terça-feira, 16 de agosto de 2011

Veículos de comunicação excluem população afrodescendente

Via Agência USP de Notícias
Por Da Redação - agenusp@usp.br
11.08.2011

Marcelo Henrique Nascimento, do USP Online – marcelo.nascimento@usp.br


Apenas 8,58% das pessoas presentes nas revistas
 mais lidas pelo público eram negras
Visando estudar a presença afrodescendente nos veículos de comunicação, o professor Dennis de Oliveira, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, conduz a linha pesquisa Representações étnicas afrodescendentes na mídia. A linha trata tanto de aspectos quantitativos, como o número de ocorrências de presença de negros, como também qualitativos, com as maneiras em que se dá essa participação, para identificar como os aparelhos midiáticos mostram os negros nos principais meios de comunicação no Brasil.

Sobre o aspecto quantitativo, segundo o professor, nota-se uma participação muito pequena do afrodescendente na mídia em geral. Para comprovar tal fato, foi feito, no ano de 2009, um levantamento com alunos de uma escola pública do ensino médio de São Paulo, com o objetivo de verificar quais eram as principais revistas lidas por pessoas nessa faixa etária e classe social, para então se descobrir qual o percentual da presença negra nesses meios de comunicação.

Constatou-se que, nas revistas mais lidas pelo público em questão, dentre as pessoas que aparecem nas propagandas, fotos e reportagens, apenas 8,58 % eram negras. Em levantamento semelhante realizado nos Estados Unidos, com publicações de mesmo público-alvo, verificou-se porcentagem semelhante (8,85%) – o que ratifica o contraste, devido ao fato da população afrodescendente do Brasil ser, proporcionalmente, superior à dos EUA. Continua