terça-feira, 31 de agosto de 2010

Do Código Florestal para o Código da Biodiversidade, por Aziz Nacib Ab Sáber

Via site da SBPC
Por Aziz Nacib Ab Sáber
27.07.2010

Em face do gigantismo do território e da situação real em que se encontram os seus macro biomas – Amazônia Brasileira, Brasil Tropical Atlântico, Cerrados do Brasil Central, Planalto das Araucárias, e Pradarias Mistas do Brasil Subtropical – e de seus numerosos mini-biomas, faixas de transição e relictos de ecossistemas, qualquer tentativa de mudança no “Código Florestal” tem que ser conduzido por pessoas competentes e bioeticamente sensíveis. Pressionar por uma liberação ampla dos processos de desmatamento significa desconhecer a progressividade de cenários bióticos, a diferentes espaços de tempo futuro, favorecendo de modo simplório e ignorante os desejos patrimoniais de classes sociais que só pensam em seus interesses pessoais, no contexto de um país dotado de grandes desigualdades sociais. Cidadãos de classe social privilegiada, que nada entendem de previsão de impactos, não têm qualquer ética com a natureza, nem buscam encontrar modelos tecnico-cientificos adequados para a recuperação de áreas degradadas, seja na Amazônia, seja no Brasil Tropical Atlântico, ou alhures. Pessoas para as quais exigir a adoção de atividades agrárias “ecologicamente auto-sustentadas” é uma mania de cientistas irrealistas.

Por muitas razões, se houvesse um movimento para aprimorar o atual Código Florestal, teria que envolver o sentido mais amplo de um Código de Biodiversidades, levando em conta o complexo mosaico vegetacional de nosso território. Remetemos esta ideia para Brasília, e recebemos em resposta que esta era uma ideia boa mas complexa e inoportuna (...). Entrementes, agora outras personalidades trabalham por mudanças estapafúrdias e arrasadoras no chamado Código Florestal, razão pela qual ousamos criticar aqueles que insistem em argumentos genéricos e perigosos para o futuro do país, sendo necessário, mais do que nunca, evitar que gente de outras terras sobretudo de países hegemônicos venha a dizer que fica comprovado que o Brasil não tem competência para dirigir a Amazônia (...). Ou seja, os revisores do atual Código Florestal não teriam competência para dirigir o seu todo territorial do Brasil. Que tristeza, gente minha!

O primeiro grande erro dos que no momento lideram a revisão do Código Florestal brasileiro – a favor de classes sociais privilegiadas – diz respeito à chamada estadualização dos fatos ecológicos de seu território especifico. Sem lembrar que as delicadíssimas questões referentes à progressividade do desmatamento exigem ações conjuntas dos órgãos federais específicos, em conjunto com órgãos estaduais similares, uma Polícia Federal rural, e o Exército Brasileiro. Tudo conectado ainda com autoridades municipais, que têm muito a aprender com um Código novo que envolve todos os macro-biomas do país, e os mini-biomas que os pontilham, com especial atenção para as faixas litorâneas, faixas de contato entre as áreas nucleares de cada domínio morfoclimático e fitogeográfico do território. Para pessoas inteligentes, capazes de prever impactos, a diferentes tempos do futuro, fica claro que ao invés da “estadualização”, é absolutamente necessário focar para o zoneamento físico e ecológico de todos os domínios de natureza do país. A saber, as duas principais faixas de florestas tropicais brasileiras (a zona amazônica e a zona das matas atlânticas), o domínio dos cerrados, cerrados e campestre, a complexa região semiárida dos sertões nordestinos, os planaltos de araucárias e as pradarias mistas do Rio Grande do Sul, além do nosso litoral e do Pantanal Mato-grossense. Continua

Descobrindo asteroides: 1980 - 2010

Via Estadão, há 396 dias sob censura
Por Carlos Orsi
26.08.2010

A animação abaixo mostra as descobertas de asteroides no Sistema Solar nos últimos 30 anos. Começa devagar, mas ganha impulso a partir da virada do século. O total vai de menos de 10 mil a mais de meio milhão.
É sempre bom lembrar que, em 2005, o Congresso americano determinou que a Nasa descobrisse 90% dos objetos com órbitas que se aproximam da Terra e que tivessem mais de 140 metros de diâmetro, isso até 2020.
Na animação, os asteroides verdes são os que se mantêm a uma distância segura de nós; amarelos, os que chegam meio perto e vermelhos, os que efetivamente cruzam a órbita da Terra.
No início deste ano, um relatório do Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA advertiu que a verba era insuficiente para que o mandado fosse cumprido.

(Por alguma razão, o contador de asteroides e de data fica fora da tela no “embed” do blog. A URL original, para quem quiser conferir os números direto no YouTube, está neste link).






Comentário básico:
Ki lindo!!!
Ki meda!!!

Alimentação mediterrânea


JC e-mail 4085, de 30 de Agosto de 2010.
Alimentação mediterrânea


Pesquisador israelense, autor do Índice de Nutrição Global, defende dieta e estilo de vida do Mediterrâneo como exemplo de saúde para o mundo

Com índices de mortalidade por câncer e doenças cardiovasculares inferiores à média mundial e menor incidência de doenças como Parkinson e Alzheimer, os países da costa do mar Mediterrâneo têm muita coisa a ensinar sobre saúde aos demais.

A opinião é de Elliot Berry, professor do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Escola de Medicina Hadassah da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel, que proferiu no dia 27 palestra na 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), em Águas de Lindoia (SP).

Segundo Berry, a boa saúde dos povos mediterrâneos se explica em parte pela alimentação. Mesmo culturalmente diferentes, os países da região partilham alguns ingredientes em comum, entre os quais sete se destacam: trigo, cevada, uva, figo, tâmara, romã e azeitona.

"São alimentos antigos e citados na Bíblia. Dois deles - romã e azeite de oliva - são especialmente bons para a saúde. O azeite reduz o risco de doenças cardíacas e a romã possui alto teor de antioxidantes e diminui riscos de aterosclerose na veia carótida", disse.

Outro diferencial está no próprio modo de se alimentar, com pequenas porções, refeições bem distribuídas ao longo do dia e aproveitamento de alimentos da época e cultivados nas proximidades, o que garante frescor. Continua

Book Crossing Brasil

Jornal estatal do Irã chama Carla Bruni de 'prostituta'

Via BBC-Brasil
30.08.2010

Um jornal controlado pelo governo do Irã chamou a primeira-dama da França, Carla Bruni, e outras personalidades francesas de "prostitutas" em um artigo de opinião.

O texto não assinado, publicado na página 2 da edição de sábado do jornal estatal Kayhan, traz o título: "Prostitutas francesas entram no tema direitos humanos".

O artigo critica Carla Bruni e a atriz francesa Isabelle Adjani, que assinaram um abaixo-assinado em defesa de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana condenada a apedrejamento por adultério. No texto, o jornal afirma que Bruni é uma pessoa "imoral".

Na semana passada, a primeira-dama francesa escreveu uma carta aberta para Sakineh Mohammadi Ashtiani.

"Seu rosto, seu cérebro, sua alma, [tudo] transformado em alvo de atiradores de pedra. Esta imagem aterrorizante que nos revolta [...] pode virar realidade", escreveu a primeira-dama em carta aberta publicada no site do filósofo Bernard-Henri Lévy.

"Sakineh, seu nome virou um símbolo para todo o mundo."

Ela afirma na carta a Sakineh que o Irã não pode "lavar suas mãos do crime" e diz que seu marido, o presidente Nicolas Sarkozy, "vai defender o seu caso com afinco e a França não vai abandoná-la". Continua

Leia também:
- Espanha desarticula rede de prostituição que explorava homens brasileiros
- Eike Batista diz ter financiado as campanhas de Dilma e Serra
- Jornal iraniano diz que Carla Bruni deveria morrer, após carta
- França: insultos de jornal contra Carla Bruni são inaceitáveis
- 'Jornal do Brasil' circula em papel pela última vez
- Fidel assume culpa pela onda homofóbica em Cuba há 50 anos

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Book Crossing Brasil

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Biblioteca Mário de Andrade será ponto de Book Crossing

Via O Estado de São Paulo, há 395 dias sob censura
Por Marici Capitelli - Jornal da Tarde
25.08.2010


Será possível pegar títulos e, depois, deixá-los pela cidade para novos leitores

A partir desta quarta-feira, 25, será possível retirar livros da Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no centro, e não ter de devolver. É que, dentro da unidade, funcionará um ponto de Book Crossing, ou seja, os exemplares retirados ali deverão ser deixados em espaços públicos ou repassados para outros leitores. Cerca de 300 títulos estarão disponíveis nessas condições. É a primeira biblioteca do País a abrir espaço para esse movimento, que começou nos Estados Unidos.

Entre os livros disponíveis estão títulos como A Divina Comédia, de Dante Alighieri, Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, e obras de Machado de Assis. Os livros foram doados por usuários da biblioteca e repassados para o projeto porque já existiam vários exemplares iguais no acervo. “É uma oportunidade de trazer para a biblioteca pessoas que virão por causa do Book Crossing”, afirma Maria Cristina Barbosa de Almeida, diretora da Mário de Andrade. Continua

Legenda da imagem:
O espaço circulante da Biblioteca Municipal Mário de Andrade foi reaberto há um mês
Foto: José Luis da Conceição


BookCrossingBrasil

Biblioteca Mário de Andrade - São Paulo - Capital

A mulher mais odiada na internet






Leia a matéria




Carta dos 4 Rios – Lideranças sociais e indígenas do PA, RO e MT fecham aliança contra usinas

Via Eco Debate
30.08.2010

Questões jurídicas e mobilizações políticas foram foco do I Encontro dos 4 Rios – Seminário sobre os projetos de hidrelétricas, eclusas e hidrovias nos rios Tapajós, Madeira, Xingu e Teles Pires

Em encontro realizado em Itaituba, Pará, entre os dias 25 e 27 de agosto, cerca de 600 lideranças de ribeirinhos, pequenos agricultores, atingidos por barragens e indígenas (Munduruku, Karitiana, Tupaiu, Borari, Arara, Kanoé, Juruna, Xicrin e Kayapó), das áreas de influência e impacto dos projetos hidrelétricos dos rios Madeira, em Rondônia (Santo Antonio e Jirau), Teles Pires, no Mato Grosso (Complexo Teles Pires, com 5 usinas), Tapajós, no Pará (Complexo Hidrelétrico do Tapajós, com 5 usinas) e Xingu, no Pará (hidrelétrica de Belo Monte) consolidaram uma articulação interestadual de oposição e resistência contra as obras em andamento e sob planejamento nos rios da Amazônia.

Durante o encontro, que contou com a presença do procurador do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, Felicio Pontes, e de especialistas de várias áreas de relevância (biólogos, cientistas sociais, antropólogos e advogados), foram relatados os graves impactos sociais que já ocorrem em Rondônia e apontadas as inúmeras ilegalidades que marcaram os processos de licenciamento e instalação dos projetos do Madeira e de Belo Monte.

Em contundentes depoimentos, representantes dos atingidos pelas obras de Santo Antonio e Jirau descreveram a situação de miséria da população e problemas como aumentos vertiginosos nos preços dos alimentos, violência, prostituição, drogas e outros. “Em Porto Velho, o quilo da farinha de mandioca chega a custar R$ 8. O peixe está vindo de Manaus. Muitas famílias de Jaci Paraná estão apavoradas, trancando suas filhas em casa, por medo de estupros e dos aliciadores. Conheci um velho pescador que teve que internar o seu filho, viciado em crack. Em Jaci, as únicas formas de lazer para os trabalhadores das obra são bebida, prostituição e drogas. Na cidade, também já foram assassinadas duas lideranças sociais, e uma terceira teve que fugir”, conta Iremar Ferreira, liderança local. Continua

Se você ainda não leu, leia:
- Transposição do Rio São Francisco: uma jogada eleitoral. Entrevista com Dom Luiz Flávio Cappio

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Avanço e recuo do mar mudam o mapa do litoral do Brasil

Fantástico - 29.08.2010


Em 2007, para os cientistas, o pior cenário era uma elevação do nível do mar de 60 centímetros, em 100 anos. Mas hoje, apenas três anos depois, essa previsão já está ultrapassada.





Perguntinha básica:
O que será que os nossos ilustres candidatos pensam a respeito dos graves problemas apontados nesta matéria?

Adelidia Chiarelli

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Governo admite que país não tem plano contra incêndios


JC e-mail 4084, de 27 de Agosto de 2010.
Governo admite que país não tem plano contra incêndios



Mesmo com ajuda do Exército e da Polícia Federal, focos de queimadas não param de crescer no Brasil

O governo brasileiro não possui plano de emergência para combater as queimadas e os incêndios florestais, que vêm assolando o País há um mês. A secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Maria Cecília Wey de Brito, reconheceu que a questão é grave, especialmente nas áreas de preservação ambiental, como parques e reservas florestais.

"Temos solicitado apoio do Exército e da Polícia Federal para ajudar as brigadas no combate aos incêndios. Mas o que ocorre é que o número de focos de incêndio não para de crescer, parte em decorrência do clima seco, parte por causa do hábito de se atear fogo no solo", disse Maria Cecília, após participar do fórum Biodiversidade e Nova Economia, em São Paulo. "Infelizmente, não estamos dando conta."

Até esta quinta-feira, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicavam a ocorrência de 40.245 focos de incêndios em todo o Brasil ao longo de 2010, um crescimento de 130% em relação ao mesmo período de 2009.

Um dos pontos mais preocupantes é a expansão do número de queimadas em áreas de proteção ambiental: são 18.159 focos de janeiro a agosto, uma expansão de mais de 300%, na comparação a 2009. Continua

Leia também:
- Sangue menstrual pode ter uso terapêutico
- Fitas revelam ex-cardeal católico pedindo silêncio sobre abuso sexual na Bélgica

Book Crossing Brasil

domingo, 29 de agosto de 2010

BIENAL DE VENEZA





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Salvad a Shakineh

Via El País
Por BERNARD HENRI-LÉVY
29.08.2010


El autor pide a la sociedad española que se sume con urgencia a la batalla de la comunidad internacional para impedir la lapidación de esta mujer iraní, condenada por adúltera

Sakineh Mohammadi Ashtiani es esa mujer iraní de 43 años que fue condenada a la lapidación y lleva ya cinco años pudriéndose en la prisión de Tabriz, al oeste de Irán, a la espera de que se ejecute la sentencia.
Y eso por un "crimen" que solo confesó bajo tortura y que consistió, según sus acusadores, en haber mantenido... ¡una relación amorosa extramatrimonial!

La opinión pública internacional, conmocionada por el horror de la situación, esperaba con ella la revisión de un veredicto tan inicuo como bárbaro cuando, el 9 de agosto pasado, tuvo lugar uno de esos golpes de efecto a los que Irán nos tiene acostumbrados: el régimen difundió por televisión, en un programa de gran audiencia, las nuevas "confesiones" de la mujer, que, cubierta con un chador negro que solo dejaba asomar su nariz y uno de sus ojos, y con una hoja de papel entre los dedos -como si recitase una lección mal aprendida- y una voz en off en farsi superpuesta a su propia voz -que se expresaba en su lengua materna, el azerí-, confesaba un segundo crimen: su supuesta complicidad en el asesinato de su marido.

A su actual abogado, Hutan Kian, no le sirvió de nada recordar que Sakineh ya había sido absuelta de esa misma acusación en 2006.

Sin hablar de las dudas que no podía evitar alimentar sobre la identidad de la mujer que, oculta bajo su velo integral, apareció aquella noche en las pantallas, Hutan Kian afirmó que, una vez más, esa declaración -carente de toda verosimilitud- había sido arrancada mediante tortura.

Finalmente, recordó que contradecía abiertamente otras afirmaciones, aparecidas en el diario británico The Guardian ocho días antes, en las que la misma Sakineh explicaba que las autoridades iraníes ya la habían exculpado de esa acusación infame en 2006; que, por tanto, mentían descaradamente al volver a sacar a relucir un cargo delirante abandonado desde hacía tiempo, y que la "justicia" solo se obcecaba en su caso "porque es una mujer" y porque vive "en un país en el que las mujeres están privadas de los derechos más elementales". Continua

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Chile, pionero en blindar la neutralidad de la Red por ley

Via EL PAÍS
Barcelona
28/08/2010

Mientras en Europa y Estados Unidos el debate sobre la neutralidad en la Red se complica, Chile ha publicado una ley pionera en el mundo para protegerla. Este principio consagra que los operadores no pueden priorizar un servicio en la Red en perjuicio de otro. Y así lo refleja la ley cuyo único artículo declara que no podrán arbitrariamente "bloquear, interferir, discriminar, entorpecer ni restringir el derecho de cualquier usuario de Internet" para utilizar, enviar, recibir u ofrecer cualquier servicio legal. La ley admite que los concesionarios de servicio público de telecomunicaciones y los proveedores de acceso a Internet podrán tomar las medidas o acciones "necesarias para la gestión de tráfico y administración de red", siempre que no afecten a la libre competencia. Continua

Comentário básico:
Viva Chile!!!!!!

Polícia investiga aliciamento de estudantes, por médicos, para atender pacientes

Via O Globo/Blog do Noblat
28.08.2010


Vera Araújo, O Globo

O drama da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, suspeita de maus-tratos, atendida por um falso médico, expôs uma ferida que traz sério risco à saúde pública do estado: o recrutamento de estudantes de medicina para atuarem como médicos.

O GLOBO revela que, ainda nos primeiros períodos da faculdade de medicina, universitários são contratados por médicos, cooperativas e hospitais, para trabalharem em plantões, pelos quais recebem, em média, R$ 200, quando um profissional formado ganha mil reais.

A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) investiga essa rede de médicos e cooperativas que recrutam os estudantes para a prática ilegal da medicina.

A cooptação de estudantes, sem a supervisão de médicos, fora dos estágios regulamentados por lei, é comum, principalmente, na Zona Oeste, na Baixada Fluminense e em municípios do interior.

Universitários ouvidos pelo GLOBO contam que, muitas vezes, os primeiros contatos para atrair a mão de obra deles surgem nos corredores das universidades ou em hospitais e clínicas.

Também é bastante comum um estudante indicar outro colega, quando ele próprio fica sobrecarregado de "serviços". Continua

Veja também:
- British Petroleum gastou US$ 1 mi por semana em publicidade após vazamento
- Dos no se infectan si uno no quiere

sábado, 28 de agosto de 2010

Linguagem de internet preocupa educadores

Via Estadão, há 393 dias sob censura
Por Luciana Alvarez
23.08.2010


Escolas buscam estratégias
para atrair a atenção dos alunos para escrita e literatura



Foco. Alunos usam a biblioteca no Colégio Batista Brasileiro,
que possui programas para estimular o interesse pela leitura


Em uma certa comunidade virtual de adolescentes, abundam erros de ortografia - como "resolvel", "intão" e "considerá" - e gramática - "ia matar ela". Mesmo curtos, os textos claramente não são revisados; por toda a parte há letras dobradas e falta espaçamento entre as palavras.

Não se pode negar que o objetivo da troca de mensagens às vezes seja instrutivo: no caso citado, a intenção era inventar uma história coletiva, com cada dezena de palavras escrita por um novo autor. Mas entre os seguidos tropeços no português, até o enredo acabou comprometido. Em certas horas, personagens que não estavam na cena aparecem sem explicação, participando dos diálogos.

Para muitos, a internet desponta como vilã dessa narrativa de horror. Especialistas, porém, defendem a rede - ela seria, no máximo, "cúmplice do crime" - e dizem que o problema é bem mais profundo.

"A internet tem mais pontos positivos que negativos; é uma nova forma, muito rápida, de acesso a conhecimento", diz Maria Teresa de Freitas, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autora do livro Leitura e Escrita de Adolescentes na Internet e na Escola. "O negativo é o uso exagerado, em detrimento de outras atividades, e quando se aceita tudo como válido, sem visão crítica."

O mundo virtual não está, portanto, na raiz dos problemas dos jovens com a língua portuguesa. "Pesquisas comprovam que o jovem conectado passa mais tempo lendo e escrevendo. Claro que, em sites de relacionamento, a linguagem é abreviada, mais rápida", afirma Teresa. "Mas essa leitura rápida leva a outras leituras. Ele vai lendo mais e tendo mais acesso ao próprio livro." O que faltaria, segundo a professora, seria uma boa orientação de como usar a internet por parte das escolas.

Nas escolas, professores e coordenadores têm de lutar para atrair o interesse dos alunos desde pequenos para atividades além da internet. Em especial, atividades que, diferentemente da realidade das múltiplas janelas, desenvolvam a concentração e a reflexão.

"Os jovens desenvolveram uma linguagem que é deles, muito ágil, que serve de identidade de grupo. A gente respeita isso, mas trabalha a necessidade de usar uma linguagem mais formal. Afinal, ele tem de se comunicar com todos, não só com seus pares", explica Maria Martinez, diretora pedagógica do Colégio Batista Brasileiro, escola paulistana com melhor nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Continua

Se você não viu, veja::
- México: 7 de cada 10 estudiantes no leen bien
- Crianças suecas aprendem a resolver problemas cotidianos na escola

Proibido por lei, brinde eleitoral vira item de colecionador

Via UOL
27.08.2010







Guardas dizem à Sakineh que filhos a abandonaram

Via O Globo/Blog do Noblat
28.08.2010

No corredor da morte desde 2006 e à espera de uma definição da Justiça do Irã sobre o seu caso, Sakineh Mohammadi Ashtiani [à direita numa foto de 2004] vem sendo enganada pelos guardas da prisão de Tabriz, que dizem que ela foi abandonada pelos dois filhos e não permitem visitas, como noticia nesta sexta-feira o jornal britânico "Guardian".

A iraniana, de 43 anos, foi condenada à morte acusada de adultério e envolvimento na morte do marido.

Sajjad, de 22 anos e filho mais velho, contou ao jornal que tentou visitar a mãe junto à irmã Saide, mas foi impedido pelos guardas, que disseram que Sakineh não estava com vontade de recebê-los.

Depois, Sakineh ligou para Sajjad e disse que, a informação que havia recebido dos guardas era de que ninguém tentou visitá-la e que seus filhos a haviam abandonado.

- Eles estão obstinados. Estão simplesmente buscando meios diferentes de maltratar minha mãe e nós, seus filhos - afirmou Sajjad.

Segundo ele, Sakineh não é autorizada a receber visitas de seu advogado, Houtan Kian, desde que, no início do mês, admitiu na TV ter cometido adultério e participado do assassinato do marido.

As confissões foram amplamente contestadas por seus filhos e pelo advogado, que afirmam que só foram conseguidas sob tortura.

Leia mais em Guardas de prisão dizem à iraniana Sakineh que ela foi abandonada pelos filhos

Leia também:
- Francia pide a la UE sanciones contra Irán para impedir la lapidación de Sakineh

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Transposição do Rio São Francisco: uma jogada eleitoral. Entrevista com Dom Luiz Flávio Cappio

Via Eco Debate
27.08.2010

Dois anos depois de nossa última conversa, Dom Cappio [foto ao lado] fala, na entrevista que concedeu à IHU On-Line, por telefone, sobre a situação atual das obras de transposição do rio São Francisco e como ele e os movimentos sociais estão trabalhando na luta contra o projeto. “O projeto segue adiante, mas não na velocidade prevista. Quem está trabalhando é praticamente só o exército. Quase todas as empresas deixaram o campo de obras por conta de atrasos em relação aos pagamentos e a falta de confiança nos recursos referentes ao projeto”, explica o bispo de Barra, na Bahia.

Dom Cappio fala também da relação das eleições com os projetos que ele chama de ‘megalomaníacos’. “Não adianta ser contra alguma coisa e depois votar naquelas que estão levando adiante este projeto. Estamos fazendo um trabalho de conscientização popular para que o pessoal perceba que o nosso voto é responsável por todas essas loucuras que depois os governos fazem”, revela.

Dom Luiz Flávio Cappio vive na Bahia, onde está à frente da Diocese de Barra. Em 2005 e 2007 fez greve de fome em protesto contra o projeto do governo federal de transposição do rio São Francisco. Em 2008, a organização Pax Christi Internacional (Bélgica) deu a Dom Cappio o prêmio da Paz do mesmo ano, por sua luta em defesa da vida na região do São Francisco. Em 2009, recebeu o Prêmio Kant de Cidadão do Mundo, da Fundação Kant (Alemanha).

IHU On-Line – Em que estágio encontra-se a transposição do rio São Francisco? Qual a situação atual das obras?

Dom Cappio – O projeto segue adiante, mas não na velocidade prevista. Quem está trabalhando é praticamente só o exército. Quase todas as empresas deixaram o campo de obras por conta de atrasos em relação aos pagamentos e a falta de confiança nos recursos referentes ao projeto. Temos notícias de que a obra está praticamente parada. Então, a situação hoje do projeto de transposição de águas do Rio São Francisco é caótica, já estamos no final dos prazos previstos e apenas 15% da obra foi executada. Serviços de infraestrutura junto àqueles que requerem maiores tecnologias nem sequer foram iniciados.

IHU On-Line – A obra já começou. O senhor já vê alguma influência na vida do São Francisco?

Dom Cappio – Por enquanto, ainda não significou muito na vida do rio e de quem depende dele.

IHU On-Line – Em relação à resistência, onde estão os movimentos sociais e o movimento indígena?

Dom Cappio – Os movimentos sociais, as universidades e a sociedade civil nunca se calaram, nunca ficaram parados. Agora mesmo estive na Europa participando de uma série de palestras, encontros e debates e vi que não apenas o Brasil, mas o mundo todo se levanta contra o projeto de transposição de águas e agora também contra o projeto de Belo Monte no Pará. São obras muito grandes de alto investimento de recursos públicos e praticamente baseados em uma tecnologia totalmente ultrapassada, então são recursos do dinheiro público investidos em tecnologias totalmente superadas. Isso nos causa uma indignação muito grande, principalmente porque sabemos que o projeto de transposição é totalmente eleitoreiro. O objetivo do projeto já foi alcançado, que era os recursos para o atual tempo de política eleitoral. Desta forma, os recursos já foram todos amealhados para a atual campanha. Se o projeto de transposição vai ou não adiante, isso é secundário, o importante para quem faz parte dessa jogada já foi conquistado.

IHU On-Line – E o pessoal que apoiou a sua greve de fome?

Dom Cappio – No debate dos presidenciáveis na Rede Viva, o Plínio de Arruda Sampaio, que é um dos mentores de todas essas lutas sociais, por várias vezes citou toda nossa luta contrária ao projeto de transposição. As grandes mobilizações continuam, só que a imprensa não divulga, a imprensa que está a serviço do poder simplesmente ignora as manifestações todas. Jamais a sociedade civil parou de se manifestar e de reagir, indignada diante do projeto. Continua

Leia também:
- Carta Kaiowá Guarani ao Presidente Lula

O homem de Neandertal pensava como nós?

Via Scientific American
edição 98 - Julho 2010
Por João Zilhão

O arqueólogo João Zilhão defende a tese de que nossos parentes, de reputação intelectual duvidosa, compartilhavam as mesmas aptidões cognitivas

Há duas décadas, o arqueólogo português João Zilhão, da University of Bristol, na Inglaterra, estuda nosso primo mais próximo, o homem de Neandertal, que ocupou a Eurásia por mais de 200 mil anos antes de desaparecer misteriosamente há cerca de 28 mil anos. Especialistas da área debatem há tempos eventuais semelhanças entre a cognição do homem de Neandertal e a nossa. Em posição central nessa controvérsia estão alguns sítios neandertais contendo restos culturais indicativos do uso de símbolos – inclusive jóias – que são um elemento determinante do comportamento humano moderno. Zilhão e outros argumentam que o homem de Neandertal inventou sozinho essas tradições simbólicas, antes de os seres humanos ditos modernos, do ponto de vista anatômico, terem chegado à Europa, há cerca de 40 mil anos. Os críticos, por outro lado, acreditam que esses objetos tiveram sua origem entre os modernos.

No entanto, em artigo publicado em janeiro na Proceedings of the National Academy of Sciences, nos Estados Unidos, Zilhão e seus colegas relataram descobertas que poderiam encerrar a polêmica: conchas marinhas manchadas de pigmentos, de dois sítios na Espanha datados de quase 50 mil anos atrás – 10 mil anos antes de os homens ditos modernos do ponto de vista anatômico terem se dirigido à Europa. Recentemente, Zilhão discutiu as implicações das novas descobertas de sua equipe com a editora Kate Wong, da Scientific American. Segue uma versão editada dessa conversa.

SCIENTIFIC AMERICAN: Paleoantropólogos debatem o comportamento dos homens de Neandertal há décadas. Por que todo esse alvoroço agora?

JOÃO ZILHÃO: O debate dos últimos 25 anos decorre da teoria pela qual os homens com anatomia moderna se originaram, como uma nova espécie, na África e depois se espalharam a partir dali, substituindo os homens primitivos como os de Neandertal. Aliado a essa noção, havia o princípio de que as espécies são defi nidas tanto por sua anatomia quanto pelo comportamento. Dessa forma, os homens de Neandertal, por não terem uma anatomia moderna, não poderiam, por defi nição, ser moderno em seu comportamento.

Porém, havia problemas com esse modelo. Em 1979, arqueólogos que trabalhavam no sítio em St. Césaire, na França, encontraram um esqueleto neandertal em uma camada que continha resquícios culturais produzidos segundo a assim chamada tradição chatelperroniana. Na época, os especialistas acreditavam que os artefatos chatelperronianos – ornamentos corporais e ferramentas sofi sticadas de osso, entre outros elementos – teriam sido produzidos por homens modernos. Mas, em vez disso, estabeleceu-se que as descobertas de St. Césaire tinham conexão com o homem de Neandertal. Continua

Justiça iraniana adia novamente decisão sobre sentença de Sakineh

Via R7
25.08.2010

Pela 2ª vez em menos de 7 dias, país evita tomar decisão sobre o futuro de iraniana

A decisão sobre a sentença da iraniana acusada de adultério, Sakineh Mohammadi Ahstiniani, foi adiada pela segunda vez pela Justiça do Irã em menos de uma semana, informou nesta quarta-feira (25) o diretor do Comitê Internacional contra o Apedrejamento (Icas, na sigla em inglês), Farshad Hoseini.

De acordo com Hoseini, o advogado de Sakineh, Hootan Kiani, encontrou hoje com autoridades da Procuradoria, e estes disseram que ainda não chegaram a qualquer decisão.

- Nós também ficamos sabendo que as autoridades iranianas vão processar o advogado de Sakineh, Kiani.

Hoseini não detalhou os motivos para esta decisão.

A representante do Icas e iraniana, Mina Ahadi, deve divulgar mais informações sobre a Sakineh nesta quinta-feira (26), em Washington nos Estados Unidos.

Da outra vez que Sakineh teve a sua sentença adiada, sexta-feira passada (20), Mina já havia declarado que este adiamento não seria o único. Continua


Mais notícias sobre Sakineh no site francês LA RÈGLE DU JEU


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México: 7 de cada 10 estudiantes no leen bien

CIUDAD DE MÉXICO | Jueves 26 de agosto de 2010
Nurit Martínez | El Universal


El secretario de Educación Pública, Alonso Lujambio, reconoció que 70% de los alumnos de primaria y secundaria no cumplen con el nivel de lectura adecuado, por lo que tendrán que leer 20 minutos diarios

En México 7 de cada 10 estudiantes de primaria y secundaria, esto es, poco más de 14 millones 600 mil estudiantes de primaria y secundaria “están fuera del estándar de lectura” no saben leer bien, no lo hacen con fluidez y tampoco comprenden los textos que abordan, aseguró el secretario de Educación Pública, Alonso Lujambio Irazábal.

Al concluir la ceremonia de presentación de los “Estándares Nacionales de Habilidad Lectora”, el funcionario explicó hizo un llamado a los padres de familia a colaborar en la generación de una “nueva cultura por la lectura”.

Después de realizar un estudio dentro de las escuelas primarias y secundarias del país, “aproximadamente el 30 % de los niños de cada uno de los grados están dentro del estándar” de identificación de palabras y comprensión del significado del texto.

Durante el lanzamiento, realizado en el patio de la Aduana en la sede de la Secretaría de Educación Pública (SEP), el funcionario dijo que con este programa “estamos dando pasos más en la consolidación” de la calidad de la educación en México.

Convocó a los padres de familia a sumarse a ésta actividad. Si todos los días leemos 20 minutos con nuestros hijos y cada 4 o 5 días les medimos cuántas palabras por minuto leyeron, vamos a poder evaluar con gran precisión lo que está pasando con nuestros hijos y les aseguro padres de familia que en 4 o 5 meses van a ver una mejoría radical, notoria, espectacular, del modo en que nuestros hijos leen y comprenden la lectura”. Continua

Legenda da imagem:
LETRADO CONTROL A cada padre se le entregará una hoja donde se precisan las características de lectura que deben cumplir (Foto: Archivo ELUNIVERSAL )


Se você não viu, veja::
Crianças suecas aprendem a resolver problemas cotidianos na escola

Mais da metade dos fumantes com câncer não larga vício após diagnóstico

Via Equilíbrio e Saúde/Folha.com
26.08.2010

Um levantamento realizado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) apontou que 60% dos fumantes diagnosticados com câncer não conseguem largar o cigarro mesmo após descobrirem a doença.

Segundo a análise, de todos os atendimentos realizados este ano no Icesp --que tem uma média de 6.000 por mês--, 35% dos pacientes, ou um em cada três, afirmaram serem tabagistas no momento em que ingressaram na unidade para realizar o tratamento.

Os efeitos nocivos que o cigarro provoca são extremamente prejudiciais para quem luta contra o câncer. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o tabagismo dificulta a cicatrização, prejudicando pacientes submetidos a cirurgia oncológica.

Além disso, eleva a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares e infecções respiratórias. A função pulmonar também é altamente afetada, o que pode aumentar o risco de complicações durante o período de radioterapia, por exemplo.

Os pacientes oncológicos que fumam também enfrentam dificuldades durante o período da quimioterapia. Alguns quimioterápicos podem surtir efeito bem menor no organismo, o que prejudica o tratamento e, muitas vezes, a cura. Os efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, perda de apetite e sintomas respiratórios, também são intensificados.

"Infelizmente, a grande maioria relata dificuldades para abandonar o cigarro, mesmo após receberem o diagnóstico de câncer. Mas é fundamental que essa realidade mude, não só por melhorar a qualidade de vida das pessoas como para ajudar na luta contra a doença", alerta Frederico Leon Arrabal Fernandes, médico pneumologista do instituto.

Gomas de nicotina e adesivos são as formas mais indicadas para incentivar os fumantes a largarem o vício e diminuir o desconforto da abstinência durante o período de internação.

Como forma de incentivo para os fumantes largarem o vício e diminuir o desconforto da abstinência, o Icesp oferece tratamento.
fonte

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mineração de Urânio precisa ser proibida, artigo de Norbert Suchanek

Via Eco Debate
Por Norbert Suchanek
26.08.2010



Foto: Mina de Urânio em Namíbia, foto do filme “Uranium Thirst”
de Norbert Suchanek e Márcia Gomes de Oliveira



A organização Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear, IPPNW, exigiu que a mineração de urânio seja proibida mundialmente. Na véspera do Congresso “Mineração de Urânio, Saúde e Povos Indígenas”, que vai começar dia 26 de agosto na Suiça, Frank Uhe, Chefe da IPPNW na Alemanha falou: “Nós não podemos esquecer que a mineração e a concentração de urânio sempre está conectada com perigos graves para a saúde e o meio ambiente.”

A indústria nuclear é uma indústria suja desde o seu começo. Trabalhadores nas minas e as populações locais podem adoecer com câncer, especialmente leucemia, câncer de estômago, câncer do fígado, câncer do intestino, câncer do rim e câncer de pele. Em risco estão também os recursos hídricos. Por exemplo, no norte da Austrália. Lá cada dia 100.000 litros de água contaminada com elementos radioativos e tóxicos da mina de Urânio Ranger Mine está infiltrando no meio ambiente. No mundo, 75 porcento das populações afetadas pelas minas de urânio radioativas são povos indígenas. Por isso, o IPPNW e outros organizadores do congresso como o “Nuclear Free Future Award” e “AG Uranium Network” falam: “Deixe o urânio intocado no chão!”

Os riscos da radioatividade e os riscos da produção de Urânio e das usinas nucleares são constantemente negados, disfarçados ou sonegados pela mesma indústria e os cientistas e governos ligados. Em 2008, no Le Monde Diplomatic, a cientista Alison Katz, que foi durante 18 anos integrante do staff da Organização Mundial da Saúde (OMS) escreveu muito claro em artigo intitulado A conspiração do silêncio: “Durante décadas, os lobbies do fumo, da agroquímica e da petroquímica sabotaram todas as medidas de saúde pública e ambientais que prejudicassem seus lucros. Mas o lobby nuclear tem-se mostrado incomparavelmente mais poderoso: abrange os governos que desenvolvem atividades nesse campo, principalmente dos Estados Unidos, Grã Bretanha e França, assim como poderosas organizações que os perpassam. A desinformação gerada sob pressões bélico-industriais dos Estados é gigantesca. E, o que é pior, a corrupção em torno do setor afeta as mais prestigiadas instituições acadêmicas e científicas.”Continua

Manifesto de Movimentos Sociais e Populares: Assinatura da Concessão de Belo Monte é ilegal

Via Eco Debate
26.08.2010

Assinatura da Concessão de Belo Monte é mais uma ofensiva macabra para sentenciar a morte do rio Xingu

Os funcionários do Planalto ainda não terão limpado os restos da festança que comemorará o retorno do Presidente da República ao seu Palácio nesta quarta, dia 25, e o governo federal assinará a sentença de morte do Xingu e a expulsão de milhares de cidadãos de suas casas, o pouco que ribeirinhos e pequenos agricultores das barrancas do rio podem chamar de seu.

Num ato de escandalosa afronta a convenções internacionais de direitos humanos, à legislação brasileira e à Constituição do país, o governo firmará, nesta quinta, 26, o Decreto de Outorga e o Contrato de Concessão da UHE Belo Monte com o Consórcio N/Morte Energia no Palácio do Planalto.

A assinatura ocorrerá antes do Ibama ter concedido a Licença de Instalação à obra, que, por lei, deve anteceder mesmo o processo de licitação (artigo 4 da resolução 006 do CONAMA), e enquanto ainda tramitam na Justiça 15 Ações Civis Públicas contra a Licença Prévia, contra o leilão e por violação de Direitos Humanos e Constitucionais das populações ameaçadas.

Neste ato, serão rasgados acordos internacionais como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas e a Convenção sobre Diversidade Biológica, que exigem o consentimento livre, prévio e informado dos Povos Indígenas e Comunidades Locais em caso de empreendimentos que afetem suas vidas.

Será consolidado um procedimento que ressuscitou um autoritarismo aterrador por parte do governo, que instou o Tribunal Regional Federal a derrubar sem a mínima avaliação dos argumentos jurídicos três liminares concedidas pela Justiça Federal contra a obra e o leilão, constrangeu procuradores do Ministério Público Federal através de ameaças abertas por parte da Advocacia Geral da União, e avalizou um projeto que custará mais de 19 bilhões de reais – a maior parte advinda de fundos públicos como o BNDES e de fundos de pensão – sem a menor garantia de viabilidade econômica, representando uma grave ameaça ao erário público. Continua

Leia também:
- Tapajós: a luta contra as hidrelétricas
- Lula admite ter sido contra Belo Monte ao assinar concessão

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A primeira carta à Sakineh

Via La Règle du Jeu
Por ISABELLE ADJANI
23.08.2010


Sakineh, votre nom bat dans mon cœur, et mon coeur bat en vous écrivant. Votre nom est sur toutes les lèvres et se murmurera à faire crever les tympans des juges qui restent sourds aux gémissements des femmes dont vous êtes l’irréductible figure de liberté. Vous êtes la vraie femme, cruellement riche d’une possibilité inédite: celle qui charnellise un sens de la justice qui donne au monde entier un frisson de révolte; celle qui lui arracherait la peau si nous n’étions pas capables de vaincre l’obscurantisme délibéré d’hommes enragés par la puissance de votre existence.

Celle qui vous écrit n’est qu’une actrice française dont la vocation artistique tente de prendre sur elle, le plus humainement possible, les failles et les tourments d’héroïnes souvent tragiques. Elle n’est que l’infime prolongement du « fragment de notre destinée de femme » que vous représentez et de votre refus de ce “savoir mourir” imposé par ceux qui s’obsèdent, au nom d’une ignorance criminelle, à vouloir liquider la magnificence de votre dignité. Ils enragent jusqu’à la folie, ceux-là, à la seule idée de l’amour – mais oui – qu’il y a dans votre liberté. Je vous laisse, chère Sakineh, vous qui ne nous quittez pas.

Para traduzir a carta com o Google Translator é só clicar aqui.


***

Trecho da matéria:
Uma carta por dia para salvar Sakineh
Via Público - Por Ana Dias Cordeiro - 25.08.2010

"[Acusaram-me], porque sou mulher, porque pensam que podem fazer tudo às mulheres neste país. Porque, para eles [os responsáveis], adultério é pior do que homicídio. Estou num país onde as mulheres não têm o direito de se divorciarem dos seus maridos e estão privadas dos direitos mais básicos", escreveu através de um intermediário anónimo no jornal britânico The Guardian.

"Durante todos estes anos, eles tentaram meter-me uma coisa na cabeça, convencer-me de que sou uma mulher adúltera, uma mãe irresponsável, uma criminosa. Mas com o apoio internacional, estou a reencontrar-me, a reencontrar o meu ser inocente." Sakineh agradeceu as várias campanhas internacionais. E, caso não resultem, deixou um pedido: "[Se for apedrejada], que não seja à frente do meu filho."

Leia a matéria completa aqui.

Brasileiros se tornam os reis do consumo em Nova York

Via Estadão, há 390 dias sob censura
Por Gustavo Chacra
24.08.2010

Os brasileiros aos poucos se transformam em campeões mundiais de compras, rivalizando com os japoneses e outras nacionalidades conhecidas pelo consumo. A fila para os estrangeiros pegarem o cartão com isenção de impostos na Bloomingdale’s parece a mesma da do check-in da TAM no aeroporto JFK em Nova York, que é a cidade escolhida por 38% dos brasileiros que vêm aos EUA, de acordo com o Escritório para as Indústrias do Turismo e Viagem do governo americano.
Quase todos são brasileiros que aproveitam o dólar barato para visitar os Estados Unidos e fazer compras. Com um crescimento de 22% no último ano, os turistas do Brasil estão apenas atrás de japoneses, ingleses e alemães no ranking de visitas aos EUA – não estão incluídos México e Canadá, com fronteiras terrestres.
Independentemente da classe social, os turistas vindos de São Paulo, do Rio ou do Recife irão ao outlet de Woodbury, em Nova Jersey, para comprar calças, camisas e bolsas por um preço mais barato do que encontrariam no Soho ou na Quinta Avenida – segundo estatísticas do governo americano, 92% dos brasileiros vão às compras quando estão nos EUA, enquanto apenas 26% visitam um museu e 50% se divertem em um parque. Continua

Comentário básico:
E precisa?

Leia também:
- Direitos humanos a sério
- Atentado à privacidade
- Diretor do Ibama: "Queimadas vão fazer do Brasil um inferno"
- A luta contra o derramamento de petróleo desencadeia "guerra" entre os cientistas

Desiguais demais


JC e-mail 4081, de 24 de Agosto de 2010.
Desiguais demais


Estudo compara índices de desempenho da educação básica em todos os estados nos anos de 2005 e 2009 e mostra que, em metade, aumentou a discrepância entre melhores e piores

Como avaliar a educação do meu estado, da minha cidade, da minha escola? Atualmente, é possível olhar para diversas realidades sob o ângulo de números e pesquisas, que tratam de analisar e ranquear a vida cotidiana. Em se tratando de educação, entre os dados mais utilizados para a realização de avaliações está o Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb), do Ministério da Educação (MEC).

O movimento Todos Pela Educação, com base nas informações do último índice - divulgado em julho -, apresentou estudo com a intenção de aumentar o alcance de avaliação do Ideb. Enquanto o indicador do MEC forneceu o número do índice (que representa a qualidade da educação) de cada estado, entre outros dados, o movimento apresentou de que forma esse índice é composto.

Em alguns estados, ele é feito de uma maior igualdade do ensino oferecido nas escolas. Em outros, representa a média de escolas com uma qualidade muito diferente entre si.

Ao comparar a desigualdade na educação das séries finais (5ª a 8ª) do ensino fundamental, oferecido pelas redes estaduais em 2005 e 2009, o estudo observou o aumento da discrepância do ensino entre as escolas de 14 estados.

Enquanto representantes de entidades criticam tantos números que expliquem de forma exata a educação, e até a avaliação de desempenho por provas aplicadas em todo o país, o presidente executivo do movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos, defende que o novo estudo fornece mais condições para uma avaliação concreta da qualidade da educação distribuída pelos estados.

"Não podemos dar oportunidade e futuros diferentes para alunos de uma mesma rede de ensino. Ou seja, não se pode criar um 'apartheid educacional'. Por isso, esses dados são uma invocação para que o gestor trabalhe a questão da desigualdade entre escolas, para que enxergue essas diferentes realidades", afirma. Continua

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Um céu agitado

Via Ciência Hoje
Por Adilson de Oliveira
20.08.2010



Chuva de meteoros das Perseidas fotografada na noite de 13 para 14 de agosto de 2010 do Observatório Paranal, no Chile, mantido pelo Observatório Europeu do Sul. Os meteoros são detritos do cometa Swiftt-Tuttle (foto: Stéphane Guisard / ESO)


As noites de inverno costumam ser as mais interessantes para se observar o céu. Devido ao tempo seco e com poucas nuvens, em lugares afastados dos grandes centros urbanos é possível observar detalhes interessantes que normalmente passam despercebidos devido à poluição atmosférica e luminosa.

É possível contemplar, além da Lua e dos cinco planetas visíveis (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno), fenômenos astronômicos que ocorrem com alguma frequência e são previsíveis, dada a sua regularidade.

Neste mês de agosto de 2010, dois tipos de fenômenos astronômicos chamaram a atenção, inclusive da mídia. Um deles foi a conjunção da Lua com Mercúrio, Vênus, Marte e Saturno, que pôde ser melhor vista nos dias 13 e 14. A conjunção é um alinhamento de planetas que ocorre com certa periodicidade devido ao fato de os períodos de translação ao redor do Sol serem fixos.

O outro evento interessante foram as chuvas de meteoros de Delta Aquaridius, no dia 10 de agosto, e das Perseidas, que tiveram sua atividade máxima no dia 12. Esses nomes vêm das constelações de Aquarius e de Perseus, que ocupam a região do céu da qual parecem sair os meteoros observados durante esses fenômenos.

A chuva de meteoros mais intensa foi a das Perseidas. Pouco desse fenômeno pôde ser visto nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, mas ele foi mais intenso nas regiões Norte e Nordeste e nos países do hemisfério Norte. Continua

Veja também:
- A falta que faz o ensino da ciência para criança

Escavações no Piauí podem revelar hiato da ocupação humana nas Américas


JC e-mail 4080, de 23 de Agosto de 2010.
Escavações no Piauí podem revelar hiato da ocupação humana nas Américas


Antropólogos se perguntam como teria ocorrido a suposta troca de uma população pré-histórica por outra no continente. Esqueletos achados no Parque Nacional da Serra das Confusões, que datam entre 5 mil e 8 mil anos atrás, podem fornecer resposta

Sepultamentos descobertos no Parque Nacional da Serra das Confusões (PI) podem reforçar a busca por respostas para um hiato que marca as pesquisas sobre a ocupação humana nas Américas.

Há décadas, antropólogos se perguntam como teria ocorrido a suposta substituição de uma população pré-histórica por outra no continente. A tese surgiu com os estudos do crânio de Luzia, descoberto nos anos 1970 e considerado como sendo da primeira brasileira, além de o primeiro fóssil humano das Américas.

A jovem mulher, que viveu há aproximadamente 11 mil anos na região cárstica (tipo de relevo caracterizado pela corrosão de rochas) de Lagoa Santa (MG), tinha feições negroides e era, provavelmente, descendente da primeira migração da Ásia, com características distintas dos índios modernos.

Equipes da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) empreenderam prospecções em 2008 e 2009, que resultaram no cadastro de 110 sítios arqueológicos. Em dois deles - Toca do Enoque e Toca do Alto da Serra do Capim -, escavações revelaram esqueletos de adultos e crianças e fragmentos de ossos humanos queimados.

A importância da descoberta está nas primeiras datações, obtidas recentemente: entre cerca de 5 mil e 8 mil anos atrás. É justamente durante essa faixa cronológica que os pesquisadores acreditam que uma população com as características mongoloides dos povos indígenas brasileiros passou a habitar o continente. Continua

Estudioso da moral pode ser fraudador


JC e-mail 4080, de 23 de Agosto de 2010.
Estudioso da moral pode ser fraudador


Marc Hauser, de Harvard, que também estuda protolinguagem em animais, passa por investigação nos EUA

Um dos principais defensores da hipótese de que a moralidade é inata, tendo evoluído naturalmente nos ancestrais do homem, está sendo acusado de... fraude.

Marc Hauser, biólogo da Universidade Harvard, teria falsificado dados de experimentos, afirmam antigos subordinados do pesquisador.

Procurados pela Folha de SP, tanto Hauser quanto a universidade se recusaram a falar. Em declaração oficial, Harvard só diz que o professor está sendo investigado e que "o registro científico de seu trabalho será corrigido".

Os detalhes da suposta fraude têm aparecido aos poucos, desde a semana passada. Mas o que talvez seja a peça decisiva do quebra-cabeças veio à tona na quinta-feira (19/8), em reportagem do jornal "Chronicle of Higher Education", dos Estados Unidos.

Um ex-assistente de pesquisa de Hauser forneceu documentos e e-mails comprometedores ao jornal, sob a condição de ficar anônimo. As mensagens mostram um Hauser irritado com as dúvidas de seus colaboradores. Continua

Leia também:
Fraudes são ponta de iceberg que se começa a enxergar

A corrupção na Justiça

Via Estadão, há 389 dias sob censura
24.08.2010


- O Estado de S.Paulo

Ao fazer um balanço dos dois anos que passou à frente da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), quando realizou inspeções em 17 tribunais e foi obrigado a pedir formalmente a aposentadoria compulsória de um colega do Superior Tribunal de Justiça (STJ) denunciado por envolvimento num esquema de vendas de sentenças, o ministro Gilson Dipp traçou um quadro realista e preocupante dos tribunais brasileiros. Infelizmente, diz ele em entrevista ao Estado de domingo, alguns tribunais têm sido lenientes, deixando de tomar medidas drásticas contra o que chama de "maçãs podres" - ou seja, juízes indignos da toga. "A magistratura não tem blindagem contra atos de corrupção e irregularidades", afirma Dipp.

Quando começou a fazer inspeções em tribunais, varas e cartórios, explica o corregedor nacional de Justiça, a expectativa era descobrir apenas problemas pontuais. "Na verdade, o que foi constatado não era tão pontual assim. Isso foi surpreendente e chocante", diz o ministro.

Entre as irregularidades mais graves, a mais recorrente envolvia a concessão de liminares contra grandes empresas e instituições financeiras, determinando a liberação de altos valores em favor de falsos credores e de clientes inadimplentes. Mais grave ainda, como os recursos eram liberados sem qualquer garantia de caução, os beneficiários das liminares punham a mão no dinheiro e sumiam. "É um total desvirtuamento da autonomia do juiz. É um verdadeiro abuso de poder", diz o ministro Gilson Dipp, que nos próximos dias passará o cargo para a ministra Eliana Calmon.

A constatação de irregularidades somente foi possível porque a Corregedoria Nacional de Justiça passou a fazer o que deveria ser a principal tarefa das corregedorias dos tribunais. Por causa do enraizado esprit de corps, os órgãos encarregados de fiscalizar e coibir a corrupção de magistrados, a pretexto de preservar a "imagem" do Judiciário, frequentemente ignoravam denúncias de nepotismo. Também não investigavam magistrados que recebiam favores de empresários. E, sistematicamente, relevavam denúncias de corrupção e ainda "acomodavam" casos de malversação e desvio de recursos públicos. Continua

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Hitler tenía raíces judías y africanas según los test de ADN practicados a su familia

Via El Mumdo
24.08.2010
Londres

Las muestras de saliva tomadas a 39 familiares del líder nazi Adolf Hitler parecen demostrar que pudo haber tenido lazos biológicos con las razas que él consideraba inferiores y que trató de exterminar durante el Holocausto, según publica este martes el diario británico 'The Daily Telegraph'.

El periodista belga Jean-Paul Mulders y el historiador Marc Vermeeren han encontrado a familiares del líder nacionalsocialista, incluyendo a uno de sus primos, un campesino austriaco.

Los análisis de ADN a los que se han sometido demuestran que tienen un cromosoma muy poco frecuente en Europa Occidental y que, sin embargo, sí se encuentra mucho más fácilmente en los habitantes originarios de Marruecos, Argelia y Túnez, así como en los judíos. "A partir de este supuesto se puede concluir que Hitler estaba relacionado con personas a las que él despreciaba", ha escrito Mulders en la revista belga 'Knack', que ha publicado los resultados de esta investigación. Continua

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Germano Mathias

Para você que tem menos de 40 anos, e de quem foi usurpada
a oportunidade de conhecer os nossos talentos.



Viva a Música Popular Brasileira!









Sobre Germano Mathias




Água e fogo: relação direta no Cerrado

Via O ECO
Por Carlos Secchin
17.08.2010

No momento, o nível de secura do ar exige-nos um total estado de alerta contra a ameaça que o fogo impõe à nossa região, o Cerrado. Mesmo que contando com tanta e bem distribuída água, ficamos expostos à propagação resultante do forte vento que sopra nesta estação.

Nossos aceiros têm o dobro da largura dos da região e o capim que cresce à beira da estrada é, periodicamente cortado para não facilitar o alastramento de fora para dentro da propriedade. São medidas preventivas que, nesses tempos de fumaça densa, tem nos garantido a saúde das florestas e das fontes.

Parte dessa preocupação deve-se ao fato de que as nossas surgências (fontes captadas) dependem da proteção da camada vegetal nativa que cobre o solo e, a melhor maneira de impedir que o fogo se propague sobre uma savana naturalmente inflamável é com a preservação de floresta úmida e compacta.

Quando não se respeita a obrigatoriedade de se preservar 35% da vegetação nativa, o resultado dessa irresponsabilidade que os olhos não vêem, mas sentem com a fumaça é o contínuo e inexorável rebaixamento do lençol freático da região.

Com a acelerada e descontrolada expansão populacional e agropecuária no Centro Oeste não nos deixa dúvida de que uma tragédia de grandes proporções encontra-se em curso – OS INCÊNDIOS INCONTROLÁVEIS E A DESERTIFICAÇÃO DO SOLO DA SAVANA MAIS RICA DO PLANETA. Continua

Leia também:
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domingo, 22 de agosto de 2010

Quando teu pai te aterroriza

Via El País
REPORTAJE
Por M. R. SAHUQUILLO / N. GALARRAGA
22.08.2010


Los expertos estiman que 800.000 menores sufren la violencia de género en casa

Lorena tiene muy pocos recuerdos alegres de su infancia. No puede evocar una noche tranquila ni un día de paz. En su casa, los gritos y los golpes eran constantes. También el silencio angustioso que precedía a los insultos y las palizas que su padre infligía a su madre. Y su impotencia por no poder hacer nada. Hace tres años que madre e hija huyeron de la pesadilla de violencia machista en la que Lorena prácticamente había nacido. Acababa de cumplir 21 años. "Fuimos a dar un paseo y no volvimos más. Salimos con lo puesto", explica. Mientras habla no deja de retorcer tensa su collar. No tuvo infancia ni adolescencia. Creció como una niña asustadiza, una cría que ni estornudaba "por no molestar".

Vanessa, periodista de 29 años, y Miriam, profesora de 24, vivieron junto a sus otras dos hermanas sometidas a su padre durante años. Siempre con el temor de cometer un error -o lo que al maltratador se le antojaba como tal- y el pánico ante la segura represalia. "A mi padre siempre le he tenido miedo", cuenta por teléfono Beatriz, de 23 años, que con su madre acaba de terminar un largo tratamiento en un centro para mujeres víctimas de la violencia machista por el que también pasaron años atrás las otras tres veinteañeras, al que regresan una mañana para contar su experiencia. Son hijas de mujeres maltratadas. Víctimas de sus respectivos padres. Malvivieron en un ambiente violento hasta que lograron huir de su verdugo. "Un hombre que me vino impuesto. Al que yo no elegí", precisa una.

Su caso no es único. Unos 800.000 niños conviven con situaciones de violencia de género en España, según una estimación del Ministerio de Igualdad -una cifra derivada de la macroencuesta anónima sobre violencia de género de 2008-. De ellos, alrededor de 200.000 son hijos de mujeres con órdenes de protección. Continua

Legenda da imagem::
Vanessa, a la izquierda, y Miriam solo empezaron a vivir sus vidas hace ocho años, tras huir con su madre y sus otras dos hermanas de su padre.- LUIS SEVILLANO


Leia também:
- Demasiados centenarios para no ser un fraude
- El daño del tabaco se manifiesta desde el primer cigarrillo

Horário luleitoral

Via O Dia
Por Aroeira







Uma carta por dia para apoiar iraniana condenada à morte por lapidação

Via Público
Por Joana Amaral Cardoso
20.08.2010


Nomes da cultura apoiam Sakineh Mohammadi-Ashtiani

É um grupo de "grandes nomes da literatura e das artes", como descreve o filósofo francês Bernard-Henri Lévy, que a partir de segunda-feira vai publicar uma carta por dia num jornal francês e num jornal norte-americano para apoiar Sakineh Mohammadi-Ashtiani, a iraniana condenada à morte por apedrejamento.

"Vamos enviar a partir de segunda-feira uma carta por dia a Sakineh, assinada por grandes nomes da literatura e das artes" e em simultâneo "lançaremos um apelo aos cibernautas para que escrevam também a Sakineh. Essas cartas chegarão à sua família", disse o filósofo francês à agência AFP.

Os jornais em causa são o "Libération" e o "Huffington Post" (online), já na segunda-feira. A iniciativa segue-se à carta contra a morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi-Ashtiani assinada por 17 personalidades francesas e internacionais divulgada a 14 de Agosto e em que o escritor checo Milan Kundera, o Nobel da literatura nigeriano Wole Soyinka, a autora de BD iraniana Majane Satrapi (“Persépolis”) e as actrizes Juliette Binoche e Mia Farrow apelavam: "É urgente intervir para impedir uma execução que os observadores das questões iranianas dizem estar prestes a acontecer".

Esta missiva era também fruto da mobilização de Bernard-Henri Lévy, tendo sido publicada no site da sua revista “La règle du jeu" e na página principal do site "Libération". Continua

Belo Monte será 'uma vergonha'?

Via Estadão, há 387 dias sob censura
Por Washington Novaes
20.08.2010

O noticiário dos últimos dias sobre o projeto de implantação da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, torna ainda maior a perplexidade diante da indiferença, surdez mesmo, com que os órgãos do governo federal envolvidos no projeto recebem as numerosas exigências de esclarecimentos que a sociedade tem feito. Na sexta-feira da semana passada, enquanto índios, ribeirinhos, pequenos agricultores e pescadores, além de especialistas da Universidade do Pará, manifestavam sua inconformidade com o projeto - e chegavam, os acadêmicos, a afirmar que ele não é necessário nem mesmo em termos de energia -, anunciava o Ministério de Minas e Energia (amazônia.org, 13/8) que o contrato de concessão para a "usina de 11.233 MW" pode ser assinado ainda este mês, ou seja, antes mesmo que o Ibama conceda a licença de instalação. Também se anunciava que o contrato de concessão com 11 construtoras - agora incluindo três das maiores do País - "terá seu valor reduzido em cerca de R$ 4 bilhões, para R$ 15 bilhões" (Estado, 15/8). Ou seja, o valor estimado da obra já passou de R$ 9 bilhões para R$ 15 bilhões, para R$ 19 bilhões, para R$ 30 bilhões e agora retorna a R$ 15 bilhões. Que precisão! Quanta confiabilidade desperta no cidadão que paga impostos e no contribuinte dos fundos sociais que bancarão os custos!

Em artigos anteriores neste espaço (25/9/2009 e 5/2/2010, entre outros) já foram mencionados muitos argumentos que questionam a obra. A começar pela sua desnecessidade, deduzida de estudo da Unicamp/WWF que mostra a possibilidade de o Brasil poder ganhar metade da energia que consome hoje se fizer programas de conservação e eficiência energética, redução das perdas nas linhas de transmissão e repotenciação de geradores antigos. A subestimação dos custos ambientais, sociais e financeiros da obra na licitação. A superestimação - apontada por um painel de 38 especialistas - do potencial da usina, onde a produção poderá cair para apenas 1 mil MW na estiagem. A destinação de praticamente toda a energia ao setor de eletrointensivos exportados, que exige subsídios. O próprio Ipea, que pertence ao governo federal, em seu Boletim Regional, Urbano e Ambiental de julho de 2009, questiona projetos como esse, que não contribuem "para reduzir desigualdades regionais e sociais, não internalizam todos os custos, contribuem para o inchaço de cidades desprovidas de infraestruturas, para o desflorestamento, para perdas da diversidade biológica e cultural, para redução do fluxo hídrico, para a geração de contaminantes do solo, da água e do ar". Continua

O inchaço do currículo escolar

Via Estadão, há 387 dias sob censura
20.08.2010

- O Estado de S.Paulo

Introduzidas no currículo do ensino médio para afirmar teses "politicamente corretas" ou em resposta a pressões ideológicas e corporativas, disciplinas como cultura indígena e cultura afro-brasileira estão agravando as distorções do sistema educacional brasileiro.

Não bastasse a dificuldade que já enfrentam para ensinar aos alunos as disciplinas básicas, como português, matemática e ciências, ao serem obrigados a lecionar disciplinas criadas com o objetivo de resgatar a "dívida histórica com a escravidão" e a "dívida social com os povos da floresta", muitos professores acabam perdendo o controle dos seus cursos, transformando-os em verdadeiros pastiches de informações ideologicamente enviesadas.

Só nos últimos três anos, emendas aprovadas pelo Congresso incluíram seis novas disciplinas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Além de cultura afro-brasileira e cultura indígena, a rede escolar de ensino básico também tem de oferecer as disciplinas filosofia, sociologia, meio ambiente, regras de trânsito e direitos das crianças e dos idosos.

Tramitam ainda no Congresso centenas de projetos propondo a criação de mais "conteúdos" como esses. No levantamento que fez para sua tese de doutorado, a professora Fátima Oliveira, da Universidade Federal de Minas Gerais, constatou que só a Câmara dos Deputados recebeu 545 propostas desse tipo, entre 1995 e 2003. Continua

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O PAPEL DO PODER LEGISLATIVO NA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A INTERNET SUBMERSA

Via Estadão, há 385 dias sob censura
Por Herton Escobar
18.08.2010


crédito: Greg’s Cable Map


Quando você acessa um site inglês, hospedado na Inglaterra, como você acha que a informação chega do servidor de lá até o seu computador aqui? Pelo ar? Via satélite? Mágica digital? Telepatia?
Nada disso. Na verdade, ela viaja da maneira mais “tradicional” possível, via cabo.
Sei que parece uma pergunta/observação idiota, mas aposto que muita gente não sabe que há um emaranhado gigantesco de cabos de fibra ótica atravessando todos os oceanos e conectando todos os continentes da Terra, necessários para que a internet e outros serviços de telecomunicações funcionem. Imagine só!
Quando você baixa conteúdo de um site inglês, as informações atravessam fisicamente todo o Oceano Atlântico via cabo, de um computador na Inglaterra até o seu computador, na sua frente. Só que isso acontece à velocidade da luz … portanto as distâncias são absolutamente irrelevantes nesse caso. Se você baixa informações de um servidor da padaria da esquina ou de uma empresa de mergulho na Austrália, o tempo de viagem é exatamente o mesmo, para todos os fins práticos. Ou seja: instantâneo. Continua

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Computadores no ensino

Via Expresso
Por Nuno Crato
14.07.2010

É muito difícil saber se a introdução de computadores no ensino melhora ou prejudica a aprendizagem. Ou se os jovens que estudam em casa com recurso a computadores têm, só por esse facto, uma vantagem significativa.

Tirar conclusões fiáveis sobre as causas de fenómenos sociais é notoriamente difícil. O físico Richard Feynman salientava a dificuldade com que os físicos tiram conclusões a partir de estudos muito rigorosos, feitos por dezenas de cientistas e nas mais variadas condições laboratoriais. E contrastava essa dificuldade com o desembaraço com que alguns sociólogos parecem tirar conclusões a partir de dados vagos e controversos. "Tenho a vantagem de saber como é difícil descobrir verdadeiramente alguma coisa", dizia, "como se tem de ser cuidadoso a verificar as experiências, como é fácil errarmos e enganarmo-nos".

Nos estudos sociais, uma das razões por que é fácil errarmos e enganarmo-nos é o facto de os dados misturarem tantas variáveis que o efeito daquelas que queremos estudar é facilmente ofuscado por outras que lhes vêm associadas. É muito difícil, por exemplo, saber se a introdução de computadores no ensino melhora ou prejudica a aprendizagem, pois ao mesmo tempo que são introduzidos os computadores são feitas outras mudanças e não se sabe se foi por estes ou por aquelas que as melhorias ou os retrocessos aconteceram. Também é difícil saber se os jovens que estudam em casa com recurso a computadores têm, só por esse facto, uma vantagem significativa. As famílias com posses para oferecer computadores aos filhos também lhes oferecem outros recursos de estudo (explicadores, mais acesso à cultura, melhores condições de vida). Continua

Fantasma que insiste em atormentar

Via Estadão, há 385 dias sob censura
Por Pablo Pereira
07.08.2010

O noticiário brasileiro dos últimos meses é lamentavelmente rico em registros de agressão a mulheres – casos que vão do palavreado ofensivo à máxima brutalidade. A abominável atitude, usada como solução de conflitos de casais, em muitos casos atinge filhos e, pior, não raro acaba em morte.
Uma rápida passada de olhos na história paulistana nos mostra que essa violência, infelizmente, é herança secular na cidade. A leitura dos estudos da historiadora Alzira Lobo de Arruda Campos, aos quais é sempre conveniente voltar quando se pensa no tema, leva o cidadão deste suposto moderno 2010 à dura conclusão: a bestialidade humana não tem limites.
“Além das mãos, usadas para dar bofetadas, murros, unhadas e empuxões, e dos pés para pontapés, coices e ‘esporadas’, os maridos valiam-se de numerosos instrumentos para o castigo de suas mulheres”, escreve a historiadora no livro Casamento e Família em São Paulo Colonial (Paz e Terra, 2003). Ela estudou maços e maços de processos centenários de pedidos de divórcio, autos de crimes de honra e virgindade e outros documentos do Arquivo Público do Estado e da Cúria Metropolitana de São Paulo – entre outras fontes.
Os relatos de Alzira Lobo são chocantes. Impressionam pelos detalhes da crueldade contra as mulheres. E deixam a impressão de uma certa conivência familiar com o absurdo. Aliás, como hoje. “Quase todas as mulheres queixavam-se de ameaças e tentativas de morte”, conta a autora, referindo-se aos depoimentos estudados. No “Processo de divórcio de José da Fonseca Carvão e Câmara e Maria Antônia de Brito” (SP, 1807, Cúria), a agressão relatada é brutal: “(…) pisando-a a coices com as botas e arrastando-a pelos cabelos”. No caso da desavença entre Francisco Antonio Chrispim e Gertrudes Custodia (SP, 1820), os autos contam: “(…) outras vezes lhe tem dado com um chicote e queimando-a com fogo”. É um passado bem presente.
(texto publicado em O Estado de S.Paulo)

fonte

Cresce a fraude em ciência - e no Brasil?, artigo de Marcelo Leite


JC e-mail 4078, de 19 de Agosto de 2010.
Cresce a fraude em ciência - e no Brasil?, artigo de Marcelo Leite


"Nada menos que 72% dos pesquisadores incluídos numa revisão ampla de 2009 afirmam já ter presenciado algum tipo de má conduta"

Marcelo Leite é jornalista especializado em ciência e assina uma coluna na "Folha.com", onde publicou este artigo:

Preste atenção neste assunto: fraudes em pesquisas científicas. Elas estão aumentando e vão continuar assim, dada a competição feroz por reputação e verbas nesse campo da criatividade humana.

Nada menos que 72% dos pesquisadores incluídos numa revisão ampla de 2009 afirmam já ter presenciado algum tipo de má conduta. As falcatruas vão de pecados veniais, como a inclusão honorária de autores que não participaram de um estudo, a pecados capitais, como falsificar ou fabricar dados.

Nas faculdades de medicina brasileiras, por exemplo, é prática comum pôr o nome do chefe da cadeira entre as assinaturas de um artigo científico, mesmo que ele não tenha noção do que vai escrito ali. Há quem defenda a aberração, argumentando que o fulano criou as condições para que a pesquisa fosse realizada.

Sendo assim, por que não incluir também o nome do reitor em todos os estudos realizados numa universidade? Antes que algum reitor ou bajulador afoito se encante com a idéia, aviso que se trata de um argumento por absurdo.

Reconhecimento honesto da autoria de trabalhos originais é um dos pilares da ciência. Fidelidade na descrição dos métodos e dados é outro, pois é crucial poder reproduzir observações e experimentos. Por toda parte há quem se disponha, no entanto, a marretar os pilares do edifício.

Não deve ser por acaso que se realizou em Cingapura, de 21 a 24 de julho, a Segunda Conferência Mundial sobre Integridade em Pesquisa. O evento lançou para discussão aberta na internet o documento "Singapore Statement" (Manifesto de Cingapura), que lista 13 princípios e dá a seguinte definição de integridade científica:

"Integridade em pesquisa é definida como a confiabilidade da investigação por força da solidez de seus métodos e da honestidade e precisão na sua apresentação. Falta integridade à pesquisa quando seus métodos ou apresentação distorcem ou deturpam a verdade". Continua

Leia também:
- Cientista de Harvard sob investigação
- Má conduta científica dispara nos EUA

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

De planetas habitables e inhabitables

Via El País
Por FRANCISCO ANGUITA
17.08.2010



Representación artística de GJ1214b pasando por delante de su estrella.
Con 6,5 masas terrestres, es la primera supertierra oceánica detectada.- DAVID A. AGUILAR/CFA


El pasado 21 de julio el astrofísico Dimitar Sasselov, de la Universidad de Harvard, pronunció una conferencia que dio lugar a una pequeña tormenta científica. Anunció en ella que el equipo de la misión Kepler , del cual forma parte, había descubierto ya más de 100 planetas "semejantes a la Tierra" (earth-like en inglés), y que podía pronosticarse que en nuestra galaxia habría unos cien millones de planetas habitables. La noticia tuvo un eco inmediato en los medios de comunicación, y un segundo eco, airado, de desmentidos de otros miembros de la misión, encabezados por su investigador principal, William Borucki, del centro Ames de NASA.

Borucki precisó que lo único que puede hacer Kepler (un telescopio de 95 centímetros de diámetro puesto en órbita en 2009) es detectar planetas de tamaño terrestre. Y, por ejemplo, un cuerpo de dimensiones terrestres pero muy cercano a su estrella sería una esfera fundida, es decir algo muy diferente a la Tierra. Añadió: "Es lamentable que un miembro de nuestro equipo confunda así al público", una reprimenda fuerte para lo que se estila en círculos académicos. Sasselov se vio obligado a rectificar públicamente, aunque lo hizo acusando a los medios de ser los causantes del malentendido.

Varias historias se entretejen en ésta. La principal es que los miembros de esta misión, y los cazadores de planetas en general, sienten que alguno de ellos puede pasar a la historia como el descubridor del primer planeta gemelo de la Tierra, quizá con vida a bordo. Sasselov lo dejó muy claro en su charla, al partir de Copérnico y argumentar que estamos viviendo hoy el final de la revolución que el polaco comenzó en 1543 con el destronamiento de la Tierra como centro del Universo: encontrar otra Tierra cerraría el círculo. Pero la aspiración a formar parte de la historia de la ciencia casa mal con unos rígidos protocolos establecidos por la NASA para el estudio de los datos de la misión: las estadísticas vitales de los 400 candidatos más relevantes no se harán públicas hasta febrero, para que haya tiempo de filtrarlas y descartar así las falsas alarmas. Son sólo unos meses, una minucia comparada con los tiempos de Copérnico, quien guardó su manuscrito durante 37 años. Pero es que entonces no había investigadores principales ni financiaciones millonarias. Continua