabitável


O governo japonês pode declarar algumas áreas próximas à usina nuclear de Fukushima inabitáveis por mais de dez anos, por causa de níveis de radiação 500 vezes acima do limite recomendado.

"Estou ciente da possibilidade de haver áreas em que os moradores não poderão retornar às suas casas por muito tempo", disse o secretário-chefe de Gabinete, Yukio Edano, a jornalistas em Tóquio.

Técnicos mediram uma radiação de 508,1 milisiervert por ano na cidade de Okuma, a 3 km da central danificada após o forte terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março. O nível mundialmente recomendado é de 1 milisiervert por ano. Há uma crescente impressão dentro do governo de que levará mais de uma década para que moradores de Okuma e de Futaba, também a 3 km da usina, possam retornar a suas casas.

A população nessa região era de 1.131 pessoas antes dos desastres. Testes preliminares e relatórios indicaram altos niveis de radiação em amostras do solo em áreas além da zona de exclusão de 20 km ao redor de Fukushima.

Em 24 de maio, algumas amostras registraram mais de 1,48 milhão de becquerels por metro quadrado, padrão usado para a retirada de moradores após o acidente na usina nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, em 1986. A informação consta de um relatório entregue ao governo por Tomio Kawata, da Organização para o Gerenciamento do Lixo Nuclear do Japão.

O tsunami que se seguiu ao tremor de 9 graus em março afetou o funcionamento da usina, de modo que três de seus seis reatores derreteram, o que provocou os vazamentos radioativos.

Moradores que não receberem autorização para voltar às suas casas poderão receber compensações financeiras, segundo a mídia local. O primeiro-ministro Naoto Kan deve explicar o plano para autoridades locais quando visitar a Província de Fukushima no final desta semana.

(Valor Econômico)

fonte

Blitz nos parques de diversão revela perigo nos brinquedos

Fantástico
21.08.2011




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Comentário básico:
Um país à deriva.



O voo do oligarca

Via blog do Noblat
23.08.2011

Fernando Barros e Silva, Folha de S. Paulo

Vestido de branco, com boina, em traje de safari tropical e cercado por serviçais, ele caminha no meio da mata. Poderia ser Muammar Gaddafi em fuga. Mas era José Sarney a passeio.

Reportagem desta Folha revelou que o presidente do Senado usou o helicóptero da PM do Maranhão para fazer o trajeto entre São Luís e sua ilha particular. Numa de suas viagens a Curupu, Sarney estava acompanhado do empresário Henry Duailibe Filho, primo do marido da governadora Roseana Sarney, Jorge Murad, e beneficiário de contratos com o Estado que somam pelo menos R$ 80 milhões.

Flagrado em seu turismo privado com a aeronave paga pelo contribuinte para atender a população em casos de emergência, o patriarca teve a desfaçatez de dizer que viajou "a convite da governadora do Maranhão". E, mais, que tem "direito a transporte de representação em todo o território nacional".

Enquanto funcionários da base da PM carregavam bagagens e caixas de isopor do helicóptero para o carro dos Sarney, um pedreiro acidentado aguardava numa maca, dentro de outro helicóptero, para ser transportado até a ambulância.

Não é por acaso que a capitania hereditária governada há mais de quatro décadas pelo clã Sarney seja um dos maiores cartões-postais da tragédia social brasileira. Não importa qual seja o ranking - mortalidade infantil, IDH, nível educacional, renda per capita em domicílios urbanos, expectativa de vida média -, em todos eles o Maranhão figura entre os Estados mais miseráveis e desumanos do país.

É irônico que esse mandonismo em estado bruto (a verdade histórica do literato cordial) tenha encontrado em Lula seu grande aliado. Sem ele, Sinhazinha não teria sido eleita como foi e Sinhô não teria se mantido à frente do Senado.

"O Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum", disse o petista em 2009, ao defender seu oligarca com jaquetão de escritor.

fonte



Leia também:
- Aliado de Sarney: ‘Queriam que ele fosse de jumento?’
- Em jantar com Dilma, Sarney ‘brinca’ com helicóptero


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cabeça a prêmio: R$ 80 mil

Via Época
Por Eliane Brum
22.08.2011

Defensor da floresta pede ajuda para não morrer


No porto de Altamira, Raimundo Belmiro se prepara para embarcar na voadeira que o levará de volta para casa. Junto com ele viaja o tio, Herculano Porto. Só alcançarão seu destino, a Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, no Pará, depois de três dias de viagem por rio. Só é possível navegar com a luz do sol. À noite assam no fogo de chão o que pescaram horas antes nas águas, para comer com farinha, amarram a rede numa árvore e dormem para acordar com o barulho impressionante dos macacos. Eles moram numa região da Amazônia entrincheirada entre os rios Xingu e Iriri – e conhecida por um nome mítico: Terra do Meio. Quem olha para Raimundo e Herculano enxerga dois homens pequenos. Raimundo mais falante, Herculano mais sestroso. São dois gigantes. Todos nós, brasileiros, devemos a eles a preservação de um pedaço da floresta. Nesta guerra travada no coração turbulento da selva, os dois quase perderam a vida anos atrás. E hoje, mais uma vez, aos 46 anos, Raimundo Belmiro tem a cabeça a prêmio. O preço: R$ 80 mil.

Primeiro, é preciso compreender que, na Amazônia brasileira, as ameaças precisam ser levadas a sério. Na luta para proteger a floresta há uma trilha de cadáveres de homens e mulheres honestos, em geral anônimos, quase sempre abandonados pelo Estado.

Se no Rio de Janeiro, no Sudeste do país, uma juíza é executada com 21 tiros, dá para imaginar como a violência se desenrola nos confins do Brasil. Somente em maio, como todos sabemos, cinco pessoas foram assassinadas na Amazônia porque lutavam pelo que todos nós deveríamos estar lutando. Mas não estamos. Se existe floresta nativa em pé, tenhamos certeza, é por causa da luta dessa gente que se organiza, que grita e que morre – e que às vezes consegue fazer o Estado cumprir a lei.

Se Raimundo Belmiro for assassinado depois de ter pedido proteção, a responsabilidade será do governo federal – e também será nossa. Desde o início de agosto, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) sabe que Raimundo Belmiro está com a cabeça a prêmio. O ICMBio é o órgão do governo federal responsável por “fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das Unidades de Conservação federais”.

Apesar de ser área de proteção federal, a reserva extrativista tem sido desmatada pelos fundos, a partir de uma localidade chamada Trairão. Ao derrubar a floresta, os bandidos deparam-se com a resistência de Raimundo Belmiro, principal liderança do Riozinho do Anfrísio. É por isso que seu nome circula entre a pistolagem da região. Como antes aconteceu com Brasília, Dema, Dorothy, Zé e Maria, apenas o nome de alguns tombados nos últimos anos no Pará.

Estas são as palavras que Raimundo me pediu para levar ao Brasil e ao mundo:
- Se as autoridades me entendessem e vissem que eu tenho valor, eu queria uma proteção. Uma coisa séria, porque não tá fácil pra mim. Eles sabem quando eu tô na floresta, sabem quando eu tô em Altamira. Estou desprotegido, só tenho a proteção de Deus. E o pessoal tá invadindo lá dentro do Riozinho, tirando madeira. E essa gente ataca pelas costas. À traição. Continua


Filha de operário revê mensagens que ele deixou no Congresso Nacional

Jornal Nacional
22.08.2011


“Que os homens de amanhã que aqui vierem
tenham compaixão dos nossos filhos
e que a lei se cumpra”.
José Silva Guerra





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Encontrados mais antigos fósseis da Terra

JC e-mail 4327, de 22 de Agosto de 2011.
Encontrados mais antigos fósseis da Terra


Cientistas encontraram os mais antigos fósseis da Terra na Austrália e afirmam que a descoberta microscópica é uma convincente evidência de que células e bactérias conseguiram se desenvolver em um mundo sem oxigênio há mais de 3,4 bilhões de anos.

O achado sugere que a vida primordial no planeta era baseada em enxofre - vivendo dele e metabolizando o elemento no lugar do oxigênio para obter energia-, o que apoia a ideia de que formas de vida similares podem existir em outros planetas onde os níveis de oxigênio são baixos ou inexistentes.

"Poderiam esses tipos de coisas existir em Marte? Isso é bem concebível. Esta evidência é encorajadora e a falta de oxigênio em Marte não é um problema", diz Martin Brasier, da Universidade de Oxford University e integrante da equipe que fez a descoberta. Os microfósseis, que os pesquisadores dizem estar bem preservados, mostrando estruturas parecidas com células, foram encontrados em uma parte remota do Oeste da Austrália batizada Strelley Pool. Em estudo publicado neste domingo na "Nature Geoscience", a equipe de Brasier explica que os pequenos fósseis foram preservados entre cristais de quartzo nos grãos de areia da mais antiga área costeira conhecida na Terra, em algumas das mais antigas rochas sedimentares já encontradas. Continua


Angra 3 é uma questão ética

JC e-mail 4327, de 22 de Agosto de 2011.
Angra 3 é uma questão ética

Artigo de Alfredo Bosi publicado na Folha de São Paulo de domingo (21).

Se a construção de uma usina nuclear fosse apenas uma questão técnica, seria reduzido o número das pessoas capazes de opinar sobre o assunto. Mas os riscos a que estão sujeitas as populações que vivem perto dos reatores são inegáveis. Como nenhum cientista pode afirmar que o risco é zero, a questão passa a ser ética.

Como delegar a sorte de milhares de cidadãos à onipotência de alguns tecnocratas e aos interesses desta ou daquela empresa? Um programa sem o respaldo da opinião pública esclarecida é acintosamente antidemocrático. O referendo italiano que rejeitou maciçamente as usinas nucleares é modelo de participação popular. Talvez seja o caso de imitá-lo.

Na Alemanha, a decisão do governo de suspender o programa nuclear atendeu a um movimento cívico que exige investimento em formas de energia renováveis e seguras. Por que o BNDES se dispõe a malbaratar bilhões de dólares em Angra 3 em vez de aplicar esse capital, arrancado aos contribuintes, na difusão em larga escala daquelas formas de energia?

As empresas nucleares preferem privatizar benefícios e socializar prejuízos, no caso, perigos. Mas não há dinheiro que possa indenizar câncer hepático ou leucemia nas crianças vítimas dos vazamentos. O cidadão brasileiro tem o direito de perguntar: o que será feito com o lixo de Angra 1, 2 e 3? Que direito temos de legar aos pósteros esse pesadelo?

O presidente Bush autorizou a remoção dos rejeitos para depósitos a serem cavados em Yucca Mountain, mas a população do Estado de Nevada e as comunidades indígenas que lá vivem há séculos rebelaram-se contra uma decisão que violava o seu território. Obama prometeu revogar o decreto do antecessor, mas o impasse continua.

Físicos da envergadura do saudoso Mário Schenberg (que condenou a instalação de uma usina em Iguape), J. Goldemberg, Pinguelli Rosa, Cerqueira Leite, Ildo Sauer e Joaquim Carvalho alertam para o caráter desnecessário da energia nuclear no Brasil. As potencialidades de nossa biomassa, bem como de outras fontes renováveis, fornecem base segura para um desenvolvimento sustentável.

Nossos cientistas são evidentemente favoráveis a pesquisas na área nuclear que tenham aplicações na biologia, na medicina e na agricultura. A energia nuclear é cara. Dados do Greenpeace: "O preço da tarifa ao consumidor pode sair por US$ 113/MWh, contra US$ 74/ MWh da energia gerada pela biomassa e US$ 82/MWh da eólica".

Arriscada, desnecessária, cara..., mas dirão que é limpa; desde quando lixo atômico é sinal de limpeza? O enriquecimento do urânio depende de eletricidade gerada por combustíveis fósseis, como o carvão. Duas das minas de carvão mais poluentes dos Estados Unidos, em Ohio e em Indiana, produzem eletricidade para enriquecer urânio. É o que informa B. Sovacool no número 150 da "Foreign Policy".

Enfim, uma boa notícia. A OAB anunciou, em 4 de julho de 2011, que está recorrendo ao Supremo Tribunal Federal exigindo que a eventual retomada das obras de Angra 3 só possa fazer-se com autorização do Congresso Nacional e mediante nova legislação federal. Assim o requer a Constituição de 1988. Que os parlamentares ouçam a voz dos eleitores e não se dobrem às pressões de empresários gananciosos e políticos desinformados.


Alfredo Bosi é professor emérito da USP, membro da Academia Brasileira de Letras e participante da Coalizão Brasileira contra as Usinas Nucleares.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O fim... de semana

22.08.2011
No blog do Noblat
Trecho da matéria
O fim... de semana:





Máfia das internações tabela valor da propina

Via blog do Noblat
Por Fabíola Gerbase e Catharina Wrede, O Globo
22.08.2011

A máfia das internações que atua em hospitais privados no Rio e em municípios vizinhos, denunciada domingo pelo GLOBO , tem como principal alvo pacientes segurados por planos de saúde considerados de primeira linha, revela reportagem publicada na edição desta segunda-feira.

O valor pago pelos hospitais envolvidos no esquema de pagamento de propina é maior se o doente tiver um plano de saúde "melhor", ou seja, se for um dos que repassam valores mais altos por um dia de internação.

A conversa com o funcionário que opera o esquema no Hospital do Amparo, no Rio Comprido, revelou que a propina, no caso de um paciente internado por mais de 48 horas em CTI, é normalmente de R$ 300. Mas o valor chega a R$ 600 se o doente for segurado pelos planos de primeira linha. Ele explicou que "o interessante é ter planos diferentes" no hospital.

Na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, o contato do esquema é um funcionário do setor de faturamento. Depois que uma pessoa que trabalha na internação libera a vaga pedida pelo técnico de enfermagem ou médico da empresa de remoção hospitalar, esse funcionário entra em cena para acertar o pagamento da propina.

No telefonema dado pela repórter do GLOBO, que simulou interesse pelo esquema, ele reclamou que a Vida UTI Móvel, uma das principais envolvidas, não está levando para a casa de saúde os pacientes de "convênios bons". Pela internação deles em CTI, o funcionário oferece R$ 600. Já se o segurado for de um plano "pior", o valor da propina cai para R$ 250.

Leia mais em Máfia das internações tabela valor da propina


domingo, 21 de agosto de 2011

PARE BELO MONTE - DIA MUNDIAL

Fotos
Manifestação em São Paulo
20.08.2011








veja as fotos





Dia 22, Rio protesta contra financiamento
de Belo Monte pelo BNDES





Em Belém do Pará








Em Paris






Em Lyon









Em São Paulo











Em Florianópolis











Em Porto Alegre













BLUE VELVET - BOBBY VINTON






letra e tradução



Para desmontar esquemas de corrupção, Dilma precisa da sociedade civil

Via blog do Noblat
21.08.2011

Silvia Amorim e Carolina Benevides, O Globo

A faxina iniciada pela presidente Dilma Rousseff para reduzir os focos de corrupção no governo federal tem sido creditada pela sociedade, em parte, a um traço de personalidade da presidente. Há quem identifique nela uma intolerância maior em relação à corrupção em comparação ao antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas ninguém nutre expectativas de que, sozinha, Dilma conseguirá seguir muito além do que já foi, desmontando esquemas de corrupção alimentados pelo loteamento político da máquina pública. Até porque muitos dos partidos que a apoiam são contra a faxina.

- A sociedade tem que apoiá-la ou ela não conseguirá governar - opina Ney Matogrosso.

Na terça-feira que vem, a Frente Suprapartidária Contra a Corrupção e a Impunidade, lançada semana passada por um grupo de senadores que apoiam a faxina, fará um ato no Congresso para receber apoio de diversas entidades.

(...) - Mesmo que a opinião pública fracasse, o governo tem a obrigação de combater a corrupção. Não podemos depender só da opinião pública, ainda que toda manifestação que cobre mudanças seja benéfica. Nós temos leis. No mais, se Dilma continuar a faxina, terá sua ação facilitada. Vai ganhar respeito e autoridade - Célio Borja, jurista e ex-ministro da Justiça.

- Nossa obrigação é apoiar. O Congresso fez a vida inteira de um jeito, os políticos acham que estão imunes. Pode até ser que a presidente erre em algum momento. Mas acho excelente que a casa comece a ser arrumada. Vejo com bons olhos, acho saudável esse movimento, como um recado que diz: não é mais assim que a banda toca, não é como você pensa que é - Marina Person, cineasta.

Leia mais em Brasileiros são unânimes em dizer que Dilma precisa do apoio para desmontar esquemas de corrupção




Leia também:

CGU: 100 % dos convênios do Turismo são irregulares



Especialista diz que Light não investiga explosões

Via blog do Noblat
21.08.2011

Taís Mendes, O Globo

Enquanto uma empresa contratada pela prefeitura vistoria, em caráter de emergência, as câmaras subterrâneas da cidade, após uma sequência de explosões em bueiros do Rio, um especialista faz um alerta: a Light não tem uma estrutura montada para investigar as causas dos acidentes registrados nos últimos anos.

É o que revela reportagem de Taís Mendes, publicada na edição deste domingo do GLOBO. De acordo com o engenheiro eletricista Estellito Rangel Junior, secretário da Divisão Técnica Especializada de Engenharia de Segurança do Clube de Engenharia do Rio, o plano de investimentos anunciado pela concessionária de energia estaria voltado apenas para aumentar a capacidade de atendimento aos consumidores e não para implementar ações visando atacar as causas das explosões.

(...)

Segundo o engenheiro, o sistema da Light segue um modelo americano, elaborado nos anos 20. Ele ressalta que um ponto preocupante é o método queima livre, ainda empregado pela Light na rede subterrânea secundária (a que alimenta os consumidores) e que hoje não é mais recomendado. Pelo sistema, os curtos-circuitos não são interrompidos por dispositivos de proteção, mas pelo próprio derretimento dos cabos.

- Nos anos 30, os americanos começaram a desenvolver fusíveis especiais de proteção porque foi constatado que nem sempre o curto era interrompido com a queima do cabo. A filosofia de concepção do queima livre pode ser muito eficiente, considerando a continuidade do serviço porque não há interrupção do fornecimento ao consumidor, mas é considerada uma prática condenável já que libera enorme energia, contribuindo para graves eventos em bueiros - afirmou.

De acordo com o especialista, um estudo feito pela concessionária de energia de Nova York mostra que 85% dos acidentes em bueiros de 2004 a 2006 foram provocados por falha no isolamento. Destes, 97% tiveram como causa problemas no cabo secundário, os da queima livre.

- E o relatório da Light, em 2011, anuncia que seu sistema é o queima livre. Então, estamos atrasados pelo menos 80 anos, uma vez que na década de 30 foram desenvolvidos dispositivos limitadores de corrente para melhor proteção do sistema - criticou.

Leia mais em Especialista diz que Light não investiga explosões



Ioga ajuda portadores de transtorno da ansiedade a superarem obstáculos

Globo Repórter
19.08.2011





texto



Pessoas curadas do câncer acham que não terão mais a doença

Via Agência USP de Notícias
Por Mariana Soares - nanacsoares@gmail.com
17.08.2011

Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) observou pacientes que já tiveram câncer para saber se eles percebem ou reconhecem seu risco de terem a doença novamente e saber se eles fazem os exames adequados. A autora do estudo de mestrado, Larissa de Melo Alvarenga, concluiu que a maioria deles julga-se livre do risco de uma reincidência. A pesquisa Percepção de risco e comportamento em saúde de usuários com história pessoal de neoplasias em uma unidade de saúde da família faz parte de uma série de estudos que serão realizados pelo grupo de pesquisa GEPEG (Grupo de Estudos e Pesquisas de Enfermagem em Genômica), da própria escola. A orientação foi da professora Milena Jorge Simões Flória Lima Santos, da EERP.

O estudo contou com respostas de 23 pacientes de uma Unidade de Saúde da Família de Ribeirão Preto. Eram, em sua maioria, mulheres com mais de 60 anos. O questionário utilizado, adaptado de um modelo norte-americano, recolheu informações importantes sobre o estilo de vida dos pacientes que permitiram observar que eles acreditavam ter baixa probabilidade de adoecer de novo pelo fato de fazerem um acompanhamento médico rotineiro. Isto é, os pacientes monitoravam sua saúde, e por fazerem isso, achavam que a doença não podia reaparecer.

Quando questionados sobre o que acham que causou a sua doença, a maioria dos entrevistados não soube responder um fato principal, mas deram grande valor aos fatores emocionais. Fatores externos, tais como álcool, cigarro e sol, também foram listados como possíveis causadores das chamadas neoplasias, enquanto a alimentação não é associada ao câncer por eles. Continua


Uma doença chamada propina

Via blog do Noblat
21.08.2011

Fabíola Gerbase, O Globo

A dor de pessoas doentes no momento de uma internação de emergência pode ser motivo de satisfação e lucros para um grupo de profissionais de saúde no Rio e em municípios vizinhos.

Para aumentar a ocupação de seus leitos e engordar os cofres, pelo menos 14 hospitais de pequeno e médio porte pagam propina a técnicos de enfermagem e médicos de firmas de remoção hospitalar para que levem pacientes para internação a seus quartos e CTIs, revela reportagem de Fabíola Gerbase, publicada este domingo pelo GLOBO.

Os valores pagos por doente variam de R$ 50 a R$ 600, dependendo do plano de saúde e da gravidade do caso.

Um funcionário da empresa Vida Emergências Médicas, sediada em São Cristóvão, que decidiu deixar o esquema revelou que as propinas rendem, em média, R$ 10 mil por mês para os integrantes da máfia das internações que trabalham nas ambulâncias.

Segundo ele, cerca de 50 hospitais privados no Rio e na Região Metropolitana mantêm a prática, conhecida como "indicação de vaga" ou "bingo". O GLOBO conseguiu confirmar a prática em 14 de 20 estabelecimentos.

- Isso acontece há mais de um ano. Saí porque cansei de ver gente sendo jogada em CTI sem precisar, correndo risco de pegar infecção hospitalar. Estão internando muita gente pela propina. Como esses pacientes são levados por ambulância de uma empresa credenciada no plano de saúde, as seguradoras liberam a internação mais rápido - diz o funcionário da Vida Emergências Médicas, mais conhecida como Vida UTI Móvel, que informa em seu site ter 60 UTIs móveis e 300 médicos de emergência.

Leia mais em Uma doença chamada propina


sábado, 20 de agosto de 2011

Agricultura: FGV foi usada para fraudar uma ‘licitação’

Via blog do Josias de Souza
19.08.2011




Georges Rado


Ao demitir-se da Esplanada, o pemedebê Wagner Rossi preencheu com sua ausência uma lacuna na pasta da Agricultura.

Ficou a sensação de que o governo Dilma Rousseff livrou-se de uma encrenca. Falso. Foi-se a causa, ficaram as consequências.

Os repórteres Andreza Matais e José Ernesto Credencio produziram uma notícia que leva ao caldeirão da Agricultura uma novidade.

O caldo de suspeições, já pegajoso, ficou ainda mais viscoso. Descobriu-se que o bom nome da FGV foi usado indevidamente numa pseudolicitação da Agricultura.

A coisa envolve um contrato assinado pelo ex-ministro Rossi em agosto do ano passado. Contratou-se a Fundasp, fundação mantenedora da PUC de São Paulo.

Ao preço de R$ 9,1 milhões, a PUC se dispôs a treinar servidores. Já desceram à caixa da universidade católica R$ 5 milhões. Continua




Leia também:

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- Quase R$ 2 milhões para Glória (BA)
- Por que Paulo Bernardo não responde?



Pós-Fukushima: R$ 300 milhões para usinas


JC e-mail 4326, de 19 de Agosto de 2011.

Pós-Fukushima: R$ 300 milhões para usinas


Plano da Eletronuclear para Angra 1, 2 e 3 prevê nova avaliação de encostas, altura de ondas e intensidade de chuvas.

As ações pós-Fukushima da Eletronuclear para as três usinas nucleares brasileiras - Angra 1, 2 e 3, que ainda não começou a operar - já estão definidas num plano de investimentos de R$ 300 milhões para os próximos cinco anos. O trabalho é resultado de estudos que tiveram início logo após o acidente nuclear no Japão.

Um dos pontos contemplados é a contratação de uma consultoria externa para reavaliar o serviço de monitoramento das encostas no entorno do complexo nuclear de Angra dos Reis. Uma série de reportagens do GLOBO, publicada em março deste ano, mostrou que, a exemplo da usina japonesa, atingida por um terremoto e uma tsunami de proporções inimagináveis, a maior vulnerabilidade das usinas de Angra seria um evento atípico atingir as encostas da região, cercada por montanhas.

A consultoria deverá analisar até a hipótese de as estruturas e os sistemas de segurança já implantados pela Eletronuclear sofrerem um forte abalo, que chegasse a provocar a ruptura total das encostas. O objetivo é testar ao máximo a confiabilidade do monitoramento feito atualmente. Em 1985, fortes chuvas causaram um deslizamento que soterrou o Laboratório de Radioecologia da Eletronuclear, quase fechando a saída de água da refrigeração de Angra 1.

Além das encostas, o plano vai checar os sistemas de segurança para outros riscos naturais, como ondas gigantes, por exemplo. A ideia é monitorar o movimento do mar. Hoje, as instalações estão aptas a suportar ondas de até quatro metros de altura, mas será avaliado se é preciso aumentar o nível de proteção.

Cnen avaliará plano da Eletronuclear - A intensidade das chuvas que podem cair no local, assim como a capacidade de drenagem, também será reavaliada para impedir inundações. Simulações mostram que os canais de drenagem da central nuclear funcionam muito bem no caso da pior chuva em mil anos e, se for a pior em 10 mil anos, há extravasamento, mas a água não chega a invadir os prédios, ou seja, o espelho d'água fica abaixo do nível de entrada dos edifícios.

A Eletronuclear pretende ampliar esse estudo para verificar se é necessário aumentar a capacidade de drenagem dos canais ou alterar a soleira de entrada dos prédios. Por último, também devem ser contratados estudos para atualizar os registros sísmicos da região para afastar qualquer risco de terremotos.

O plano será submetido à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), responsável pela fiscalização das usinas, que poderá fazer outras exigências. "Nós temos muita confiança no plano proposto porque, em linhas gerais, estamos seguindo o que está se fazendo na Europa, nos EUA", afirma o assessor técnico da direção da Eletronuclear, Paulo Carneiro. "Embora o prazo de implantação seja de cinco anos, uma grande parte estará concluída dentro de três anos." Continua


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SP em alerta: umidade do ar baixa a 18%

Via O Eco
Por Luana Caires
18.08.2011


Segundo estudo, a baixa umidade relativa do ar pode triplicar o risco de morte,
foto: Pietra Chaves


Você já deve ter ouvido isso algumas vezes, mas a baixa umidade do ar volta a castigar a capital paulista. Em estado de alerta pelo segundo dia consecutivo, o índice caiu de 29 para 18% no fim da tarde de ontem. Além de aumentar o risco de incêndios em pastagens e áreas verdes, o clima seco é extremamente desfavorável à dispersão de poluentes. Não é de se estranhar que, ontem, das 11 estações de medição da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em operação na cidade, duas delas apontavam qualidade do ar inadequada, denunciando alta concentração de ozônio, e nove identificaram níveis regulares de poluição. Segundo estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, que analisou 1 252 autópsias de mortes ocorridas em agosto do ano passado, mês mais seco desde 1961, a baixa umidade relativa do ar pode triplicar o risco de morte.

Continua


Esclarecimento sobre o incêndio na Floresta da USP de Ribeirão Preto

Via Cienciae
Fotos: F.L.Piton
16.08.2011


O Banco Genético da USP de Ribeirão Preto, que faz parte do que é conhecido por Floresta da USP RP, é o único Banco Genético de mata mesófila semidecidual do Brasil. Ele foi implantado pelo Projeto Floresta da USP RP e possui 45 espécies, com uma diversidade de 3375 progênies coletadas em mais de 400 áreas de fragmentos naturais da Bacia do Pardo-Mogi. O objetivo do Banco é o de conservação genética das espécies nativas assim como fornecer sementes de origem conhecida e qualidade garantida, a fim de recuperar áreas degradadas.




Hoje (16/08/2011) um incêndio iniciado por causas desconhecidas devastou grande parte da Floresta da USP, incluindo todos os 45 hectares do Banco Genético. Podemos comparar, embora os números sejam menores, com a perda da coleção do Butantã, ocorrida também por um incêndio, no ano passado. A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto ficou boa parte do dia coberta por fumaça. Alunos, funcionários e professores lamentam essa grande perda e estão ávidos por uma investigação das causas desse desastre. A Profa. Elenice Mouro Varanda, que dedicou boa parte de sua carreira para a implantação da floresta da USP, pede encarecidamente que divulguem e também o apoio de todos nós. Continua


Comentário básico:

Toda minha solidariedade aos meus colegas.
Toda minha solidariedade aos meus conterrâneos.

Adelidia Chiarelli


Cientistas mapeiam movimentação do gelo da Antártida

No G1
18.08.2011



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Internautas organizam ato contra corrupção na Cinelândia

Via blog do Noblat
19.08.2011




Emanuel Alencar, O Globo

Na esteira da série de escândalos que já derrubou o quarto ministro do governo Dilma em dois meses e meio, um grupo de cariocas está usando a internet para organizar um ato contra a corrupção.

O evento está marcado para 20 de setembro, das 17h às 20h, na Cinelândia. Uma das idealizadoras do "Todos Juntos Contra a Corrupção", Cristine Maza, diretora de uma empresa de cenografia, conta que o movimento começou há duas semanas, na rede social. O sucesso foi instantâneo:

- A gente discutia na rede o porquê de não existir um movimento organizado contra a corrupção e a impunidade. Amigos embarcaram na ideia, as pessoas começaram a espalhar, virou uma loucura - conta Cris. - Já fizemos duas reuniões, em bares. A próxima será na casa de alguém.

No grupo "Todos juntos contra a corrupção", do Facebook , 460 pessoas já confirmaram presença no ato. Cris Maza diz que a escolha do local foi criteriosa:

- Queríamos evitar batuque e oba-oba, por isso não escolhemos a orla para a manifestação. O movimento é completamente apartidário. Vamos disponibilizar o logotipo do grupo para que os interessados possam chupar da internet e façam seus cartazes e camisetas. Todo o dinheiro investido sairá de nossos bolsos.

Ainda de acordo com a empresária, o grupo chama a atenção pela diversidade.

- São jovens, adultos, de diversas ocupações. Não dá para identificar um perfil de quem está aderindo ao movimento. Mas é claro que queremos participação maciça de jovens. Eles são a base dessa mudança. Eles precisam achar que não é bacana se corromper, que não é bacana a "lei de Gérson", que o bacana é ser honesto.

Leia mais em Internautas organizam ato contra corrupção na Cinelândia



Leia também:
- Petistas temem que ‘faxina’ de Dilma carimbe gestão de Lula como ‘corrupta’
- Sátira da 'faxina' de Dilma aparece em Twitter do Planejamento


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Senador Pedro Simon diz que sociedade tem que liderar o movimento

Via blog do Noblat
Por Daniel Biasetto, O Globo


ENTREVISTA

Apesar de nascer desacreditada por alguns colegas, a frente suprapartidária de combate à corrupção e à impunidade lançada no Senado, na última segunda-feira, terá sua primeira reunião oficial na próxima terça-feira, na Comissão de Direitos Humanos. Diversas entidades vão discutir a proposta do grupo liderado pelo senador Pedro Simon (PDMB-RS) de criar um movimento que ganhe as ruas no estilo Diretas Já. Em entrevista ao GLOBO, por telefone, Simon diz já contar com o apoio de 22 senadores e de importantes segmentos da sociedade. "Dilma está fazendo o que seus antecessores não fizeram. Estamos fazendo o movimento para que ela não seja isolada".

Como vai ser a primeira reunião do movimento?

Na terça-feira será a grande reunião, na qual vamos discutir os caminhos a serem seguidos juntamente com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil). Já na quarta-feira, a OAB vai lançar o Observatório da Corrupção, e, depois disso, vamos nos reunir na Universidade de Brasília com os jovens e depois na OAB do RS. O convite à UNE será definido na primeira reunião.

Leia a íntegra da entrevista em Senador Pedro Simon, da frente suprapartidária contra a corrupção, diz que sociedade tem que liderar o movimento


‘Corrupção atinge níveis inimagináveis’, dizem delegados

Via Estadão
Por Fausto Macedo
17.08.2011


Em manifesto, membros da Polícia Federal acusam políticos 'padrinhos' de servidores corruptos de questionar metodologia dos agentes para tirar o foco das denúncias

Delegados da Polícia Federal, inconformados com ataques que a corporação recebe a cada operação, lançaram manifesto por meio do qual lamentam que "no Brasil a corrupção tenha atingido níveis inimagináveis". Destacam que "milhões de reais, dinheiro do povo, são desviados diariamente por aproveitadores travestidos de autoridades".

"Quando esses indivíduos são presos, por ordem judicial, os padrinhos vêm a público e se dizem ‘estarrecidos com a violência da operação da Polícia Federal’", afirma o documento, subscrito pela Associação Nacional dos Delegados da PF, uma das principais entidades da classe que detém atribuição constitucional para presidir inquéritos sobre desvios de recursos do Tesouro.

"No Ministério dos Transportes, toda a cúpula foi afastada", assinala o protesto. "Estourou o escândalo na Conab e no próprio Ministério da Agricultura. Em decorrência das investigações no Ministério do Turismo a Justiça Federal determinou a prisão de 38 pessoas de uma só tacada. Mas a preocupação oficial é com o uso de algemas."

Eles ponderam que "em todos os países a doutrina policial ensina que o preso deve ser conduzido algemado, porque a algema é instrumento de proteção ao preso e ao policial que o prende".

Os delegados recorrem ao criminalista Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no governo Lula, que um dia declarou: "A Polícia Federal é republicana e não pertence ao governo nem a partidos políticos." Continua


LITERATURA ONLINE





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MPF/PA pede paralisação das obras de Belo Monte para evitar remoção de índios

Via EcoDebate
Fonte: Ministério Público Federal no Pará
18.08.2011

É o primeiro processo no Judiciário brasileiro que aborda o direito da natureza, irreversivelmente afetada pelas barragens na Volta Grande do Xingu

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) iniciou ontem, 17 de agosto, um processo judicial pedindo a paralisação das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Na ação, os procuradores da República apontam a inevitável remoção de povos indígenas – o que é vedado pela Constituição – e discutem, pela primeira vez no Judiciário brasileiro, o direito da natureza.

“Belo Monte encerra vários confrontos: entre a geração de energia hidrelétrica e os direitos indígenas; entre o interesse de empreiteiras e o direito da natureza; entre o direito ao crescimento econômico e os princípios do direito ambiental”, dizem na ação os procuradores da República Felício Pontes Jr, Ubiratan Cazetta, Bruno Valente, Daniel Avelino, Bruno Gütschow e Cláudio Terre do Amaral.

Se posicionando nesse confronto, os procuradores que acompanham o empreendimento apresentam como argumento à Justiça, pela primeira vez, o direito da natureza, violado por Belo Monte. A usina, de acordo com todos os documentos técnicos produzidos, seja pelo Ibama, pelas empreiteiras responsáveis pelos estudos, seja pela Funai, o MPF ou os cientistas que se debruçaram sobre o projeto, vai causar a morte de parte considerável da biodiversidade na região da Volta Grande do Xingu – trecho de 100km do rio que terá a vazão drasticamente reduzida para alimentar as turbinas da hidrelétrica.

Esse trecho do Xingu é considerado, por decreto do Ministério do Meio Ambiente (Portaria MMA n° 9/2007), como de importância biológica extremamente alta, pela presença de populações animais que só existem nessa área, essenciais para a segurança alimentar e para a economia dos povos da região. A vazão reduzida vai provocar diminuição de lençóis freáticos, extinção de espécies de peixes, aves e quelônios, a provável destruição da floresta aluvial e a explosão do número de insetos vetores de doenças.

“Quando os primeiros abolicionistas brasileiros proclamaram os escravos como sujeitos de direitos foram ridicularizados. No mesmo sentido foram os defensores do sufrágio universal, já no século XX. Em ambos os casos, a sociedade obteve incalculáveis ganhos. Neste século, a humanidade caminha para o reconhecimento da natureza como sujeito de direitos. A visão antropocêntrica utilitária está superada. Significa que os humanos não podem mais submeter a natureza à exploração ilimitada”, diz a ação judicial. Continua