sábado, 30 de outubro de 2010

"Sons do Grande Sertão"

'Sons do Grande Sertão' — Faixas do CD que integra
a edição nº 58 da revista 'Estudos Avançados'

Inhuma do Sertão (Renato Andrade) — viola: Renato Andrade; violão: João José da Silva
Canção de Siruiz (Versos de "Grande Sertão: Veredas") — adaptação e voz: Antonio Candido
Paisagens (Ivan Vilela) — viola: Ivan Vilela; violão: Ricardo Matsuda; percussão: Roberto Peres
Canto de Vaqueiros (Domínio público) — voz e viola: Rodrigo Delage; voz e viola: Chico Lobo; voz: Pena Branca; percussão: Carlinhos Ferreira
Narrativa sobre o Sertão (José Maria Gonçalves) — voz: José Maria Gonçalves
A Força do Boi (Ivan Vilela) — viola e arranjo: Ivan Vilela; violão: Ricardo Matsuda; cerâmica: Dalga Larrondo; caxixi: Roberto Peres
Rito(Wagner Dias) — Estúrdio Quarteto: voz: Élida Marques; violão: Fernando Machado e Wagner Dias; percussão: Pedro Ribeiro e Eduardo Contrera; baixo acústico: Pedro Macedo
Paisagem Sonora I — Aves (Julio de Paula)
Manuelzim-da-Crôa (Tavinho Moura) — viola: Tavinho Moura; violão: Beto Lopes
Aboio (Domínio público) — Grupo Nhambuzim: voz e berrante: Edson Penha; voz e violão: Joel Teixeira; voz: Sarah Abreu; percussão: André Oliveira e Rafael Mota; baixo: Itamar Pereira; piano e arranjos vocais: Xavier Bartaburu
Na Ponta da Zagaia (Rodrigo Delage) — viola: Rodrigo Delage; roncador (tambor de onça): Carlinhos Ferreira
Som de Passarim (Wagner Dias) — Estúrdio Quarteto: voz: Élida Marques; violão: Fernando Machado; violão e viola: Wagner Dias; percussão: Pedro Ribeiro e André Magalhães
Paisagem Sonora II — Água (Julio de Paula)
Valsa para Viver um Grande Amor (Ivan Vilela) — viola e arranjo: Ivan Vilela; violão: Ricardo Matsuda; rabeca: Luiz Henrique
Palavras Finais de "Grande Sertão Veredas" — voz: José Mindlin


O planeta onde os políticos vivem

Via O ECO
Por Fernando Fernandez
26.10.2010


A disputa eleitoral finalmente está fervendo. As campanhas dos dois candidatos para o segundo turno das eleições presidenciais tomam conta da mídia. O debate das ideias de ambos domina o noticiário. Mas... há alguma coisa estranha! Minha televisão deve estar mostrando imagens da campanha presidencial em algum outro planeta. O planeta daqueles candidatos lá na telinha, claro, não tem problemas ambientais.

Os tais dois candidatos praticamente não falaram nada de questões ambientais no primeiro turno. Assim que começou o segundo turno, ambos juraram que eram ambientalistas desde criancinhas. Pagaram um mico gigantesco, quase um gorila, para tentar abocanhar votos da candidata derrotada no primeiro turno, Marina Silva. Mas agora, nem isso. O pouco que eles dizem sobre questões ambientais é constrangedor, só mostra que eles não têm a menor ideia do que estão falando.

Um planeta sem mudanças climáticas

Em que planeta será que eles vivem? No planeta deles, não há mudanças climáticas globais acontecendo. Não há branqueamento dos corais, não há derretimento das geleiras, não há extremos climáticos cada vez mais frequentes e malucos. Não pode ser o nosso planeta, claro. Ninguém parece perceber o maior e mais urgente problema enfrentado pela humanidade como um todo, não só hoje mas em toda a história. Nunca antes na história do nosso planeta vivemos um desafio assim - mas os políticos nem falam disso. É assustador que as pessoas que hoje disputam a presidência do nosso país não tenham preciosamente nada a dizer sobre mudanças climáticas globais.

No planeta deles os frequentes e trágicos desabamentos de encostas, as enchentes, são culpa da natureza, sempre dela que é fácil culpar. Não, não é por causa da destruição das florestas, que segura as encostas e regulariza o fluxo da água – só raramente alguém faz essa ligação tão óbvia. No planeta deles a seca cada vez maior em grandes regiões do país (inclusive, perturbadoramente, na Amazônia) é natural, e não tem nadinha a ver com mudanças climáticas. Nem pensar. Continua

'Se Deus não existe, tudo é permitido'

Via blog do Noblat
Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
29.10.2010



Nós passamos mais da metade da campanha eleitoral debatendo um tema da maior importância, mas pelo viés errado. O aborto. Quase como se fossemos noviços em um convento sendo doutrinados sobre o que é ou não é santificado.

O que se esconde por trás dessa situação limite para qualquer mulher, isso passou ao largo porque para os políticos é mais fácil ficar no terreno espiritual do que no material.

Simone de Beauvoir, a respeito do forte pensamento de Dostoievski que abre este artigo, disse que se Deus não existe, isso não significa, como pensa o homem moderno, que tudo é permitido. Ao contrário, disse ela, sem um poder exterior, tudo é de nossa inteira responsabilidade: um deus pode perdoar, apagar, remir, mas se Deus não existe, nossos erros são inexpiáveis.

Crer ou não crer é problema muito íntimo e pessoal e não cabe a ninguém entrar nessa seara. Respeitar a fé alheia é o que se espera de cada um de nós e naturalmente, na mesma medida, das autoridades constituídas. Uma das grandes vitórias da Revolução Francesa – e olha que não foram poucas as vitórias daquele movimento – foi o estabelecimento do laicismo como política de Estado.

Fugir de tema tão espinhoso como sendo problema espiritual das mulheres é que não dá... Francamente, aí entramos no terreno do desrespeito ao eleitor. O que precisava ser debatido, a sério e a fundo, a Saúde Pública e o Planejamento Familiar, ficaram soterrados sobre quem está certo, quem está errado.

Quer dizer, não foi tema debatido visando esclarecer o eleitor sobre quais os projetos deste ou daquele partido político; foi tema usado para agredir, xingar, caluniar, desrespeitar o outro. Uma vergonha.

Alguns hão de pensar: e daí? Falar nisso hoje, a menos de 48 horas do encontro com a urna? É. Pode ser que já esteja um pouco tarde, mas ainda tenho esperança que o eleitor pare e pense: o que é que eu quero para mim e os meus? Não precisa falar em voz alta. Pode pensar com os seus botões ou laçarotes: mas, por favor, pense bem.

Alguns analistas dizem, e eu creio nisso, que muitas pessoas ainda não estão com o voto definido, o que só será feito quase que diante da urna. Não sei se é coincidência, mas o fato é que conheço bastante eleitores nessa situação. Continua

Desde 2009, mais de 23 mil brasileiros ilegais foram presos na Europa

Via Estadão, há 456 dias sob censura
Por Jamil Chade
30.10.2010

GENEBRA - Os emigrantes brasileiros estão entre os mais afetados pelo endurecimento das leis contra estrangeiros na Europa. Desde o início de 2009, quando muitas das novas normas de imigração entraram em vigor, mais de 23,4 mil brasileiros foram presos na Europa por estar vivendo ilegalmente e sem autorização de trabalho. O número de brasileiros detidos só perde para o total de imigrantes irregulares na Europa de origem do Marrocos, Afeganistão e Albânia.

Essa é a primeira vez que a Europa torna público o número total de detenções de estrangeiros e a nacionalidade dos infratores. No total, 574 mil estrangeiros foram detidos em apenas 18 meses na Europa. Muitos foram deportados diretamente a seus países de origem, enquanto milhares de outros aguardam uma definição de seu destino em centros de detenções espalhados pelo continente.

Há um mês, a reportagem do Estado havia revelado que os brasileiros estavam entre os estrangeiros que são mais frequentemente barrados ao tentar entrar no Velho Continente. Se apenas o número de pessoas barradas nos aeroportos for calculado, os brasileiros aparecem na primeira colocação. Para os europeus, esses brasileiros não deram garantias de que voltariam ao país de origem e eram suspeitos de estar tentando entrar de forma irregular na Europa.

Agora, novos números da agência de fronteiras da União Europeia, a Frontex, indicam que, além daqueles que são pegos já ao desembarcar, o número de brasileiros irregulares vivendo pela Europa tem surpreendido as autoridades. A assessoria de imprensa da Frontex se recusa a divulgar os números relativos a 2008 ou 2007, alegando que são apenas para uso das polícias nacionais. Mas a entidade acredita que não haja um fluxo maior de brasileiros para a região nos últimos meses, inclusive porque a crise na Europa de fato fez milhões de desempregados, muitos deles sendo estrangeiros. Continua

O mundo se aflige, o Brasil esquece

Via Estadão, há 456 dias sob censura
Por Washington Novaes
30.10.2010

Não terá sido por falta de informações sobre a gravidade da situação dos recursos naturais no mundo que foram tão difíceis as negociações no Japão, desde a semana passada, no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica. Enquanto ali se sucediam os impasses, na Assembleia-Geral da ONU era apresentado um relatório sobre o direito à alimentação em que se afirma que a cada ano são perdidos no mundo 30 milhões de hectares cultivados, ou 300 mil quilômetros quadrados, área equivalente à da Itália, mais que o Estado de São Paulo - por causa de degradação ambiental e urbanização. "500 milhões de pequenos agricultores sofrem de fome porque seu direito à terra é atacado", diz o documento (France Presse, 22/10).


A redução da biodiversidade significa perdas anuais entre US$ 2 trilhões e US$ 4,5 trilhões, confirma o relatório Economia de Ecossistemas e Biodiversidade, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O relatório da Global Footprint Network diz que a sobrecarga já imposta aos recursos naturais pela atividade humana exigirá (ou exigiria) que em 2030 precisemos de mais um planeta como a Terra para mantermos os formatos e o ritmo. Em 40 anos se perderam 30% da biodiversidade global. E 71 países já enfrentam déficits na área dos recursos hídricos. Continua


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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cartas a Dilma e Serra pedem posicionamento sobre Belo Monte

Via Eco Debate
28.10.2010

Em documento enviado aos candidatos, o Movimento Xingu Vivo para Sempre lista os problemas do projeto e solicita que ambos explicitem seus planos e opiniões sobre hidrelétrica de Belo Monte

Nesta terça, 26 de outubro, o movimento Xingu Vivo para Sempre, coalizão de mais de 250 organizações e movimentos sociais que se opõem à construção de Belo Monte, enviou às candidaturas de Dilma Rousseff e José Serra uma carta solicitando que exponham seus projetos no tocante à polemica hidrelétrica [Veja vídeo].

A usina de Belo Monte tem sido um dos temas ambientais de maior destaque no segundo turno, e foi incluída pela candidata do PV, Marina Silva, entre as os pontos programáticos apresentados ao PT e ao PSDB. Apesar disso, os movimentos sociais e indígenas do Xingu consideraram esquivos os posicionamentos de Dilma e Serra, principalmente diante dos problemas e pendências sociais, ambientais e judiciárias que o cercam.


Leia a íntegra do documento:

Altamira, 26 de outubro de 2010

Car@ candidat@

Na corrida eleitoral deste ano de 2010, vimos como extremamente salutar os resultados das urnas no primeiro turno: o povo brasileiro quer discutir melhor os projetos de governo e o seu futuro nos próximos quatro anos, e está cobrando dos candidatos presidenciais que evidenciem seus posicionamentos referentes a várias questões.

Entre os temas que têm ocupado maior espaço no debate nacional, sem dúvida está a questão socioambiental. E, com destaque especial, o polêmico projeto de construção da mega-hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Estado do Pará.

O Movimento Xingu Vivo para Sempre reúne mais de 250 organizações da região de Altamira e do estado do Pará, representando milhares de agricultores, ribeirinhos, indígenas e moradores urbanos ameaçados pela hidrelétrica de Belo Monte. Também inclui entre seus membros alguns dos mais respeitados especialistas em energia e meio ambiente do país (acadêmicos, cientistas e ONGs que acompanham os planos para a construção de hidrelétricas no Xingu desde a década de 1980). Trata-se do fórum da sociedade civil que maior autoridade tem para falar dos riscos e impactos negativos que o empreendimento teria sobre o rio e seus moradores.

Imbuídos desta legitimidade, declaramos ser mentirosa a afirmação de que o projeto de Belo Monte foi amplamente discutido com a população brasileira e, em especial, com os povos do Xingu. Nenhum argumento contrário à obra, apresentado pelas lideranças sociais e indígenas e por especialistas acadêmicos, foi levado em conta pelo governo; audiências públicas ou foram ignoradas, como as de Brasília, ou, no Pará, foram uma farsa, contestada por Ação Civil Pública do Ministério Público Federal; previstas pela Constituição, as oitivas indígenas nunca foram realizadas, ferindo não apenas a Carta Magna, mas convenções internacionais, como a Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Continua

Estudantes protestam contra "Rodeio das Gordas"; Unesp instaura processo

Via FOLHA.com
28.10.2010

Estudantes do campus de Assis da Unesp (Universidade Estadual Paulista) realizam na tarde desta quinta-feira uma nova manifestação para cobrar da direção da instituição medidas contra os estudantes envolvidos no "Rodeio das Gordas", uma "competição" organizada por um grupo de alunos.

Cerca de cem alunos acompanham uma reunião da congregação universitária da instituição, que ocorre com as portas abertas. De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, no encontro a direção vai informar as providências que estão sendo tomadas no caso.

Por volta das 14h, cerca de 200 pessoas estavam no local. Mas, meia hora depois, aproximadamente cem pessoas acompanhavam a reunião. Alguns alunos carregavam cartazes; outros vestiam camisetas com a frase "contra a ditadura da beleza".

Em nota, divulgada hoje, a universidade afirmou que instaurou processo disciplinar, mas destacou que "não pode proceder por meio de atos sumários em casos de acusações contra docentes, servidores técnico-administativos e alunos". A Unesp afirmou ainda que "algumas manifestações isoladas passaram para o nível da ofensa à Direção da Faculdade, não só tumultuando o andamento das providências necessárias, mas também prejudicando ainda mais a imagem da Universidade." Continua

Grupo de trabalho da SBPC e ABC pede revisão do Código Florestal embasada na ciência

JC e-mail 4125, de 27 de Outubro de 2010.
Grupo de trabalho da SBPC e ABC pede revisão do Código Florestal embasada na ciência


Membros do GT reiteram em carta que "qualquer aperfeiçoamento no quadro normativo em questão deve ser conduzido à luz da ciência"

O grupo de trabalho formado pela SBPC e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) para analisar o Código Florestal vigente e seu substitutivo, atualmente em discussão no Congresso, deve concluir suas atividades até dezembro, com apresentação de relatório técnico.

Desde julho, quando foi criado o grupo, foram realizadas três reuniões para debater a questão.

Em carta assinada pelos presidentes da SBPC, Marco Antonio Raupp, e da ABC, Jacob Palis, os membros do grupo defendem que a revisão do Código Florestal deve "considerar o grande avanço tecnológico na capacidade de observação da superfície continental a partir do espaço e indicar as lacunas de conhecimento científico ainda existentes". Continua

Leia também:
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- Papa condena aborto e pede para bispos brasileiros orientarem politicamente fiéis
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vamos viajar pela Via Láctea?

Via ESO






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Unesp investiga denúncia de agressão a alunas em jogos estudantis

Via G1
27.10.2010

Estudantes teriam simulado rodeio com garotas obesas.
Processo disciplinar será aberto nesta semana, segundo universidade.


A diretoria da Faculdade de Ciências e Letras do campus de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai investigar um caso de agressão contra alunas que teria ocorrido em jogos estudantis. A decisão de abrir o processo disciplinar foi divulgada por meio de nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27).

Reportagem publicada no jornal “Folha de S.Paulo” desta quarta-feira afirma que um grupo de estudantes teria agredido alunas em um jogo batizado por eles como “rodeio das gordas”. Eles se aproximavam fazendo perguntas, como se fossem paquerá-las. Depois, agarravam as garotas, de preferência obesas, e tentavam ficar sobre elas o máximo de tempo possível, como se estivessem em um rodeio. Ao menos 50 estudantes teriam participado.

De acordo com a reportagem, os agressores usariam uma comunidade no Orkut para incentivar que os estudantes cronometrassem o tempo que mantinham a garota presa e para sugerir premiações para quem ficasse mais tempo sobre a menina. Há relatos de que os estudantes gritavam, dizendo "pula, gorda bandida".

As agressões teriam ocorrido em jogos universitários realizados em Araraquara (SP), entre 10 e 13 de outubro. Continua

Comentário básico:
Todos os limites sendo ultrapassados. Todos!
E ninguém fazendo absolutamente nada.
Até quando?

Adelidia Chiarelli




Leia também:
Imagens da comunidade do Orkut hostilizam gordinhas vítimas de “rodeio” universitário



Carta à candidata Dilma, por Ruth Rocha

Via blog do Noblat
27.10.2010


Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.

O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um “abrakadabra” na miserável história do mensalão . Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil “os outros também fazem...”. De lá pra cá foi um Deus nos acuda!

Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 o Brasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apóiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.

Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.

É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.

O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a lei de responsabilidade fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.

E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.

Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.

1) desprezo ao culto à personalidade;

2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então...

3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.

Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma.

SP, 25/10/2010

Ruth Rocha, escritora

O fim do otimismo verde

Via JC-email
27.10.2010


Ricos e pobres não se entendem mais uma vez. Agora, sobre a biodiversidade

Nagoia nunca foi tão parecida com Copenhague. A exemplo da Conferência sobre o Clima realizada na capital dinamarquesa em dezembro passado, a Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica segue paralisada pelo impasse entre países ricos e em desenvolvimento.

O segundo grupo, que reúne o Brasil e outros detentores dos ecossistemas de maior biodiversidade, quer auxílio financeiro para a preservação. Outra demanda é o repasse de verbas de empresas que exploram recursos genéticos tropicais, como os grandes laboratórios farmacêuticos. As nações ricas, no entanto, consideram o pedido o mesmo que assinar um cheque branco, e resistem a pagamentos.

Analistas internacionais acreditam que mais um fracasso nas negociações diplomáticas ligadas ao meio ambiente encerrará a era de otimismo verde inaugurada na Rio 92, quando o clima e a biodiversidade entraram na agenda mundial.

Os países em desenvolvimento iniciaram a semana recusando-se a assumir compromissos com as metas delineadas para 2020 - que cobrem, entre outros itens, a proteção de florestas, recifes de corais e espécies de água doce.

As nações ricas propuseram na terça-feira (26/10) o repasse de US$ 4 bilhões para as florestas tropicais. A iniciativa, no entanto, ainda será avaliada.

As florestas tropicais são o centro das atenções. São elas as responsáveis por sugar da atmosfera uma parte significativa do gás carbônico, o principal responsável pelo efeito estufa. Além de frearem as mudanças climáticas, estes ecossistemas são, também, o lar de numerosas espécies.

Somente na Amazônia, 1.222 novas espécies foram catalogadas nos últimos 12 anos - registrou-se, portanto, uma descoberta a cada três dias, segundo relatório recém-divulgado pelo WWF.

- Nossas florestas precisam de uma ação imediata - pediu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que chefia a delegação brasileira em Nagoia.

Os ministros das nações participantes da cúpula concentram seus esforços na criação de uma parceria voluntária envolvendo 70 países. Aqueles que preservarem suas florestas e revitalizarem áreas devastadas seriam recompensados.

De acordo com um estudo publicado esta semana pela "Science", quase um quinto de todas as espécies conhecidas de vertebrados são hoje classificadas como "ameaçadas" pela União Mundial para a Conservação da Natureza. No entanto, as perdas seriam 20% maiores se não houvesse iniciativas para proteger determinadas espécies.

(O Globo, 27/10)

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Argentina - Morte de Néstor Kirchner:
- Un día en el que el futuro cambió
- Miles de personas se concentran en la plaza de Mayo para despedir a Kirchner

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Criação Imperfeita: Cosmos, Vida e Código Oculto da Natureza - Marcelo Gleiser







AQUI!



Apequenados

Via blog do Noblat
Por Merval Pereira
27.10.2010

A campanha eleitoral chega à semana final com um acúmulo de desvios de conduta dos candidatos e do governo que é difícil não chegar à conclusão de que os seus principais personagens, especialmente o próprio presidente da República, se apequenaram no caminho, e o processo democrático brasileiro sofreu um retrocesso que os principais líderes políticos terão que se esforçar para superar.

A incontestável popularidade do presidente Lula por si só já seria um fator de desequilíbrio da disputa, o que é do jogo democrático. Se seu governo fosse impopular, seria um fator negativo para a coligação que o apoia.

Mas ele potencializou essa distorção usando e abusando do poder político e econômico que lhe confere o cargo, e da popularidade, para colocar a máquina governamental a serviço da eleição de sua candidata, o que prejudicou a disputa desde o primeiro momento.

O candidato do PSDB, José Serra, tentou o primeiro truque ainda na pré-campanha como governador de São Paulo, recusando-se a fazer oposição na suposição de que, explicitando sua boa relação com o presidente Lula, o eleitorado acreditaria que poderia continuar a votar nele, que liderava as pesquisas.

Quando viu que a transferência de votos de Lula para Dilma, que acreditava que não ocorreria, era um fator de desequilíbrio contra sua postulação, tentou, já na campanha, fingir-se de amigo de Lula colocando-o na sua propaganda televisiva.

O tiro saiu pela culatra, pois quem estava disposto a votar na oposição não gostou daquela proximidade, e o próprio Lula tratou de rejeitar a insinuação, deixando claro que sua candidata era Dilma.

Para contrabalançar a popularidade do presidente Lula, o candidato Serra, conhecido por sua maestria em controlar as finanças públicas e por ser um gestor eficiente, passou a prometer o céu e mais alguma coisa aos eleitores, na esperança de que não se sentissem inseguros com sua candidatura. Continua

Brasileiros que vivem em Portugal querem voltar para casa por causa da taxa de desemprego

Via Jornal da Record
25.10.2010







‘Temos medo de ir às festas da USP’, dizem gays vítimas de homofobia

Via G1
Por Kleber Tomaz
26.10.2010



Casal se abraça durante entrevista nesta terça
(Foto: Kleber Tomaz /G1)

Aluno de biologia e namorado, da arquitetura, foram agredidos em mansão.
Atlética da ECA divulga nota lamentando ocorrido em evento no Morumbi.


O casal gay que diz ter sido vítima de homofobia na festa universitária “Outubro ou Nada”, realizada por alunos da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP em uma mansão no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada de sábado (23), afirmou ao G1 que está com medo de participar de outras festas da universidade.

“Estamos com medo de ir às festas da USP agora”, afirmaram Henrique Andrade, de 21 anos, estudante de biologia da universidade, e seu namorado, um aluno da arquitetura da USP que prefere não ter o nome divulgado, em entrevista concedida ao G1 na tarde desta terça-feira (26). De mãos dadas, eles aceitaram ser fotografados, desde que não mostrassem o rosto. “Não queremos aparecer. Queremos que haja segurança para gays nas festas uspianas.”

No sábado passado, os namorados contam que foram à festa "Outubro ou Nada", num casarão no Morumbi. Lá, relataram, estavam sentados em um sofá, conversando e abraçados, quando foram surpreendidos por outros três jovens que os xingaram com palavrões homofóbicos e os agrediram com chutes e socos. “A segurança demorou para agir e retirar os agressores”, disse o namorado de Henrique. Continua

Salas de aula vazias no ensino médio



JC e-mail 4123, de 25 de Outubro de 2010.
Salas de aula vazias no ensino médio


Total de jovens de 15 a 17 anos longe da escola chega a 15%; emprego e desinteresse afastam os alunos

A descida das escadarias do Morro Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, é rápida. Pontualmente, o balconista Lenon Pereira, 19 anos, sai de casa às 11h40m, todos os dias, para trabalhar em uma padaria. Ele é um dos muitos jovens brasileiros que, para gerar renda ou por falta de interesse, trocaram a sala de aula do ensino médio por um emprego.

Enquanto 98% de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos estão na escola, 15% dos jovens de 15 a 17 anos desistiram de estudar. O abandono é refletido no número de matrículas da série final. Se comparado ao da série inicial, o total é 35,5% menor.

De acordo com o Censo Escolar, em 2007 ingressaram no ensino médio 3.440.048 estudantes. Já em 2009, foram efetuadas 2.218.830 matrículas na série final.

Quando não há reprovações, um aluno conclui o ensino médio em três anos - cursos profissionalizantes podem durar mais - e, pela previsão, as turmas de 2007 se formariam em 2009. Na Região Centro-Oeste, a diferença entre as matrículas é de 37% e no Sul chega a 38,53%. O Sudeste tem o menor percentual: 34,68%. Nordeste e Norte possuem índices iguais: 35,7%.

- O total de matrículas mostra o abandono do ensino médio na última década. A taxa de escolaridade dos jovens entre 15 e 17 é muito baixa. Isso já é sentido até no ensino superior, onde há vagas ociosas. Nas instituições particulares chega a superar 50%. O total só não é pior porque alunos de outras faixas etárias, mais velhos, têm ingressado. O ensino médio precisa ser repensado para manter os jovens estudando - diz o vice-presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), João Ferreira de Oliveira. Continua

Leia também:
- Banco de Notícias
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- Lula faz piada com ‘bolinhagate’ em cerimônia oficial

terça-feira, 26 de outubro de 2010

E por falar em corrupção...

Jornal Globo News
26.10.2010


Brasil é o 69º no ranking de países menos corruptos





A matéria também pode ser vista aqui.



Comentário básico:
Ki vergonha!!! Kiiii vergonha!!!!



Tsunami na Indonésia

Bom Dia Brasil
26.10.2010






Do mundo fechado ao universo infinito

Via Correio da UNESCO
2009 - number 7


© DR
Retrato de Galileu pintado

por Justus Sustermans (1636).

Pequena esfera no centro de outra esfera maior: assim era imaginada a terra e o universo na Grécia Antiga. Essa imagem de um mundo fechado foi desfeita graças a uma bugiganga que se pode encontrar à venda no mercado. Há 400 anos, Galileu observava o firmamento com uma luneta fabricada por ele próprio. Desde então, o mundo não seria mais o mesmo.

Em 1639 – quase 30 anos após sua descoberta, cujo 400º aniversário é celebrado em 2009 –, Galileu, com 68 anos, ficou cego do olho direito. Um ano mais tarde, já completamente cego e dominado pelo desespero, ele escreveu a Elias Donati, seu amigo mais fiel: “Ilustre senhor, Galileu, seu servidor e caríssimo amigo, por infortúnio, está agora irremediavelmente cego. Vossa Senhoria imagina sequer meu atual estado de abatimento ao pensar que o firmamento, o mundo e o universo – cujas dimensões, graças a minhas observações e demonstrações, foram aumentadas cem e mil vezes em relação ao que era conhecido ou tinha sido observado pelos cientistas dos séculos passados – ficaram reduzidos ao espaço ocupado por uma pessoa”.

Palavras de um homem desesperado a quem a cegueira, ao reduzi-lo unicamente à visão do espírito, concedera a possibilidade de “enxergar” a posição que ocupa, tanto em um instante, entre as coisas deste mundo, como para sempre, na história dos homens.
É como se a cegueira, ao privá-lo da vista, o capacitasse de adotar o ponto de vista da posteridade e de ver em si mesmo o homem por intermédio de quem a humanidade saiu do “mundo fechado” para se abrir ao “universo infinito”, de acordo com as expressões de Alexandre Koyré (1892-1964) [filósofo e historiador das ciências francês de origem russa]. Continua

(Ateus) A última minoria, artigo de Fábio Ulhoa Coelho

Via Eco Debate
26.10.2010

Quando Barack Obama, em janeiro de 2009, tomou posse como presidente dos Estados Unidos, a trajetória da luta pelos direitos da minoria registrou evento de simbolismo ímpar – um dos mais importantes cargos do mundo (se não o mais importante) era ocupado, a partir de então, por um negro.

Naquele momento acontecia algo absolutamente impensável há algumas décadas. E acontecia, pode-se dizer, com a naturalidade que devia mesmo caracterizá-lo. Ter-se dado pouca relevância à cor do novo presidente explica-se, exatamente, em razão dos avanços da luta pelos direitos das minorias. A falta de extraordinário destaque a essa particular circunstância revela o amadurecimento da sociedade norte-americana, cerca de meio século depois de deflagrado o movimento pelos direitos civis.

Sendo a assim chamada “raça” da pessoa em tudo irrelevante na avaliação da sua competência como chefe de Estado e de governo, não há mesmo nenhum motivo para dispensar a esse detalhe qualquer atenção desmedida.

A posse de Obama, no entanto, serve também a outra reflexão, igualmente importante para se compreender a trajetória da luta pelos direitos da minoria, para se perceber que, por mais eloquente que tenha sido, naquele momento, o resultado dessa luta, ela ainda não terminou. Há vários exemplos de representantes de outras minorias na chefia de governos e Estados em países democráticos. O gênero da pessoa, há tempos, não tem nenhuma importância na escolha de governantes e até mesmo a orientação sexual não é mais levada em conta em alguns lugares (na Alemanha, por exemplo).

O que demonstrou, na posse de Obama, que a luta pelos direitos da minoria ainda tem chão pela frente foi o acento dado à religião na cerimônia. Além do tradicional juramento com as mãos sobre a Bíblia, abriu-se a palavra à bênção de dois pastores. Sendo os EUA um Estado laico, a reverência dada à questão religiosa no transcorrer do ritual de transmissão da presidência liga-se a um aspecto importante da política: refiro-me ao preconceito contra uma minoria, os ateus.

Esse preconceito habita a política brasileira. É uma história de todos conhecida a tergiversação de Fernando Henrique Cardoso diante da pergunta do jornalista Boris Casoy, num debate entre os postulantes à Prefeitura de São Paulo em 1985, sobre se ele seria ateu. “Se não fosse, é óbvio que teria respondido, de modo direto e claro, à pergunta; se tergiversou, é ateu” – certamente foi isso que pensou algum eleitor. Nos anos seguintes, FHC visitou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida no dia da padroeira. Independentemente da crença, ou não, que nutre ou nutria, em Deus, ele tinha de mostrar ao eleitorado que professava uma religião. Continua

Apoio do BNDES a frigoríficos ajudou a desmatar Amazônia, afirma TCU

JC e-mail 4123, de 25 de Outubro de 2010.
Apoio do BNDES a frigoríficos ajudou a desmatar Amazônia, afirma TCU


Auditoria acredita faltou coordenação entre áreas

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) atribuiu a uma "falha" da Casa Civil o choque entre duas políticas públicas do governo Lula. Nos dois últimos anos, o BNDES investiu bilhões em frigoríficos, contribuindo para o avanço da pecuária na Amazônia, na contramão da política de combate ao desmatamento.

Entre 2008 e 2010, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social investiu cerca de R$ 10 bilhões em grandes frigoríficos, como JBS, Bertin (que se fundiram) e Marfrig. A compra de participação acionária dessas empresas pelo banco pretendia consolidar a posição do país como principal exportador mundial de proteína animal.

O "complexo carnes" deveria se tornar o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, segundo a Política de Desenvolvimento Produtivo do Ministério do Desenvolvimento. Na época, o governo já reconhecia a pecuária como o maior motivo do abate da Floresta Amazônica.

Faltou coordenação no governo para evitar trombadas entre as duas políticas, aponta o TCU. "Foram identificadas falhas na articulação e coordenação, a cargo da Casa Civil", entre os diferentes programas de governo.

A Casa Civil era comandada à época por Dilma Rousseff, que não é citada pelo TCU. A ministra era, formalmente, a coordenadora de todos os programas do governo espalhados pelos ministérios. O próprio presidente da República, tão logo começou a campanha eleitoral, apresentou-a ao eleitorado como sendo a segunda pessoa mais importante na estrutura de governança do país.

Questionada sobre a conclusão dos auditores, a Casa Civil argumentou que contribuiu para a redução do desmatamento na Amazônia. A taxa anual anunciada no fim de 2009 foi a mais baixa em 20 anos: 7,4 mil km2. "Isso não significa que estamos satisfeitos. Precisamos continuar melhorando e sempre há espaço para isso", disse a Casa Civil.

Na época do grande investimento em frigoríficos, relatórios oficiais mostravam que a pecuária dominava 80% das áreas desmatadas. Em 2006, a Amazônia concentrava a terça parte do rebanho nacional. Em 2007, o ritmo das motosserras voltara a crescer.

Com recursos do BNDES, os frigoríficos reforçaram o avanço da pecuária na Amazônia: todos têm estabelecimentos industriais na região. "Como consequência, verificou-se que frigoríficos beneficiados pelo BNDES adquiriram gado de fazendas envolvidas com desmate ilegal e trabalho escravo", relata auditoria aprovada pelo TCU.

A auditoria avaliou a suspeita de que empréstimos e investimentos do BNDES estimularam o desmatamento ilegal na região. Os investimentos do BNDES em frigoríficos desde 2005 somaram R$ 12,7 bilhões. O tribunal avaliou também créditos do Banco da Amazônia e do Banco do Brasil, num total de R$ 31 bilhões, que alcança parte do crédito rural concedido na década. Continua


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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Línguas em perigo: o pensamento ameaçado

Via Correio da UNESCO
Editorial
2009 - número 2



© John-Thor Dahlburg
Tevfik Esenç (1982): último falante da língua ubykh
 (Turquia), falecido em 1992.

Com a morte de Marie Smith Jones, no ano passado, a língua eyak do Alaska (EUA) foi extinta; com o falecimento de Tevfik Esenç, a língua ubykh da Turquia extinguiu-se em 1992; o mesmo ocorreu com o manês, da ilha de Man, quando Ned Maddrell faleceu, em 1974. Assim, no decorrer das últimas três gerações, verificou-se o desaparecimento de cerca de 200 línguas, de acordo com o novo "Atlas UNESCO das Línguas em Perigo no Mundo".

Este número do Correio, publicado por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna (21 de fevereiro), debruça-se sobre este fenômeno especialmente inquietante: com a extinção das línguas, desaparecem não só palavras, mas também saberes preciosos, como maneiras de se ver o mundo e de se comunicar, além de universos de pensamento.


A versão eletrônica do Atlas UNESCO das Línguas em Perigo no Mundo (3ª edição) apresenta dados atualizados a respeito de cerca de 2.500 línguas. Ele poderá ser completado, corrigido ou atualizado permanentemente, graças à colaboração de seus usuários.

Como se trata de uma ferramenta digital interativa, ele permite proceder a pesquisas segundo vários critérios. Além do registro "extinta" (a partir de 1950), o Atlas classifica as línguas ameaçadas de extinção segundo 4 níveis de vitalidade: vulnerável, sob ameaça, seriamente ameaçada e em situação crítica.

Alguns dados são particularmente preocupantes: entre as 6 mil línguas existentes no mundo, mais de 200 extinguiram-se no decorrer das últimas três gerações, 538 estão em situação crítica, 502 seriamente ameaçadas, 632 sob ameaça e 607 em estado vulnerável. Continua


Atlas Interactivo UNESCO de las Lenguas en Peligro en el Mundo


A escola, o emprego, a renda, a violência

Via Estadão
Por Washington Novaes
22.10.2010

O Brasil tem vivido embalado, nos últimos tempos, pelas animadoras notícias de redução da miséria, da pobreza e do desemprego, graças às políticas sociais e econômicas dos últimos governos. Produzem um choque, por isso, as informações do Ipea e do IBGE (Estado, 12/10) de que entre agosto de 2004 e agosto último a taxa de desemprego dos 20% mais pobres da população (renda per capita domiciliar abaixo de R$ 203,3 mensais) aumentou de 20,7% para 26,27%. No mesmo período, a desocupação dos 20% de renda maior (acima de R$ 812,3 mensais) caiu de 4,04% para 1,4% - ou seja, caiu 67,9%. E as causas são claras, segundo Márcio Pochmann, do Ipea: dificuldades relacionadas com baixa escolaridade, num momento em que "a competição é por trabalhadores qualificados".

Só 41,8% dos desempregados mais pobres frequentaram 11 anos ou mais de escola, enquanto 86,1% dos ricos têm esse nível mais alto de escolaridade. E para agravar tudo, 76,7% dos desempregados mais pobres são negros. Tudo faz parte do mesmo quadro: nos últimos seis anos o número total de desempregados nas regiões metropolitanas caiu de 2,42 milhões para 1,6 milhão, mas o número de desempregados de baixa renda aumentou de 652,1 mil para 667,7 mil. Os 20% mais pobres são 41,72% dos desempregados nas seis regiões, enquanto os 20% mais ricos somam apenas 5,19%.

O quadro fica ainda mais preocupante quando se lembra que o quadro do emprego tem matizes dramáticos também quando se observam as faixas de idade. A taxa de crescimento de empregos formais no País foi de 4,5% no ano passado; mas entre jovens de 18 a 24 anos foi de apenas 2,6%; e na faixa de 16 a 17 anos, somente 1,5% (Folha de S.Paulo, 6/8). Tudo isso agrava o quadro que mostra (Estado, 12/8) uma taxa de desemprego de 17% entre jovens, embora haja outras fontes que cheguem a indicar mais de 50% na faixa dos 15 aos 24 anos.

É inevitável a lembrança das estatísticas do IBGE sobre a violência no País, apontando que jovens de 15 a 24 anos respondem por um quarto das mortes anuais no Brasil (27 mil de 106 mil) por "causas eternas" (homicídios, suicídios, acidentes do trabalho). E os homicídios respondem por 67,5% desse total. São muitos os especialistas que têm relacionado o desemprego nessa faixa com a violência: que se poderia esperar de um jovem pobre desempregado e de instrução limitada? Que espere pacientemente na porta de casa que a renda chegue? Ou irá buscá-la no tráfico de drogas, no assalto e em outras violências, transformando-se também em vítima? Mais grave ainda será se o jovem for negro - seu risco de morte violenta é 130% mais alto. "O principal fator da violência entre jovens é a renda", diz o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz (Estado, 31/3). "A concentração da renda está intimamente ligada aos homicídios juvenis", diz ele. Continua


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domingo, 24 de outubro de 2010

Tudo tão lindo, tudo tão passageiro...













Expansão da cana-de-açúcar ameaça Cerrado, alertam pesquisadores


JC e-mail 4122, de 22 de Outubro de 2010.
Expansão da cana-de-açúcar ameaça Cerrado, alertam pesquisadores


Migração do cultivo e crescimento do número de usinas, especialmente em Goiás considerado o coração do cerrado, coloca em risco preservação da metade que resta do Bioma

No encerramento do 5º Fórum de Ciência e Tecnologia no Cerrado, realizado pela SBPC/GO em Anápolis (GO) de 18 a 21 de outubro, foram discutidas as formas como o processo de invasão do Cerrado pela produção de cana-de-açúcar vem interferindo na preservação da biodiversidade e na forma como a população vem sendo tratada.

Com cerca de metade da sua área já extinta, o Cerrado sofre atualmente com a proliferação de novas indústrias para o processamento da cana e plantações. A expansão sucroalcooleira, que começou efetivamente com o Pró-álcool (iniciativa do governo federal) em 1970, hoje já transforma a região sudoeste de Goiás na nova Ribeirão Preto (SP) - região que mais se desenvolveu no setor -, devido a sua alta produção.

Nesta primeira iniciativa, na década de 70, somente áreas próprias eram usadas para o plantio. Antes, o solo era restrito, mas agora, com avanços tecnológicos, é possível que indústrias e plantações cheguem a qualquer lugar. A estimativa é de que, se todos os projetos de construção de novas usinas forem aprovados, o número subirá de 36 para 74, e Goiás vai gerar cerca de 33% da produção nacional.

Segundo estudos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 64% das áreas próprias para a expansão da cana estão no Cerrado, o que equivale a cerca de 18 milhões de hectares, mais da metade de toda a área do Estado de Goiás. A tendência para 2018 é de que a agricultura avance sobre as pastagens e outras culturas de passando de 12 para 38% de ocupação. Continua


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sábado, 23 de outubro de 2010

Estaleiros a toque de caixa

Via O ECO
Por Celso Calheiros
15 Out 2010


Porto de Suape (PE)



A política da Petrobras de privilegiar a compra de navios feitos no Brasil aliada ao cenário de ampliação da demanda por embarcações para a exploração de petróleo geraram um efeito fomentador de estaleiros de grande porte sem precedentes no país. O tipo de empreendimento que nos tempos áureos se concentrava no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, agora aparecem em Suape (PE), Pontal de Coruripe (AL), Aracaju (SE), Maragojipe (BA) e Biguaçu (SC). Nessas cidades, a licença ambiental prévia vale a participação em licitações e isso provoca uma verdadeira corrida contra o tempo. Em jogo, a inversão de bilhões de reais em negócios que geraram milhões de dólares em embarcações. Nem sempre os preceitos legais (e ambientais) são rigidamente observados e é nessa hora que entra em ação o Ministério Público Federal.

Em Alagoas, no dia 28 de setembro, o procurador da República Bruno Baiocchi Vieira assinou uma ação civil pública contra o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Estaleiro Eisa pedindo a nulidade do processo de licenciamento do projeto que desapropriou praias e terrenos da União para construção do empreendimento. O procurador argumenta que a desapropriação não pode ocorrer por decreto do governador do estado, uma vez que a área é bem da União.

Como todos os governadores de estado estão interessados em apoiar investimentos que podem gerar milhares de empregos (e multiplicar a arrecadação de impostos), são comuns facilidades e pressa na emissão dos licenciamentos. Em Alagoas, o Ministério Público Federal reuniu documentação criticando o IMA por emitir um licenciamento ambiental sem que o estaleiro apresentasse mapa, croqui ou um esboço do projeto de construção. “O licencimaneto foi feito às cegas”, declarou Bruno Baiocchi Vieira na ação.

O diretor do Estaleiro Eisa em Alagoas, Max Welber, rebate todos os pontos da ação civil do Ministério Público Federal. “Não houve desapropriação de área da União e nós apresentamos todos os tipos de maquetes, estudos, gráficos, mapas, ilustrações eletrônicas necessárias para a obtenção da licença prévia. Eu não entendi a razão dos pedidos do Ministério Público Federal”, afirma.

A crítica da pressa sem detalhamento feita pelo representante do Ministério Público Federal em Alagoas é semelhante ao argumento utilizado em Pernambuco, contra um processo de desmatamento de 17 hectares de Mata Atlântica, 508 ha de manguezal e 166 ha de área de restinga para futura ampliação do Complexo Portuário de Suape. O promotor Salomão Abdu Aziz Ismail Filho, do Ministério Público de Pernambuco, pede na ação um Estudo de Impacto Ambiental e um Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) atualizado para, somente depois, realizar o desmatamento. Continua

As eleições e a expansão da universidade, Herman Jacobus Cornelis Voorwald


JC e-mail 4121, de 21 de Outubro de 2010.
As eleições e a expansão da universidade, Herman Jacobus Cornelis Voorwald


"Os dois candidatos deveriam considerar que o desafio de ampliar o acesso ao ensino superior não deve ofuscar o da geração de conhecimento"
Herman Jacobus Cornelis Voorwald é reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e professor titular da Faculdade de Engenharia do campus de Guaratinguetá. Artigo publicado na "Folha de SP":

A poucos dias de o Brasil eleger o futuro presidente da República, os candidatos que concorrem no segundo turno abordaram o tema da educação superior, limitando-o, porém, à inclusão social e à formação de recursos humanos qualificados para o mercado de trabalho.

Em face dos desafios do atual cenário global e da importância estratégica que projeta para a pesquisa científica, as duas candidaturas deveriam explicitar as propostas para a expansão da universidade, pois o desafio de ampliar o acesso ao ensino superior não deve ofuscar a necessidade de gerar conhecimento.

Ainda que a autonomia prevista na Constituição vigorasse de fato para todas as universidades públicas, competem ao governo políticas diretamente relacionadas a essas instituições, não só por meio de fomento, mas também para a expansão delas, muitas vezes sob a pressão quase que exclusiva para o aumento de vagas na graduação.

Não faltam dados para comprovar a estreita correlação entre o desenvolvimento econômico de um país e sua geração de conhecimentos. Muito antes do desempenho das nações que mais investiram em pesquisa nas últimas décadas, vários pensadores já haviam apontado a ciência como uma importante força produtiva. Continua


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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Guggenheim Museum in New York - YouTube - Top Vídeos






 


Aqui todos os selecionados !!!




Uso das águas do rio São Francisco na Paraíba: crônica de um insucesso anunciado, artigo de João Suassuna

Via Eco Debate
22.10.2010


“Quem tem água tem tudo!”….. Será?

No início do mês de outubro, fomos convidados para participar da III Semana de Geografia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus de Cajazeiras, proferindo uma conferência sobre a hidrologia do Nordeste seco, com enfoque na transposição do rio São Francisco. Na ocasião, com vistas a conhecermos e avaliarmos melhor o estágio em que se encontra o projeto da transposição na Paraíba, a UFCG nos possibilitou uma visita ao canteiro de obras, localizado no município de São José de Piranhas, distando cerca de 32 km de Cajazeiras.
Nessa visita, fomos acompanhados por representantes do sindicato dos trabalhadores rurais de São José de Piranhas, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), e de professores da referida universidade. Nas obras, pudemos verificar o ritmo acelerado em que se encontram, o que nos motivou a refletir sobre as consequências que serão impostas ao ambiente natural do Semiárido paraibano, quando da chegada das águas do São Francisco naquela região.
Inicialmente, procuramos manter contatos com alguns produtores rurais da localidade Curral das Onças, por onde passará o canal do Eixo Norte do projeto, para ouvir deles suas expectativas quanto à chegada das águas nas suas propriedades. O que pudemos constatar foi a existência de unanimidade na expressão “quem tem água tem tudo”. Em nossa opinião, não é bem assim que as questões hídricas devam ser encaradas naquela região, principalmente sendo ela detentora de ambiente natural de notável singularidade no tocante à sua vegetação do tipo caatinga, a sua geologia cristalina e um clima diferenciado, com irregularidade nas chuvas, temperaturas elevadas e evaporação exacerbada. Temos que questionar, sim, esse tipo de assertiva, principalmente partindo de pessoas que não possuem os mínimos conhecimentos técnicos necessários à condução de práticas irrigacionistas, dentro de parâmetros técnicos adequados, notadamente em uma região de geologia e clima extremamente complexos como os ali existentes.
Do jeito que essas questões estão sendo postas pelos agricultores, parece-nos existir uma enorme desinformação, não só sobre o percurso que as águas irão realizar até a chegada na referida localidade, mas, e principalmente, sobre as conseqüências que uma irrigação mal conduzida será capaz de trazer ao ambiente natural da região. No nosso modo de entender, diante das características ambientais e da falta do conhecimento técnico necessário à condução dos sistemas produtivos, isso irá acarretar um enorme fracasso, quando as águas do Velho Chico começarem a chegar àquela localidade e, posteriormente, serem utilizadas na irrigação. Continua

CANÇÃO DO MAR

Para todos os portugueses que visitam este blog (Valeu, meus queridos!),
e para os amantes da boa música!




Dulce Pontes





Exclusão social intrauterina

Via Ciência Hoje


Alguns fatores que prejudicam a inclusão dos indivíduos na sociedade podem ter início ainda no útero materno. Pesquisa brasileira mostrou em ratos que o estresse e a deficiência nutricional da mãe podem causar problemas físicos e psicológicos na vida futura dos fetos. Para falar sobre o estudo, o Estúdio CH recebe a bióloga Patrícia Aline Boer, da Unesp.
Segundo Boer, pesquisadora do Departamento de Morfologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, passar por situações de estresse durante a gestação pode levar ao surgimento de alterações na formação de órgãos e sistemas do feto – entre eles, o sistema nervoso central, os rins e os vasos sanguíneos – que permanecem até a vida adulta. Continua

Entidades criticam exame do MEC para professores

JC e-mail 4121, de 21 de Outubro de 2010.
Entidades criticam exame do MEC para professores


Para elas, exame não foi discutido e coloca em risco modelo de formação de professores
Entidades acadêmicas do país se organizam para impedir que o governo federal prossiga com a implantação do Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, avaliação de conhecimentos, competências e habilidades instituída pelo Ministério da Educação (MEC) em maio deste ano.

Previsto para entrar em vigor ano que vem, o exame servirá como referência para estados e municípios contratarem professores da educação infantil e dos ciclos iniciais do ensino fundamental. O novo método de seleção pode ser comparado ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que o candidato fará a prova e poderá usar a nota para ingressar em qualquer uma das redes de ensino que aderirem ao programa.

Em debate sobre o assunto, durante a 33ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), realizada em Caxambu, Minas Gerais, educadores acusaram o ministério de elaborar a nova política sem discutir com as entidades representativas e especialistas da área educacional.

De acordo com as críticas, a proposta de exame nacional coloca em risco o atual modelo de formação de professores, tanto no magistério como nos cursos de pedagogia das universidades, além de atender a interesses comerciais de grupos privados nacionais e internacionais que atuam no setor de testes de avaliação. Continua

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

La galaxia más lejana y antigua está a 13.000 millones de años luz

Via El País
Por MALEN RUIZ DE ELVIRA
20.10.2010



Telescopios en Chile se remontan a cuando el Universo solo tenía 600 millones de años



Simulación de galaxias durante la era de reionización en el Universo joven.- ESO/M. ALVAREZ/ R. KAEHLER /T. ABEL



AQUI!



Abrace esta causa

Via blog do Noblat
21.10.2010


Campanha contra o abuso e a exploração sexual no Brasil







Site da campanha



Água para 123 milhões de brasileiros depende da Mata Atlântica

Via Eco Debate
21.10.2010

Um dos conjuntos de ecossistemas mais ameaçados do mundo, bioma apresenta alto índice de destruição, inferior apenas ao das florestas quase extintas da Ilha de Madagascar. Mas ainda é uma das regiões do mundo mais ricas em diversidade biológica.

A Mata Atlântica apresenta hoje a área de vegetação nativa brasileira mais devastada do País. Reduzida a apenas 27% de sua cobertura original, ainda é uma das regiões do mundo mais ricas em diversidade biológica, embora dados apresentados pela SOS Mata Atlântica assegurem que apenas 7,26% de seus remanescentes permanecem bem conservados.

Sua manutenção e preservação deixou de ser uma prioridade restrita aos ambientalistas. Agora, depende do envolvimento de todos os setores produtivos, econômicos e sociais do Brasil, uma vez que em seus limites vivem 123 milhões de pessoas – 67% de toda a população brasileira.

Esse número expressivo de habitantes necessita da preservação dos remanescentes de vegetação nativa, dos quais depende o fluxo de mananciais de águas que abastecem pequenas e grandes cidades.

As áreas de cobertura vegetal nativa que ainda restam prestam serviços ambientais importantes, como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C.

Segundo um estudo da entidade WWF, mais de 30% das 105 maiores cidades do mundo dependem de unidades de conservação para garantir seu abastecimento de água. As matas ciliares, nome dado ao conjunto de vegetação localizada às margens dos cursos de água, foram avaliadas como comprometidas na Mata Atlântica. São fundamentais para a proteção e preservação da diversidade da flora e fauna, pois além de evitar o agravamento de secas e o aumento das enchentes, também funcionam como corredores para que animais e sementes possam transitar entre as áreas protegidas e garantir a alimentação e variabilidade genética das mais diferentes espécies.

As áreas bem conservadas e grandes o suficiente para garantir a biodiversidade e manutenção da Mata Atlântica a longo prazo não chegam a 8% de sua cobertura vegetal original. A região continua a sofrer sérias ameaças, que podem se agravar caso o Código Florestal brasileiro sofra alterações que não garantam a utilização responsável e sustentável de seus recursos naturais.

Além de reduzidos, os remanescentes estão fragmentados e se distribuem de maneira não uniforme ao longo do território, fator que compromete a perpetuidade de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.

Hotspot – Especialistas estimam que a Mata Atlântica, considerada um hotspot (área prioritária para conservação, com alta biodiversidade e endemismo e ameaçada no mais alto grau) possua mais de 20.000 espécies de plantas, aproximadamente 35% de toda a flora existente no País. Continua

Fraudes generalizadas ameaçam ascensão econômica chinesa

Via G1
Por Andrew Jacobs
Do New York Times
20.10.2010

O talento de Zhang Wuben como vendedor é inquestionável. Através de programas de televisão, DVDs e um livro best-seller, ele convenceu milhões de pessoas de que berinjela crua e feijão verde em grande quantidade podem curar lúpus, diabetes, depressão ou câncer.

Na China, os pacientes com doenças graves pagam US$ 450 por uma consulta de 10 minutos e recebem uma receita. Mas com Zhang isto não é possível, pois ele é um dos profissionais mais populares da tradicional medicina chinesa e sua agenda está lotada até 2012.

No entanto, quando o preço do feijão verde disparou nesta primavera, os jornalistas chineses começaram a ir mais fundo. Eles descobriram que, ao contrário do que dizia, Zhang, 47, não pertence a uma família de médicos (o pai era tecelão). Ele tampouco se formou pela Universidade de Medicina de Pequim (sua única educação formal foi o curso por correspondência feito depois que ele perdeu o emprego em uma indústria têxtil).

A revelação das credenciais falsas de Zhang provocou discussões sobre as práticas desonestas que permeiam a sociedade chinesa, criticadas por estudiosos e por seus próprios cidadãos.
Tais práticas incluem trapaças de alunos nos vestibulares, intelectuais que promovem pesquisas falsas ou plagiadas e indústrias de laticínios que vendem leite envenenado para crianças.

As últimas revelações são ainda mais chocantes. Após um acidente de avião, que matou 42 pessoas no nordeste da China em agosto, foi descoberto que 100 pilotos da companhia áerea haviam falsificado seus históricos de vôo. Em seguida, houve o escândalo de Tang Jun, o milionário ex-chefe da Microsoft na China e uma espécie de herói nacional, que falsamente afirmou possuir doutorado do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Continua


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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Oceanos subiriam sete metros, apenas com derretimento do gelo da Groenlândia

Fantástico
17.10.2010







Satélites mostram com precisão a área queimada no Parque das Emas

Via Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
18.10.2010


Os satélites de observação da Terra usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) captaram imagens nítidas da destruição ocorrida em agosto no Parque das Emas, na fronteira entre Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A área incendiada fica evidente nos mapas analisados, graças ao longo período de estiagem registrado este ano.

Durante três dias, as queimadas consumiram 130.515 hectares da reserva, segundo levantamento feito por pesquisadores e especialistas em foto-interpretação de florestas e cerrados do Projeto Panamazônia II desenvolvido na Divisão de Sensoriamento Remoto.

A região do Parque das Emas, assim como grande parte da Amazônia, ficou livre de nuvens entre maio e setembro de 2010, permitindo que o sensor Modis, a bordo da Plataforma Terra, da Nasa, colecionasse boas imagens da Terra.

Um mês após as queimadas no Parque das Emas, novas imagens captadas pelo sensor Modis mostraram o início da regeneração da vegetação na reserva.

“O resultado desta análise nos mostra, com segurança, que temos tecnologia para mapear áreas de queimadas em bioma Cerrado. A metodologia está pronta para ser utilizada pelos ministérios vinculados às questões ambientais do país”, afirma Paulo Roberto Martini, do INPE.

A regeneração observada no Parque das Emas ainda no mês de setembro mostra que as outras áreas queimadas no mesmo período dentro do Bioma Cerrado devem seguir o mesmo padrão. A chegada das chuvas de novembro irá acelerar o processo de regeneração sendo possível que para dezembro as assinaturas das áreas queimadas no cerrado estejam apagadas, mas seus danos ambientais certamente permanecem.











Dez anos para salvar a natureza

JC e-mail 4119, de 19 de Outubro de 2010.
Dez anos para salvar a natureza


Ritmo de extinção é mil vezes maior que natural. Prejuízo é de US$ 5 trilhões anuais
Espécies são extintas num ritmo mil vezes maior do que o natural, minando a estabilidade de ecossistemas ao redor do planeta, causando prejuízos avaliados em até US$ 5 trilhões anuais e ameaçando nossa própria existência. O alerta dramático foi ouvido na segunda-feira (18/10) por representantes de 193 países na abertura da 10ª Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), um dos encontros ambientais mais importantes do ano, em Nagoia, no Japão.

Até o próximo dia 29, eles tentarão chegar a um acordo sobre um plano estratégico para interromper, num período de dez anos, a destruição das bases da natureza que sustentam a vida do homem. Para isso terão que superar uma série de divergências entre os países em desenvolvimento e as nações mais ricas do mundo.

O problema é que não há mais tempo para um novo fracasso, como o que ocorreu no ano passado, na conferência da ONU sobre mudanças climáticas.

- Estamos atingindo o ponto limite, depois do qual não teremos mais como reverter a perda da biodiversidade - discursou o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryu Matsumoto, que preside a conferência e tem o desafio de mostrar que seu país, muito criticado pelos ambientalistas, pode liderar a discussão.

- Se não dermos passos decisivos agora, cruzaremos este ponto em dez anos. Vamos adotar ações combinadas, como uma comunidade internacional, acertando metas ambiciosas e realistas - pediu.

Quinze mil pessoas participam do encontro em Nagoia, fazendo da COP-10 a convenção de biodiversidade mais disputada dos últimos anos, com a presença de governos, empresas e sociedade civil. Mesmo assim, é evidente que o tema não desperta a mesma atenção que o aquecimento global, assunto que domina a agenda ambiental internacional, embora um esteja ligado ao outro - as duas convenções nasceram juntas, na Rio 92. Continua

Leia também:
- Banco de Notícias
- Dilma Roussef no Jornal Nacional (18.10.2010)
- José Serra no Jornal Nacional (19.10.2010)
- CARTA ABERTA DE MARINA A DILMA E SERRA

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Soterrados do Chile 33 x 31 mortos no sul de SC, artigo de Tadeu Santos

Via Eco Debate
19.10.2010


Tanto lá como aqui a desgraça e o pânico nas minas subterrâneas são constantes, porém aqui os mineiros morreram, todos! Uma tragédia anunciada! E a sinistra contabilidade de mortos continua por serem pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconióticos ou por acidentes diários.

Não tem como não se sensibilizar com o drama dos mineiros chilenos presos embaixo da terra no deserto de Atacama e dos seus familiares. Deve ser uma angústia horrível para ambos, pois um erro pode sepultá-los para sempre. Mais de dois mil jornalistas e cinegrafistas do mundo inteiro estavam lá para registrar o momento da salvação. As redes de TV exageram na dramatização para obter o máximo de ibope, apelando para exploração do sentimento humano. Voltamos a destacar que o espírito de solidariedade num caso destes ultrapassa fronteiras, afinal é a primeira experiência deste tipo na história da mineração e superestimada com a globalização das comunicações. Minuciosos detalhes são sistematicamente divulgados, como o mecanismo utilizado para o salvamento e o nome dos mineiros que sairão primeiro e por último. Certamente dará roteiro para uma produção bem ao estilo hollywoodiano!

Quando terminei de escrever este texto o último mineiro ainda não tinha sido resgatado. Hoje, dia 15 de Novembro, vejo a mídia divulgando o outro lado da história. Mineiros revoltados com a mineradora quanto à questão de segurança e baixos salários pelo alto risco que correm e o alto lucro que proporcionam a empresa. Tomara que este drama vivido pelos mineiros no Chile desperte a atenção do mundo para com esta desgraçada profissão gerada pela ganância do lucro em proporções exageradas.

A “fúria” da mídia nacional e mundial na exploração do drama do mineiros deveria estar voltada aos aspectos preventivos de todas as formas de exploração dos recursos naturais. Estas informações e esclarecimentos funcionariam como educação ambiental, reduzindo os impactos ambientais, prejuízos econômicos e salvando milhares de possíveis vítimas.

Se a última coisa que o ser humano faz é baixar sete palmos imagine quase 700 metros de profundidade em condições insalubres e inseguras para enriquecer o dono da mina. Uma injustiça e ingratidão oficializada pelo estado para manter uma economia perversa e exploratória.

Em 10/09/1984, 31 mineiros brasileiros morreram na explosão da mina Santana em Urussanga, no Sul de Santa Catarina. A trágica história foi descrita pelo jornalista Vitor Minas com o titulo ‘’Reportagem de morte anunciada: a tragédia dos mineiros do carvão’’ Entrevista com sobreviventes foi exibida na edição do Fantástico de 10/10/2010. Ao final da matéria o Engenheiro de Mina declarou que as atuais minas são seguras, porém não comentou que oito mineiros morreram nos dois últimos anos só nas minas da região carbonífera de Criciúma. Pode não ser um fato chocante e midiático quanto ao episódio dos chilenos, mas foi para as famílias que perderam seus mineiros. O seria a desgraça dos outros mais atrativa? Continua

Para especialista em desigualdade, a chamada nova classe média é “fetiche do número”

Via Agência Brasil
Por Gilberto Costa
16.10.2010

Brasília – O próximo presidente da República governará um país que nos últimos anos assistiu à ascensão econômica de 30 milhões de pessoas. O feito tem sido registrado por pesquisas que avaliam que o Brasil tem agora uma “nova classe média”, segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Neri.

A visão, no entanto, não é unânime. Para a economista Sônia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), falar em nova classe média não é adequado porque o termo vai além do poder aquisitivo e também se refere a formas de comportamento. “Você pode dizer que as pessoas estão ganhando, estão subindo para uma classe de consumo mais elevada. renda e consumo, né? Falar em classe média envolve valores de educação, conhecimento, conservadorismo político. Mistura uma série de características que definitivamente não é o caso”, disse.

O pesquisador e professor titular de sociologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Jessé Souza, que está lançando o livro Os Batalhadores Brasileiros, concorda com a economista e aponta que “o que se chama de nova classe média é uma espécie de nova classe trabalhadora, sem direitos e que trabalha de dez a 14 horas por dia - o que a permite consumir bens duráveis com grande esforço”, afirmou.

Para o pesquisador, esse segmento da população tem pouco volume de “capital cultural” (escolaridade e acesso a bens culturais) - “bem menor do que a classe média verdadeira”. Segundo o conceito, o “capital cultural” é incorporado desde o berço, permite melhor formação profissional e a ocupação dos melhores postos no mercado de trabalho.

Na opinião de Jessé Souza, há “muita celebração” sobre o suposto ingresso de brasileiros na classe média, isso, no entanto, é baseado no que classifica como “fetiche [fantasia] do número”. Para o professor, há “pouco cuidado científico e certa cegueira em relação ao continuado sofrimento e abandono que ainda marca o cotidiano de porção considerável da população brasileira”. Continua