sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma viagem no tempo









Política Ambiental no Brasil à beira do abismo

Via WWF-Brasil - 28.04.2010


As entidades signatárias manifestam nesta Nota sua forte preocupação com a atual conjuntura da política ambiental Brasileira, agravada ainda mais com a situação atual por que passam os servidores públicos federais ambientais (MMA / IBAMA / ICMBio / SFB) cujas reivindicações merecem nosso total apoio. O descaso do governo federal para com as carreiras ambientais constitui a derradeira e inequívoca evidência de que presenciamos uma crise inaceitável na política socioambiental brasileira, em pleno Ano Internacional da Biodiversidade.

As evidências de que o projeto de crescimento econômico fomentado pelo governo federal ruma na contra mão do desenvolvimento sustentável são inúmeras e graves. Vejamos:

1) Até agora o executivo federal não se posicionou de forma clara, pública e firme contrário ao movimento de flexibilização generalizada da nossa legislação federal sustentado - em dezenas de audiências públicas recentes - por representantes governistas da bancada ruralista no Congresso Nacional. Dentre as proposições em curso que visam desconstituir algumas das principais garantias legais pós-Constituição de 1988 destacamos:

I - a desfiguração do código florestal com propostas de anistia generalizada para consolidar o uso econômico de desmatamentos ilegais em áreas protegidas ou de risco (Reservas legais e áreas de preservação permanente);

II - propostas para enfraquecer o Zoneamento Ecológico-econômico como instrumento de planejamento fundamental para promoção da sustentabilidade retirando do próprio governo federal o controle sobre a sua qualidade e consistência;

III – proposta para eliminar o poder normativo do CONAMA, órgão de primeira importância do Sisnama por garantir a participação, legitimidade e transparência no desenvolvimento de normas e parâmetros técnicos ambientais;

IV – proposta para suprimir a prerrogativa do executivo de criar unidades de conservação, obrigando a sua homologação pelo legislativo.

2) A aprovação na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2009, de dispositivo no Projeto de Lei Complementar (12/09) que suprime o poder supletivo do órgão ambiental federal para o exercício da fiscalização, ou seja, de cobrir a eventual omissão dos órgãos ambientais estaduais, comprometendo de forma significativa o controle do desmatamento e, conseqüentemente, o controle federal sobre o cumprimento das metas de redução de CO2 contidas na Política Nacional de Mudanças Climáticas.

3) O não lançamento até hoje, pela Casa Civil da Presidência da República, da revisão do Plano Nacional de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia, revisão esta iniciada no primeiro semestre de 2008. Espera-se que a atual revisão inclua as ações relativas aos compromissos estendidos para o Cerrado, parte integrante das metas do item anterior.

4) A defesa exaltada e publicitária de um Programa de Aceleração do Crescimento 2 pautado fundamentalmente em obras de infra-estrutura altamente impactantes e despidas de avaliação ambiental integrada e estratégica. O PAC, em nenhuma de suas versões, contém planejamento correlato que indique um fortalecimento da gestão ambiental capaz de garantir sustentabilidade aos seus objetivos.

5) A insistência na aprovação, inclusive com pressão política exercida sobre técnicos do órgão de licenciamento ambiental federal e manifestações autoritárias na mídia parte de representantes do TCU e da ABIN contrárias às organizações da sociedade civil que questionam legitimamente no judiciário obras de infra-estrutura comprovadamente anti-econômicas e flagrantemente causadoras de graves impactos socioambientais, como a UHE – Belo Monte, no Pará, e a rodovia BR 319, no Amazonas, cortando o coração da Amazônia.

6) O bloqueio na Casa Civil, em atendimento à pressão do Ministério de Minas e Energia, na criação de novas áreas protegidas sob pretexto de desenvolver estudos para prospecção de áreas para mineração pondo em risco áreas com alto potencial de conservação de biodiversidade.

E por fim,

7) a recusa do executivo federal em cumprir acordo firmado com servidores das carreiras ambientais federais, induzindo com isso a evasão de técnicos qualificados do setor ambiental para outros órgãos públicos melhor estruturados e remunerados, ou mesmo instituições privadas, o que comprometerá sobremaneira a já pouco estruturada política ambiental brasileira.

O fortalecimento institucional dos órgãos responsáveis pela implementação das políticas e legislação ambientais é vital, e não acontecerá sem um tratamento sério e responsável às legítimas demandas dos seus servidores ambientais e da sociedade civil.

O tratamento anti-isonômico e de 2ª categoria conferido às carreiras ambientais nos órgãos federais precisa ser revisto e as demandas apresentadas merecem ser atendidas no curtíssimo prazo.

A omissão do poder executivo federal em relação ao flagrante ataque à nossa legislação socioambiental em curso no Congresso Nacional é também inaceitável cabendo aos líderes políticos do governo federal, em especial ao Presidente Lula, defender a implementação da legislação em vigor e o fortalecimento das instâncias de gestão ambiental federal.

Em 28 de abril de 2010, assinam:


Grupo de Trabalho Amazônico
Rede de Ongs da Mata Atlântica
Apremavi – Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Associação de Defesa Ambiental - Kanindé
Conservação Internacional - CI
Fundação SOS Mata Atlântica
Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia
Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
Inesc – Instituto de Estudos Socioeconômicos
IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
ISA - Instituto Socioambiental
ICV - Instituo Centro de Vida
Vitae Civilis Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz
WWF-Brasil


Legenda da imagem:
O fortalecimento institucional dos órgãos responsáveis pela implementação das políticas e legislação ambientais é vital.
© WWF-Brasil/Bruno Taitson


Por favor, divulguem este texto


A mancha negra

Via Greenpeace - 29.04.2010

Acidente com plataforma de petróleo espalha óleo pelo Golfo do México e dúvidas sobre um modelo energético prejudicial à saúde humana e ambiental.




Um vazamento de óleo não é algo que se limpe. Na maior parte dos casos, os remanescentes desses desastres ambientais se dispersam, diluem, são queimados ou afundam e ficam à espera de, em algum momento, voltar à tona e causar seus estragos. O caso da recente explosão seguida de vazamento da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, no Golfo do México, ocorrida no último dia 20, expõe as sérias deficiências do modelo petrolífero do qual somos dependentes.

Na explosão, onze funcionários morreram. Dois dias após o acidente, a plataforma naufragou e, lá do fundo, começou a despejar mais de cem mil litros de óleo diariamente. Hoje, 29 de abril, nove dias após o desastre, o presidente americano Barack Obama assumiu as rédeas do desastre, o que deu dimensão real à sua gravidade, oferecendo a ajuda do Departamento de Defesa na sua contenção.

A corrida agora é por evitar que o óleo continue a vazar e, alcance a costa da Lousianna, de onde já está a apenas 80 quilômetros de distância. A previsão é de que a macha, dpendendo da direção dos ventos, alcance a região do delta do Rio Mississipi na sexta-feira, dia 30.

Caso isto ocorra, as ricas regiões onde 40% da área de manguezais da costa dos Estados Unidos se concentram, podem ficar manchadas de óleo pelas próximas décadas. O governador da Louisianna Bobby Jindal declarou estado de emergência, alegando que o vazamento ameaça seus recursos naturais. As autoridades americanas precisam decidir entre o ruim e o pior: se mais vale queimar o óleo, emitindo carbono e produzindo gigantesca nuvem de fumaça, ou permitir que o desastre ambiental atinja as áreas de costas. Continua


***

Jornal Nacional - 29.04.2010





STF rejeita revisão da Lei da Anistia

Via Estadão, há 273 dias sob censura
Por Mariângela Gallucci de Brasília
30.04.2010


A anistia é ampla, geral e irrestrita. O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu ontem que a Lei de Anistia é válida e, portanto, é impossível processar penalmente e punir os agentes de Estado que atuaram na ditadura e praticaram crimes contra os opositores do governo como tortura, assassinatos e desaparecimentos forçados.

Depois de dois dias de julgamento, a maioria dos ministros do STF rejeitou ação proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que questionava a concessão de anistia a agentes da ditadura e propunha uma revisão. No debate, venceu, por 7 votos a 2, a tese defendida pelo relator da ação, Eros Grau, ele próprio uma vítima da ditadura.

Grau disse não caber ao STF alterar textos normativos que concedem anistias. O ministro observou que a Lei de Anistia resultou de amplo debate, que envolveu políticos, intelectuais e entidades de classe, dentre as quais, a própria OAB.

Na sessão de ontem, os ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Ellen Gracie, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso seguiram o voto de Grau. Ayres Britto e Ricardo Lewandowski concluíram que a Lei de Anistia não poderia perdoar crimes hediondos e equiparados.

"O torturador experimenta o mais intenso dos prazeres diante do mais intenso dos sofrimentos alheios", argumentou Ayres Britto. "O torturador é uma cascavel que morde o som dos próprios chocalhos." Para ele, os torturadores são "tarados", "monstros" e "desnaturados". Continua

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Chimpanzés de luto

Via Ciência Hoje - Por Larissa Rangel - 28.04.2010

Estudos mostram que chimpanzés reagem à morte de maneira similar aos humanos. Enquanto uma filha foi observada zelando pela mãe em seus momentos finais de vida, mães que perderam os filhotes carregaram seus corpos por várias semanas.



Em Bossou, na Guiné, uma mãe chimpanzé com o filhote mumificado,
que carregou por várias semanas após a sua morte. Para a pesquisadora Tatyana Humle,
a motivação para tal seria mais emocional do que instintiva
(foto: Tatyana Humle).


Os chimpanzés, parentes mais próximos dos seres humanos, parecem ter, como nós, consciência da morte. Essa foi a conclusão de duas pesquisas diferentes publicadas na Current Biology. Num primeiro caso, vídeos mostraram o comportamento de um grupo de animais momentos antes da morte de uma fêmea anciã.

O outro estudo observou como as mães chimpanzés carregavam o corpo de seus filhotes mesmo depois de mortos, numa espécie de período de luto. Seriam essas semelhanças um caminho para entender as emoções e pensamentos humanos em relação à morte?

James Anderson, responsável pela análise do grupo de chimpanzés em torno da morte da anciã, explica que vários sinais cognitivos já foram observados entre esses animais: eles simpatizam uns com os outros, têm senso de justiça e cooperam para atingir um mesmo objetivo.

Mas a descoberta recente pode explicar como eles se relacionam com o mundo à sua volta e, ainda, ajudar a encontrar as origens da concepção de morte tida pelos humanos.

O trabalho descreve as últimas horas de vida e a morte de Pensy, uma fêmea com mais de 50 anos que vivia no parque de safári Blair Drummond, na Escócia. Nos últimos dias de Pensy, o grupo com que ela vivia esteve muito silencioso e sempre procurava acariciá-la ou estar próximo. Anderson explica que, graças ao vídeo, eles puderam analisar, pela primeira vez, a reação dos primatas em um momento de morte.

O registro mostrou que, naquela noite, a filha, Rosie, e os outros companheiros balançavam a cabeça e ombro da anciã gentilmente após a sua morte. Para o pesquisador, o grupo buscava sinais de vida. Eles foram dormir mais tarde que o habitual e em locais incomuns, até mesmo evitando a plataforma onde Pensy morrera.

“Essas são provas de que as pessoas subestimam a consciência de morte desses animais”, reflete Anderson, pesquisador da Universidade de Stirling, no Reino Unido. Continua


Veja como os chimpanzés lidam com a morte no vídeo abaixo



Continua


Alarma en Brasil: mueren 19 recién nacidos en una maternidad de Alagoas

Via El País - Por JUAN ARIAS - Rio de Janeiro - 29.04.2010

El presidente del sindicato de médicos apunta a la falta de profesionales como la causa de las muertes

En Maceió, capital del estado de Alagoas, en el noreste pobre del país, ha saltado la alarma: en la maternidad Santa Mónica llevan muertos, en lo que va de mes, 19 recién nacidos, la mayoría por infección hospitalaria, según la dirección del hospital público. El presidente del sindicato de médicos, Welington Galvão, que ha visitado la maternidad ha dicho que allí "reina el caos. El hospital está superpoblado de recién nacidos, uno contagia al otro, no hay médicos especializados suficientes. Es un desastre. Habría que cerrar la maternidad, aunque sería peor pues aumentarían aún más las muertes de los recién nacidos".

Según Galvão "los médicos allí luchan para irse. No aguantan aquel infierno. Sólo el Ministerio de Sanidad puede resolver dicho caos". Según la dirección de la maternidad Santa Mónica hace ya seis años que han solicitado el aumento de personal para 26 de las actuales18 unidades de terapía intensiva, ya que allí llegan los casos más graves. La Secretaría Estatal de Sanidad descarga la culpa sobre las madres de los bebés muertos, alegando que no siguen médicamente la gravidez. Lo cierto es que Alagoas, que posee las playas más paradisíacas del país, también tiene el mayor índice de mortalidad infantil de Brasil. Continua

quarta-feira, 28 de abril de 2010

As pulseiras e os criminosos sem punição

Via Mulher 7x7 - Por Isabel Clemente - 27.04.2010


A primeira vez que li sobre o assunto pulseiras do sexo pensei “isso não pode ser sério”. Sou do tempo em que brincar de salada mista era o cúmulo da transgressão “sexual”. O selinho da brincadeira era o comentário do dia. Meninas corriam da história ao serem escolhidas. E tudo era uma grande e inocente encenação.

Agora os adolescentes aparecem com pulseirinhas de várias cores que, se arrebentadas por um garoto ou rapaz, impõem à moça uma “prenda”, do abraço à relação de fato. Algo está fora de ordem.

Uma menina de 13 anos teria sido violentada no Paraná por causa das tais pulseirinhas. Em Manaus, outro caso de agressão sexual terminou em morte e estaria ligado às pulseirinhas. Pulseira agora é licença para estuprar? É claro que não, você deve estar pensando, mas é a desculpa que o criminoso busca para escapar da punição e se colocar como convidado a uma relação consentida.

Quer um bom motivo para convencer a adolescente a jamais embarcar numa “brincadeirinha” dessas? A rua é um lugar mais perigoso do que a gente gostaria.

Conversei com a promotora de Execuções Penais do Ministério Público do Distrito Federal, Maria José Miranda. Com 17 anos de experiência, Maria José trabalha hoje no que ela chama de “esgoto penal”. Ela está encarregada da seção do MP que acompanha os condenados postos em liberdade por progressão da pena. Refém de um sistema falho, ela recomendou que Adimar, o pedófilo que matou seis meninos em Luziânia, Goiás, fosse monitorado de perto. Não conseguiu. Adimar violentou e matou enquanto gozava da liberdade concedida. “Eu vejo Adimares que não acaba mais”, diz, com um pesar na voz. “Adolescentes se acham imortais. Acreditam que podem beber que jamais ficarão bêbabos, que podem dirigir rápido que não baterão. Acham que nada acontece com eles”, diz. Mas num show, num ponto de ônibus, num shopping, pode ter um estuprador de olho na pulseirinha do sexo. Abaixo reproduzo trechos dessa conversa, bastante pesada, mas necessária. Espalhem.

Mulher 7×7 – Alguns crimes sexuais foram atribuídos ao uso das pulseiras do sexo. Como a senhora viu esses fatos?

Maria José Miranda - Os estupradores sabem que terão uma justificativa, entre aspas, afirmarão que foram convidados e, dependendo do porte físico da vítima, ainda dirão que não sabiam que era menor de idade. O estuprador usa isso como desculpa: a vítima quis. Quando entram as pulseiras, aí é que a defesa vai explorar o tema.

Mas a Justiça trata a mulher como culpada, como cúmplice?

Não. A defesa sempre alega isso, mas o Judiciário não tem acatado. O que eu acho que a Justiça deixa muito a desejar são as penas, se determina a pena mínima, fica muito próximo do mínimo. Por exemplo, no caso do Adimar, um dos desembargadores queria 7 anos e 6 meses pela violação de duas crianças. Quando a lei dos crimes hediondos foi derrubada no Carnaval de 2006, isso seria um ano e meio. Um estuprador que destruiu a vida de duas crianças. Eu não me conformo com isso.

O que aconteceu quando o Supremo derrubou a lei antiga dos crimes hediondos até que se editasse uma nova?

Quando o Supremo derrubou, ficou valendo o que o Código Penal estabelece para todos. Como estupro é um crime que pega no mínimo seis anos e, no máximo, quando entra a Lei das Execuções Penais dizendo que pode progredir o regime a partir do momento que cumprir um sexto, a partir de um ano tinha criminoso na rua. A nova lei dos crimes hediondos foi votada em 28 de março de 2007. Nesse tempo, 81 mil presos perigosos foram para a rua, muitos estupradores. Foi uma tragédia social. Essa “ausência” retroagiu e todos os condenados antes de 2006 foram beneficiados, e não só para os crimes desse período “sem lei”.
Agora que temos uma nova lei de crimes hediondos, o mínimo a ser cumprido são dois quintos, mas ainda é muito pouco. Quem é condenado a 30, só tem que cumprir 12. Continua

Livro de educação sexual distribuído em escolas gera polêmica

Portal Terra - Por Ed Ruas, Direto do Recife - 27.04.2010
Foto: Ed Ruas/Especial para Terra



O material foi distribuído para alunos do primeiro e segundo ciclo dos colégios, crianças com idade entre 6 e 8 anos

Um livro paradidático distribuído pela rede municipal de educação do Recife promete gerar muita polêmica. O vereador André Ferreira (PMDB), denunciou no plenário da Câmara a distribuição de uma obra cujo teor tem causando controvérsias entre os pernambucanos.

No material distribuído para alunos do primeiro e segundo ciclo dos colégios, crianças com idade entre 6 e 8 anos, há diálogos como: "O pênis do papai fica duro também? Algumas vezes. E o papai acha muito gostoso" ou "Aqui é o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso".

As ilustrações que acompanham os textos mostram, por exemplo, meninas e meninos se masturbando. "A verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema", "Mas não se esqueça: essa brincadeira, que dá uma cosquinha muito boa, não é para ser feita em qualquer lugar. É bom que você esteja num canto, sem ninguém por perto". Toda a polêmica está contida no livro: "Mamãe, como eu nasci?", escrito por Marcos Ribeiro com ilustrações de Bia Salgueiro.

O vereador André Ferreira, que é evangélico, disse ter sido procurado em seu gabinete por cerca de dez pais revoltados com a distribuição da obra e resolveu levar ao conhecimento dos seus pares na segunda-feira (26). "É um absurdo. Isso não pode ser feito pelo poder público sem ser discutido antes com os pais. Vamos convocar o secretário de Educação, Ministério Público, conselho tutelar, psicólogos e a associação de pais de alunos para saber como esse assunto pode ser abordado em sala de aula", avaliou o parlamentar.

André Ferreira pediu a suspensão imediata da distribuição do livro que integra o kit escolar das escolas municipais. De acordo com o vereador de oposição, ele ganhou o respaldo até dos governistas que concordaram se tratar de uma obra muito "agressiva" para crianças desta idade. "Não queremos que assunto deixe de ser tratado, mas não achamos coerente ser desta maneira", avaliou o peemedebista.

Diante da denúncia, a Secretária de Educação do Recife determinou o recolhimento dos 20 mil exemplares distribuídos pela rede escolar e orientou professores e diretores das escolas a pedir aos alunos a devolução dos livros.


Página Original

Veja também:
- Vereadores querem suspender no Recife cartilha sobre educação sexual
- Recife retira livros sobre educação sexual das escolas


Desabafo profissional

Por Leila Cordeiro - 26.04.2010

Sabe aquela história do Cansei? Agora quem cansou fui eu! E vou começar como manda o figurino!
Oi gente! Meu nome é Leila Cordeiro, sou jornalista brasileira e trabalhei como âncora no Brasil nas principais emissoras de TV por duas décadas. Confesso que contei até 1000 pra chegar até esse relato, e pra você entender o porque de todo esse meu desabafo, vou começar contando, ( rapidinho não se assuste), o que aconteceu comigo como profissional.
No auge da minha carreira vim para os EUA a convite da CBS Americana para ancorar o primeiro canal de noticias em portugues feito no exterior e quando ele acabou acabei ficando aqui por causa dos filhos.
Na época, e isso estou falando no início do novo milênio, em 2000, eles já estavam bem encaminhados em escolas públicas, onde não se pagava nada, nem os livros e resolvi então, continuar nos EUA para investir na educação das crianças.
É incrível como o tempo passa depressa quando você abre mão da sua vida profissional em nome da pessoal. E se você me perguntar se eu me arrependo, eu vou dizer a você que nem um só “issozinho”. Sabe porque? Porque além dessa educação gratuita e de qualidade, parece que a família ficou mais unida, acho que passei a ser uma mãe ainda melhor e mais presente, acompanhando o passo a passo do crescimento dos meus filhos.
Hoje a Ana Beatriz , a mais velha com 26 anos, é jornalista em North Carolina e vai pra Dinamarca onde cursará pós- graduação de Relações Internacionais e Lucas que está entrando na Universidade em Orlando para cursar Engenharia de computação aos 18 anos.
A sensação do dever cumprido com os filhos não tem igual! Não foi nada fácil, mas valeu a pena. Afinal éramos nós e só nós para bancar as despesas, o dia a dia, sem nenhum “patrocinador”pra ajudar. Sobrevivência pura!
Pois é, aí que começa a minha verdadeira saga da rejeição. Não sou ingênua para pensar que depois de tantos anos fora do mercado de jornalismo de TV no Brasil, meu lugar estaria ali, intacto, esperando a minha volta depois de eu ter resolvido minhas opções pessoais. Muito menos que estariam todos dispostos a me receber de braços abertos como uma grande (ex) estrela!
Sei que a fila andou e eu, com certeza, estou nos últimos lugares dela por ter ficado afastada tanto tempo. Essa é a penalidade máxima do mercado e pronto!
Mas pensei que, pelo menos, em respeito ao que que eu já havia feito no telejornalismo brasileiro, as pessoas que mandam no jornalismo das emissoras hoje, poderiam me levar de volta às telas, nem que fosse através de um free-lance.Que nada! Nem assim ! Continua

Portadores de HIV protestam, e ministério promete normalizar distribuição de remédios

Via R7 - 28.04.2010

Governo culpa falha do laboratório e crise aérea na Europa por atraso na entrega

Da Agência Brasil

Portadores de HIV e representantes de organizações não governamentais (ONGs) realizaram na manhã desta quarta-feira (28) em frente ao Ministério da Saúde um ato público em defesa do acesso a medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo governo federal. A manifestação ocorreu também nas secretarias de Saúde de pelo menos oito Estados do país.

Desde dezembro, os portadores de HIV sofrem com a falta do medicamento Abacavir, além da redução do estoque de mais três remédios: o Lamivudina, Efavirenz e Zidorrudina. Em Brasília, os manifestantes foram recebidos pelo coordenador do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Bezerra, e pela secretária executiva do Ministério da Saúde, Ieda Diniz.

O aposentado Lucier Pereira, morador de Ceilândia, cidade do Distrito Federal a 26 km de Brasília, participou da manifestação. Usuário do Abacavir, ele precisou substituir o medicamento por outro, o Biovir. No entanto, o remédio contém em sua composição o AZT, substância a qual Lucier apresenta intolerância.

- Além de não ter o mesmo resultado do Abacavir, sofro com efeitos colaterais como náuseas e vômito.

Entre os manifestantes estava também o cabeleireiro Alex Fabiano de Souza, dirigente do Grupo de Apoio a Portadores da Aids de Montes Claros (MG).

- Minha ONG tem 15 crianças que, sem os remédios, podem morrer. Continua

terça-feira, 27 de abril de 2010

Um progresso animal

Via Pesquisa FAPESP Online - Por Carlos Haag
Edição Impressa 170 - Abril 2010



Como a modernidade apartou homem e natureza na metrópole paulistana



Um convívio incômodo entre a modernidade do bonde
e a antiguidade do boi na capital
© Reprodução


Segundo registros, foi em 1685, no Recife, que um mosquito deu uma picada num incauto cidadão e, assim, teria ocorrido o primeiro caso de dengue no Brasil. Hoje, mais de 300 anos depois, em pleno século XXI, um simples mosquito ainda consegue render um país, sinal de que a modernidade brasileira não foi capaz, como esperavam os crentes do progresso de fins do século XIX e início do século XX, de “vencer” o “atraso” representado pelos “animais”. Mesmo numa metrópole avançada como São Paulo. “Naquele período, os animais da cidade passaram por um processo de ‘recolonização’, parte do processo de passagem de um padrão de raízes coloniais para outro com elementos de modernidade, em que o homem redefiniu suas atitudes e relações com os animais, colocando em oposição o ‘couro’, símbolo do animal, e o ‘aço’, o moderno”, analisa Nelson Aprobato Filho no doutorado O couro e o aço: a “aventura” dos animais pelos “jardins” da Pauliceia, defendido no Departamento de História da USP, orientado por Nicolau Sevcenko, com apoio da FAPESP.

“Meu objetivo foi entender os impactos da modernidade sobre os animais da cidade e demonstrar que a modernidade paulista aconteceu em suas dimensões (reais, imaginárias ou simbólicas) graças e a partir dos animais e das atitudes, usos e sensibilidades que o homem passou a adotar sobre eles”, continua. Segundo o pesquisador, com a revolução científico-tecnológica, os animais passaram a ter uma importância inesperada, já que, no processo de emergência das grandes metrópoles, eram para os homens a parte constitutiva de uma “cultura de referências estáveis e contínuas” que, nota o pesquisador, foram dilapidadas com o progresso. “Foi, logo, sintomática a escolha física e simbólica de animais como elementos singulares de experimentação, contraponto e confronto para a justificação ou detração (real ou imaginária) da modernidade paulistana.” Exemplos não faltam, desde o “Ou São Paulo acaba com a saúva, ou a saúva acaba com São Paulo” até a associação, feita por Monteiro Lobato, entre o quadro social nacional e o carro de boi, visto como símbolo do atraso, da lentidão, da rusticidade “antiga” e perniciosa. Não sem razão, uma estatística comparativa, feita em São Paulo, da quantidade de bovinos, equinos, asininos e muares revela que, se em 1905 eles eram 21.606, em 1920 passam para 38.885 e em 1940 chegam a apenas 5.375. No espaço de duas décadas, mais de 35 mil animais desapareceram da paisagem da cidade grande e, mais importante, sumiram da consciência dos cidadãos. Continua

EDUCAÇÃO ACREANA

Via Blog do Altino Machado - 22.04.2010




Pessoal do Sindicato dos Professores Licenciados do Acre não deveria deixar as escolas para gritar nas ruas de Rio Branco por melhoria salarial. A fotógrafa Sabrina Soares, de A Gazeta, flagrou comovente faixa onde pespegaram "enrrolação" e "resposicão".

Blog do Altino Machado

A cruzada da motosserra

Via Greenpeace- 26.04.2010

Por detrás da guerra da bancada da motosserra contra o Código Florestal, uma lei com 76 anos de história, só há um motivo: ele, finalmente, está deixando de ser letra-morta



Claudia, MT - Queimada na Amazônia abre espaço para
o cultivo de soja e a pecuária. © Greenpeace / Daniel Beltra


Nunca, neste país, se falou tanto de Código Florestal. O que é de se estranhar, pois a Lei nº 4.771 já está entre nós há exatos 45 anos. Isso sem contar sua primeira versão, que data de 1934. Não faz mais de década e meia, no entanto, que o Código virou alvo do agronegócio e de seus representantes no Congresso. Considerada, no Brasil e no mundo, uma das mais avançadas peças de legislação florestal, o Código, a cada ano, sofre ataques mais virulentos por parte dessa turma que acha que árvore só deve ser tratada a dentes de motosserra.

Na Câmara Federal, o Código está cercado por todos os lados. Na Comissão de Meio Ambiente da Casa, ainda tramita o projeto de lei 6424, de autoria do senador Flecha Ribeiro (PSDB-PA), que anistia desmatadores, reduz áreas de proteção e destina-se a causar tanto mal a nossas árvores que foi apelidado de “Floresta Zero”. Em outra Comissão Especial, criada no ano passado com a missão de juntar 11 projetos de lei que atacam os preceitos do Código Florestal, o relator, deputado federal Aldo Rebelo, (PCdoB-SP), apoiado por uma maioria de ruralistas, dá claros sinais de que nossas matas não terão mais vez.

Hoje, 27 de abril, ele comanda um encontro da comissão especial que vai decidir quando o seu relatório será entregue.

(Atualização em 27 de abril de 2010, às 16h40: a reunião da Comissão Especial do Código Florestal marcada para hoje foi cancelada, sem explicação. O presidente da comissão, o deputado federal ruralista Moacir Micheletto (PMDB-PR), e o relator, Aldo Rebelo, então se fecharam para uma conversa privada. O que querem esconder dos eleitores?)

Na prática, isso pode significar que um grupo reduzido de deputados em fim de mandato vão dar mais um passo para enterrar 76 anos de tradição legal de proteção para as florestas brasileiras. Por que os ruralistas têm se mostrado tão diligentes em seus ataques recentes ao Código Florestal se durante mais de meio século eles simplesmente ignoraram sua existência?

A explicação é simples. Para início de conversa, a capacidade de monitorar o cumprimento da legislação no campo, por imagens de satélite, aumentou sensivelmente na última década e revelou o que de certo modo todo mundo, governo inclusive, já sabia: é raro achar, no Brasil, um fazendeiro que siga à risca o que manda o Código Florestal em termos de preservação de matas nativa e ciliar em suas propriedades. Além da capacidade de monitorar, o governo federal também adotou, de alguns anos para cá, medidas que reforçaram sua capacidade de fazer cumprir o que manda o código. Continua

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um contra o outro

Muito obrigada, Juliana!







Um contra o outro

Deolinda



Contato com ETs não é uma boa ideia, diz Stephen Hawking

Via Estadão, há 269 sob censura - 26.04.2010

Vida inteligente pode evoluir para uma forma 'que não gostaríamos de ver', disse o cientista britânico

EFE

O físico e matemático Stephen Hawking afirmou que é "perfeitamente racional" aceitar a existência de vida inteligente fora da Terra, mas disse que a humanidade não deveria buscar contato com outras civilizações.
"Para meu cérebro matemático, os números só fazem pensar em extraterrestres de modo perfeitamente racional", disse ele em uma entrevista para um programa especial do canal Discovery.

A despeito disso, "se os extraterrestres nos visitarem, os resultados seriam como quando Colombo chegou à América, o que não acabou bem para os nativos", disse ele, referindo-se às várias tentativas realizadas de se estabelecer comunicação com inteligências no espaço.

Já foram enviados sinais de rádio ao espaço na esperança de se obter uma resposta, e sondas espaciais já foram equipadas com informações sobre a Terra e saudações da humanidade.

"Só temos que observar a nós mesmos para ver como a vida inteligente poderia desenvolver-se em algo que não gostaríamos de encontrar", disse o pesquisador de 67 anos.

Página Fonte

Leia também:
Busca por ETs pode dar resultado em breve, diz astrônomo

Legenda da imagem:
Stephen Hawking, durante palestra concedida no início do mês
Foto: Dave Einsel/AP

domingo, 25 de abril de 2010

Internet cria uma nova opinião pública

Via Estadão, há 268 dias sob censura - Por Christian Carvalho Cruz - 24.04.2010

Cidadãos 365 dias por ano


Para sociólogo, a internet e as redes sociais online vêm criando uma nova opinião pública, que não engole mentira, não tolera promessas, não aceita líderes analógicos; faz acontecer

A política como conhecemos hoje pode ser, muito em breve, um retrato embolorado na parede. E o político profissional, um desempregado irremediável, com saudade dos "bons tempos" pré-internet. Não, essa não é a última do admirável mundo novo. É a opinião de alguém que o acompanha com olhos de cientista: o sociólogo italiano Massimo di Felice. Doutor em Ciências da Comunicação, especialista em mídias digitais, ele leciona Teoria da Opinião Pública na Escola de Comunicação de Artes da USP. Acredita que a humanidade vivencie neste momento algo tão grandioso quanto o surgimento da prensa de Gutenberg no século XV: é o tempo em que a web vai levar ao desaparecimento do tipo de política e de político que existem hoje.

Para afirmar isso ele não leva em conta apenas a tecnologia em si, gelada em seus inesgotáveis twitters, orkuts e facebooks. Seu objeto de análise é a nova realidade que está nascendo daí, vertiginosa e quase silenciosamente. "A internet e as redes sociais online estão criando uma nova democracia e uma nova opinião pública." O que é particularmente interessante em temporadas como esta, de caça à tal opinião pública empreendida pelos institutos de pesquisa que tentam medir os humores e os pendores eleitorais dos brasileiros.

Mas alto lá com os antigos conceitos, previne Di Felice. "Essa opinião pública que está surgindo não quer ser chamada a opinar apenas de quatro em quatro anos. Ela participa, colabora, difunde ideias para mudar seu território cotidianamente. É cidadã 365 dias por ano. Está fazendo acontecer o que os políticos só prometem." O efeito imediato disso - para as eleições presidenciais de outubro - será mínimo, ele reconhece, dada a predominância, ainda, da opinião pública televisiva no País. Mas no futuro será algo decisivo.

Na entrevista a seguir, Di Felice empreende um passeio pela história e o desenvolvimento da opinião pública e, otimista, explica aonde, agora cada vez menos analógica, ela pode nos levar. Continua


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Leia também, no blog do Josias de Souza:

Sítio oficial 'usa' foto de atriz como se fosse de Dilma



Da esquerda para a direita, as atrizes:
Tonia Carreiro, Eva Vilma, Odete Lara,
Norma Bengell e Ruth Escobar (1968)


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Esclarecimento (Blog da Dilma):

Publicado em: 25.04.2010

O blog Dilmanaweb lamenta profundamente a interpretação equivocada da foto que traz a atriz Norma Bengell participando de uma passeata contra a ditadura. Leia mais


''O eleitor precisa se identificar''

Via Estadão, há 268 dias sob censura - Por Lucas de Abreu Maia - 25.04.2010

George Lakoff é um renomado neurolinguista da Universidade da Califórnia, Berkeley. Mas foi seu ativismo político que o levou a dar palestras nos quatro cantos dos Estados Unidos - dos auditórios de universidades a comícios eleitorais. Lakoff é um apoiador ferrenho do Partido Democrata e dedica grande parte de sua vida acadêmica - e de seus nove livros - a entender a divisão entre progressistas e conservadores no seu país. O resultado desse trabalho foi uma teoria cognitiva da política. Para ele, o conceito tradicional de razão não consegue explicar o modo como eleitores escolhem seus candidatos. Emoções, subjetividades e metáforas seriam mecanismos inerentes ao nosso cérebro e, portanto, inevitáveis.

Em entrevista ao Estado, Lakoff tenta remeter esses conceitos à política brasileira. Ele afirma que mesmo um presidente com 80% de aprovação pode ser derrotado pela oposição, desde que os adversários saibam se comunicar com o eleitor. Segundo ele, para vencer uma eleição é necessário "capacidade de falar e ser entendido por todos, transmitir sensação de confiança e ter uma imagem com a qual o eleitor possa se identificar". Por fim, Lakoff defende um "novo iluminismo", que abandone a noção de uma razão absoluta e lógica e que incorpore as descobertas científicas acerca da mente humana. Continua

sábado, 24 de abril de 2010

Para a tia Maria, que eu amava tanto

Marilda e Marinho, estou aí
de mãos dadas com vocês.
Tia Maria sempre foi um exemplo,
um grande exemplo para mim.








Vítima de homofobia em jornal continuará curso de farmácia na USP

Via G1 - Por Kleber Tomaz - 24.04.2010

'O Parasita' ofereceu ingresso de festa a quem jogasse fezes em gays.
Rapaz hostilizado por beijar colega quer punição do autor do texto.


Um dos estudantes atacados num artigo homofóbico publicado recentemente no jornal “O Parasita”, produzido por alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, foi localizado neste sábado (24) pelo G1 e afirmou que quer a punição do responsável pelo texto que o criticou por ter beijado na boca um outro homem numa festa em 2009. O artigo não citou nomes.

Ele é assinado por “Joãozinho Zé-Ruela”, pseudônimo do autor do periódico, e ainda faz uma promoção polêmica para que as cenas do beijo homossexual do ano passado não se repitam: promete dar um convite de graça para a próxima “Festa Brega” para quem jogar fezes num gay (leia íntegra abaixo).

Por telefone, o jovem, que tem mais de 20 anos, e só aceitou falar com a reportagem sob a condição de anonimato, estuda farmácia e, apesar de ter sido hostilizado no jornal, afirmou que vai continuar na faculdade em São Paulo. Continua

Butão, o reino da felicidade

Via Rede Record - novembro de 2009



Parte I



Parte II



Parte III


Parte IV



Parte V



Parate VI




Feliz aniversário, gripe A

Um ano depois
Via El Mundo - 24.04.2010


. El 24 de abril de 2009 la OMS empezó a investigar un curioso brote surgido en México
. El nuevo virus de la gripe ha causado 17.798 muertes, 300 de ellas en España


ELMUNDO.es | AGENCIAS

MADRID.- Todos los especialistas tenían los ojos puestos en Asia. "La próxima epidemia de gripe vendrá de Oriente", aseguraban. Sin embargo, el A/H1N1 eligió el continente americano para dar la cara. Desde que el 24 de abril de 2009 la Organización Mundial de la Salud (OMS) comenzara a investigar un curioso brote surgido en México que pronto cruzaría océanos y fronteras, la gripe A no ha dejado de ser noticia.

¿Cuántas personas la han sufrido?
Hasta el momento -la OMS no ha dado por finalizada la epidemia-, se han detectado casos de infección por el virus A/H1N1 en 214 países y territorios de todo el mundo. No se tienen datos exactos del número de afectados, pero se estima que se ha podido infectar entre un 10% y un 20% de la población.

¿A quiénes ha afectado más?
Contrariamente a lo que se esperaba, esta epidemia parece haber afectado especialmente a las personas jóvenes. Según los especialistas, los mayores de 65 años gozarían de cierta inmunidad debido a que en su juventud tuvieron contacto con una cepa similar a la que actualmente ha provocado la epidemia.

Se han considerado personas de riesgo aquellos que sufrían enfermedades crónicas, como las cardiovasculares o las respiratorias, las mujeres embarazadas, los bebés menores de dos años y las personas con problemas de obesidad o diabetes. Continua

Legenda da imagem:
Ucrania, noviembre de 2009, el planeta entero se cubrió con mascarillas (Foto: Yuriy Dyachyshyn)

MPF move ação contra Uniban no caso Geisy

Via Estadão, há 267 dias sob censura - 22.04.2010

Ação pede ainda que o MEC reabra procedimento para apurar circunstâncias da expulsão da aluna Geisy Arruda

Estadão.edu

O Ministério Público Federal em São Paulo moveu hoje ação civil pública contra a Universidade Bandeirantes de São Paulo (Uniban). O MPF alega que a Uniban nunca entregou cópias da sindicância feita na universidade e não prestou esclarecimentos sobre a punição aos alunos que hostilizaram a estudante de Turismo Geisy Arruda no ano passado.

O MPF também acusa o Ministério da Educação (MEC) de ter sido negligente, pois não fiscalizou ou puniu a Uniban nos casos em que a instituição não cumpre seus deveres de punir alunos.

A Procuradoria já havia instaurado em novembro procedimento para apurar as circunstâncias da sindicância que resultou na expulsão de Geyse do câmpus São Bernardo do Campo, e em punições disciplinares a outros alunos da mesma unidade da Uniban, acusados de a ofender. Tanto a expulsão, quanto as sanções, foram revogadas logo em seguida pelo reitor da Uniban.

No dia 22 daquele mês, Geyse foi à faculdade com um vestido rosa, considerado curto por alguns alunos e alunas. A jovem foi hostilizada, ofendida e agredida moralmente por centenas de alunos, tendo que se trancar em uma sala de aula até que a Polícia Militar chegasse e a escoltasse para fora do câmpus.

“A situação já se revestia de grande gravidade, mas a Uniban conseguiu piorá-la, ao fazer publicar, no dia 08 de novembro de 2009, nos principais jornais do Estado de São Paulo, informe publicitário no qual informava que a aluna Geyse tinha sido expulsa de seu quadro discente por suposto flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”, afirma Dias na ação. Continua

Ciro Gomes - Entrevista - SBT




Parte I



Parte II



Leia também:
Fora da disputa, Ciro manda recados a Lula, Dilma e PMDB


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vulcão explicita limites da globalização

Por George Monbiot, The Guardian - Tradução de Anna Capovilla
O Estado de SP, 21/4 - Via JC-email - 22.04.2010



"Quando a natureza se interpõe, nos deparamos com a realidade de uma separação de milhares de quilômetros. E descobrimos que, afinal, não escapamos do mundo físico"

Assim como a crise financeira, o vulcão Eyjafjallajokull mostrou que o mundo precisa de sociedades mais simples. O homem propõe e a natureza dispõe. Dificilmente somos mais vulneráveis do que quando nos sentimos isolados. O milagre da moderna aviação nos protegeu da gravidade, da atmosfera, da cultura, da geografia.

Fez com que nos sentíssemos cidadãos de todos os lugares. Mas, quando a natureza se interpõe, nos deparamos com a realidade de uma separação de milhares de quilômetros. E descobrimos que, afinal, não escapamos do mundo físico.

Sociedades complexas e interligadas têm maior capacidade de recuperação do que as mais simples. Durante as secas na África, nos anos 90, as pessoas que tinham menos parceiros comerciais foram as mais atingidas. Quanto mais ampla a área geográfica da qual extraíam seus alimentos, menor foi o impacto da fome.

Após certo ponto, a conectividade se torna um perigo. Quanto mais extensas as linhas de comunicação, mais dependentes somos da produção de empresas de outros países e maior é o potencial de perturbação. Essa é uma lição que aprendemos com a crise dos bancos. Alguns milhares de mutuários que não conseguiram pagar suas hipotecas nos EUA quase quebraram a economia global. Se o vulcão islandês continuar vomitando cinzas, pode produzir o mesmo efeito.

Há vários tipos de vulnerabilidade. A mais catastrófica seria uma tempestade solar, que causa um aumento repentino da corrente direta em nossas redes de eletricidade, queimando os transformadores. Poderia ocorrer em questão de segundos, mas precisaríamos de anos para nos recuperarmos.

Como destaca a revista New Scientist, um evento como esse desmantelaria a maior parte dos sistemas que nos mantêm vivos. Destruiria as estações de tratamento e bombeamento de água. Paralisaria a distribuição de petróleo, reduzindo a oferta de alimentos. Afetaria hospitais e sistemas financeiros. Continua


Legenda da imagem:
Fumaça é expelida pelo vulcão Eyjafjallajokull. Islândia, 15/04/2010. Foto: Brynjar Gaudi/AP

Mais fotos do vulcão aqui.

O artigo original What links the banking crisis and the volcano? pode ser encontrado aqui.



DOE PALAVRAS





DOE PALAVRAS




quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tadeu Chiarelli é o novo diretor do MAC-USP

Via Estadão, há 265 dias sob censura - 22.04.2010

AE - Agência Estado

Foi anunciada ontem, no Diário Oficial de São Paulo, a nomeação de Tadeu Chiarelli como novo diretor do Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC). A escolha foi feita anteontem pelo reitor da universidade, João Grandino Rodas. Chiarelli terá mandato de quatro anos no MAC. Ele é professor-doutor da USP há 27 anos, coordenador do Centro de Estudos Arte e Fotografia e o Grupo de Estudos de Crítica de Arte e Curadoria, ambos do Departamento de Artes Plásticas da universidade, curador e historiador de arte respeitado no meio. Foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) entre 1996 e 2000.

Chiarelli terá agora como desafio de sua gestão no MAC fazer a transposição da nova sede da instituição, ocupando o prédio onde funcionava o Detran, no Ibirapuera. "Será uma recolocação do museu na dimensão da cidade e vai dar para mudar seu quadro a partir da visibilidade que ganhará", diz Chiarelli, que sucede a professora Lisbeth Rebollo Gonçalves.

Sua nomeação é recente, mas ele acredita que a partir do segundo semestre o MAC começará suas atividades no novo prédio. A reforma do edifício, projetado em 1954 por Oscar Niemeyer, está sendo feita pela Secretaria de Estado da Cultura. O plano inicial era de que a obra, orçada em R$ 54 milhões, ficasse pronta no ano passado. "Em visita que fiz há um mês ao local, vi que parte do espaço expositivo e da reserva técnica já estavam adiantadas", observa Chiarelli, que já foi dirigiu o MAM na década de 1990. Para a inauguração do local, ele planeja realizar uma mostra centrada na própria coleção do museu e coincidindo com a 29ª Bienal. "Mas sem leitura de obras-primas do acervo ou separações por movimentos artísticos."

O processo de transposição do MAC não será de imediato. Ainda se discute se todo o museu será transferido para o novo prédio ou se a USP vai manter um núcleo da instituição dentro do campus da universidade - hoje, o MAC tem sede na Cidade Universitária e uma área dentro do pavilhão da Bienal, no Ibirapuera. Chiarelli escolheu Cristina Freire, do corpo de cinco curadores do MAC, para ser a vice-diretora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aldo Rebelo, deixe as florestas em paz (Petição)

Petição: Via Greenpeace


Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresentará em breve documento propondo reduzir a proteção de nossas florestas. Mande um e-mail para dizer a ele para deixar as árvores em paz.

Caro deputado Aldo Rebelo,

As florestas, o solo, a água, a biodiversidade e o clima equilibrado são patrimônios e riqueza de todos os brasileiros. Preservados, eles continuarão do a funcionar como insumos para a nossa agricultura, agindo em benefício tanto dos produtores rurais como de todos nós que dependemos dos alimentos que eles produzem. As florestas, principalmente a Amazônia, continuarão a gerar as chuvas que irrigam os solos férteis de todo o país, abastecem nossos reservatórios e fornecem a energia que o Brasil precisa para crescer. Continuarão, igualmente, a servir de inspiração para o nosso imaginário coletivo, que construiu personagens mitológicos como o Curupira e o Saci-Pererê a partir, justamente, de nossa tradicional relação com nossas matas.

Tudo isso está em jogo na tentativa de modificar o Código Florestal brasileiro. Há mais de dez anos, representantes da bancada ruralista tentam mudar nossas leis em seu próprio benefício, para diminuir a função social e ambiental das florestas e das propriedades rurais . O senhor, ao que tudo indica, aderiu a esse esforço, o que é uma pena. Ele segue na contramão da construção de uma nação moderna, que respeita a lei, as comunidades que vivem na floresta, e que tem no uso racional do nosso gigantesco patrimônio ambiental a chave de um novo modelo de desenvolvimento que permitirá ao Brasil escapar da sina de pais socialmente injusto, concentrador de renda e exportador de matéria-prima barata que beneficia a poucos - aqui e fora de nossas fronteiras.

Nossas florestas estão em discussão na comissão especial - que analisa 11 propostas de alteração ao Código Florestal e à Lei de Crimes Ambientais – e da qual o senhor é o relator. Respeitarei sua opinião, mas quero debatê-la. Portanto, peço que o senhor não tente empurrar tais alterações goela abaixo dos brasileiros. A questão é relevante demais para ser decidida apenas por meia dúzia de deputados da Comissão Especial na antevéspera da eleição. Deixe que o assunto para a campanha eleitoral e para as ruas, para que ele possa ser debatido por toda a nação.

Como cidadão brasileiro, sou a favor a proteção integral das florestas que restam em nosso solo. E não quero anistiar quem desmatou ilegalmente. Por isso, defendo que o Código seja, ao menos nesse momento, deixado em paz. No máximo, torço para que ele vire um assunto primordial nas próximas eleições. Caso contrário, serei forçado a lembrar de quem buliu indevidamente com nossas florestas, sem me consultar, quando eu for votar no próximo dia 3 de outubro.


Assine a petição AQUI!


Por favor, divulgue esta mensagem.



Belo Monte: triste história

Via Greenpeace - 18.04.2010

Pensada no regime militar, ressuscitada durante o apagão do governo tucano e levada adiante no petista, a usina tem tudo para deixar para o país uma herança de amargar




Área do Rio Xingu, no Pará, que será alagada
pela construção da usina de Belo Monte.
© Greenpeace/Marizilda Cruppe


Belo Monte, no rio Xingu onde o governo Lula pretende plantar a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, tem uma história recente muito feia. Ela começou em 1979, quando técnicos do governo federal terminaram estudos concluindo sobre a viabilidade da construção de cinco barragens no Xingu e uma no rio Iriri. O desastre social e ambiental provocado pela construção de Itaipu, no rio Paraná, que deslocou milhares de pessoas e afogou um de nossos mais relevantes Parques Nacionais, o de Sete Quedas, aliado à crise financeira pela qual o Brasil então passava, deixou os planos de Belo Monte esquecidos no armário.

O governo de José Sarney ensaiou desengavetá-los, mas diante dos impactos que o plano original provocaria no meio ambiente e das dúvidas sobre o custo da obra preferiu que eles continuassem trancados. Pesou muito na decisão de Sarney a consolidação da resistência dos povos indígenas do Xingu à obra. Eles sempre foram contrários à usina. Mas em 1989, eles se reuniram no 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu e conseguiram repercussão internacional de sua luta, fazendo o governo recuar para uma revisão dos planos. A porta para a hidrelétrica abriu-se novamente durante o apagão no governo Fernando Henrique.

A envergadura original do projeto foi reduzida. Da proposta inicial de cinco barragens, ficou-se com uma. E para usina, ao invés das convencionais, decidiu-se usar turbinas bulbo, que operam a fio d’água e exigem menor área de alagamento. Isso diminuiu, mas não tornou o impacto da obra mais aceitável. Ela vai causar um desmatamento de pouco mais de 50 mil hectares, provavelmente um dos maiores que irão ocorrer na Amazônia este ano. Seus efeitos sobre a fauna, a biodiversidade e sobre os indígenas que dependem do Xingu para sua sobrevivência , segundo técnicos do Ibama, ainda estão longe de terem sido adequadamente avaliados.

Do ponto de vista econômico e financeiro, as incertezas não são menores. O governo começou dizendo que Belo Monte custaria 7 bilhões de reais. Ultimamente, andou revendo esse montante para 16 bilhões. As empresas que se candidataram ao leilão da concessão, marcado para acontecer amanhã, terça-feira, dia 20 de abril, na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em Brasília, falam em 30 bilhões.
Continua


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Belo Monte de merda

Ativistas do Greenpeace despejam 3 toneladas de esterco nos acessos ao prédio da Aneel, onde vai acontecer o leilão de concessão de uma das obras mais devastadoras dos últimos tempos.





quarta-feira, 21 de abril de 2010

Spin

Valeu, Cacus!







A capital humilhada se levanta

Via R7 - Por Christina Lemos - 21.04.2010

Aliviado e de cabeça outra vez erguida. O brasiliense iniciou a semana em franco processo de recuperação da auto-estima. O habitante da capital, por adoção ou por imposição da vida, sofreu com ela nos últimos terríveis meses em que veio à tona um dos mais graves escândalos de corrupção política dos nossos tempos.

Foi humilhante ver tudo ruir: crenças, expectativas, sonhos. A mancha se espraiou rapidamente pela planície e maculou a imagem de Brasília. Ninguém mais encontrava o que comemorar nos 50 anos da cidade, batizada um dia de ‘capital da esperança’ – suprema ironia.

No entanto, ao ouvir sua própria história ser contata e recontada mil vezes, a cada momento por um ângulo diferente; cada detalhe de suas esquisitices e de seu modo de vida ser esquadrinhado com obstinação; cada nuance de seus monumentos de concreto ou de papel entrar e sair das lentes de incontáveis câmeras, Brasília se reencontrou consigo própria. Como uma dama que se vê no espelho e nota a passagem do tempo sem mágoa. Continua


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Brasília 50 anos:


Jornal da Globo - 20.04.2010




Jornal da Globo -21.04.2010



Pena de morte para homossexuais de Uganda mobiliza entidades internacionais

Via R7 - Por Lucas Bessel - 18.04.2010


País africano pode se juntar a outras sete nações que executam gays e lésbicas

Morte para quem mantiver relações com um deficiente físico ou menor de idade do mesmo sexo. Esta é a punição para casos de "homossexualidade agravada" prevista em um projeto de lei apresentado ao Parlamento de Uganda no fim de 2009.

Tão logo a notícia ganhou o mundo, entidades de defesa dos direitos humanos e líderes do calibre de Barack Obama saíram a público para condenar a medida, que prevê várias outras punições para diferentes "graus" de homossexualidade.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegou a ligar para o presidente conservador de Uganda, Yoweri Museveni, para avisar que, se sancionar a lei, o país pode dizer adeus à ajuda financeira americana. Mesmo assim, a previsão é de que o projeto do deputado David Bahati, do Movimento de Resistência Nacional, partido que detém ampla maioria no Parlamento, seja votado ainda no primeiro semestre. Continua

terça-feira, 20 de abril de 2010

Globo tira jingle do ar

Via FolhaOnline - 19.04.2010

Veja jingle da Globo criticado pela campanha de Dilma

da Reportagem Local

Mal foi lançado, o jingle feito pela TV Globo para comemorar seus 45 anos já foi suspenso pela emissora. Isso porque o filmete foi acusado pela campanha de Dilma Rousseff (PT) de conter mensagem subliminar de apoio ao candidato José Serra (PSDB).




O coordenador da campanha de Dilma na web, Marcelo Branco, diz que a mensagem estaria embutida no "45" --número do PSDB-- e em frases como "todos queremos mais", que de acordo com petistas, fariam referência ao slogan "o Brasil pode mais", dito por Serra no lançamento de sua pré-candidatura.
A campanha com atores, jornalistas e apresentadores da emissora, que faz aniversário na próxima segunda-feira, começou a ser exibida ontem à noite. Continua

Leia também:
Globo tira do ar sua campanha de aniversário

Padre acusado de pedofilia é preso em Alagoas

Via Blog do Noblat - 20.04.2010

Em depoimento à CPI, monsenhor, de 83 anos, nega o crime; outros dois religiosos também são acusados
Patrícia Bastos/Gazeta de Alagoas


De Odilon Rios:

O monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, foi preso anteontem à noite em Arapiraca, em Alagoas, pouco depois de prestar depoimento à CPI da Pedofilia. Pela denúncia, ele tinha relações sexuais com coroinhas da igreja, todos menores de idade.

O padre negou ser pedófilo, mas a CPI exibiu um vídeo em que ele mantém relações sexuais com um menino. Também foram presos a secretária e o motorista do padre, que mentiram ao depor na CPI.

Mais dois padres foram acusados de pedofilia. O monsenhor Luís Raimundo Gomes negou ter relações sexuais com menores, mas parentes de ex-coroinhas rebateram. Ele foi proibido pela Justiça de sair da cidade.

Já o padre Edilson Duarte confessou que pagava programas sexuais com menores, feitos na catedral de Arapiraca e pagos com o dízimo dos fiéis. Ele fez um acordo com deputados da CPI para não se preso em troca de prestar as informações.

Com o benefício da delação premiada, o padre contou que os integrantes da Igreja participavam das orgias com menores em uma casa na cidade da Barra de São Miguel. Os padres recebiam apelidos femininos.

O monsenhor Luiz Marques teve prisão decretada pelo juiz Rômulo Valença, a pedido do presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES). Na casa dele, segundo Malta, foi encontrado um passaporte recém-confeccionado, o que indicaria uma tentativa de fuga. Continua

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Esquema entre médicos e farmácias



O percentual repassado ao médico varia entre 25% e 45% do total das receitas encaminhadas à farmácia, uma prática proibida pelos códigos de ética.



Fantástico - 18.04.2010





sábado, 17 de abril de 2010

Silêncio que abala a credibilidade

Via Estadão, há 260 dias sob censura - Por Juan Arias - 17.04.2010

O sigilo proibindo bispos e sacerdotes de denunciar os crimes de pedofilia traz culpa de acobertamento para o papa, diz autor

A Igreja Católica sofre uma das maiores crises morais e de credibilidade da história moderna. Ainda assim, a responsabilidade por essa situação não recai sobre os milhões de fiéis espalhados por todo o mundo, que sofrem na própria carne o impacto da atitude de hipocrisia revelada pelas autoridades do Vaticano. O peso da responsabilidade sobre a omertà - o acobertamento de milhares de delitos cometidos por sacerdotes e bispos em todo o mundo contra meninos e adolescentes - recai fundamentalmente sobre a figura do papa atual, Bento XVI, o teólogo alemão Joseph Ratzinger. Antes de chegar ao papado, ele foi responsável, como prefeito da Congregação da Fé, pelo acobertamento dos crimes de pedofilia.

Essa responsabilidade, no entanto, não recai somente sobre ele, mas também sobre alguns de seus antecessores e sobre toda a instituição do poder central da Igreja. Basta recordar que existe na Igreja - só agora sabemos disso - um sigilo papal que impede sacerdotes e bispos de denunciar às autoridades civis os casos de pedofilia. Assim, estava garantida a impunidade penal dos religiosos pedófilos. Mais ainda: aqueles que tomem conhecimento de casos de pedofilia dentro da Igreja estão impedidos de denunciá-los.

Um documento pontifical determina que aqueles que ficarem sabendo do sigilo papal devem prestar um juramento que segue a seguinte fórmula: "Eu, tocando com as próprias mãos os sacrossantos evangelhos de Deus, prometo guardar fielmente o sigilo papal, de maneira que sob nenhuma forma, nenhum pretexto, seja por um bem maior, seja por motivo urgentíssimo e gravíssimo, me seja lícito violar o sigilo já mencionado. Que Deus me ajude e me ajudem estes santos evangelhos que toco com as próprias mãos".

O filósofo italiano Flores D’Arcais, editor da revista Micromega, qualifica esse juramento como fórmula solene e terrível que nos exime de qualquer comentário.

Para defender-se da terrível onda de acusações de crimes contra os inocentes cometidos pelo clero católico, o Vaticano tem sido muito torpe. Primeiro, afirmou que o crime de pedofilia não é exclusividade dos religiosos. É verdade. Também há pedófilos entre os casados. A Igreja, ainda assim, esquece que a instituição do celibato obrigatório - que não tem nenhum fundamento bíblico, já que os apóstolos eram casados, e certamente o próprio Jesus era casado, assim como todos os primeiros bispos do cristianismo e os primeiros papas - é um dos multiplicadores dos desvios sexuais do clero. O que o papa ainda espera para eliminá-la?

O Vaticano quis se defender afirmando que há relação entre homossexualismo e pedofilia, uma autêntica aberração que ofende todo um segmento da população e não tem o menor fundamento científico.

Quis distinguir no crime de pedofilia a diferença entre pecado - que a Igreja perdoa com a penitência de um Pai Nosso rezado - e crime perante a Justiça. Para a Igreja, o caso seria apenas pecado. Por que então a Igreja considera o aborto e a eutanásia crimes que devem ser punidos pelas autoridades civis, por exemplo?

No terrível juramento do sigilo papal, aquele que o recita é lembrado de que o faz com as mãos sobre os evangelhos de Jesus. É curioso que a Igreja, que diz inspirar-se nas chamadas sagradas escrituras, se esqueça do único momento em que o pacífico Profeta de Nazaré, que pede a seus apóstolos que embainhem a espada e se deixem matar sem se defender, expressa sua ira: é para pedir a pena de morte para quem fizer mal a um menino. E há mal maior que violentar sexualmente um menor? El Roto, ilustrador do jornal El País, publicou um desenho chocante: entregamos nossos filhos à Igreja para que cuide de suas almas sem saber que ela quer na verdade apoderar-se de seus corpos.

O texto no qual Jesus pede a pena de morte para quem violentar um menor está nos três evangelhos chamados sinóticos (Mateus, 18:5; Marcos, 9:42; e Lucas, 9:46). No evangelho de Mateus, depois de identificar a si mesmo com os meninos inocentes, Jesus pronuncia a terrível sentença de morte: "Quem quer que faça mal a um desses pequeninos merece que lhe pendurem no pescoço uma pedra de moinho e o afundem nas profundezas do mar".

Por que não distribuir em todo o mundo católico cartazes com essas tremendas palavras de condenação de Jesus contra os pedófilos? Por que os padres e bispos não as leem nas igrejas?

A Igreja quer continuar minimizando os abusos contra menores cometidos por seu clero. De nada adiantará. Queiram ou não, essa pedra de moinho atada ao pescoço de cada pedófilo da Igreja será a condenação implacável da sociedade pelo grande escândalo de terem abusado de menores dos quais eles próprios deveriam ser os melhores guardiães e defensores.

A última defesa indefensável do Vaticano contra os abusos que estão vindo à tona é afirmar que o mais importante é manter a própria instituição em segurança. Trata-se do princípio de lavar a roupa suja em casa. Nada mais distante da doutrina de Jesus. Os responsáveis pela igreja judaica de seu tempo, que se arrogavam o direito de decidir sobre a consciência do povo, são descritos por ele, no evangelho de Mateus, como "sepulcros caiados que por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão". Jesus, com palavras que não poderiam ser mais atuais, lhes diz: "Por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e podridão". Jesus insiste: "Limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de cobiça e maldade". E sentencia: "Como escapareis da condenação do inferno?"

Esse castigo está aí, visível, ameaçador, atual. Significa, entre outras coisas, o abandono da Igreja por parte daqueles que, se as hierarquias não tomarem medidas críveis, poderão confiar cada vez menos em sua inocência.

* Juan Arias, jornalista e escritor, é correspondente do jornal espanhol El País no Brasil


_Tradução de Augusto Calil


Estadão - Página Fonte

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Atualização - 18.04.2010
- El Papa promete que el Vaticano llevará a los culpables de abusos ante la justicia penal

Estudo revela estupro em larga escala em região do Congo

Texto Via BBC-Brasil - 15.04.2010


Um novo relatório da ONG britânica Oxfam, que entrevistou quatro mil mulheres vítimas de estupro no leste da República Democrática do Congo, revelou que 60% das vítimas foram violadas por grupos de homens armados.

As vítimas vivem na província de Kivu do Sul, região aterrorizada por conflitos entre tropas do governo e milícias rebeldes, para este estudo de quatro anos, e mais da metade disse que os ataques foram realizados em suas casas.

Só no ano passado, a ONU disse que mais de 5 mil pessoas foram estupradas na província de Kivu do Sul.

Uma das entrevistadas disse aos pesquisadores: "O meu marido e eu estávamos dormindo na nossa casa. As crianças estavam dormindo na casa ao lado. Os soldados chegaram e trouxeram a minha filha para a nossa casa, onde a estupraram na minha frente e do meu marido. Depois eles exigiram que o meu marido estuprasse a minha filha mas ele se recusou. Eles atiraram nele."

"E então eles entraram na outra casa, onde encontraram meus três filhos. Eles mataram todos os meus três meninos. Depois de matá-los, dois soldados me estupraram, um após o outro."

Tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) no país estão apoiando esforços para derrotar rebeldes ligados ao genocídio ocorrido no país vizinho, Ruanda, em 1994.

Mas a pesquisa mostra que quando essas ofensivas apoiadas pela ONU são realizadas, as mulheres ficam ainda mais vulneráveis. Continua


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Via El País - Por CECILIA JAN - Madrid - 15.04.2010

Un arma de guerra atroz que destruye todo tu mundo

Las violaciones en grupo por las partes en conflicto en República Democrática de Congo causan importantes secuelas a las víctimas. - Intermón Oxfam exige que la misión de la ONU proteja a los civiles de forma activa

"Prefiero la muerte a la vida. Ahora ya no estoy en el mundo". De esta manera desgarradora describe una mujer de 27 años sus sentimientos tras ser violada por un grupo de hombres armados delante de su marido y sus tres hijos, que la abandonaron por el estigma que supone la agresión sexual en República Democrática de Congo.

El uso de las violaciones sistemáticas como arma de guerra por parte de los grupos que combaten desde hace más de una década en el este del país es una constante, más sangrante aún por la presencia en la zona de una de las mayores misiones de paz de la ONU. Así lo pone de manifiesto un informe difundido por Intermón Oxfam, que demanda a Naciones Unidas un mandato más claro para la protección de los civiles.

Las historias son tan atroces que cuesta imaginarlas desde nuestro mundo:

"Era de noche y estábamos durmiendo cuando atacaron nuestra casa. Seis asaltantes entraron, cuatro bien armados con pistolas (...). Obligaron a mi marido a transportar sus cosas al bosque. Dejaron a uno de mis hijos atrás, pero nos siguió, y trajo dinero para que nos liberaran. Los asaltantes le cortaron los dedos y perdió mucha sangre. Seis hombres me violaron delante de mi marido, y le obligaron a sujetar mis piernas mientras me violaban". Continua


Legenda da imagem (El País):
Mujeres violadas asisten a una conferencia de la ONU en el hospital de Panzi, en Bukavu (República Democrática de Congo).- REUTERS