quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Segurança alimentar: hoje e amanhã

Via O Eco
Por Carlos Gabaglia Penna
27.09.2010

Questões como segurança alimentar e de que forma iremos dar de comer a cerca de nove bilhões de seres humanos em meados deste século encontram-se no centro dos debates sobre o futuro do planeta e o da nossa espécie. A produção de alimentos e as razões da fome renitente são temas mais complexos do que podem parecer à primeira vista. As duas principais dúvidas que afligem os interessados do assunto são as seguintes:

1) A produção mundial de comida é suficiente para alimentar a população global?

Atualmente sim. A Revolução Verde permitiu, desde a década de cinquenta, um aumento excepcional na produção agrícola, impulsionada por novas tecnologias, o que superou o também impressionante crescimento da população humana. Com o auxílio da eficiência crescente da pesca oceânica comercial – que está devastando os mares – e da expansão da pecuária (notadamente de animais confinados), praticamente o mundo todo come uma quantidade maior de alimentos per capita do que fazia há 50 anos.

Em que pese o aumento demográfico, todos os continentes conheceram, entre 1961 e 2003, um aumento da quantidade média de calorias ingeridas diariamente por seus habitantes, incluindo a África ao sul do Saara. Nesse continente, o progresso foi de apenas 6,1% contra a média de 38,8% do conjunto de países em desenvolvimento (dados da FAO). O mundo, como um todo, passou a ter à sua disposição praticamente 25% a mais de energia alimentar per capita nesse período. Claro, essa média esconde as disparidades (3.739 kcal/pessoa-dia na América do Norte versus 2.272 kcal/pessoa-dia na África, p. ex.). Mas, o fato é que em todos os continentes, as pessoas passaram a comer mais desde o início dos anos 1960.

O número relativo de pessoas subnutridas no planeta está em queda, embora em ritmo que se mostrou, nos últimos anos, insuficiente para reduzir o total dos famintos em valor absoluto. No início da década de setenta, 920 milhões tinham fome crônica, ou quase 25% da população global. Em 2003-2005, essa porcentagem havia declinado até 13%, equivalente a um pouco menos de 840 milhões de indivíduos (FAO). Dados deste ano indicam que os subnutridos, algo complexo de definir, somariam 925 milhões (World Food Programme), mas ainda abaixo de 14% da população mundial. Continua

Encontradas cartas perdidas de descobridores da estrutura do DNA

Via Estadão, há 426 dias sob censura
Por Carlos Orsi
29.09.2010



Trecho de carta manuscrita de Crick a Brenner, de 1955
Cold Spring Harbor Laboratory Library & Archives
Correspondência entre Watson, Crick e Wilkins ajuda a entender melhor a histórica descoberta da dúpla hélice

A revista Nature desta semana apresenta a descoberta de nove caixas de documentos, dados como perdidos há décadas, de Francis Crick, um dos descobridores da estrutura do DNA. Parte do acervo contém rascunhos e manuscritos de cartas tensas trocadas por Crick e seu parceiro de pesquisas, James Watson, com o líder de um grupo rival de cientistas, Maurice Wilkins, nas semanas que antecederam o histórico anúncio da dupla hélice. Crick e Wilkins morreram em 2004.

De acordo com Alexander Gann e Jan Witkowski, que anunciam a descoberta, os papéis de Crick estavam misturados aos de Sydney Brenner, ganhador do Nobel de Medicina de 2002 e com quem Crick dividiu um escritório de 1956 a 1977. Brenner doou seu acervo à Biblioteca do Laboratório de Cold Spring Harbor, nos Estados Unidos, onde Gann e Witkowski trabalham.

A estrutura da molécula de DNA - a dupla hélice - foi apresentada ao mundo em 1953, numa série de três artigos publicados na Nature por pesquisadores de dois laboratórios rivais: Francis Crick e James Watson, do Laboratório Cavendish, da Universidade Cambridge, e Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, do King's College de Londres.Em 1962, Crick, Watson e Wilkins dividiram um Prêmio Nobel pela descoberta. Rosalind havia morrido de câncer em 1958. Continua

Primeiros 4 anos do fundamental ditam aproveitamento no superior

Via Estadão, há 426 dias sob censura
Por Mariana Mandelli
29.09.2010

As quatro primeiras séries do ensino fundamental são as mais decisivas para que os estudantes do ensino superior de um Estado demonstrem melhor aproveitamento. Segundo pesquisa realizada pelo Insper (ex-Ibmec-SP), por apresentar maior potencial de melhorias, é o primeiro ciclo que deve merecer mais atenção por parte dos gestores ou do governo.

A pesquisa tem o objetivo de mostrar em que níveis da educação básica nos quais mais esforços devem ser concentrados para que a eficiência das instituições de ensino seja melhorada. A ideia foi medir o impacto que o ensino básico tem no superior, por região do País.

A Região Sul foi a que obteve o melhor resultado - portanto, é a que apresenta as instituições de ensino mais eficientes na relação entre o desempenho do ensino básico e a qualidade do ensino superior: 97,2% de aproveitamento. A Região Nordeste é a pior, com 64,9%.

A Região Sudeste obteve 87,3%; a Centro-Oeste, 75,3%; e a Norte, 65,6%. A pesquisa considerou como premissa os alunos terem cursado o ensino básico e o superior no mesmo Estado.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores fizeram cálculos estatísticos com dados das 27 unidades federativas. Foram utilizados dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - que mede o fluxo escolar e apresenta médias de desempenho dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio - e um produto representado pela média do Índice-Geral de Cursos da Instituição (IGC), o indicador de qualidade das instituições de ensino superior do Ministério da Educação. Continua

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ameaça global

Via Agência Fapesp
29.09.2010


Uma em cada cinco espécies de plantas
no mundo está sob o risco de extinção,
 de acordo com nova Lista Vermelha
elaborada por instituições internacionais
(foto: RBG Kew)

As plantas são tão ameaçadas pelo risco de extinção como os mamíferos, de acordo com uma análise global realizada por instituições europeias. O estudo revelou que uma em cada cinco espécies de plantas no mundo corre risco de extinção.

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, com os resultados da análise realizada pelo Royal Botanic Gardens de Kew e pelo Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), foi divulgada nesta terça-feira (28/9), na capital inglesa.

O estudo, considerado uma das principais bases para a conservação, revelou a verdadeira extensão da ameaça às plantas do mundo, estimadas em cerca de 380 mil espécies.

Cientistas das três instituições realizaram avaliações a partir de uma amostra representativa de plantas de todo o mundo, em resposta ao Ano Internacional da Biodiversidade das Nações Unidas e às Metas de Biodiversidade – 2010.

Os resultados anunciados deverão ser considerados na Cúpula da Biodiversidade das Nações Unidas, que reunirá governos em meados de outubro em Nagoia, no Japão, com o objetivo de estabelecer novas metas.

O trabalho teve apoio principalmente na ampla base de informações botânicas do Herbário, Biblioteca, Arte e Arquivos de Kew – que inclui cerca de 8 milhões de espécimes preservadas de plantas e fungos –, nos 6 milhões de espécimes do herbário do Museu de História Natural, em dados digitais de outras fontes e nas bases de informação da rede de parceiros dos Royal Botanic Gardens em todo o mundo.

“O estudo confirma o que já suspeitávamos: as plantas estão sob ameaça e a principal causa é a degradação induzida por humanos em seus habitats”, disse Stephen Hopper, diretor dos Royal Botanic Gardens de Kew.

“Pela primeira vez temos um retrato global claro do risco de extinção das plantas mais conhecidas no mundo. Esse relatório mostra as ameaças mais urgentes e indica as regiões mais ameaçadas”, afirmou.

Segundo Hopper, existem questões cruciais para serem respondidas, como qual a velocidade e a causa da perda de espécies e o que pode ser feito com relação a isso.

“Para responder a essas questões, precisamos estabelecer uma base a partir da qual possamos medir as transformações. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção faz exatamente isso, avaliando uma ampla amostra de espécies vegetais que são coletivamente representativas de todas as plantas do mundo”, disse.

O cientista acrescentou que as Metas de Biodiversidade para 2020, que serão discutidas em Nagoia, são ambiciosas. Mas um aumento de escala nos esforços se faz necessário em um momento de perda pronunciada da biodiversidade. “As plantas são o fundamento da biodiversidade e sua relevância para as incertezas climáticas, econômicas e políticas tem sido negligenciada por muito tempo”, afirmou.

“Não podemos ficar de braços cruzados olhando as espécies vegetais desaparecer – as plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. A vida de todo animal e ave depende delas, assim como a nossa. Obter as ferramentas e o conhecimento necessários para reverter a perda de biodiversidade é agora mais importante que nunca. A Lista Vermelha dá essa ferramenta aos cientistas e conservacionistas”, destacou.

Alguns dos dados revelados pelo estudo:

•Cerca de um terço das espécies (33%) da amostra é conhecida em grau insuficiente para permitir uma avaliação de conservação. Isso demonstra a escala da tarefa de conservação que será enfrentada por botânicos e cientistas – muitas plantas são tão pouco conhecidas que não é possível saber se estão ou não em perigo.
•De quase 4 mil espécies que foram cuidadosamente avaliadas, mais de um quinto (22%) foi classificado como ameaçado.
•Plantas são mais ameaçadas que aves, tão ameaçadas como mamíferos e menos ameaçadas que anfíbios e corais.
•Gimnospermas – o grupo vegetal que inclui as coníferas – são o grupo mais ameaçado.
•O habitat mais ameaçado são as florestas tropicais, como a Amazônia.
•A maior parte das plantas ameaçadas é encontrada nos trópicos.
•O processo mais ameaçador é a perda de habitat induzida pelo homem, em especial a conversão de habitats naturais para uso da agricultura.

Mais informações:
www.kew.org/plants-at-risk

Nós, obsoletos

Via blog do Noblat
Por Luiz Fernando Verissimo
26.09.2010

Nenhuma notícia me animou tanto, nos últimos tempos, quanto a da volta do disco de vinil.

O vinil tinha sido declarado morto, definitivamente acabado, com a chegada do CD. Continuava à venda em nichos obscuros das lojas de disco, apenas para colecionadores de antiguidades e outros tipos esquisitos.

Mas aconteceu o seguinte: descobriram que as gravações em vinil eram superiores, em matéria de fidelidade sonora, às gravações digitais. Algo a ver com a reprodução dos harmônicos, não me peça detalhes.

E mais: concluíram que a desvantagem mais evidente do vinil em comparação com o CD, o ruído de superfície, o chiado da agulha no sulco, na verdade é uma vantagem, faz parte do seu charme.

As pessoas não sabiam bem o que estava faltando no CD e de repente se deram conta: faltava o chiado. Faltavam o poc da sujeira no disco e o crec-crec do arranhão.

Dizem que já se chegou ao cúmulo de acrescentar um chiado em gravações em CD, para simular o ruído de uma agulha lavrando um sulco inexistente. Não sei.

O que interessa a nós, obsoletos, no resgate do vinil é a perspectiva que ele nos traz do desagravo. Eu já tinha me resignado à obsolescência.

Como o disco de vinil, existia apenas como objeto de curiosidade e comiseração: sem telefone celular, sem nada nos bolsos que me informe instantaneamente as cotações na bolsa de Tóquio, a temperatura em Moscou e a raiz quadrada de 117 enquanto toca uma música e me faz uma massagem, sem nenhum outro uso para meu laptop além de escrever estes textos, mandar e receber e-mails e, vá lá, colar do Google, um homem, enfim, com saudade das pequenas cerimônias humanas do passado, como a de levar um rolinho de filme para ser revelado na loja.

E agora surge esse exemplo de regeneração para a nossa espécie, a dos relegados pela técnica. Ainda voltaremos ao convívio dos nossos contemporâneos sem precisar esconder que não temos tuiter.

Os discos de vinil saíram do seu nicho e hoje ocupam espaços respeitáveis, em contraste com os CDs, que perdem espaço. Também podemos sair do pequeno espaço da nossa resistência e proclamar que os anúncios do nosso fim foram prematuros e ainda temos alguma utilidade.

É só nos explicarem algumas coisas. O que quer dizer a tecla "Num Lock" no computador, por exemplo?

fonte

Clássicos da Coleção Brasiliana ganham versão digital de livre acesso

JC e-mail 4105, de 28 de Setembro de 2010.
Clássicos da Coleção Brasiliana ganham versão digital de livre acesso


Portal oferece acesso gratuito a obras consideradas fundamentais para entender o Brasil
Pouco depois da Revolução de 1930, que levou ao poder o presidente Getúlio Vargas e deu fim ao revezamento político entre as oligarquias rurais da República Velha, a intelectualidade brasileira passou a contar com um valioso acervo para compreender melhor o país: a Coleção Brasiliana.

A vasta coleção de 415 obras foi publicada entre 1931 e 1993 pela Editora Companhia Nacional, dentro de uma série mais ampla, intitulada Biblioteca Pedagógica Brasileira. Ela reunia autores de diversas formações, que se debruçaram sobre a formação brasileira - entre eles, Rui Barbosa, Visconde de Taunay e João Pandiá Calógeras. Agora, os clássicos que foram referência para várias gerações estão de volta, mas dessa vez no mundo virtual.

Aos poucos, eles estão ganhando versões digitalizadas - e o melhor - de acesso gratuito aos internautas, graças a uma iniciativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com o objetivo de facilitar o acesso de estudantes e pesquisadores a esse rico material, o portal Brasiliana Eletrônica já disponibiliza, até o momento, 85 obras digitalizadas, em www.brasiliana.com.br

"Digitalizar esses livros de difícil acesso é fundamental para resgatar esses autores e colocá-los à disposição do público e da comunidade acadêmica, já que a versão impressa só está disponível em algumas bibliotecas públicas", ressalta o editor chefe do portal, o historiador Israel Beloch.

No portal, todas as obras são apresentadas em duas versões: o fac-símile das edições originais no formato e-paper - que oferece ao leitor o prazer de visualizar página por página do texto, com a grafia da época preservada - e o texto correspondente aos originais, mas atualizado de acordo com os padrões estabelecidos pela nova reforma ortográfica. Este oferece como vantagem, em relação aos antigos impressos, a facilidade dos recursos computacionais de edição. Continua


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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Morre Cecília Magaldi

Do site da Faculdade de Medicina de Botucatu:


Morre a professora emérita da FMB, Cecília Magaldi, fundadora do CSE


Faleceu na madrugada desta terça-feira, 28 de setembro, a professora emérita da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Dra. Cecília Magaldi (foto ao lado). A médica infectologista foi uma das fundadoras do Centro de Saúde Escola (CSE), em 1972, e estava doente há alguns meses. Seu velório foi realizado no Complexo Funerário Orlando Panhozzi, em Botucatu e o sepultamento seria realizado em São Paulo.

Nascida na Capital, professora Cecília curso medicina na USP (Universidade de São Paulo), onde formou-se em 1951. Iniciou sua carreira universitária na 1ª Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e na Clínica de Doenças Tropicais Infecciosas.

Com sua tese sobre leptospirose, internacionalmente reconhecida, recebeu o título de Doutora em Medicina, em 1962. Cursou Pós-Graduação na então Faculdade de Higiêne e Saúde Pública da USP e, no mesmo ano, convidada, assumiu o cargo de professora.

Regente de Medicina Preventiva, Social e Saúde Pública da então Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), ela implantou o Departamento e suas disciplinas. Em 1975, tornou-se professora livre-docente em epidemiologia.

Além de defender a autonomia universitária e a ampliação da assistência médico-sanitária, instalou e coordenou a Unidade Sanitária do Lageado – a primeira fora dos muros da FCMBB, que possibilitou o treinamento dos estudantes de medicina nas áreas de Saúde Pública, Clínica Médica, Moléstias Infecciosas e Pediatria. Realizou, também, o primeiro inquérito domiciliar sobre as condições de saúde em Botucatu, com participação dos alunos da graduação em Medicina.

Professora Cecília foi secretária Municipal de Saúde de Botucatu por duas gestões sucessivas, cargo no qual assinou importantes convênios. Na década de 1980, implantou a rede básica de saúde em Botucatu, com a instalação de oito novas unidades, dando assim os primeiros passos para a municipalização da Saúde.


***

Quando estagiária no Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, tive o privilégio de conviver com a professora Cecília Magaldi. Para mim ela sempre foi um exemplo. Um exemplo de seriedade, honradez, dignidade. Uma profissional rara. Uma mulher rara.

Descanse em paz, Cecília.

Adelidia Chiarelli


Pesca de arrasto de profundidade








Por favor, divulgue!



Irã condena Sakineh à forca por homicídio

Via Estadão, há 424 dias sob censura
28.09.2010

Sentença de apedrejamento por adultério foi suspensa, mas Justiça diz que iraniana será executada por participar da morte do marido

EFE e AP - O Estado de S.Paulo
TEERÃ

A Justiça do Irã anunciou ontem que Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério e de colaborar no assassinato de seu marido, será enforcada por homicídio. Grupos de direitos humanos alegam que a acusação de assassinato foi uma jogada política para amenizar as críticas internacionais, uma vez que países como os EUA também preveem a pena capital para homicidas, e garantir a execução.

Em declarações divulgadas pela agência de notícias Mehr e reproduzidas pela agência EFE, o procurador-geral iraniano, Mohseni Ejei, explicou que, "segundo a decisão do tribunal, Sakineh foi acusada de assassinato e condenada por esse delito", sem mencionar a data da execução. "A questão não deve ser politizada. O Poder Judiciário não pode se deixar influenciar pela campanha empreendida no Ocidente." Continua

A nova arca de Noé


JC e-mail 4104, de 27 de Setembro de 2010.
A nova arca de Noé


Com a ajuda de diversas instituições, Embrapa armazena o código genético e exemplares de animais, plantas e micro-organismos encontrados no Brasil. Objetivo é preservar informações sobre a biodiversidade do país e garantir o futuro das pesquisas

Conta a Bíblia que, para salvar todas as espécies animais do dilúvio universal, Noé colocou exemplares de cada uma delas em uma imensa arca. Preservou assim a natureza, garantindo a continuidade da diversidade animal na Terra.

Em pleno século 21, cientistas brasileiros agem como Noés contemporâneos, armazenando informações sobre plantas, animais e micro-organismos em uma modernas arcas, denominadas bancos genéticos. Neles, o Brasil guarda informações preciosas que podem garantir o desenvolvimento de pesquisas em prol da sustentabilidade da agricultura.

Tudo ocorre por meio da Plataforma Nacional de Recursos Genéticos, projeto desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com o auxílio de diversas instituições nacionais, como universidades e centros de pesquisa.

Dividido em três redes - animal, vegetal e microbiana - o projeto mantém animais vivos em criadouros, coleta o material genético de diversas espécies, guarda milhares de sementes congeladas e tem bancos até para bactérias e vírus. "A ideia é conservar a diversidade genética e garantir uma alimentação farta e saudável para as futuras gerações", explica Arthur Mariante, gestor da Plataforma Nacional e da Rede Animal. Continua

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Selvagens" no museu

Via Revista Fapesp
Por Neldson Marcolin
Edição Impressa 175 - Setembro 2010


capa da revista com desenho de índia Botocudo.
© museu nacional 
Há 128 anos, grupos de índios eram expostos na Exposição antropológica brasileira

O dia 29 de julho de 1882 prometia ser diferente na cidade do Rio de Janeiro. O feriado e os fogos de artifício anunciavam o aniversário de 36 anos da princesa Isabel e convidavam para um evento raro na cidade. Naquele dia o Museu Nacional abriu a Exposição antropológica brasileira com a presença das principais personalidades da sociedade carioca e de toda a Corte. Além da princesa, o imperador dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina visitaram a exposição, amplamente coberta pela imprensa. Também participaram da cerimônia de inauguração alguns índios Botocudo – de Goiás e do Espírito Santo – e Xerente – de Minas Gerais. A diferença é que os indígenas foram trazidos para serem expostos, e não para visitá-la.

O evento de 1882 foi um dos acontecimentos científicos mais importantes do final do século XIX no Brasil. Mostras semelhantes às do Rio estavam em voga em outros países da América Latina, Europa e nos Estados Unidos. O desejo de popularizar a ciência, as polêmicas sobre a teoria da evolução proposta por Charles Darwin, o anseio de conhecer o passado do Brasil e o fascínio provocado pelos índios motivaram o diretor do Museu Nacional, Ladislau Netto, a organizar a exposição. As coleções foram dispostas em oito salas que ganharam nomes em homenagem a figuras da história e da ciência: Vaz de Caminha, Léry, Rodrigues Ferreira, Hartt, Lund, Martius, Gabriel Soares e Anchieta. Continua

O preconceito contra as mulheres está nos detalhes

Via Contemporânea
Por Carla Rodrigues

Nada me cansa ou me irrita mais do que os discursos reacionários que alegam que as mulheres já conquistaram tudo que queriam ou precisavam. Essa retórica em geral é dirigida contra “as feministas” e se baseia em afirmações sobre a “completa emancipação” das mulheres, que hoje já podem “fazer tudo que um homem faz”. O meu problema é: sim, podemos trabalhar como homens, mas não nos livramos da maneira como os homens e as instâncias de poder desqualificam as mulheres. Essa coluna é um apanhado de situações cotidianas em que isso acontece. Se você, leitora, tem outras experiências de discriminação, use a caixa de comentários para enviá-las.

1 – Duas mulheres sozinhas em um restaurante bacana. O garçom atende mal, não dá atenção à mesa, baseado em algumas suposições preconceituosas:

a) mulher gasta pouco, mesa boa de atender é a que tem homem;
b) fala muito, se eu atender bem não vão embora;

Em geral, o garçom também não oferece a carta de vinho, baseado na suposição de que as mulheres só bebem vinho quando o homem escolhe (porque ele sabe escolher) e porque ele vai pagar a conta. Resultado: em restaurante bom, mulher ainda é praticamente invisível. Em restaurante médio, mulher sozinha é totalmente invisível.

Tudo que se passa na cena de um restaurante tem a ver com a mais antiga das suposições, a de que lugar de mulher é em casa. Continua

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domingo, 26 de setembro de 2010

Preguntas para una nueva educación

Via Congreso Iberoamericano de Educación
Por William Ospina
Buenos Aires, Argentina
Septiembre, 2010

“¿Dónde está la vida que hemos perdido en vivir?
 ¿Dónde la sabiduría que hemos perdido en conocimiento?
¿Dónde el conocimiento que hemos perdido en información?
Veinte siglos de historia humana nos alejan de Dios
 y nos aproximan al polvo”. T. S. Eliot 


Cada cierto tiempo circula por las redacciones de los diarios una noticia según la cual muchos jóvenes ingleses no creen que Winston Churchill haya existido, y muchos jóvenes norteamericanos piensan que Beethoven es simplemente el nombre de un perro o Miguel Angel el de un virus informático. Hace poco tuve una larga conversación con un joven de veinte años que no sabía que los humanos habían llegado a la luna, y creyó que yo lo estaba engañando con esa noticia.

Estos hechos llaman la atención por sí mismos, pero sobre todo por la circunstancia de que pensamos que nunca en la historia hubo una humanidad mejor informada. En nuestro tiempo recibimos día y noche altas y sofisticadas dosis de información y de conocimiento: ver la televisión es asistir a una suerte de aula luminosa donde se nos trasmiten sin cesar toda suerte de datos sobre historia y geografía, ciencias naturales y tradiciones culturales; continuamente se nos enseña, se nos adiestra y se nos divierte; nunca fue, se dice, tan entretenido aprender, tan detallada la información, tan cuidadosa la explicación. Pero ¿será que ocurre con la sociedad de la información lo que decía Estanislao Zuleta de la sociedad industrial, que la caracteriza la mayor racionalidad en el detalle y la mayor irracionalidad en el conjunto?

Podemos saberlo todo de cómo se construyó la presa de las tres gargantas en China, de cómo se hace el acero que sostiene los rascacielos de Chicago, de cómo fue el proceso de la Revolución Industrial, de cómo fue el combate de Rommel y Patton por las dunas de África. ¿Por qué a veces sentimos también que no ha habido una época tan frívola y tan ignorante como ésta, que nunca han estado las muchedumbres tan pasivamente sujetas a las manipulaciones de la información, que pocas veces hemos sabido menos del mundo?

Nada es más omnipresente que la información, pero hay que decir que los medios tejen cotidianamente sobre el mundo algo que tendríamos que llamar “la telaraña de lo infausto”. El periodismo está hecho sobre todo para contarnos lo malo que ocurre, de manera que si un hombre sale de su casa, recorre la ciudad, cumple todos sus deberes, y vuelve apaciblemente a los suyos al atardecer, eso no producirá ninguna noticia. El cubrimiento periodístico suele tender, sobre el planeta, la red fosforescente de las desdichas, y lo que menos se cuenta es lo que sale bien. Nada tendrá tanta publicidad como el crimen, tanta difusión como lo accidental, nada será más imperceptible que lo normal. En otros tiempos, la humanidad no contaba con el millón de ojos de mosca de los medios zumbando desvelados sobre las cosas, y es posible que ninguna época de la historia haya vivido tan asfixiada como esta por la acumulación de evidencias atroces sobre la condición humana. Ahora todo quiere ser espectáculo, la arquitectura quiere ser espectáculo, la caridad quiere ser espectáculo, la intimidad quiere ser espectáculo, y una parte inquietante de ese espectáculo es la caravana de las desgracias planetarias.

Nuestro tiempo es paradójico y apasionante, y de él podemos decir lo que Oscar Wilde decía de ciertos doctores: “lo saben todo pero es lo único que saben”. El periodismo no nos ha vuelto informados sino noveleros; la propia dinámica de su labor ha hecho que las cosas sólo nos interesen por su novedad: si no ocurrieron ayer sino anteayer ya no tienen la misma importancia. Continua



Valeu, Lucia Maria!


Grupo invade Bienal de SP, ataca e picha obra

Via Estadão, há 422 dias sob censura
Por Camila Molina e Márcio Pinho
25.09.2010

Nuno Ramos s se disse chocado com vandalismo em sua obra ‘Bandeira Branca’; casal de suspeitos foi detido pela PM e o evento reabre hoje

SÃO PAULO -  Não bastassem as obras polêmicas, um tumulto marcou neste sábado, 25, a abertura da 29.ª Bienal, no Parque do Ibirapuera, e provocou seu fechamento pouco antes do horário previsto. Por volta das 18h20, um grupo de 30 pichadores invadiu a instalação Bandeira Branca, de Nuno Ramos, e pichou a frase "liberte os urubu (sic)". Houve confronto entre os seguranças e os manifestantes.    

Um rapaz cortou com estilete a rede que protegia o trabalho do artista e com spray branco escreveu a inscrição em uma das grandes esculturas negras da instalação. A inscrição faz menção direta às três aves que compõem a obra.

O ocorrido causou tumulto no pavilhão, com cenas de agressão protagonizadas tanto pelo corpo de seguranças da mostra quanto de pessoas que estavam no local. A polícia chegou e em meio a protestos, gritos e apitos, levou um casal preso para o 36.º DP. De lá, os dois suspeitos de pichar a instalação iriam para o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, no centro da cidade.  Continua

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sábado, 25 de setembro de 2010

"Na Ciência Confiamos"

Via Revista da Fapesp
Edição Online - 22/09/2010



Sondagem da Nature e Scientific American feita em 18 países, Brasil inclusive, indica que as pessoas acreditam na ciência e nos cientistas

Uma tomada de opinião feita pela internet com mais de 21 mil leitores de 18 países, inclusive o Brasil, das revistas Nature e das edições americana e internacionais da Scientific American indica que a credibilidade da ciência e dos cientistas é alta. Feita sem qualquer metodologia científica, como ressaltam seus próprios autores, a enquete divulgada hoje (22/09) mostra que os leitores acreditam mais na palavra dos cientistas do que na de qualquer outro grupo de pessoas.

Numa escala de confiança que variava de zero a cinco, os cientistas receberam a nota média de 3,98, praticamente 4. Em segundo lugar, empatados com a nota 3.09, vieram os grupos de amigos/familiares e as entidades não-governamentais. A seguir apareceram, por ordem decrescente de credibilidade, os grupos de defesa dos cidadãos (2.69), os jornalistas (2.57), as empresas (1.78), os políticos eleitos (1.76) e as autoridades religiosas (1.55). Para realçar a boa avaliação feita do trabalho dos cientistas, a Scientific American usou o título “In Science We Trust“ ("Na Ciência Confiamos") em sua reportagem sobre a enquete.

A confiança dos leitores no que os cientistas dizem oscila significativamente de acordo com o tema em questão. Evolução foi o assunto em que a palavra dos pesquisadores recebeu a melhor avaliação no quesito confiabilidade. Obteve a nota 4.3, novamente numa escala que variava de zero a cinco. Também mereceram notas elevadas as opiniões dos cientistas sobre os seguintes temas: energias renováveis (4.08), origem do universo (4) e células-tronco (3.97). Os assuntos em que os leitores menos confiam nos cientistas foram: pandemia de gripe aviária (3.19), drogas para depressão (3.21) e pesticidas (3.33). Continua

imagem: © reprodução

Supercomputador simula como seria o Sistema Solar visto de longe

Via Estadão, há 421 dias sob censura
24.09.2010

Falha na poeira do cinturão de Kuiper denunciaria o planeta Netuno para um observador alienígena



Simulação de como um ET veria
a poeira do Sistema Solar atual, em luz infravermelha
(NASA/Goddard/Marc Kuchner e Christopher Stark)


Novas simulações de supercomputador rastreando interações de milhares de grãos de poeira mostram como o Sistema Solar pode parecer para um astrônomo alienígena em busca de planetas. Os modelos também oferecem um vislumbre de como essa visão pode ter mudado à medida que o Sistema Solar amadureceu.

"Os planetas podem ser muito tênues para serem vistos diretamente, mas alienígenas que estudassem o Sistema Solar poderiam descobrir facilmente a presença de Netuno, já que sua gravidade abre um vão na poeira", disse, em nota distribuída pela Nasa, o astrofísico Marc Kuchner, que encabeçou o estudo. "Esperamos que nosso modelo ajude a encontrar planetas do tamanho de Netuno em volta de outras estrelas".

A origem da poeira é o cinturão de Kuiper, uma área além de Netuno onde milhões de corpos congelados - incluindo Plutão - orbitam o Sol.

Cientistas acreditam que a região é uma versão mais velha e reduzida dos discos de detritos que atualmente são observados em órbita de estrelas como Vega e Fomalhaut.

"Nossas simulações também permitem ver como a poeira do cinturão de Kuiper era quando o Sistema Solar era muito jovem", disse Christopher Stark, que foi colega de Kuchner na Nasa. Continua

Lógica da aprendizagem ainda é distante da realidade das crianças, diz representante da Unesco

JC e-mail 4103, de 24 de Setembro de 2010.
Lógica da aprendizagem ainda é distante da realidade das crianças, diz representante da Unesco


Para Vincent Defourny, modelo de educação que atenda às atuais necessidades do país ainda está em construção

Mais de mil educadores reuniram-se em Fortaleza (CE) para discutir o atual modelo de educação e pensar em novas formas de ensinar crianças e jovens. O debate é inspirado na obra do filósofo e sociólogo francês Edgar Morin, que falou na terça-feira (21) para uma plateia entusiasmada.

Morin defende que é preciso mudar a forma de ensinar para que seja possível enfrentar os atuais desafios do mundo. Ele critica a fragmentação do conhecimento em disciplinas e a falta de conexão do aprendizado com a realidade.

Esse conceito também é compartilhado pela Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que promoveu o evento em Fortaleza em parceria com a Universidade Estadual do Ceará (Uece).

O representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, aponta que todo o mundo está pensando na reforma dos sistemas de ensino, mas que a tarefa é mais fácil em locais como o Brasil, onde o modelo de educação que atenda às atuais necessidades do país ainda está em construção.

Em entrevista à Agência Brasil, Defourny afirma que é preciso buscar uma escola que reflita a realidade dessa geração:

- A obra de Edgar Morin indica que é necessário transformar o ensino para que crianças e jovens possam enfrentar os atuais desafios do mundo. Como isso se aplica de forma prática na escola?

Para que o pensamento de Morin seja realidade é preciso um conjunto de coisas. É necessária uma transformação profunda na forma de ensinar, na forma de trabalhar na escola, na interação com a comunidade. E como se faz isso exatamente? É importante motivar os educadores a imaginar coisas a partir dos sete saberes de Morin, aprender a lidar com a criatividade, com as incertezas, com as conexões múltiplas do ensino com o mundo. Acho que dá para fazer muitas coisas já no marco da grade curricular e nas atividades extraclasse. Mas colocar o pensamento de Morin em prática, ao pé da letra, é uma revolução.

- Morin critica a fragmentação excessiva do conhecimento e defende que o ensino deve fazer a conexão entre as várias disciplinas para que o aprendizado faça mais sentido. Como transformar isso, já que no Brasil temos um currículo bastante fragmentado? Continua

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Vou-me embora pro passado

Por Jessier Quirino


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Valeu, Stella!



Governo para obra que destruía caverna com o maior lago do Brasil

Via Folha.com
Por Claudio Angelo, de Brasília
23.09.2010

O governo paralisou a pavimentação de uma estrada na Bahia que atropelou a caverna onde está o maior lago subterrâneo do Brasil. A decisão ocorreu após a Folha ter noticiado, no domingo, que a BR-135, uma obra do PAC, estava destruindo o chamado Buraco do Inferno e outras cavernas do município de São Desidério, sudoeste baiano.

Estrada atropela maior lago subterrâneo do Brasil, na Bahia

A denúncia foi feita por um espeleólogo (especialista em cavernas) e motivou uma vistoria do Instituto Chico Mendes ao local. Os técnicos do instituto presenciaram a queda de blocos de rocha do teto da caverna --um deles do tamanho de uma geladeira.

"Todas as confirmações são de que os impactos são causados pelas obras da BR", disse o chefe do Cecav (Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas) do Instituto Chico Mendes, Jocy Cruz.

Segundo Cruz, os impactos estão ocorrendo no trecho da estrada que teve licença de instalação concedida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) neste ano. Continua

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Rota da poluição

Via O Eco
22.09.2010

A NASA, agência espacial americana, divulgou um mapa da qualidade do ar no planeta em agosto. As manchas mais fortes em vermelho mostram as mais altas concentrações de aerossois na atmosfera, medidos pelo sensor Modis, no satélite Terra. Os aerossois são partículas sólidas presentes no ar, que podem vir na fumaça das queimadas, e do transporte de areia e poeira pelos ventos. Dependendo do formato e do tamanho das partículas em suspensão, elas podem ajudar na formação de nuvens de chuva ou inibi-las.



As emissões oriundas de queimadas na região amazônica e o transporte da fumaça para o sul do continente americano foram os maiores responsáveis para os índices ruins de qualidade do ar. Segundo a NASA, a América do Sul, junto com a Rússia, apresentaram as maiores concentrações do planeta no período analisado. Veja uma foto tirada pela NASA do corredor de fumaça formado na América do Sul.





Não deixe de ler:
A trajetória da fumaça


Ensino de graduação, o lado oculto da Lua, artigo de Wanderley Messias da Costa


JC e-mail 4101, de 22 de Setembro de 2010.
Ensino de graduação, o lado oculto da Lua, artigo de Wanderley Messias da Costa


"O maior dos flagelos da educação, a evasão escolar, continua a fazer incontáveis vítimas"

Wanderley Messias da Costa é professor titular do departamento de geografia da USP, autor de cinco livros, é um dos idealizadores do Centro de Biotecnologia da Amazônia. Artigo publicado em "O Estado de SP":

O Brasil tem atualmente cerca de 5 milhões de estudantes matriculados no ensino de graduação (presencial), o que equivale a 24% dos jovens de 18 a 24 anos do país. A meta do governo federal é de 30% para 2012, mas recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que no ritmo atual só seria alcançada em 2020. Desse contingente, 75% estão em instituições privadas e 25% nas públicas.

O país tem despendido grande esforço na expansão do sistema como um todo, o que é atestado pelo aumento das vagas à taxa média anual de 6% entre 2002 e 2008. Há outros aspectos positivos, como os incentivos no vestibular aos estudantes egressos da escola pública, a tendência à diversificação (as matrículas em educação tecnológica e em educação a distância têm evoluído em ritmo acelerado) e o movimento de interiorização do ensino superior.

Mas há acidentes de percurso que são riscos inerentes a todo processo de crescimento acelerado e pouco planejado. O mais sério é o fato de quase 50% dos 3 milhões de vagas oferecidas em 2008 não terem sido preenchidas. Continua

A terra está secando e cresce a luta pela água nos Andes

Via EcoDebate
23.09.2010

Mudança climática. O Peru é o país que mais sofre com o aquecimento global no mundo. O Equador não fica atrás. Sobe a temperatura, as geleiras estão derretendo, mas há repentinas quedas de temperatura. Ameaça plantações e estilos de vida milenares.

A reportagem é de Silvina Heguy e está publicada no jornal argentino Clarín, 20-09-2010. A tradução é do Cepat.

Gumercinda Catunta faz tempo que anda com a intenção de “semear e colher chuva”. Mas quando vai pedir ajuda às autoridades de Pampamarca obtém sempre a mesma resposta: não há recursos.

Gumercinda repete seu pedido na praça do povo da província de Cuzco, no Peru. Ela tem 41 anos, três filhos e está parada sob o monumento que recorda que estas terras são as de Tupac Amaru e de sua companheira, Micaela Bastidas.

São as terras que fazem parte do país que mais sofre os efeitos da mudança climática no mundo e onde nem a ajuda do Estado nem dos países responsáveis pelo aquecimento global chega.

A mais de 3.800 metros acima do nível do mar, a falta de água, a retração das geleiras, as temporadas de estiagem, as repentinas quedas de temperatura, as épocas de chuvas cada vez mais curtas e intensas, os frios cada vez mais frios e o calor cada vez maior são as manifestações mais concretas da mudança climática, essas variações do tempo atribuídas direta ou indiretamente à atividade humana.

Gumercinda fala enquanto uma banda de música se faz ouvir dentro da municipalidade deste povoado situado a cerca de duas horas do centro turístico de Machu Picchu e anuncia a saída de um casal de recém-casados seguidos por um enxame de parentes e amigos e uma nuvem de papel picado, a única nuvem que se vê a milhares de quilômetros.

A mudança climática ameaça a vida da maneira como foi vivida durante anos na região de Cuzco.

“Antes sabíamos quando semear porque começavam as chuvas. Antes havia três mananciais de onde tirávamos a água para regar. Eles já não existem mais, mas há novas pragas e as batatinhas estragam”, enumera Roberto Lazo, um dos moradores que participa de um projeto que envolve 6.500 famílias com a finalidade de buscarem formas de adaptação à mudança climática. A Associação Ararina está encarregada de transmitir 24 técnicas não poluentes orientadas a melhorar a produtividade do solo, o manejo da água e sua conservação.

“Há três anos que as temperaturas são tão frias que nossos filhos adoecem de coisas nunca vistas. Além de sofrer de desnutrição, morrem de pneumonia”, conta Gumercinda. Continua

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bienal diz que vai retirar obra com fotos de Serra e Dilma

Do G1, São Paulo
22.09.2010

Peça do argentino Roberto Jacoby contém apologia à candidata do PT. Para Procuradoria Regional Eleitoral, exibição em local público pode ser crime.



A obra 'El alma nunca piensa sin imagen'', do artista plástico argentino
Roberto Jacoby, que será retirada da 29ª Bienal de São Paulo (Foto: Divulgação)


A 29ª Bienal de São Paulo informou na tarde desta quarta-feira (22), através de sua assessoria de imprensa, que vai retirar a obra "El alma nunca piensa sin imagen" ("A alma nunca pensa sem imagem", em português) da mostra.

A peça do argentino Roberto Jacoby inclui um palanque com microfone, vídeos e stencils que fazem apologia à campanha da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. O texto do catálogo da exposição, no entanto, diz que a obra de Jacoby consiste em "uma campanha política hipotética a ser difundida na Bienal".

De acordo com a assessoria da Bienal, a determinação para a retirada da obra partiu do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O órgão, por sua vez, informou ao G1 que a iniciativa foi tomada pela própria Bienal com base numa recomendação da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP).

Procurada pela reportagem, a PRE-SP revelou que fez um alerta à Fundação Bienal de que a exibição da peça pode caracterizar crime eleitoral com base no artigo 37 da lei 9504/97, que proíbe a "veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados" em bens públicos — a exposição acontecerá no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, local que se enquadraria na classificação.

A Bienal deve enviar um comunicado oficial com detalhes sobre a decisão e a retirada da obra até o final desta tarde.

página fonte

Atualização - 23.09.2010:
Bienal de São Paulo cobre com papel retratos de Serra e Dilma

Grupo lança manifesto pela democracia

Via Estadão, há 418 dias sob censura
22.09.2010

Num momento em que o governo do presidente Lula se dedica a investidas quase diárias contra a liberdade de informação e de expressão e critica a imprensa por divulgar notícias sobre irregularidades na Casa Civil, um grupo de personalidades de diferentes setores - entre eles juristas, intelectuais e artistas - decidiu lançar um "Manifesto em Defesa da Democracia", cuja meta é "brecar a marcha para o autoritarismo".

O ato público será realizado hoje, ao meio dia, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo.

Entre seus signatários estão o jurista Hélio Bicudo, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso, os cientistas políticos Leôncio Martins Rodrigues, José Arthur Gianotti, José Álvaro Moisés e Lourdes Sola,o poeta Ferreira Gullar, d. Paulo Evaristo Arns, os historiadores Marco Antonio Villa e Bóris Fausto, o embaixador Celso Lafer, os atores Carlos Vereza e Mauro Mendonça e a atriz Rosamaria Murtinho.

"Em uma democracia, nenhum dos poderes é soberano", diz o manifesto em sua abertura. Nos seus 14 parágrafos, ele aponta desvios e abusos do governo federal. "Hoje, no Brasil", diz o texto, "os inconformados com a democracia representativa se organizam para solapar o regime democrático." Mais adiante, considera "inconcebível" que "uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita".

"Ameaça concreta". O historiador Marco Antônio Villa, da Universidade Federal de São Carlos e um dos signatários do manifesto, decidiu aderir porque vê nos recentes atos do governo "uma ameaça concreta" à democracia no País. "É uma preocupação geral com o que está ocorrendo no País, e hoje (ontem) o Lula mais uma vez reforçou", disse, em referência às críticas do presidente à imprensa, feitas em viagem ao Tocantins. "O manifesto é uma síntese dessas preocupações." Caso um eventual governo Dilma consiga eleger três quintos do Congresso, advertiu, "eles conseguirão fazer mudanças constitucionais a seu bel-prazer. E se você tiver uma parte da legislatura formada por "Tiriricas", corremos sério risco. Nada melhor para um Executivo autoritário do que um Legislativo desmoralizado". Para Villa, "é preciso de um grito de alerta". Ele acredita que "há muitas pessoas que comungam dessa preocupação" e que o manifesto funcionará como forma de agregá-las. "Não se pode achar que ataques, ameaças e agressão fazem parte da política", diz. Continua

Nossas universidades e a educação nacional, artigo de Lighia B. Horodynski-Matsushigue e Otaviano Helene


JC e-mail 4100, de 21 de Setembro de 2010.
Nossas universidades e a educação nacional, artigo de Lighia B. Horodynski-Matsushigue e Otaviano Helene


"Na época de guindar novos sujeitos a postos de mando, a comunidade educacional e os eleitores deveriam preocupar-se em garantir, nos postos executivos e nos legislativos, federais e estaduais, representação da sociedade que tenha clareza sobre as necessidades prementes na área da educação"

Lighia B. Horodynski-Matsushigue é professora aposentada do Instituto de Física da USP e foi vice-presidente da regional São Paulo do Andes-SN; Otaviano Helene é professor no Instituto de Física da USP e ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Artigo publicado no "Correio Braziliense":

Se há algo tão previsível quanto as fases da lua, são as promessas em ano eleitoral. De candidatos a prefeito a candidatos a presidente da República, passando por candidatos aos legislativos das diferentes esferas da União, todos prometem melhorar as oportunidades educacionais com qualidade, mesmo que, de fato, isso nem seja de sua alçada.

Este ano, por óbvio, não é diferente. Pena, contudo, que, após tantos anos de promessas, a realidade seja outra: o Brasil colocado nos últimos lugares em comparações internacionais sobre o ensino básico; jovens saindo do ensino médio sem as mínimas condições de entenderem o conteúdo de um texto de dificuldade pequena; falta de professores nesse nível de ensino, em especial nas áreas de cunho científico; milhares de mestres e doutores desempregados, embora haja "universidades" sem doutor; isso sem considerar que a oferta de oportunidades educacionais está muito aquém da necessária à boa formação da juventude brasileira, conforme verificado por todos os dados disponíveis. Continua

Pesquisa do Ibope mostra o que o brasileiro pensa do processo eleitoral

Jornal Nacional - 21.09.2010








Mais de 100 organizações alertam BB sobre financiamento para Belo Monte

Via EcoDebate - 22.09.2010


Mais de 100 organizações da sociedade civil brasileira e internacional enviaram uma notificação extrajudicial ao Banco do Brasil nesta segunda-feira (20), cobrando que o banco não financie a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

O documento levanta os diversos problemas socioambientais e de direitos humanos que a usina de Belo Monte deve causar, como impactos na qualidade da água ou a seca que a usina causará na Volta Grande do Xingu, onde vivem centenas de famílias que dependem do rio para sobreviver, além de problemas no processo de licenciamento da usina.

Segundo Roland Widmer, coordenador de Eco-Finanças da organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, o projeto atual de Belo Monte violaria a Constituição, que reconhece aos índios os direitos originários sobre as terras que ocupam, inclusive as utilizadas para suas atividades produtivas.

“Quem financiar Belo Monte se tornará, automaticamente, responsável solidariamente por todos os danos ambientais que vierem a ocorrer. [Se danos vierem a ocorrer,] os financiadores poderão ser responsabilizados por todos os custos decorrentes dos impactos sobre a fauna, flora e pessoas da região. Além disso, a reputação dos financiadores sofrerá grandes danos. Seria muito imprudente para uma instituição como o Banco do Brasil assumir tamanhos riscos. Diante disso, quero acreditar que o BB pondere esses riscos devidamente na sua tomada de decisão e não financie Belo Monte”, diz Widmer.

A notificação ressalta que o Banco do Brasil assinou compromissos voluntários pelo desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, como o Protocolo Verde e os Princípios do Equador, e o financiamento de Belo Monte não respeitaria os critérios de nenhum desses compromissos.

Além da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, aderiram à notificação organizações como Greenpeace, Movimento Xingu Vivo para Sempre, International Rivers, Instituto Socioambiental (ISA), Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e BankTrack, entre as mais de 100 organizações e grupos. Continua

Não deixe de ver:
Defendendo os Rios da Amazônia - Defending the Rivers of the Amazon

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Hoje é dia de festa!


Meus queridos amigos, meus amores: bom dia, boa tarde, boa noite!!!!

Hoje é um dia de festa para nós. O blog faz dois anos. A minha intenção, ao decidir criar esse blog, era de publicar poesias, apenas poesias. Mas só foi a intenção inicial. A realidade logo se impôs. Uma realidade dura. Crua. Nua. Aflita. Envergonhada. Vilipendiada. Uma realidade totalmente transformável, caso as pessoas tivessem a real noção da própria finitude, da própria pequenez diante desse Universo incomensurável. Não é isso o que acontece, infelizmente. O Homem desenvolveu a ciência, a tecnologia, e ficou nisso, o que me faz sempre repetir para as pessoas do meu cotidiano: é muita tecnologia para poucos neurônios.

Há bem pouco tempo, alguns dias apenas, resolvi entrar na parte interna do blog, no local onde as postagens são feitas, onde colocaram um item - estatística -, pelo qual nunca havia me interessado. E levei um susto. Um grande susto! Tem muita gente frequentando este espaço. Muita gente mesmo. Muita gente do Brasil, muita gente de inúmeros outros países. A constatação de tal fato foi uma grande emoção. Naquele dia, fiquei um bom tempo olhando para o mapinha, perdida no verde, fundida nos tons de verde dos países que estavam online, mergulhada em vocês. Era uma vontade imensa de beijar, abraçar um a um. E não fiquei só na vontade. Abracei e beijei cada um de vocês, acreditem.

A todos, o meu carinho mais profundo, o meu mais profundo agradecimento.

Para comemorar esses dois anos, me permitam repetir três postagens que fiz durante esse tempo em que estamos juntos. Nelas, uma grande parte de mim, das minhas emoções, das minhas certezas, das minhas dúvidas, das minhas esperanças.

E Viva a Vila Tibério!!!!!

Adelidia Chiarelli
















educação+educação+educação

JC e-mail 4099, de 20 de Setembro de 2010.

Ou educamos ou sofremos com o atraso, artigo de Ilona Becskeházy

"Os professores ideais para alunos de ensino médio têm um perfil muito mais próximo dos de ensino superior"
Ilona Becskeházy é diretora executiva da Fundação Lemann. Artigo publicado na "Folha de SP":

Desde que as primeiras sociedades se organizaram, as gerações mais velhas sempre prepararam as mais jovens para assumir o comando. Dependendo do contexto histórico, adolescentes eram sistematicamente engajados na agricultura, no exército e até na vida religiosa, de forma que a energia mental e física destes seres humanos não fosse desperdiçada.

Hoje, na era do conhecimento, o preparo das novas gerações concentra-se principalmente na educação formal oferecida pelas escolas. No ano de 2010, o Brasil já deveria ter aprendido a lição: ou educamos nossos jovens para o exercício de uma vida produtiva ou enfrentamos o atraso por não fazê-lo. Continua

***

Nordeste está 10 anos atrás do Sudeste no ensino médio

Segundo o IBGE, desigualdade regional na educação é preocupante. Índice de jovens de 15 a 17 anos no Nordeste na série adequada em 2009 é inferior à registrada no Sudeste em 1999

Em 2009, a proporção de jovens de 15 a 17 anos no Nordeste que frequentavam a série adequada para sua idade era inferior à registrada no Sudeste dez anos antes, diz o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apenas 39,2% dos adolescentes nessa faixa etária estavam no ensino médio; no Sudeste, eram 60,5% em 2009 e 42,1% em 1999.

Para o IBGE, a desigualdade regional na educação é preocupante. "Mesmo com todas as melhoras sociais, a educação avança devagar", diz Ana Lucia Saboia, gerente de Indicadores Sociais. Continua

***

Longe da excelência, editorial da 'Folha de SP'

"A explicação para o domínio americano é simples. O país investe 3,1% do seu PIB em educação superior"

Leia o editorial:

Não causa surpresa o ranking das 200 melhores universidades do mundo, elaborado pela prestigiosa Times Higher Education. As universidades americanas têm a reputação de excelência confirmada com a presença de nada menos que 72 instituições entre as 200 mais bem colocadas no mundo, incluindo 15 entre as 20 primeiras. O país que mais se aproxima dos EUA, o Reino Unido, tem 29 universidades na lista.

O ranking é baseado em consultas com a comunidade acadêmica internacional e leva em conta 13 indicadores de performance, sobretudo o ensino, a pesquisa e a transferência de conhecimento.

A explicação para o domínio americano é simples. O país investe 3,1% do seu PIB em educação superior, contra uma média de 1,5% dos demais países da OCDE (sigla que reúne os países mais desenvolvidos do mundo). Essa discrepância se torna ainda maior se considerado que o PIB americano, de US$ 14 trilhões, é pelo menos duas vezes superior ao de qualquer outro país. Continua

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- Até 90% de deputados com pendências judiciais são candidatos


           

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

OAB pede para Bienal de SP retirar obra polêmica por Gustavo Fioratti, Folha de S. Paulo

Via Canal Contemporâneo
19.09.2010



Inimigos, intervenção pública de Gil Vicente - cartaz de rua no Recife,
publicado originalmente no e-nforme Ano 6 N. 5, em 18 de janeiroo de 2006.



Matéria de Gustavo Fioratti originalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 18 de setembro de 2010.

Série "Inimigos" retrata artista atentando contra a vida de figuras públicas

Ordem dos Advogados ameaça processar instituição caso quadros de Gil Vicente sejam mantidos


A Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo divulgou ontem nota pública pedindo para que os trabalhos do artista pernambucano Gil Vicente sejam excluídos da Bienal de São Paulo, que abre no próximo dia 25.

Os dez desenhos da série "Inimigos" retratam o próprio artista atentando contra a vida de figuras públicas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o papa Bento 16 e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, por exemplo, aparecem sob a mira de uma pistola. O presidente Lula, por sua vez, com uma faca na garganta.

"Essas obras fazem apologia à violência e ao crime, revelam o desprezo do autor pelas figuras humanas e demonstram um desrespeito contra as instituições públicas", diz o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso. "Se elas não forem retiradas, a curadoria da Bienal corre o risco de estar cometendo crime."

Risco de processo

Segundo D'Urso, o pedido ainda não é judicial. Mas, caso a curadoria da Bienal decida manter as obras, a OAB deve encaminhar solicitação de abertura de processo pelo Ministério Público.
Agnaldo Farias, um dos curadores desta edição da mostra, diz que as obras não serão retiradas. Segundo ele, a OAB-SP está incentivando um ato de censura.

"Esse trabalho é uma ficção, ela vem do imaginário. Na dramaturgia, também há inúmeros casos de representação de atentados contra instituições públicas. A OAB de São Paulo vai pedir para que esses autores não sejam mais exibidos também?", questiona Farias.

Opinião tacanha

"A representação artística deve ter limites. Se as figuras retratadas não fossem reconhecíveis, aí sim poderíamos tratá-las na esfera da ficção", rebate D'Urso.

O criminalista Alberto Zacharias Toron considera "tacanha" a opinião do presidente da OAB. "Falar em incitação ao crime é de uma grande incompreensão sobre o papel da arte", argumenta o advogado, doutor em direito penal pela USP, ex-diretor do conselho federal da própria OAB.

Segundo Toron, a liberdade de expressão do artista é garantida pela constituição do país.

Segundo o autor das obras, que tem 2 m por 1,5 m e são feitas com carvão, elas não foram pensadas para incitar a violência.

"Eu não mataria ninguém, nem quero que outras pessoas façam isso. A violência que eu retrato parte do próprio mundo político contra um país inteiro", explica Vicente.

O trabalho, reitera o artista, fala diretamente sobre uma insatisfação. "Nada muda na mão de políticos. O país continua cheio de miseráveis. A morte que eu apoio dessas pessoas é simbólica."

Gil Vicente diz que não comparece às urnas desde que iniciou a criação da série "Inimigos", em 2005. "Eu tenho consciência de que ter esperança nessas figuras é bobagem. Não vou mais cair nessa", afirma.

Frases

Não sou contra a criação de trabalhos como este. Sou contra a exibição deles. Isso não é censura. Crianças e jovens em formação vão passar por ali. Se elas não forem retiradas, a curadoria corre o risco de estar cometendo crime.
Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB/SP

Eu não mataria ninguém, nem quero que outras pessoas façam isso (...) Nada muda na mão de políticos. O país continua cheio de miseráveis. A morte que eu apoio dessas pessoas é simbólica.
Gil Vicente, artista

Esse trabalho é uma ficção, ela vem do imaginário. Na dramaturgia, também há inúmeros casos de representação de atentados contra instituições públicas.
Agnaldo Farias, um dos curadores da Bienal

Eu assisti ao filme "Rambo", e até agora não matei ninguém.
Leda Catunda, artista plástica

Se é para dançar, vamos dançar!!!!










De Nova York a Babel – Você sabe falar Globish?

Via Estadão, há 416 dias sob censura
Por Gustavo Chacra
17.09.2010

Com 1.500 palavras dá para falar inglês – ou melhor, “Globish” (ou globês, em tradução livre). Esta é a teoria de Jean-Paul Nerriere, ex-diretor de marketing internacional da IBM e idealizador desta nova linguagem, usada por dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, que a utilizam sem perceber.

Atualmente, 96% das conversas em inglês no mundo envolvem pelo menos um interlocutor que não possui o inglês como primeira línguas. Pode parecer exagero, mas mesmo em países como os Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, milhões de habitantes utilizam outra língua como primária. Em outros, como o Canadá e a África do Sul, outros idiomas também são utilizados.

“Meu sotaque entrega imediatamente que não sou americano, não sou inglês. Sou francês, claro. Mas esta forma de falar não me impediu de me dar bem importantes empregos internacionais. Viajei ao Japão, Coréia do Sul, Ásia para as Américas”, afirma Nerriere, que criou uma empresa para ensinar Globish que também possui como focos americanos e ingleses.

Dow Jones + Microsft = Globish

Segundo ele, em manifesto defendendo o Globish, “as pessoas ficavam felizes em fazer negócios comigo porque meu inglês é tão limitado quanto o deles. É mais fácil para falarmos em inglês entre a gente porque temos os mesmos problemas. Mas não problemas diferentes”.

Robert McCrum, autor do livro “Globish”, que relata a história da transformação do inglês em uma língua global, afirma que as principais transações comerciais do mundo são feitas neste novo idioma. “Dow Jones + Microsoft = Globish”, escreve em seu livro, um dos mais vendidos dos EUA no mês passado. Continua