sábado, 30 de abril de 2011

EUA cancelam programa de escuta extraterrestre

Via Veja
27/04/2011



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Leia também:

Los extraterrestres ya no tienen quien les escuche


Morre mais um ambientalista… E daí?

Via EcoDebate
Por Julio Wandam
29.04.2011

Alguma coisa mudou na rotina dos negócios, dos investimentos, dos projetos de desenvolvimento? Não, óbvio que não!

Primeiro pela notícia, parece tão normal, desde Chico Mendes no Acre, passando pela Dorothy Stang no Pará, pelo Francelmo no Mato Grosso, o Zé Maria na Bahia e no atual momento, o Jorge Grando no Paraná. O que muda na vida do Brasil? Nada, pois a sociedade está muda, cega e surda porque quer.

Porque acredita que toda a grita ambientalista, só existe e é válida quando o barraco cai na sua cabeça ou sobre corpos de milhares que morrem a cada ano, vítimas dos deslizamentos em encostas de morros, em beiras de rios, em cima de lixões desativados.

Nesse momento lembram o que disse o ‘Fulano’ ambientalista ou o ‘Sicrano’ técnico do órgão ambiental sobre construírem suas casas em cima ou na encosta de um morro, mas “não lembram ou querem lembrar” que na verdade ouviram e seguiram recomendações do ‘Beltrano’ vereador ou prefeito, satisfeito com mais um curral de eleitores aberto.

Então, matar ambientalista que está impedindo de construírem em cima de banhados os loteamentos privados ou públicos, nos topos de morros, destruírem nascentes com suas obras de impacto certo e grave para as populações, é a solução para que o “Progresso ‘SEM’ Ordem” seja o novo lema na bandeira do Brasil.
Novamente o panteão nacional é manchado de sangue de inocentes que lutam por milhares de pessoas no presente e do futuro, pois sem a militância ativista de 30 anos no Brasil, já não teríamos tantas matas, tanta água doce, tanto minério, como o Nióbio (98% do metal do futuro no Brasil) e tanta vida biológica que nos coloca no topo dos gráficos, mas apontam para um buraco profundo quando nossa queda acontecer.

Queda promovida pela ignomínia vigente e pela insensatez deslavada de “gente política e ilustre do Brasil”, que se apodera do dinheiro público suado dos Brasileiros, pagos durante quatro meses de contribuição para os Governos em impostos, quando ‘supostamente’ desviam de forma vil das políticas que atendem as populações, quando mascaram os números para satisfazerem segmentos que estão destruindo o Brasil de bioma em bioma, sem ser levada a sério todo o alerta cientifico e climático, que estamos vivendo.

Mesmo com tanta desgraça ambiental matando milhares de pessoas no Brasil, nos últimos anos, me pergunto se existe possibilidade de entenderem que estamos em campo aberto contra forças e elementos naturais e do universo que poderão nos aniquilar em questão de dias, semanas apenas.

Enquanto isso, na escura ignorância e tenaz propósito dos que manipulam a verdade e os rumos do país, vemos a sociedade acéfala, calada, robotizada e alienada em frente às TVs, lendo os jornais, ouvindo o rádio e não tendo a mínima idéia do que está em jogo. Jogo?

Qual terá sido o resultado de meu time ontem? Devem se perguntar aqueles, que após a tragédia exposta em Rede Global, recebem os resultados da rodada dos times de futebol nacionais. Nesse momento lhe é passada uma borracha na sua memória instantânea capaz de não dar-lhe tempo de se indignar com a notícia, com a gravidade de hospitais sem leitos, remédios e até maternidade para nascerem os futuros brasileiros, e quando na TV se debate se R$ 30 bilhões de reais serão suficientes para modernizarem os estádios de futebol até a Copa do Mundo, não pairam dúvidas de que isto sim é uma preocupação.

E depois tem critico no Brasil falando mal da gastança do dinheiro público na terra de Sua Majestade, a Rainha da Inglaterra, que por sinal é onde o preço do Nióbio é estabelecido para o mercado e com gordos lucros para os cofres dos súditos e da realeza.

Julio Wandam é Ambientalista – Movimento Ambientalista Os Verdes de Tapes/RS

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Brasil envelhece, de acordo com o Censo 2010

No Estadão
29.04.2011




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Homem revende produtos doados às vítimas da chuva no RJ

Via UOL/Band News
28.04.2011






Tragédias Geológicas: o objetivo deve estar na eliminação do risco, artigo de Álvaro Rodrigues dos Santos

Via EcoDebate
28.04.2011

Ao dar atenção prioritária aos sistemas de alerta pluviométrico, alguns homens de governo vêm revelando um perigoso mau entendimento sobre qual deveria ser o real foco estratégico dos programas voltados a evitar tragédias geológicas como as que têm ocorrido desde há muito em nossas cidades serranas.

Os sistemas de alerta sobre a iminência de chuvas intensas, incluindo indispensavelmente o treinamento da população, são necessários, especialmente considerando as condições emergenciais de curto prazo. Porém, fazer desses sistemas o foco principal das ações de governo pressupõe a adoção de uma equivocada estratégia de convivência com o risco, de aceitação e administração do risco, uma temerária acomodação frente ao que seria essencial e possível do ponto de vista corretivo e preventivo, qual seja, eliminar o risco. Seja pela remoção e reassentamento dos moradores de áreas de alto e muito alto risco geológico natural, seja pela implementação, com base em Cartas Geotécnicas, de uma rígida regulação técnica da expansão urbana, não permitindo de forma alguma novas ocupações de áreas geologicamente impróprias para tanto.

O quadro a seguir indica a estruturação ideal de um Programa de Redução de Riscos Geológicos:

Como decorrência desse correto entendimento, será essencial que o governo, em seus diversos níveis, foque sua atenção prioritária no campo dos conhecimentos geológicos e geotécnicos das regiões serranas, respaldando as instituições públicas e privadas que com eles lidam com os recursos materiais e financeiros indispensáveis à sua plena dedicação aos municípios mais afetados.

Por outro lado, para atender as necessidades colocadas por seu próprio crescimento, nossas cidades serranas, frente à natural escassez de áreas geologicamente para tanto apropriadas, devem agir criativa e ousadamente. Duas alternativas devem desde já ser estimuladas: a intensa verticalização de áreas geologicamente apropriadas existentes na região já urbanizada e a procura, dentro do território municipal, de áreas novas de boa qualidade natural para receber a ocupação urbana, ainda que externas à região já urbanizada. Nessas novas áreas deverão ser projetados novos bairros, mas então de forma correta desde seu início, ou seja, com modelares planos urbanísticos e com Códigos de Obra especificamente elaborados para as condições do meio físico local.

Nascerão dessa iniciativa a Nova Teresópolis, a Nova Nova Friburgo, a Nova Campos do Jordão…, que por sua beleza e segurança tornar-se-ão monumentos à inteligência e ousadia de suas populações.

Geól. Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.com.br)

•Ex-Diretor de Planejamento e Gestão do IPT e Ex-Diretor da Divisão de Geologia
•Autor dos livros “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”, “A Grande Barreira da Serra do Mar”, “Cubatão” e “Diálogos Geológicos”
•Consultor em Geologia de Engenharia, Geotecnia e Meio Ambiente

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Escolhemos o fim da privacidade

Via blog do Noblat
Por Pedro Doria, O Globo
26.04.2011

Talvez alguns usuários de iPhone tenham se surpreendido, na semana passada, quando descobriram que o telefone registra dados sobre a localização de seu dono a cada minuto. E que envia tudo para a Apple. A maioria, no entanto, é como o típico consumidor digital. Está anestesiada o suficiente para não dar a mínima. Pois bem: celulares Android fazem o mesmo, a diferença é que no lado do receptor dos dados está o Google. A única maneira de sustentar a internet atual é abrindo mão de alguma privacidade. É porque a moeda corrente na rede são os sinais.

No jargão do Vale do Silício, signals, sinais, são cacos de informação. Sua localização geográfica. O número de links que uma página recebe. As línguas que um indivíduo fala. Sua velocidade de acesso à internet em cada momento do dia. A internet foi deficitária até a virada do século. Se virou um negócio formidável capaz de criar gigantes como Google, Facebook ou Amazon, é por dois motivos. Primeiro, estas empresas aprenderam a processar estes sinais e tirar conclusões a partir deles. Segundo, estas conclusões valem dinheiro, seja em propaganda, seja na venda direta de produtos.

A capacidade de nos provocar a ceder sinais é o que está no fundo das estratégias no Vale. Ao Facebook, cedemos um mapa de nossas relações sociais. Ao dividir artigos, entregamos nossos interesses. O Facebook sabe quantos filhos temos, quantas namoradas listamos ao longo dos anos, em que cidades vivemos.

Parece muito? O Google sabe tudo o que nos atiça a curiosidade. Até mesmo aquelas buscas feitas em segredo, quando a madrugada já chegou. O Google sabe, via Gmail, com quem nos correspondemos e o que está nessa correspondência. Se usamos um celular ou tablet Android, ele sabe por onde andamos.

Não é só informação pessoal. Some toda a informação enviada por todos estes celulares e o Google tem um mapa vivo de como é a internet, que redes wi-fi existem pelo mundo, a que velocidade trafegam, qual a qualidade da internet celular. E sabem que lojas há na vizinhança de cada um destes pontos. Continua

Usina acaba com pesca no Tocantins

Via O Eco
Por Leilane Marinho
25 de Abril de 2011








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quarta-feira, 27 de abril de 2011

As abelhas sumiram! / O Silêncio das Abelhas

Via EcoDebate
27.04.2011


As abelhas sumiram! Entrevista com Afonso Inácio Orth

Primeiro, as abelhas começaram a desaparecer nos Estados Unidos, depois no Canadá e, então, no Brasil. “Nós, em Santa Catarina, tivemos um problema muito sério na primavera passada. Álias, esse problema tem se agravado muito e sempre nesta mesma épóca do ano”, explica o professor Afonso Inácio Orth, um dos principais especialistas em abelhas do país e que tem acompanhado os estudos que buscam respostas para o desaparecimento dos insetos desde que este problema foi detectado. “O primeiro grande risco é a fragilização da produção mundial de alimentos, principalmente pelo fato de nós dependermos quase que exclusivamente das abelhas. Além disso, um risco secundário, mas não menos importante, é o de afetarmos toda a ecologia local, porque essas abelhas também acabam polinizando as plantas nativas e, a partir do momento em que você elimina os polinizadores, essas plantas nativas deixarão de se reproduzir e, com isto, nós poderemos estar alterando profundamente os ecossistemas”, apontou na entrevista que concedeu à IHU On-Line por telefone.

Afonso Inácio Orth é graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestre em Entomologia pela Universidade Federal do Paraná e doutor em Biologia pela University of Miami (EUA). Atualmente, é professor no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Que fatores estão causando o desaparecimento das abelhas das colmeias? Desde quando esse fenômeno está ocorrendo?

Afonso Inácio Orth – Esse fenômeno do desaparecimento das abelhas e o colapso das colmeias nos países do hemisfério Norte, Estados Unidos e Europa, começou em 2007 e várias causas foram atribuídas a ele, embora não se tenha encontrado nenhuma resposta definitiva. No Brasil houve em vários momentos diferentes supostos desaparecimentos de abelhas, mas não necessariamente na mesma dimensão verificada no hemisfério Norte. Nós, em Santa Catarina, tivemos um problema muito sério na primavera passada. Álias, esse problema tem se agravado muito e sempre nesta mesma época do ano.

IHU On-Line – O desaparecimento das abelhas já pode ser considerado um fenômeno mundial?

Afonso Inácio Orth – O Congresso Nacional dos Estados Unidos liberou verbas específicas para pesquisas sobre este tema, já que esse é um problema sério para o país. No entanto, até hoje não se chegou a nenhuma conclusão que explique esse desaparecimento. No início se achava que era algum vírus ou contaminação por agrotóxicos. Mais recentemente existiu uma suspeita muito forte em cima de algumas moléculas de agrotóxicos novos. No entanto, mesmo com todas as pesquisas, até agora não se chegou a nenhum veredicto.

Como não existe nenhuma prova definitiva do que está acontecendo, fica muito difícil você dizer que todos os problemas na apicultura foram causa única. Aqui em Santa Catarina, nós temos um cuidado muito grande em não caracterizar como o mesmo problema dos Estados Unidos, mesmo porque nós temos abelhas totalmente distintas daquelas que são criadas lá. As nossas abelhas são africanas e, na teoria, são muito mais resistentes a problemas patológicos em relação às abelhas estadunidenses. A desvantagem é que a espécie que criamos abandona mais facilmente a colmeia e produz menos mel.
Continua

Veja também:

- Desaparecimento Coletivo de Abelhas Pode ter Chegado ao Brasil
- Sumiço das Abelhas





O Silêncio das Abelhas






terça-feira, 26 de abril de 2011

O significado de Chernobyl, artigo de Yuliya Tymoshenko

Via EcoDebate, publicado no Valor Econômico
26.04.2011

O dia, primaveril, começou cinzento e lamacento, como tantos outros em minha terra natal. Terminou em pavor e luto. É claro que nenhum de nós sabia o momento exato em que ocorreu a catástrofe em Chernobyl, 25 anos atrás. Naquela época, vivíamos sob um regime que negava às pessoas comuns qualquer direito a conhecimento de fatos e acontecimentos, mesmo básicos. Assim, fomos mantidos no escuro sobre o vazamento de radiação do reator danificado em Chernobyl – e levado pelos ventos para o norte da Europa.

Mas o fato mais bizarro sobre o desastre de Chernobyl, hoje sabemos, é que Mikhail Gorbachev, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, também foi mantido na ignorância sobre a dimensão do desastre. Na verdade, pode ter sido esse episódio que, finalmente, condenou o antigo sistema à lata de lixo da história apenas cinco anos mais tarde. Nenhum regime construído sobre autoengano ilimitado é capaz de reter uma gota de legitimidade depois que o tamanho de seu erro é exposto.

Tendo em vista que apenas fragmentos de informações confiáveis chegaram aos ucranianos na ocasião, minhas lembranças de Chernobyl são necessariamente incompletas. Recordo, hoje, apenas os primeiros abafados sussurros temerosos sobre o desastre emitidos por um amigo da família. Lembro-me do medo odioso que senti por minha filha. Uma verdadeira torrente de boatos histéricos e vazamentos de histórias sobre o desastre logo se seguiram.

Todas essas lembranças, naturalmente, permanecem indeléveis. Porém mesmo 25 anos depois, acho difícil conectar o que realmente sei sobre o desastre com o momento em que dele tive conhecimento.

Hoje, o derretimento de Chernobyl é julgado severamente, tanto em termos morais como metafísicos. Chernobyl lançou sobre a humanidade uma sombra escura não vista desde os bombardeios atômicos a Hiroshima e Nagasaki em 1945.

Mas, ao contrário da crise nuclear de Fukushima, no Japão, a verdadeira lição de Chernobyl não diz respeito à segurança das instalações nucleares. A lição tem a ver com a arrogância e a indiferença oficiais diante do sofrimento e um culto do segredo que permite que informações sejam compartilhadas apenas entre uma pequena elite obcecada com estabilidade. Hoje, mesmo os ucranianos estão sendo lembrados das consequências desse tipo de “cultura” por um governo que cortou benefícios para a saúde dos homens que lutaram heroicamente para conter o desastre em Chernobyl.

Qual foi a fonte da negligência com que foi tratada a crise de Chernobyl? O que causou a indiferença arrogante para com a saúde de quem vivia perto da usina, para aqueles heroicos homens e mulheres que tentaram limitar os danos (que autoridades continuam a tratar como peões) e para os milhões que viviam sob a nuvem radioativa enquanto ela se alastrava?

A indiferença governamental é um estado mental estranho e anormal em que as fronteiras entre crime e castigo, crueldade e compaixão, e bem e mal se tornam difusas. Tendo crescido na URSS, sei que os líderes soviéticos praticamente fizeram do desprezo ao sofrimento e preocupações morais uma fundação de sua filosofia de governo. Governos que não precisam prestar contas, quase inevitavelmente não se preocupam com a sorte de seus cidadãos.

Pode a indiferença em alguma circunstância ser uma virtude? Como sabemos, em tempos de horror – como durante o Holocausto e o Holodomyr, na Ucrânia -, indivíduos isolados e impotentes podem envolver-se num manto de indiferença simplesmente para manter algum remanescente de sanidade. Mas, mesmo nesses casos, isso nunca pode ser plenamente justificado e invariavelmente cederá à persistente culpa inominável sobre a qual Primo Levi escreveu de forma tão comovente.

É a indiferença oficial, porém, que é verdadeiramente imperdoável, talvez porque autoridades indiferentes nunca sentem a culpa sobre a qual Levi escreveu. Com efeito, para alguns líderes políticos, a indiferença é sedutora. É muito mais fácil evitar o olhar dos cidadãos do que lidar com sua situação. É muito mais fácil – e muitas vezes menos dispendioso – fechar os olhos diante das condições trágicas das pessoas do que adequar as políticas às necessidades delas.

Para a autoridade estatal que dá as costas ao sofrimento, os cidadãos de seu país não têm importância. Suas vidas são insignificantes. Sua angústia oculta, ou mesmo visível, é desprovida de valor – é o desespero de uma estatística.

Essa indiferença é mais perigosa do que indignação e ira. A ira pode realmente ser artisticamente e politicamente criativa. Pushkin escreveu alguns de seus maiores poemas como fruto de sua ira; grandes sinfonias de Beethoven foram escritas com o compositor possuído por emoções avassaladoras; e Nelson Mandela, Václav Havel e Aung San Suu Kyi suportaram, todos, encarceramento devido à ira em face da injustiça que testemunharam.

A indiferença, ao contrário, nunca é criativa, pois significa não haver reação à injustiça e que nenhuma ajuda contra o sofrimento jamais chegará. É a ferramenta dos governos que são, na verdade, inimigos de seus povos, pois beneficia apenas o governante, e nunca a vítima, cuja dor é ampliada pela desconsideração. Quanto a prisioneiros políticos, crianças famintas, refugiados sem-teto de Chernobyl ou trabalhadores contaminados por radiação que necessitarão ajuda médica durante o resto de suas vidas – ignorar seu sofrimento recusar-se a oferecer alguma centelha de esperança significa exilá-los para um inferno de desamparo. As autoridades governamentais que negam solidariedade humana dessa maneira negam a sua própria humanidade.

De sua cela na prisão à espera de sua execução pela Gestapo de Hitler, Dietrich Bonhoeffer declarou que todos temos de “compartilhar o sofrimento de Deus”. Indiferença diante de Bonhoeffer não era apenas um pecado, mas também um tipo de punição. Essa é, talvez, a lição central de Chernobyl: governos que sistematicamente fecham os olhos ao destino dos seus cidadãos, em última instância, condenam-se.

Yuliya Tymoshenko ocupou por duas vezes o cargo de primeiro-ministro da Ucrânia.

Artigo originalmente publicado no Valor Econômico.

fonte



No El País/Miguel Ángel Medina
26.04.2011:


Jan Martínez Ahrens @jahrens nos pone sobre la pista de una galería de fotos, realizada por los fotógrafos de Magnum, sobre los efectos del desastre nuclear de Chernóbil, ahora que se cumplen 25 años de la tragedia http://cort.as/0lUt


O CÓDIGO FLORESTAL E A CIÊNCIA

No site da SBPC




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Desastre de Chernobyl completa 25 anos

Via BBC-Brasil






Veja:

Ucrania honra a las víctimas de Chernóbil en el 25º aniversario de la catástrofe

Vigesimoquinto aniversario de Chernóbil

Chernóbil 25 anos depois

Retorno a Chernóbil

Chernobyl: fotos antes e depois

NÃO À ENERGIA NUCLEAR!



Brasil é 3º país onde mais se crê em Deus, aponta pesquisa

Via Folha.com
25.04.2011

DA BBC BRASIL

O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em "Deus ou em um ser supremo" em uma pesquisa conduzida em 23 países.

A pesquisa, feita pelo empresa de pesquisa de mercado Ipsos para a agência de notícias Reuters, ouviu 18.829 adultos e concluiu que 51% dos entrevistados "definitivamente acreditam em uma 'entidade divina' comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não tem certeza".

O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados.

Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto que apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% "simplesmente não sabem".

Entre os 51% que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas "não especificamente em um paraíso ou inferno", 19% acreditam "que a pessoa vai para o paraíso ou inferno", outros 7% acreditam que "basicamente na reencarnação" e 2% acreditam "no paraíso, mas não no inferno".

Nesse mesmo quesito, o México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.

Mas o Brasil está em segundo entre os países onde as pessoas acreditam "basicamente na reencarnação", com 12% dos entrevistados. Apenas a Hungria está à frente dos brasileiros, com 13% dos entrevistados. Em terceiro, está o México, com 11%.

Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%. Continua

Veja também:
- Alta da inflação e do juro faz população cortar gastos
- O Caso Aécio
- OEA: mais de 130 mil pessoas foram mortas nas Américas em 2010
- Especialistas: Novo Código Florestal não se sustenta

segunda-feira, 25 de abril de 2011

BNDES financia um calhambeque atômico

No Greenpeace
24.04.2011

Greenpeace simula acidente nuclear na sede do banco no Rio de Janeiro e cobra a suspensão do investimento em Angra III para garantir a segurança do país.



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Não dá para abrir mão de vez dos jornais...

Valeu, Carlinhos, mon amour!






A soberania alimentar como alternativa, artigo de Esther Vivas

Via EcoDebate
21.04.2011

A globalização neoliberal, em sua trajetória para privatizar todos os âmbitos da vida, fez o mesmo com a agricultura e os bens naturais, submetendo à fome e à pobreza a uma imensa da população mundial. Calcula-se hoje que no mundo há 925 milhões de pessoas famintas, segundo dados da FAO, quando, paradoxalmente, se produz mais alimentos que nunca na História.

Como indica a organização internacional GRAIN, a produção de comida se multiplicou por três desde os anos 60, enquanto a população mundial foi apenas duplicada desde então, mas os mecanismos de produção, distribuição e consumo, ao serviço dos interesses privados, impedem aos mais pobres a obtenção necessária de alimentos.

O acesso, por parte do pequeno campesinato, à terra, à água, às sementes… não é um direito garantido. Os consumidores não sabem de onde vem aquilo que comemos, não podemos escolher consumir produtos livres de transgênicos. A cadeia agro-alimentar se alargou progressivamente, afastando, cada vez mais, produção e consumo; favorecendo a apropriação das diferentes etapas da cadeia por empresas agroindustriais, com a consequente perda de autonomia camponesa e consumidora.

Frente a este modelo dominante do agronegócio, onde a busca do benefício econômico se antepõe às necessidades alimentares das pessoas e ao respeito ao meio ambiente, surge o paradigma alternativo da soberania alimentar. Uma proposta que reivindica o direito de cada povo de definir as suas políticas agrícolas e alimentares, de controlar o seu mercado interno, de impedir a entrada de produtos excedentes através de mecanismos de “dumping”, de promover uma agricultura local, diversificada, camponesa e sustentável, que respeita o território, compreendendo o comércio internacional como um complemento à produção local. A soberania alimentar implica restituir o controlo dos bens naturais (como a terra, a água e as sementes) às comunidades e lutar contra a privatização da vida.

Para além da segurança alimentar

Trata-se de um conceito que vai para além da proposta de segurança alimentar, defendida pela FAO a partir dos anos 70 com o objetivo de garantir o direito e o acesso à alimentação a toda a população. A segurança alimentar não representa um paradigma alternativo ao não questionar o atual modelo de produção, distribuição e consumo, e tem sido, frequentemente, privada de seu significado original. A soberania alimentar, por sua vez, inclui esta proposta: garantir que todos possam comer, ao mesmo tempo em que se opõe ao sistema agro-industrial dominante e às políticas das instituições internacionais que lhe dão apoio.

Atingir este objetivo requer uma estratégia de ruptura com as políticas agrícolas neoliberais impostas pela Organização Mundial do Comércio, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, que corroeu a soberania alimentar dos povos a partir dos seus ditames de livre comércio, dos planos de ajuste estrutural, endividamento externo, etc. Frente a estas políticas, é necessário produzir mecanismos de intervenção e de regulamento que permitam estabilizar os preços, controlar as importações, estabelecer cotas, proibir o “dumping” e, em momentos de super-produção, criar reservas específicas para quando estes alimentos faltarem. Em nível nacional, os países devem ser soberanos no momento de decidir o seu grau de auto-suficiência produtiva e priorizar a produção de comida para o consumo doméstico, sem intervencionismo externo.

Afirmar a soberania alimentar não implica um regresso romântico ao passado, mas trata-se de recuperar o conhecimento e as práticas tradicionais, combinando-as com as novas tecnologias e os novos conhecimentos. Não deve consistir, tampouco, numa abordagem localizada, nem em uma “mistificação do pequeno”, mas em repensar o sistema alimentar mundial para favorecer formas democráticas de produção e distribuição de alimentos. Continua

Mais de 50 organizações cívicas europeias pedem para manter as sementes livres

Via Biodiversidad en América Latina y El Caribe
19 abril 2011

Mais de cinquenta organizações não governamentais, associações e grupos cívicos por toda a Europa concentram-se hoje em Bruxelas diante dos escritórios das multinacionais de sementes e o Parlamento Europeu para exigir o direito de reproduzir, semear e trocar livremente as sementes de cultivo.

Em Bruxelas as organizações, reunidas no movimento europeu “Campanha Europeia pelas Sementes Livres” (1), entregarão as assinaturas recolhidas no âmbito da petição europeia pelas sementes livres (2) à Comissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu. Em Lisboa, pelas 16 horas, os dinamizadores locais da Campanha entregam uma cópia da petição à representação portuguesa da Comissão Europeia, no Largo Jean Monnet (3). A animação prevista inclui uma pequena peça de teatro intitulada “se me mentes”.

Hoje é o último dia das Jornadas Internacionais de Acção, marcando o ponto alto da Campanha pelas Sementes Livres que denuncia a revisão em curso da legislação europeia em matéria de produção e comercialização de sementes (4). Esta revisão vai favorecer a crescente privatização das sementes agrícolas por uma dúzia de multinacionais, com graves consequências para horticultores e agricultores pequenos e para a segurança e autonomia alimentares, não só na Europa como em todo o mundo.

O mercado das sementes é hoje um oligopólio, com dez empresas a controlar 67% do mercado global de sementes comerciais (5). Através da manipulação genética, as patentes e a cobrança de direitos para a reprodução de sementes estas empresas estão a condicionar a diversidade genética do nosso planeta. Continua

Após confrontar OEA, Brasil pede tempo para resposta sobre violações de Belo Monte

Via EcoDebate
21.04.2011

Comissão Interamericana de Direitos Humanos concede mais oito dias para que governo brasileiro se manifeste sobre medida cautelar que solicita suspensão do processo de licenciamento da usina em função de violações dos direitos indígenas

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) informou nesta terça (19) que o governo brasileiro solicitou mais tempo e terá até o dia 26 de abril para responder à medida cautelar que solicita a paralisação do projeto de Belo Monte até que sejam feitas as oitivas indígenas previstas na Constituição Brasileira e na Convenção Americana dos Direitos Humanos e Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), das quais o país é signatário.

Em 1º de abril, o governo brasileiro foi instado pela CIDH a aplicar as normas que dão às populações indígenas o direito de consulta prévia, livre e informada (direito de opinar livremente) e de serem ouvidas pelo Congresso Nacional quando há a intenção de aproveitamento hídrico que interfira em seus territórios e modos de vida. Na medida cautelar, a CIDH solicita que o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte seja traduzido para os idiomas indígenas e apresentado de forma compreensível para que este direito possa ser plenamente exercido.

Reação descabida

Apesar de ser um Estado-membro da OEA, co-fundador da CIDH e signatário de todas as convenções destas instituições, o governo brasileiro reagiu de forma desmedida à solicitação de cumprir os compromissos assumidos junto às mesmas e aos seus pares, os demais Estados americanos. Além de declarações desastrosas de vários ministros, o Brasil utilizou mecanismos inapropriados de pressão contra a OEA, como a retirada de seu candidato (o ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi) das próximas eleições da CIDH. De acordo com as organizações de direitos humanos que elaboraram o pedido de medida cautelar em defesa dos índios do Xingu, tal atitude possivelmente foi uma tentativa de intimidar a CIDH – da qual o Brasil é um dos principais financiadores – para que retroceda no episódio de Belo Monte. Continua

Leia também:
- Brasil está caro para turistas estrangeiros
- Construtoras esticam prazo de entrega

domingo, 24 de abril de 2011

Zabé da Loca



 
 
Conheça a história de Zabé da Loca


Veja também:
 
Chico César se recusa a patrocinar bandas de forró estilizado no São João


Bienvenidos a la central nuclear de la zona más sísmica del mundo

No El País
24.04.2011



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Dinheiro vai rolar mais que a bola

Via Estadão - Editorial
23.04.2011

Não é de hoje que as autoridades têm tratado com um misto de condescendência e bazófia as críticas à lentidão das obras necessárias para a realização da Copa do Mundo em 2014. Quando o assunto é tratado pela mídia, com base em levantamentos sérios, como o divulgado há dias pelo Ipea, ministros e altos funcionários falam como se tivessem trunfos escondidos na manga da camisa. E, pouco a pouco, eles são colocados na mesa. Como se não bastasse a Medida Provisória 497, aprovada no ano passado, pela qual foi concedido regime especial de tributação - ou seja, isenção de impostos - para a aquisição de bens ou serviços destinados à construção, ampliação e modernização de estádios, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012 abre uma nova brecha, esta ainda mais perigosa. O projeto da LDO, encaminhado ao Congresso no último dia 15, visivelmente fora de sintonia com o propósito expresso do atual governo de cortar gastos, prevê tratamento especial para obras públicas relacionadas a eventos especiais (leia-se Copa do Mundo e Olimpíada), como aeroportos, estradas e metrôs, para que elas possam ser tocadas com mais agilidade e não sejam interrompidas a todo momento. É justamente o que as empreiteiras queriam: se não forem inteiramente dispensadas, as licitações serão feitas a toque de caixa, não podendo as obras ser embargadas pelo Tribunal de Contas da União, se surgirem fundadas suspeitas de irregularidades.

Pode ser até que o País não passe vexame perante os estrangeiros por não ter daqui a três anos a infraestrutura necessária para a realização do megaevento esportivo. Mas a forma como os preparativos vêm sendo feitos já são, em si, uma vergonha para os brasileiros. E vai certamente doer nos seus bolsos. Mesmo com o regime especial de tributação, as obras tenderão a ser muito mais caras, pois, sem controle adequado, abre-se espaço para os abusos e para a corrupção. E, com a inflação rondando, não será novidade se as empreiteiras pleitearem reajustes milionários. Já se viu esse filme. Continua


Veja também:
- Depois do otimismo do pré-sal, sobreveio o pré-caos
- Apagão de combustíveis provoca rombo de US$ 18 bilhões na balança

sábado, 23 de abril de 2011

O acidente nuclear do Japão expressa a "sede vampiresca por sangue vivo do trabalho"

JC e-mail 4241, de 19 de Abril de 2011.
O acidente nuclear do Japão expressa a "sede vampiresca por sangue vivo do trabalho"


Artigo* de Frederico L. Romão** enviado ao JC email.

O espectro radioativo envolve em seus tentáculos cancerígenos e mutantes, mais uma vez, grandes populações humanas. Desde o anúncio das explosões ocorridas na central nuclear de Fukushima no Japão, que o mundo acompanha, em meio ao desencontro de informações, o potencial remake da "síndrome da china", desta feita, em preto e branco. E, ora, como ficam os defensores de que a energia nuclear seria fonte limpa e segura?

Segundo a Energy Information Administration/Monthly Energy (2008), de 1975 a 1990, houve um crescimento de 116,7 % no número de usinas nucleares construídas no mundo. Em meados da década de 70 existiam 42 usinas, em 1990 já são 112. Após o desastre nuclear ocorrido em 1986, na cidade de Chernobyl, praticamente cessam as construções de novas usinas.

Entretanto no início da década de 2000, a busca por crescimento econômico, associada à patente constatação do esgotamento ambiental, a partir principalmente dos dados que evidenciaram o aquecimento global, o uso nuclear para produção de energia torna-se fenômeno retumbante entre governos, agências e competentes pesquisadores pelo mundo afora.

Mesmo que nos atenhamos apenas aos argumentos nacionais, é possível tais encontrá-los às escâncaras: "É fonte limpa quando comparada com os combustíveis fósseis, hidroelétricas e/ou carvão"; "não há chances de ocorrer outro acidente como Chernobyl"; "a fiscalização fica a cargo de organismos internacionais idôneos"; "um país e/ou região (Nordeste) pobre não pode prescindir de tamanho investimento".

Esquecem-se os doutos de que não existe fonte de energia absolutamente limpa; menos ainda a energia nuclear, que mesmo não se considerando os seus derivados acidentes, gera lixo que por séculos poderá destruir vida. A impossibilidade científica de acidentes só é possível nas mentes iluministas do século 18; o século 20 sepultou de há muito essa tese.

Acreditar na idoneidade das agências internacionais de energia nuclear é tapar olhos e ouvidos para os gritos e estampidos que ecoam das guerras do Golfo. Se royalties e investimentos das usinas nucleares por si só trouxessem prosperidade, desenvolvimento e também progresso, diversos municípios brasileiros produtores de petróleo não estariam imersos em agressiva miséria. Em verdade, a energia nuclear, desde sempre, tem sido uma questão geopolítica.

É degradante saber da disputa travada por governadores nordestinos em busca do urânio enriquecido para os seus territórios, em nome do que promovem "tour heurístico". Flagrante exemplo é o governo sergipano, financiando tais evoluções obviamente com dinheiro público, para o deleite de empresários, políticos e cientistas, que vão conhecer in loco as usinas nas praias de Angra.

Qual o registrado na recente tragédia no estado do Rio de Janeiro, mais uma vez se adjetiva de "natural" um desastre absolutamente construído e previsível. Como não responsabilizar o homem pelo adensamento populacional, associado à armazenagem e ao processamento de material radioativo em áreas inseridas no círculo de fogo do Pacífico?

Resolver o problema de produção de energia através da construção de usina nuclear traduz-se em mais uma "fuga para frente". A imperiosa exigência de sobrevivência do capital busca continuadamente alternativas que preservem a sua metabólica necessidade de realização de lucros, mesmo quando o fluido propulsor da engrenagem é o sangue humano (Marx, 1983).

O planeta dá reiteradas demonstrações do seu depauperamento ambiental. A questão não é mais se buscarem novas formas de energia, mas precipuamente se construirem novas relações sociais, nas quais o consumo exacerbado não seja o fio condutor das sociabilizações. Têm-se, pois, sob a névoa, por conseguinte, relevantes tarefas pedagógicas e políticas que haverão de arrebatar das mãos monetárias do mercado o timão do desenvolvimento social.

*Artigo também publicado no site da Universidade Federal de Sergipe (UFS)

**Doutor em Ciências Sociais/Unicamp, professor voluntário do Departamento de Serviço Social/UFS. (fredericoromao@uol.com.br).

fonte

Leia também:
- 'Custo humano por energia nuclear é muito alto'
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Chico César se recusa a patrocinar bandas de forró estilizado no São João

Via Diário de Pernambuco
21.04.2011

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, reforçou, ontem, a posição do seu secretário de Cultura, o cantor Chico César, de não patrocinar as chamadas "bandas de plástico" nos festejos juninos deste ano. Além de ressaltar que o estado não tem condições financeiras para arcar com as despesas de contratação dessas bandas, o governador salientou que se houver algum recurso disponível será para ajudar na valorização do forró regional, também conhecido como forró pé de serra. A atitude do secretário já tivera o endosso, no "twitter", da primeira dama, Pâmela Bório, que não vê "identidade" nessas bandas.

Chico César entende que além de não refletirem a realidade nordestina, as "bandas de plástico" podem se prestar a irregularidades na prestação de contas por parte de administradores sem maior compromisso com o interesse público. Alertou, igualmente, para a poluição sonora e para o alto custo cobrado pelas referidas bandas.

Ontem, o compositor e secretário advertiu prefeitos que insistirem em buscar financiamento estatal para agremiações musicais de fora que haverá a rescisão de contratos celebrados, supostamente envolvendo a administração estadual.

Por Nonato Guedes, do jornal O Norte

Leia nota oficial divulgada por Chico César:

Tem sido distorcida a minha declaração, como secretário de Cultura, de que o Estado não vai contratar nem pagar grupos musicais e artistas cujos estilos nada têm a ver com a herança da tradição musical nordestina, cujo ápice se dá no período junino. Não vai mesmo. Mas nunca nos passou pela cabeça proibir ou sugerir a proibição de quaisquer tendências. Quem quiser tê-los que os pague, apenas isso. O Estado encontra-se falto de recursos e já terá inegáveis dificuldades para pactuar inclusive com aqueles municípios que buscarem o resgate desta tradição. São muitas as distorções, admitamos. Não faz muito tempo vaiaram Sivuca em festa junina paga com dinheiro público aqui na Paraíba porque ele, já velhinho, tocava sanfona em vez de teclado e não tinha moças seminuas dançando em seu palco. Vaias também recebeu Geraldo Azevedo porque ele cantava Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro em festa junina financiada pelo governo aqui na Paraíba, enquanto o público, esperando a dupla sertaneja, gritava "Zezé, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver".

Intolerância é excluir da programação do rádio paraibano (concessão pública) durante o ano inteiro, artistas como Parrá, Baixinho do Pandeiro, Cátia de França, Zabé da Loca, Escurinho, Beto Brito, Dejinha de Monteiro, Livardo Alves, Pinto do Acordeon, Mestre Fuba, Vital Farias, Biliu de Campina, Fuba de Taperoá, Sandra Belê e excluí-los de novo na hora em que se deve celebrar a música regional e a cultura popular”.

Secretário de Estado da Cultura – Chico César


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Un monstruo de plástico devora el Pacífico

Via lainformacion.com
Por Antonio Martínez Ron
24.04.2009

En algunas zonas del océano hay ya más cantidad de plástico que de plancton | Millones de pequeños fragmentos flotan a la deriva y han entrado en la cadena alimenticia..



Bolsas, mecheros, botellas, cepillos de dientes. En 1997, cuando regresaba de una regata en Hawai, el capitán Charles Moore se adentró en una región del Pacífico en la que su catamarán tenía que abrirse paso entre desechos. Diez años después, la inmensa mancha de basura sigue girando en mitad del océano y acaba cada año con miles de peces y aves marinas.

Los regatistas que cruzan el Pacífico fueron los primeros en dar la voz de alarma. De la noche a la mañana, comenzaron a cruzarse con lavadoras o carcasas de ordenadores que flotaban en mitad de la nada. Por aquella época, el australiano Ian Kiernan observó una zona especialmente contaminada y quedó horrorizado de por vida. “Había plástico por todas partes”, asegura. “Estaba lleno de cosas como muebles, frigoríficos, bombillas, televisores…” Continua

Leia também:
- “Hay televisores y frigoríficos flotando en mitad del océano”
- Un año después del vertido en el Golfo de México, el 80 por ciento del crudo no se ha recuperado


O mundo todo em um só lugar

TV Estadão | 21.4.2011

A vídeo- exposição "6 Bilhões de Outros", projeto do francês Yann Arthus-Bertrand, traz depoimentos de 5.600 pessoas de 78 países diferentes. Em cartaz no MASP





Rios que alimentam o Pantanal podem ganhar 62 novas hidrelétricas

Via G1
21.04.2011

Esse é o número de projetos em construção ou estudo.
Quase todas são pequenas centrais que produzem pouca energia.

Queimadas, exploração agropecuária desordenada, pesca predatória - essas ameaças ao ecossistema do Pantanal são conhecidas. Hoje, no entanto, ambientalistas apontam para um problema novo: a construção de hidrelétricas na região.

As usinas tiram proveito da queda natural entre o Planalto Central do Brasil e a planície onde fica o Pantanal. Hoje já existem 37 barragens em rios que alimentam a região e mais 62 hidrelétricas estão em construção ou em estudos. Quase todas são pequenas centrais que produzem pouca energia.

O pesquisador Paulo Petry, de uma entidade internacional de proteção do meio ambiente, diz que as usinas alteram o regime anual de cheias e secas que é responsável pela biodiversidade do Pantanal. Ele compara os barramentos a coágulos na circulação sanguínea de uma pessoa. Continua

Estudo nos EUA liga bullying a violência familiar

Via blog do Noblat
22.04.2011

Embora as pessoas envolvidas em bullying enfrentem o problema normalmente no ambiente escolar, um estudo [ontem] mostrou que agressores e vítimas são mais suscetíveis ao convívio com a violência em suas casas.

Famílias violentas são mais comuns entre jovens identificados com bullying, sejam os alvos ou os agressores, segundo o levantamento.

O bullying é caracterizado por agressões propositais - verbais ou físicas - feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra um colega. A ação é usualmente associada aos ambientes escolares.

Leia mais em Estudo nos EUA liga bullying a violência familiar

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos







AQUI!




Pense antes de compartilhar

Via Época
Por RENAN DISSENHA FAGUNDES
15.04.2011

Parece não ser óbvio para muitas pessoas, principalmente jovens, algumas das implicações de compartilhar sua vida na web: nem tudo é privado por padrão

Como ensinar sobre privacidade na web para crianças e adolescentes? Melhor mostrar do que só avisar, de acordo com uma escola americana. A Old Saybrook High School, em Connecticut, levou alunos do primeiro ano para uma palestra sobre segurança na internet e não ficou apenas no papo sobre cyberbullying e os perigos de se expor demais: a apresentação foi ilustrada com fotos e textos dos alunos, direto do Facebook e do Twitter daqueles que tinham deixado seus perfis públicos. Ver suas próprias fotos em festas expostas na escola ajudou alguns estudantes a entenderem melhor o alcance público da internet. Outros, sentiram que sua privacidade havia sido invadida e que a escola devia ter pedido para usar as fotos - que estavam todas disponíveis publicamente na web. Teve quem fosse para o Twitter chamar a escola de “corrupta”.

O caso acima ilustra uma situação que parece ser comum entre os jovens: apesar de passarem cada vez mais tempo usando a internet, e principalmente as mídias sociais, muitos adolescentes não compreendem claramente a confusão criada entre público e privado na rede. Uma coisa é expor coisas pessoas na web sabendo que a tecnologia tornou a ideia de privacidade mais difusa; outra coisa é ver suas fotos na balada numa apresentação da escola e sentir que sua privacidade foi invadida. Mauricio de Souza Lima, médico hebiatra (ramo da medicina que estuda os adolescentes) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), afirma que os jovens tendem a fazer algo antes de pensar nas consequências. “Meus pacientes falam que digitam antes de pensar”, diz. Continua

Maioria é contra energia nuclear no Brasil, diz pesquisa

JC e-mail 4241, de 19 de Abril de 2011.

Maioria é contra energia nuclear no Brasil, diz pesquisa


Oposição a essa forma de geração de energia cresce cinco pontos após acidente em Fukushima; reação negativa ocorre em outros países.

O desastre nuclear no Japão consolidou uma maioria entre os brasileiros contrária ao uso da energia atômica para gerar eletricidade no País. São 54%, dos quais sete em cada 10 são "totalmente contra" e os demais, "parcialmente contra". A oposição a esse tipo de produção de energia cresceu cinco pontos após o acidente na usina de Fukushima.

Esses são alguns dos resultados da sondagem Global WIN (uma rede mundial de empresas de pesquisa) sobre o uso de energia nuclear. Ainda segundo a pesquisa, uma fatia ainda maior dos brasileiros, 57%, mostrou-se preocupada - metade deles muito preocupados - com a possibilidade de um acidente nuclear acontecer também no Brasil.

O grau de preocupação é superior à média mundial, de 49%. Possível explicação para isso é que 40% não sabem dizer se o governo brasileiro controla adequadamente a segurança das usinas de Angra 1 e 2. Além desses, 19% acham que não há controle adequado. Só 41% confiam nas medidas de segurança oficiais.
O governo federal estuda construir mais quatro centrais nucleares para produzir eletricidade. A decisão final dependerá, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, das consequências do acidente japonês.

No mundo - A reação negativa à energia atômica não se restringe ao Brasil. Na média mundial, o percentual daqueles que são contrários às centrais nucleares cresceu 11 pontos após o tsunami provocar o colapso da usina japonesa e a contaminação de trabalhadores, da água e do solo por radiação. Foi de 32% para 43%. A oposição às centrais atômicas varia muito de país para país: de apenas 24% na Coreia do Sul a 90% na Áustria. O Japão foi onde mais cresceu o percentual dos que são contra: de 28% para 47% (40% ainda apoia essa forma de produção de energia).

Entre os brasileiros, 14% não souberam responder, 12% se disseram totalmente favoráveis ao uso da energia nuclear, 20% parcialmente a favor, 15% parcialmente contra e 39% totalmente contra. O apoio é maior entre os mais ricos e escolarizados. Já o crescimento dos que são contra a energia nuclear veio principalmente de quem não tinha opinião sobre o assunto.

A pesquisa mostra que 98% dos brasileiros tomaram conhecimento do terremoto no Japão, e 93% ficaram sabendo do vazamento de radiação. Ambos os resultados ficaram acima da média mundial. A TV foi a principal fonte de informação sobre o terremoto e o tsunami para 94% dos brasileiros. Em segundo lugar ficou a internet, com 3%.

O Brasil é um dos países mais otimistas no prognóstico sobre o que acontecerá com o Japão após a sequência de desastres. Para 49%, os japoneses vão se recuperar rapidamente e voltar ao nível de desenvolvimento anterior ao terremoto. A eles se somam 13% de brasileiros que acham que o Japão vai sair ainda mais forte da crise. Só 31% apostam no contrário.

Para entender - A pesquisa foi realizada pela Global WIN em 47 países de todos os continentes entre 21 de março e 10 de abril. No Brasil, o levantamento foi feito pelo Ibope, instituto que representa a rede no País. As técnicas de entrevista variam de local para local. Em alguns países foram feitas pelo telefone, em outros, pessoalmente, e houve locais onde a plataforma foi a internet. As amostras variam de 500 a 2,7 mil entrevistas por país. No Brasil, o Ibope entrevistou mil pessoas no método face a face. A margem de erro também varia conforme o tamanho da amostra local, de três a cinco pontos porcentuais, para mais ou para menos.

No mundo todo foram entrevistadas 34 mil pessoas. Como não havia pesquisa anterior para comparar, o questionário incluiu uma pergunta sobre qual a opinião do entrevistado sobre a energia nuclear antes do terremoto no Japão.

(O Estado São Paulo)

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Você é bem atendido nas lojas?

Via Época
Por LAURA LOPES
19.04.2011


Pesquisa mostra que as classes C, D e E se sentem destratadas por vendedores, o que leva a uma falta de confiança para fazer compras. Você já passou por isso? Compartilhe sua experiência

Se você se sente mal atendido nas redes e lojas de varejo e pertence às classes C, D e E, não está sozinho. Um levantamento feito pelo Plano CDE, uma consultoria especializada nessas classes sociais, mostrou que até 25% desses consumidores admitem falta de confiança diante de uma compra. A pesquisa considerou como classe C pessoas de famílias com renda de R$ 1.214 a R$ 3.033 (quatro a 10 salários mínimos); classe D, com renda de R$ 607 a R$ 1.213 (dois a quatro), e, E, de R$ 0 a R$ 606 (zero a dois).

Associada à falta de autoestima, os clientes acreditam ser mal recebidos por pertencerem a um grupo de baixa renda – percepção de 50% dos clientes da classe C, 51%, da D, e 56%, da E. Gilsa de Andrade Campos, que trabalha em uma lavanderia e tem 52 anos, diz que passou por situações que ilustram a pesquisa. "As pessoas reagem como se você não tivesse dinheiro para comprar naquela loja. Há lugares em que você nem consegue entrar", afirma. Em algumas lojas, conta, as vendedoras só mostram os produtos mais baratos. Certa vez, não conseguiu efetuar uma compra porque o vendedor não acreditou que ela poderia pagar. Teve que voltar com a filha. "Eu fiz questão de comprar lá para mostrar que eu tinha dinheiro. Naquela vez eu me senti lá embaixo", afirma. Continua


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terça-feira, 19 de abril de 2011

Gorila é flagrado fazendo carinho em patinho perdido

Valeu, Lóren!

Via G1
14.04.2011

Cena ocorreu no zoo de Bristol, no Reino Unido.
Ave foi devolvida com segurança de volta à sua casa.





Gorila faz carinhos em patinho perdido. (Foto: Reprodução/Daily Telegraph)



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Agricultores denunciam que estão sendo coagidos a autorizar medição das terras pelo consórcio responsável por Belo Monte

Via EcoDebate
19.04.2011

Ministério Público Federal e Estadual devem encaminhar recomendação à Norte Energia para que direitos das famílias sejam respeitados

Pequenos produtores rurais e ribeirinhos da região de Altamira, no Pará, denunciaram que funcionários contratados pela Norte Energia, consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, estariam coagindo as famílias a autorizar a entrada de técnicos em suas propriedades. Segundo as denúncias, feitas no último sábado (16/04) à Comissão de Direitos Humanos do Senado, técnicos da empresa E-labore e da própria Norte Energia incumbidos do levantamento topográfico e de benfeitorias das áreas sob risco de alagamento estariam pressionando as famílias para conseguir que as autorizações para entrada nos imóveis sejam assinadas.

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Senado cópia das declarações feitas em reunião realizada na Casa da Cultura de Altamira à Comissão de Direitos Humanos, representada pela senadora Marinor Brito. Da reunião participaram cerca de 200 representantes das famílias atingidas, pesquisadores e integrantes de movimentos sociais, além do MPF e do Ministério Público do Estado.

Com base nessas denúncias, o procurador da República Cláudio Terre do Amaral informou que o MPF e o MP do Estado devem encaminhar recomendação conjunta à Norte Energia e à E-labore, para que seja respeitado o direito previsto no artigo 5º, inciso XI da Constituição Federal, que estabelece que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.

Uma recomendação é uma espécie de notificação. Caso descumprida, o MPF pode levar a questão à Justiça. Representado pela procuradora de Justiça Maria da Graça Azevedo da Silva, o Ministério Público Estadual também colocou-se à disposição dos agricultores familiares. A procuradora orientou as famílias a buscarem a promotoria de Justiça em Altamira e apresentarem suas denúncias aos representantes locais do MP Estadual.

Incerteza na região – A comissão do Senado e as instituições e pesquisadores que acompanharam a diligência passaram toda a manhã de sábado visitando bairros de Altamira que sofrem o risco de alagamento a partir da construção da usina. Durante todo o trajeto e na reunião realizada à tarde na Casa da Cultura, as declarações dos moradores revelavam um sentimento de grande angústia diante da incerteza sobre o destino de suas famílias. Continua

Alheio à Copa, juiz breca obras em aeroporto de MG

Via blog do Josias de Souza
18.04.2011

A Justiça Federal suspendeu, em Belo Horizonte, um par de licitações da Infraero, a estatal que gere os aeroportos.

Referem-se a obras de reforma e ampliação do aeroporto de Confins, assentado na região metropolitana da capital mineira.

A decisão foi tomada pelo juiz Guilherme Mendonça Doehler, titular da 19ª Vara Federal. Agiu por provocação do Ministério Público Federal.

A Procuradoria requereu a suspensão depois de constatar que a Infraero toca os projetos de Confins sem realizar estudos de impacto ambiental.

Em ação civil movida contra a Infraero, o Ministério Público realça que o aeroporto está situado numa área de proteção ambiental federal.

O juiz Guilherme Doehler concordou. E condicionou a continuidade dos procedimentos licitatórios à realização dos estudos ambientais.

Em seu despacho, o magistrado anota: “Nada justifica o atropelo de normas direcionadas ao resguardo do meio ambiente. [...] Nem Olimpíadas...”

“...Nem Copa do Mundo, nem qualquer outro evento vultoso, ainda que sua realização se traduza em proveitos econômicos, desenvolvimento, aporte de riquezas no país...”

“...Esses eventos passarão, o meio ambiente ecologicamente equilibrado necessariamente deve permanecer”.

Na semana passada, instituto ligado ao governo, o Ipea, incluiu Confins entre os aeroportos que não ficarão prontos até o ano da Copa.

Estimou-se que as obras do aeroporto de Minas Gerais só ficarão prontas em 2017. É contra esse pano de fundo que chega a decisão judicial.

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Brasileiro está fumando menos, mas ainda é sedentário e se alimenta mal

Via Estadão
18.04.2011

A pesquisa Vigitel Brasil 2010 mostrou que quase metade da população do país é obesa

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que o brasileiro está fumando menos, mas permanece sedentário e tem alimentação pouco saudável. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Ministério da Saúde.

De acordo com os dados, a proporção de fumantes na população caiu de 16,2% para 15,1% no período de 2006 a 2010, com redução entre os homens. Na população masculina, o hábito de fumar caiu de 20,2% para 17,9%, enquanto as mulheres registraram um índice estável de 12,7%.

O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, admite que a queda na prevalência de fumantes no país é "lenta". Segundo ele, a preocupação maior está no fato de que pessoas com menor escolaridade (até oito anos) fumam mais - 18,6% em relação às mais escolarizadas (12 anos ou mais).

"Grande parte do êxito brasileiro se deve à propaganda, mas cremos que podemos ir mais além", disse, ao se referir às imagens de uso obrigatório em maços de cigarro que alertam para os problemas associados ao tabaco.

Em relação aos hábitos alimentares dos brasileiros, a pesquisa mostra que a população está consumindo menos feijão (importante fonte de ferro e fibras) e mais leite integral, além de carne com gordura aparente. O índice de adultos que consomem feijão pelo menos cinco dias da semana, por exemplo, passou de 71,9% em 2006 para 66,7% em 2010. Continua

segunda-feira, 18 de abril de 2011

El chupete









Agrotóxicos: Contaminação dos alimentos e a saúde pública

Via EcoDebate
Por Raquel Casiraghi
15.04.2011

Em 2009, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o líder mundial no uso de veneno agrícola. Foram consumidos 1 bilhão de litros por ano no país. É como se cada brasileiro consumisse, em média, 5 litros de veneno por ano.


Um ditado indiano diz que a gente é aquilo que come. A alimentação sempre ocupou lugar de destaque desde as sociedades milenares. As pessoas comiam para satisfazer as necessidades do corpo, mas também da mente. A comida também se encarregou de perpetuar culturas de povos, passando receitas e costumes de geração para geração, até os dias de hoje.

No entanto, se a gente é o que come, não temos muito o que comemorar. Em nome da correria do dia-a-dia, a alimentação variada de antigamente, com legumes, verduras e frutas, tudo cozido e até mesmo plantado em casa, deu lugar a pães, bolachas, comidas instantâneas e enlatados.

O resultado dos novos maus hábitos foi comprovado em agosto de 2010. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pesquisa em que mostra que a obesidade já é uma epidemia no país. Desde a década de 70, o déficit de alimentação diminuiu, mas o excesso e a obesidade estouraram. Tanto que o IBGE estima que, se for mantido o ritmo de crescimento de pessoas acima do peso, em apenas 10 anos o Brasil terá se igualado aos Estados Unidos.

Ou seja, o brasileiro está comendo mais, no entanto, com menos qualidade, como explica a nutricionista Regina Miranda, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (Consea).

“Há exemplo do trigo, batata, derivados de trigo como pão e macarrão, são dominante numa dieta diária. Isso, sem sombra de dúvida, empobreceu a alimentação”.

A má alimentação não se restringe apenas a ter uma dieta empobrecida e com pouca variedade por causa da dita falta de tempo. Também é consequência de um novo padrão alimentar que vem sendo imposto com a industrialização dos alimentos. As pessoas têm comida barata à disposição, mas com pouco valor nutritivo, carregado de açúcar, sal, conservantes e gordura hidrogenada. A mudança na alimentação, embora atinja toda a sociedade, é mais perversa entre os mais pobres, analisa Regina.

“O que faz com que as pessoas muito pobres, que têm uma renda baixa, acabam mais destes alimentos porque são mais baratos. Alimentam maior número de pessoas durante o mês. O resultado disso tudo uma humanidade obesa. É um sistema que obesifica as pessoas, que adoecem muito de doenças relacionadas a maus hábitos alimentares como diabetes, pressão alta, cardiopatia”

Neste novo padrão, a comida deixou de ser um alimento e passou a ser tratada como uma mercadoria, vendida aos consumidores, à população. Quem nunca escolheu, no supermercado, a laranja maior, mais lustrosa, a mais bonita? São essas as características que definem o valor nutricional dos alimentos? Há prateiras específicas até mesmo para as crianças, com bolachas e salgadinhos com carinhas e diversos sabores.

Para a nutricionista Regina Miranda, não é a aparência o que deve contar na hora de optarmos por uma alimentação mais saudável, e sim a sua essência.

“Não comemos mais alimentos, comemos mercadoria. Aquilo que vou comer estão embutidos outros valores em troca que não são necessariamente importantes para a minha saúde. Tem valor como uma mercadoria que tem que gerar lucro, tem que ter tempo de prateleira, estar maquiada”.

Muitas vezes, a comida mais bonita e que pode parecer mais apetitosa aos olhos não é necessariamente a melhor para a nossa saúde. Isso porque para deixarem o alimento com essa “boa” aparência, os agricultores usaram agrotóxicos na hora de plantar e produzir. Em 2009, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o líder mundial no uso de veneno agrícola. Foram consumidos 1 bilhão de litros por ano no país. É como se cada brasileiro consumisse, em média, 5 litros de veneno por ano.

A pesquisadora Rosany Bochner coordena o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Ligado à Fundação Oswaldo Cruz, o sistema centraliza e divulga os casos de envenenamento e intoxicação registrados na rede nacional. Os casos mais registrados pelo sistema são de efeito agudo, que ocorre quando a pessoa apresenta reações logo após a intoxicação.

No entanto, os casos crônicos, em que os efeitos aparecem após a exposição por um longo período aos agrotóxicos, são em grande maioria e não se restringem mais aos agricultores, que lidam diretamente com o veneno. De acordo com Rosany, atinge toda a população, apesar das dificuldades para comprovar que doenças que hoje afetam a população, como câncer, estão relacionadas aos venenos agrícolas.

“Há 10 anos, com certeza não tinha o consumo que se tem hoje. E se você olhar em termos de câncer e tudo mais, essas doenças aumentaram bastante. Se olhar o mapa das doenças hoje, vê que algumas diminuíram com saneamento, vacinas e com algumas coisas que foram feitas. E outras que vêm aumentando. Até porque a vida média aumentou. Mas a questão do câncer chama muito a atenção. Não sei se é uma coincidência, mas se ouve muito”.

Ainda há os problemas ambientais, como lembra o integrante da coordenação nacional da Via Campesina, João Pedro Stedile.

“Afetam o meio ambiente porque destroem os micronutrientes do solo, contaminam a água do lençol freático, evaporam e voltam com as chuvas. E finalmente, se incorporam com os alimentos e as pessoas que consomem estes alimentos acabam ingerindo pequenas doses permanentes de veneno que vão se acumulando no seu organismo e que afeta, em primeiro lugar, o sistema neurológico e, em segundo lugar pode degenerar as células e se transformar em câncer”

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que mais de 64% das amostras de pimentão analisadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos apontam quantidade de resíduo tóxico acima do permitido. A Anvisa também encontrou , em todos os alimentos analisados, resíduos de agrotóxicos que não são permitidos no Brasil justamente por serem altamente prejudiciais.

A pesquisadora Rosany Bochner, da Fundação Oswaldo Cruz, desmistifica a ideia de que a quantidade de agrotóxicos utilizada é proporcional à escala de grãos produzidos no país.

“Em várias coisas ele [Brasil] não é o maior produtor. É uma ilusão achar que o Brasil é o maior produtor de grãos e que precisaria ser o maior consumidor [de agrotóxicos]. E o Brasil passou de segundo para primeiro, não se iluda, foi exatamente quando os outros países proibiram o uso de alguns produtos e nós não. Logicamente que se tinha uma oferta muito grande de produtos que vieram para cá. Com certeza vieram com preço menor, que se começou a consumir mais”

João Pedro Stedile responsabiliza o agronegócio e as grandes empresas por impor esse modo de produção, baseado no uso de venenos químicos. Ele sugere, por exemplo, a indenização das pessoas que sofreram com os efeitos dos agrotóxicos.

“Espero que algum dia, inclusive, tenhamos leis suficientes não só para proibir o uso do veneno, mas para exigir que estas empresas indenizem as famílias que tenham pacientes com enfermidades decorrentes dos venenos agrícolas”

Reportagem de Raquel Casiraghi, da série especial “Os perigos dos agrotóxicos no Brasil”, produzido pela Radioagência NP

fonte


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Menores bebem chá com pilha para conter abstinência

Via blog do Noblat
18.04.2011

Atendimento a usuários de crack e oxi em São Luís ainda é precário

O Globo

Do crack ao oxi. Em São Luís, a droga que tomou conta dos estados da Região Norte faz vítimas entre os menores da capital do Maranhão. Não é difícil encontrar na periferia crianças com 12 anos consumindo o produto, intercalado com crack, merla e cocaína.

Quando não há oxi, os dependentes recorrem a chás feitos com pilha alcalina e chapas de raio-x cortadas em pedaços pequenos, consumidos para conter crises de abstinência. Os usuários ainda inalam gás de cozinha e cheiram gasolina.

Há seis anos estudando a evolução das drogas entre crianças e jovens de São Luís, a pesquisadora Selma Marques, da Universidade Federal do Maranhão, faz um alerta:

— Antes, o consumo era de maconha e cocaína. Éramos felizes e não sabíamos. Por serem de fácil acesso e baratos, crack e oxi ganharam espaço. São consumidores de famílias vulneráveis e alguns com pais dependentes.

Pesquisa feita por Selma com 125 jovens relata que o consumo está relacionado a roubos ou furtos. E, segundo Selma, em São Luís não há unidades públicas que reúnam tratamento psicológico e acompanhamento médico.

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Emissões de gás carbônico em São Paulo vão dobrar até 2035

Via Agência Brasil
Por Vinicius Konchinski
17.04.2011

São Paulo – O estado de São Paulo tem, desde 2009, uma das leis mais ambiciosas para o combate ao aquecimento global. A legislação prevê que as emissões de gases causadores de efeito estufa caiam em 20% até 2020 comparados aos níveis de 2005. Cumpri-la, porém, é um desafio. O próprio governo paulista já prevê que a quantidade de dióxido de carbono (CO2) emitida no estado vá crescer pelo menos 55% de 2005 a 2020. Até 2035, as emissões devem mais que dobrar.

Essas estimativas constam do estudo Matriz Energética do Estado de São Paulo – 2035, da Secretaria de Energia estadual. Nele, as contas mais otimistas indicam que 85 milhões de toneladas de CO2 serão jogadas na atmosfera por atividades desenvolvidas no estado em 2020. Em 2005, eram cerca de 55 milhões de toneladas –30 milhões de toneladas a menos. Já em 2035, serão mais de 120 milhões de toneladas de CO2 emitidas no estado. Isso representa um incremento de cerca de 120% na comparação com as emissões de 2005.

Esses números foram apresentados na primeira reunião do Conselho Estadual de Política Energética do Estado de São Paulo, ocorrida no final do mês passado. Os dados já levam em consideração todas as políticas públicas estaduais anunciadas para redução das emissões de CO2.

O Plano Integrado de Transportes Urbanos 2005 a 2025 (Pitu), que prevê a maior utilização do transporte coletivo, por exemplo, já foi considerado na estimativa. Também foram levados em conta os ganhos de produtividade da indústria e da agricultura, assim como a redução do uso de combustíveis fósseis como a gasolina e o diesel.

Para o pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sérgio Valdir Balay, os resultados do estudo mostram a urgência de novas políticas para redução das emissões. Segundo ele, caso o estado queira mesmo cumprir a lei, terá de tomar medidas “ousadas” e “mexer com o hábito das pessoas”.

“Precisaríamos reduzir o uso dos automóveis, já que o transporte é o maior responsável pelas emissões. As grandes empresas e o próprio Poder Público também teriam que reduzir suas emissões”, disse Balay, em entrevista à Agência Brasil. Continua


Poblaciones de pingüinos en la Antártida, amenazadas por la falta de alimento

No El País
11.04.2011




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domingo, 17 de abril de 2011

Sementes sequestradas – É necessário apostar em outro modelo de agricultura e alimentação, artigo de Esther Vivas

Via EcoDebate
Por Esther Vivas
15.04.2011

Quem ouviu falar alguma vez do tomate lâmpada, da berinjela branca ou da alface língua de boi? Difícil. Trata-se de variedades locais e tradicionais que ficaram à margem dos canais habituais de produção, distribuição e consumo de alimentos. Variedades em perigo de extinção.

A nossa alimentação atual depende de algumas poucas variedades agrícolas e de gado. Apenas cinco variedades de arroz proporcionam 95% das colheitas nos maiores países produtores e 96% das vacas de ordenha no Estado Espanhol pertence a uma só raça, a frisona-holstein, a mais comum a nível mundial em produção leiteira. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 75% das variedades agrícolas desapareceram ao longo do último século.

Mas esta perda de agrodiversidade não tem somente consequências ecológicas e culturais, mas implica, também, no desaparecimento de sabores, de princípios nutritivos e de conhecimentos gastronômicos, e ameaça a nossa segurança alimentar ao depender de algumas poucas espécies de cultivo e de gado. Ao longo dos séculos, o saber camponês foi melhorando as variedades, adaptando-as às diversas condições agroecológicas a partir de práticas tradicionais, como a seleção de sementes e cruzamentos para desenvolver cultivos.

As variedades atuais, em contrapartida, dependem do uso intensivo de produtos agrotóxicos, pesticidas e adubos químicos, com um forte impacto ambiental e que são mais vulneráveis às secas, a doenças e pragas. A indústria melhorou as sementes para adaptá-las aos interesses de um mercado globalizado, deixando em segundo lugar as nossas necessidades alimentares e nutritivas com variedades saturadas de químicos e tóxicos, como aborda o documentário ”Notre poison quotidien” (O nosso veneno diário) de Marie-Monique Robin, estreado recentemente na França.

Até cem anos atrás, milhares de variedades de milho, arroz, abóbora, tomate, batata… abundavam em comunidades camponesas. Ao longo de 12.000 anos de agricultura, manipularam cerca de 7.000 espécies de plantas e vários milhares de animais para a alimentação. Mas hoje, de acordo com dados da Convenção sobre a Diversidade Biológica, apenas quinze variedades de cultivos e oito de animais representam 90% da nossa alimentação.

A agricultura industrial e intensiva, a partir da Revolução Verde, nos anos 60, apostou em alguns poucos cultivos comerciais, variedades uniformes, com uma base genética estreita e adaptadas às necessidades do mercado (colheitas com máquinas pesadas, preservação artificial e transporte de longas distâncias, uniformização do sabor e da aparência). Políticas que impuseram sementes industriais com o pretexto de aumentar a sua rentabilidade e produção, desacreditando as sementes camponesas e privatizando o seu uso.

Desta maneira, e com o passar do tempo, foram emitidas patentes sobre uma grande diversidade de sementes, plantas, animais, etc., corroendo o direito camponês de manter as suas próprias sementes e ameaçando meios de subsistência e tradições. Através destes sistemas, as empresas se apropriaram de organismos vivos e, através, da assinatura de contratos, o campesinato passou a depender da compra anual de sementes, sem possibilidade de poder guardá-las após a colheita, plantá-las e/ou vendê-las na temporada seguinte. As sementes, que representavam um bem comum, patrimônio da humanidade, foram privatizadas, patenteadas e, finalmente, “sequestradas”.

A generalização de variedades híbridas – que não podem ser reproduzidas – e os transgênicos foram outros dos mecanismos utilizados para controlar a sua comercialização. Estas variedades contaminam as sementes tradicionais, condenando-as à extinção e impondo um modelo dependente da agro-indústria. O mercado mundial de sementes está extremamente monopolizado e apenas dez empresas controlam 70% desse mercado.

Como indica a Via Campesina – maior rede internacional de organizações camponesas – “somos vítimas de uma guerra pelo controle das sementes. Nossas agriculturas estão ameaçadas por indústrias que tentam controlar nossas sementes por todos os meios possíveis. O resultado desta guerra será determinante para o futuro da humanidade, porque das sementes dependemos todos e todas para nossa alimentação diária”.

Do dia 14 ao 18 de Março, foi realizada a quarta sessão do Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura, em Bali. Um tratado fortemente criticado por movimentos sociais como a Via Campesina, considerando que reconhece e legitima a propriedade industrial sobre as sementes. Embora o seu conteúdo reconheça o direito dos camponeses à venda, à troca e à semeadura, o Tratado, de acordo com os seus denunciantes, não impõe estes direitos e claudica perante os interesses industriais.

Hoje, mais do que nunca, num contexto de crise alimentar, é necessário apostar em outro modelo de agricultura e alimentação que se baseia nos princípios da soberania alimentar e na agroecologia, a serviço das comunidades e nas mãos do campesinato local. Manter, recuperar e trocar as sementes camponesas é um ato de desobediência e responsabilidade, a favor da vida, da dignidade e da cultura.

Esther Vivas, colaboradora internacional do EcoDebate, é autora do livro “Do campo ao prato. Os circuitos de produção e distribuição de alimentos”.

*Artigo publicado em Público, 11/04/2011.
** Traduzido ao português por Tárzia Medeiros.

Los animales heridos tras el tsunami de Japón

Via El Mundo
Por Teresa Guerrero
17.04.2011





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