sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Vídeos mostram incêndio criminoso na Amazônia - 30/10/2008



Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

Aldrey Riechel


BR 158: Flagrante de queimada em
Santana do Araguaia, no extremo sudeste do Pará.

Foto por Marcos Mariani
Pessoas que reivindicam a posse de terras atearam fogo em reservas florestais de fazendas próximas à BR 158, no município de Santana do Araguaia, no Pará. O incêndio, que começou há algumas semanas, persiste em alguns pontos da área queimada. Segundo o ambientalista e diretor da organização 'Preserve a Amazônia', Marcos Mariani, que registrou o ocorrido em vídeos, a queimada foi um ato criminoso. Ele próprio avisou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o incidente, mas representantes do instituto chegaram ao local vários dias após o ocorrido. "Não existe governança, eles só chegam depois quando o crime já foi feito", relata. Para ele o risco de desmatamento está diretamente associado à facilidade de acesso e pode se agravar quando a capacidade de governança no local é baixa e o interesse econômico alto.

"Não adianta só olhar para as conseqüências, tem que olhar as causas. E a principal causa que a gente vê é a abertura das estradas", comenta Mariani. Repensar o modal de transporte para a região amazônica deveria ser uma prioridade para combater o desmatamento, segundo acredita ele, a adoção de um modal de transporte ferroviário resolveriam em grande parte o problema, pois dificultaria o acesso e facilitaria o controle das cargas.

BR 158
A estrada liga o Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai, ao Pará, passando por Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.


Veja abaixo os vídeos sobre o incêndio:









quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Contexto familiar tem peso maior na aprendizagem

30 de Outubro de 2008 - Simone Iwasso - Estadão

Iniciativas de dentro da escola, como infra-estrutura e professores, representam cerca de 30%, diz pesquisa

O contexto familiar é responsável por 70% do desempenho escolar de um estudante, restando à escola e suas condições interferir, positiva ou negativamente, nos 30% restantes. A conclusão surgiu de uma revisão da literatura sobre desempenho escolar existente no Brasil realizada pela Fundação Itaú Social. O objetivo do trabalho, que será divulgado hoje em seminário promovido pela instituição, foi orientar gestores a definir políticas públicas na área, tendo como base as evidências que aparecem nas pesquisas acadêmicas, esclarecendo resultados que, isolados, são muitas vezes conflitantes.

"Todas as pesquisas analisadas, nacionais e internacionais, mostram que a maior parte do desempenho escolar é explicada pelas características familiares do aluno. A educação é realmente um bem transmitido de geração para geração, tanto a boa quanto a má educação", explica Fabiana de Felício, responsável pelo estudo no Itaú Social e consultora do Ministério da Educação (MEC). "São fatores principais o nível de escolaridade do pai e da mãe, a renda familiar, o tipo de moradia e o acesso a bens culturais. Todo o resto acaba sendo derivado disso." A matéria continua.

Via Estadão on-line

Pissssssssssss! Silêncio. Tem deputado trabalhando

30/10/2008 - Blog do Josias de Souza


Lula Marques/Folha


Deve-se a Nelson Rodrigues uma definição lapidar de trabalho. Disse o cronista:

“Sua muito o sujeito que ganha pouco. E sua pouco o sujeito que ganha muito...”

“...Pode parecer um jogo de palavras, mas esta é, vos digo, uma verdade eterna...”

“...Há uma relação nítida e taxativa entre a transpiração e o ordenado”.

A foto acima resulta de um flagrante captado pelas lentes do repórter Lula Marques na tarde desta quarta (29).

Na cena, a faina de um deputado no seu local de “trabalho”, o plenário da Câmara.

Ele se chama "Professor Sétimo". Foi eleito pelo PMDB do Maranhão.

De volta do recesso branco, como que exausto do próprio ócio, Sétimo há de ter perguntado aos seus botões:

Para que fingir que estou trabalhando se isso dá quase tanto trabalho quanto trabalhar?

Súbito, o Professor Sétimo decidiu matar o tempo da quarta numa soneca remunerada.

Com seu gesto, tonificou a “verdade eterna” de que falara Nelson Rodrigues.

De fato, “há uma relação nítida e taxativa entre a transpiração e o ordenado”.


Escrito por Josias de Souza às 04h39


Via blog do Josias de Souza

Adiós al intermediario

30/10/2008 - JAVIER MARTÍN - EL PAÍS

Libros sin editorial, música sin discográficas, pinturas sin galeristas - El autor busca ahora (y empieza a lograr) el acceso directo al público

A Joaquín Sabina seguro que le preocupa lo mismo que a Federico Aparici: ganar lo máximo con lo que produce. Uno cría canciones; el otro, naranjas; pero los dos reciben las migajas de lo que paga el consumidor. El resto se va aguando en la cadena de intermediarios.

Lo que desde siempre sufre el agricultor con sus tomates y sus cebollas también lo padece el productor de bienes culturales. Naranjaslola.com, Telechirimoya o Campodeelche han modificado la cadena agrícola. El mundo de la cultura y el espectáculo comienza a despertar.

Radiohead publicó su séptimo álbum, In rainbows, el 10 de octubre. Sin discográfica que les atara, el famoso grupo británico colocó el disco en Internet. Sus fans lo compran al precio que estiman oportuno. En una semana se han descargado tres millones de copias, un éxito popular y, probablemente, un fracaso económico. A matéria continua.

Via El País

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Relatório mostra que crédito ambiental do planeta se esgotará em 2030

28.10.2008 - Site WWF Brasil

O relatório Planeta Vivo 2008, publicação bianual da Rede WWF, mostra que, caso o modelo atual de consumo e degradação ambiental não seja superado, é possível que os recursos naturais entrem em colapso a partir de 2030, quando a demanda pelos recursos ecológicos será o dobro do que a Terra pode oferecer.

Alguns países, como os EUA e a China, demandam mais que sua biocapacidade (aquilo que seus ecossistemas são capazes de oferecer), se caracterizando como “países devedores ecológicos”. Outros, como o Brasil, por exemplo, são “países credores ecológicos”, pois ainda possuem mais recursos ecológicos do que consomem, e usualmente “exportam” sua biocapacidade para os devedores.

“Assim como a bolha financeira mundial gerou a crise econômica atual, o consumo desenfreado dos recursos naturais disponíveis no planeta pode gerar uma nova crise. Temos que ficar atentos a isso”, alerta Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “O Brasil precisa ter consciência da importância de conservar seus ativos ecológicos e de engajar-se no desenvolvimento de modelos de negócios inovadores e baseados em uma gestão sustentável dos recursos naturais. Temos de começar agora a enfrentar o desafio de gerenciar responsavelmente o capital natural e, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade de vida dos cidadãos.” Veja a matéria completa.

Via WWF Brasil

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Terra vista da lua




Cristiana Capone, 9 anos. Roma, Itália





Via ESA/ESO

Traidores anônimos, artigo de Cristovam Buarque



JC e-mail 3628, de 27 de Outubro de 2008.
15. Traidores anônimos, artigo de Cristovam Buarque

“Alguém traiu o Brasil ao tomar as decisões que nos fizeram estagnar em matéria de ciência e tecnologia”

Cristovam Buarque é senador e ex-ministro da Educação. Artigo publicado em “O Globo”:

Há algumas décadas, o Brasil estava no mesmo padrão que a China e a Índia, na área de pesquisas espaciais. Hoje, o Brasil deu passos atrás e está com seu programa praticamente paralisado, apesar da existência de acordos internacionais que nos dão a idéia de movimento. Enquanto isso, a China já enviou duas missões ao espaço, e a Índia, além de astronautas ao espaço, acaba de enviar uma nave não-tripulada à Lua. Alguém traiu o Brasil nesse período.

Não tivemos qualquer catástrofe natural que nos forçasse ao retrocesso que tivemos. Ao contrário, Índia e China, com terremotos, inundações e vendavais, têm tragédias naturais maiores do que as secas brasileiras. Politicamente, ambos são países mais conturbados, divididos internamente, com pobreza ainda mais gritante. Alguém traiu o Brasil, ao tomar as decisões que nos fizeram estagnar em matéria de ciência e tecnologia.

É difícil, e talvez inconveniente, apontar os nomes dos responsáveis entre os muitos dirigentes dos governos que tivemos. Mas é possível e conveniente apontar a traição decorrente de uma mentalidade e de um estilo de fazer política que caracterizam os eleitos e os eleitores.

Fomos traídos por nossa preferência pelo consumo no presente, em vez da poupança e do investimento voltados para o futuro. Toda a economia brasileira é concentrada em resultados imediatos, sem estratégia para o longo prazo. Queremos consumir o máximo e o mais rapidamente possível, sem preocupação com os limites que esse consumo voraz impõe. Driblamos esses limites com dívidas externa e interna e com inflação. O Artigo continua


Via Jornal da Ciência

Pais satisfeitos impedem melhoria da educação



JC e-mail 3628, de 27 de Outubro de 2008.
3. Pais satisfeitos impedem melhoria da educação

Economista diz que “não há crise na educação porque não há descontentamento com a escola”

Em conferência na última sexta-feira (24/10), na Reunião Regional da SBPC em Maceió, o economista Claudio de Moura Castro apresentou um diagnóstico da educação no país com base em resultados de uma pesquisa que mostra que 80% dos professores, estudantes e pais estão satisfeitos com a qualidade da escola brasileira.

“Não há crise na educação brasileira. Só existe crise quando há alguém descontente, e o que vemos é um grau elevado de contentamento com a escola ao mesmo tempo em que ela é ruim. Não há como fazer uma mobilização em favor da melhoria da educação se não há descontentamento”, avalia Castro.

O ex-diretor da Capes afirma que tal concepção passa por algumas ilusões. A primeira, de que os pais estudaram em escola muito piores que a de seus filhos. “Fisicamente isso pode ser verdade, porque há carteiras, há merenda, e em alguns casos há até mochila e tênis para os alunos. Mas a verdade é que eles aprendem tão pouco ou até menos do que antigamente”, observa.

A segunda ilusão comentada por Castro é a de que o Brasil conquistou o sucesso econômico mesmo com a pouca educação da população. “Isso de fato aconteceu, mas não é mais possível repetir o passado. Hoje os processos produtivos estão mais complexos, precisamos cada vez mais de educação.”

Mas se professores, pais e alunos não se dão conta da precariedade da educação – apontada principalmente por avaliações como a do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), na qual o Brasil tem ocupado as últimas colocações –, o que fazer? Para Castro, o papel da academia é refletir e insistir nessa discussão, para que ao menos os educadores adquiram consciência do problema.

Além disso, diz o economista, é preciso investir na melhoria de aspectos cruciais da educação, como a alfabetização. “Certamente a solução para a educação no país deve começar na alfabetização. É uma catástrofe que os alunos não estejam alfabetizados já no segundo ano do ensino fundamental”, avalia.

Mas Castro ressalta que os professores precisam aprender a ensinar. Para isso, é fundamental aperfeiçoar a formação docente, tema exaustivamente debatido nesta reunião regional da SBPC.

“Muito professores que ensinam para aqueles que dão aula no ensino básico não passaram por ele. Um marceneiro aprende seu trabalho na oficina, e a oficina do professor é a sala de aula. Vivemos numa sociedade que privilegia o diploma, e não o ‘saber fazer’. Este é um problema sério”, conclui o economista.
(Daniela Oliveira)

Via Jornal da Ciência

sábado, 25 de outubro de 2008

A ética nos relacionamentos - Claudio Cohen





Claudio Cohen - Psicanalista,
no Café Filosófico da TV Cultura



Édipo Rei, de Sófocles:

Em português (download gratuito)

Em espanhol (download gratuito)





Organizados para saquear a natureza

24.10.2008 - 08:00 - Site O ECO
Daniel Mello*


Investigador da EIA examina uma pele de
leopardo em Nagchu (Tibet).
(Foto: Debbie Banks EIA/WPSI)

Crimes ambientais não são cometidos só dentro das fronteiras de cada país, redes organizadas internacionalmente movimentam dezenas de bilhões de dólares por ano, em todo o mundo. Mas como esses delitos, em geral, são percebidos como “sem vítimas”, acabam sendo deixados em segundo plano nas ações dos governos e nas demandas das comunidades. Esses são alguns pontos do relatório Crimes Ambientais: Uma ameaça ao nosso futuro, lançado pela Agência de Investigação Ambiental (EIA, sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos fundada na Inglaterra em 1984.

A extração ilegal de madeira é um dos destaques. A atividade causa um prejuízo de 15 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento, de acordo com estimativa do Banco Mundial citada pelo documento. “O tráfico de madeira envolve crimes maiores, não só o desmatamento ilegal, mas também a aquisição irregular de autorizações para extrair árvores, sonegação de impostos, transporte ilegal, uso de documentos forjados, declarações falsas aos clientes, suborno e corrupção de agentes oficiais e o suporte a outros crimes sociais e financeiros”, afirma o estudo.

Para ilustrar o problema, foi usado o caso da Indonésia, onde 80% do desmatamento é ilegal e acontece a um ritmo de 300 campos de futebol por hora. Estimativas do governo local apontam que esse processo de destruição das florestas custa 4 bilhões de dólares por ano ao país.

O relatório afirma que a maior parte dos lucros da destruição florestal fica com os grandes atravessadores, que levam o produto para consumidores finais em países como Estados Unidos e Inglaterra. O preço pago pelo metro cúbico de madeira nas comunidades que fazem a extração é de 11 dólares, mas o valor para o equivalente de material beneficiado no varejo norte-americano chega a 2.288 dólares. A matéria continua

Via O ECO

Celeiro do mundo, comida importada

23.10.2008 - 08:00 - Site O ECO
Andreia Fanzeres



Agricultores familiares vendem sua pequena
produção na feira livre de Juína/MT
(Foto: Andreia Fanzeres)

Caiu na boca do povo. Se o assunto é oposição à ampliação de áreas protegidas ou rebater críticas ao avanço da agropecuária sobre áreas de floresta, empresários e políticos matogrossenses disparam o que consideram seu melhor argumento: graças à capacidade do estado de produzir alimentos em volume planetário, boa parte do mundo come. É verdade. A terra no Mato Grosso é generosa. Mas não com seus filhos. Não fosse o mundo, em especial o resto do Brasil, eles passariam fome. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Seder), 56% de todos os alimentos consumidos por aqui são “importados” de outros estados. E, dependendo do produto, esse percentual pode ser muito superior.

O presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Altair Pierozan Magalhães, explica que é muito amplo discutir esse assunto, especialmente num universo de 30 mil itens que são disponibilizados em um dos maiores mercados de Cuiabá, onde trabalha. Mas quando perguntado sobre quais são os principais itens que ele precisa encomendar de outros estados, responde: “Tudo. A não ser óleo de soja, mandioca, açúcar e carne”, de maneira geral. Segundo ele, apesar de haver sempre uma ou outra marca de produto local que concorra com os trazidos de outras regiões, isso é considerado irrelevante. “Nós não temos fábrica de massa, ou qualquer outra, apenas duas empacotadoras de arroz e açúcar. Não produzimos batata, cebola, tomate, nada disso”, revela Magalhães.

Por causa da necessidade de importação de alimentos, o mato-grossense depende de viagens de caminhões que demoram de três a sete dias para que itens básicos cheguem às prateleiras. Em Cuiabá, a maioria vem de estados produtores como São Paulo. No interior, fortemente colonizado por paranaenses, catarinenses e gaúchos, as compras costumam ser feitas no setor atacadista de Curitiba. A matéria continua

Via O ECO

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Caatingas, bichos e pessoas pedem socorro!

22.10.2008 - 12:11 - Site Comissão Pastoral da Terra

Na região da Lagoa do Serrote, município de Pilão Arcado (Bahia), a mais de 1000 km de Salvador, mais de 200 famílias, organizadas em Associações de Fundos de Pasto, estão com as vidas ameaçadas pela ação das carvoarias.

Em apenas cinco meses de funcionamento das carvoarias, mais de 10.000 hectares de caatinga já foram devastados. Árvores seculares como Pau D’Arco, Aroeira, Pau de Birro, Barriguda, Violeta, Angico, Cangaeiro, Camaçari, Baraúna, Catuaba, Caatinga de Porco (ou Pau de Rato) e Pau de Casca, dentre outras, estão sendo rapidamente transformadas em carvão e fumaça.

Animais como caititu, tatu, canastra, cutia, tamanduá-bandeira, veados, onça pintada, onça bodeira, onça preta, répteis e aves estão sendo mortos ou expulsos do seu habitat natural.

As comunidades que vivem na região dependem diretamente dessas áreas para tirar o seu sustento. Ali as famílias criam seus animais, como cabras, ovelhas, abelhas, gado e animais de tração. Fazem seus pequenos roçados, retiram a madeira necessária para a construção de moradias. Com a ação das carvoarias, essas famílias encontram-se em total desespero.

Segundo relatos de moradores da localidade, as carvoarias pertencem a proprietários de Minas Gerais e são transportados mais de 500 m³ de carvão por semana, que servem para alimentar os fornos da siderurgia mineira, principalmente para a produção de ferro.

Ainda segundo moradores, a origem do carvão é alterada, porque as notas para o transporte têm como município de referência Buritirama, na Bahia. Inclusive, uma carreta que transportava carvão foi apreendida por transporte ilegal.

Até o momento 219 fornos estão em funcionamento e o plano das carvoarias prevê a exploração de carvão na região por dez anos, e as áreas devastadas devem ser cultivadas com a monocultura de eucalipto ou pasto em áreas não-cercadas, o que pode provocar o desmantelamento total do sistema de manejo das áreas de Fundo de Pasto de toda a região.

Diante de crimes tão bárbaros, onde estão as autoridades municipais, estadual e federal? Prefeitura Municipal, Centro de Recursos Ambientais (atual Instituto do Meio Ambiente – IMA Bahia), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) que já foram informadas e até o momento nenhuma providência foi tomada.

Atenção: as carvoarias já estão ampliando sua atuação para municípios do Estado do Piauí, como Avelino Lopes e Morro Cabeça no Tempo.

As comunidades pedem apoio. O que podemos fazer? Este é um relato parcial, em breve estaremos encaminhando um documento com mais informações e imagens.

Pilão Arcado, Bahia, 22 de outubro de 2008.

Maiores informações: Paulo Victor - Comunicação CPT Juazeiro - (74) 3611 3550 / (74) 9997 4981

Via Comissão Pastoral da Terra


Via Láctea



Giavomo Sona, 9 anos. Roma, Itália.




Via ESA/ESO

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Somos todos pós-modernos?

Site Correio da Cidadania


Escrito por Frei Betto
12-Set-2008


A resposta é sim se comungamos essa angústia, essa frustração frente aos sonhos idílicos da modernidade. Quem diria que a revolução russa terminaria em gulags, a chinesa em capitalismo de Estado e tantos partidos de esquerda assumiriam o poder como o violinista que pega o instrumento com a esquerda e toca com a direita?

Nenhum sistema filosófico resiste, hoje, à mercantilização da sociedade: a arte virou moda; a moda, improviso; o improviso, esperteza. As transgressões já não são exceções, e sim regras. O avanço da tecnologia, da informatização, da robótica, a gloogletização da cultura, a telecelularização das relações humanas, a banalização da violência, são fatores que nos mergulham em atitudes e formas de pensar pessimistas e provocadoras, anárquicas e conservadoras.

Na pós-modernidade, o sistemático cede lugar ao fragmentário, o homogêneo ao plural, a teoria ao experimental. A razão delira, fantasia-se de cínica, baila ao ritmo dos jogos de linguagem. Nesse mar revolto, muitos se apegam às "irracionalidades" do passado, à religiosidade sem teologia, à xenofobia, ao consumismo desenfreado, às emoções sem perspectivas.

Para os pós-modernos a história findou, o lazer se reduz ao hedonismo, a filosofia a um conjunto de perguntas sem respostas. O que importa é a novidade. Já não se percebe a distinção entre urgente e importante, acidental e essencial, valores e oportunidades, efêmero e permanente.

A estética se faz esteticismo; importa o adorno, a moldura, e não a profundidade ou o conteúdo. O pós-moderno é refém da exteriorização e dos estereótipos. Para ele, o agora é mais importante que o depois.

Para o pós-moderno, a razão vira racionalização, já não há pensamento crítico; ele prefere, neste mundo conflitivo, ser espectador e não protagonista, observador e não participante, público e não ator.

O pós-moderno duvida de tudo. É cartesianamente ortodoxo. Por isso não crê em algo ou em alguém. Distancia-se da razão crítica criticando-a. Como a serpente Uroboros, ele morde a própria cauda. E se refugia no individualismo narcísico. Basta-se a si mesmo, indiferente à dimensão social da existência.

O pós-moderno tudo desconstrói. Seus postulados são ambíguos, desprovidos de raízes, invertebrados, sensitivos e apáticos. Ao jornalismo, prefere o shownalismo.

O discurso pós-moderno é labiríntico, descarta paradigmas e grandes narrativas, e em sua bagagem cultural coloca no mesmo patamar Portinari e Felipe Massa; Guimarães Rosa e Paulo Coelho; Chico Buarque e Zeca Pagodinho.

O pós-modernismo não tem memória, abomina o ritual, o litúrgico, o mistério. Como considera toda paixão inútil, nem ri nem chora. Não há amor, há empatias. Sua visão de mundo deriva de cada subjetividade.

A ética da pós-modernidade detesta princípios universais. É a ética de ocasião, oportunidade, conveniência. Camaleônica, adapta-se a cada situação.

A pós-modernidade transforma a realidade em ficção e nos remete à caverna de Platão, onde nossas sombras têm mais importância que o nosso ser e as nossas imagens que a existência real.


Frei Betto é escritor, autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros.


Via Correio da Cidadania

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Seja um doador de medula óssea!





Brasil - Feminicídio ao vivo: o que nos clama Eloá

20.10.08 - Site Adital


Maria Dolores de Brito Mota e Maria da Penha Maia Fernandes *

Adital -
Tudo o que o Brasil acompanhou com pesar no drama de Eloá, em suas cem horas de suplício em cadeia nacional, não pode ser visto apenas como resultado de um ato desesperado de um rapaz desequilibrado por causa de uma intensa ou incontrolada paixão. É uma expressão perversa de um tipo de dominação masculina ainda fortemente cravada na cultura brasileira. No Brasil, foram os movimentos feministas que iniciaram nos anos de 1970, as denúncias, mobilização e enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres que se materializava nos crimes cometidos por homens contra suas parceiras amorosas. Naquele período ainda estava em vigor o instituto da defesa da honra, e desenvolveram-se ações de movimentos feministas e democráticos pela punição aos assassinos de mulheres. A alegação da defesa da honra era então justificativa para muitos crimes contra mulheres, mas no contexto de reorganização social para a conquista da democracia no país e do surgimento de movimentos feministas, este tema vai emergir como questão pública, política, a ser enfrentada pela sociedade por ferir a cidadania e os direitos humanos das mulheres. O assassinato de Ângela Diniz, em dezembro de 1976, por seu namorado Doca Street, foi o acontecimento desencadeador de uma reação generalizada contra a absolvição do criminoso em primeira instância, sob alegação de que o crime foi uma reação pela defesa "honra". Na verdade, as circunstâncias mostravam um crime bárbaro motivado pela determinação da vítima em acabar com o relacionamento amoroso, e a inconformidade do assassino com este fim. Essa decisão da justiça revoltou parcelas significativas da sociedade cuja pressão levou a um novo julgamento em 1979 que condenou o assassino. Outro crime emblemático foi o assassinato de Eliane de Grammont pelo seu ex-marido Lindomar Castilho em março de 1981. Crimes que motivaram a campanha "quem ama não mata".
Agora, após três décadas, o Brasil assistiu ao vivo, testemunhando, o assassinato de uma adolescente de 15 anos por um ex-namorado inconformado com o fim do relacionamento. Um relacionamento que ele mesmo tomou a iniciativa de acabar por ciúmes, e que Eloá não quis reatar. O assassino, durante 100 horas manteve Eloá e uma amiga em cárcere privado, bateu na vitima, acusou, expôs, coagiu e por fim martirizou o seu corpo com um tiro na virilha, local de representação da identidade sexual, e na cabeça, local de representação da identidade individual. Um crime em que não apenas a vida de um corpo foi assassinada, mas o significado que carrega - o feminino. Um crime do patriarcado que se sustenta no controle do corpo, da vontade e da capacidade punitiva sobre as mulheres pelos homens. O feminicídio é um crime de ódio, realizado sempre com crueldade, como o "extremo de um continuum de terror anti-feminino", incluindo várias formas de violência como sofreu Eloá, xingamentos, desconfiança, acusações, agressões físicas, até alcançar o nível da morte pública. O que o seu assassino quis mostrar a todas/os nós? Que como homem tinha o controle do corpo de Eloá e que como homem lhe era superior? Ao perceber Eloá como sujeito autônomo, sentiu-se traído, no que atribuía a ela como mulher (a submissão ao seu desejo), e no que atribuía a si como homem (o poder sobre ela - base de sua virilidade). Assim o feminicídio é um crime de poder, é um crime político. Juridicamente é um crime hediondo, triplamente qualificado: motivo fútil, sem condições de defesa da vítima, premeditado.

Se antes esses crimes aconteciam nas alcovas, nos silêncios das madrugadas, estão agora acontecendo em espaços públicos, shoppings, estabelecimentos comerciais, e agora na mídia. Para Laura Segato [1] é necessário retirar os crimes contra mulheres da classificação de homicídios, nomeando-os de feminicídio e demarcar frente aos meios de comunicação esse universo dos crimes do patriarcado. Esse é o caminho para os estudos e as ações de denúncia e de enfrentamento para as formas de violência de gênero contra as mulheres.

Muita coisa já se avançou no Brasil na direção da garantia dos direitos humanos das mulheres e da equidade de gênero, como a criação das Delegacias de Apoio às Mulheres - DEAMs, que hoje somam 339 no país, o surgimento de 71 casas abrigo, além de inúmeros núcleos e centros de apoio que prestam atendimento e orientação às mulheres vítimas, realizando trabalho de denúncia e conscientização social para o combate e prevenção dessa violência, além de um trabalho de apoio psicológico e resgate pessoal das vítimas. Também ocorreram mudanças no Código Penal como a retirada do termo "mulher honesta" e a adoção da pena de prisão para agressores de mulheres, em substituição às cestas básicas. A criação da Lei 11.340, a Lei Maria da Penha, para o enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres.

Mas, ainda assim, as violências e o feminicídio continuam a acontecer. Vejamos o exemplo do Estado do Ceará: em 2007, 116 mulheres foram vítimas de assassinato no Ceará; em 2006, 135 casos foram registrados; em 2005, 118 mortes e em 2004, mais 105 casos [2]. As mulheres estão num caminho de construção de direitos e de autonomia, mas a instituição do patriarcado continua a persistir como forma de estruturação de sujeitos. É preciso que toda a sociedade se mobilize para desmontar os valores e as práticas que sustentam essa dominação masculina, transformando mentalidades, desmontando as estruturas profundas que persistem no imaginário social apesar das mudanças que já praticamos na realidade cotidiana. O comandante da ação policial de resgate de Eloá declarou que não atirou no agressor por se tratar de "um jovem em crise amorosa", num reconhecimento ao seu sofrer. E o sofrer de Eloá? Por que não foi compreendida empaticamente a sua angústia e sua vontade (e direito) de ser livremente feliz?

Notas:

[1] SEGATO, Rita Laura. Que és um feminicídio. Notas para um debate emergente. Serie Antropologia, N. 401. Brasília: UNB, 2006.
[2] Dados disponíveis em: http://www.patriciagalvao.org.br/apc-aa-patriciagalvao/home/noticias.shtml?x=1076

* Ma. Dolores: Socióloga, professora da Universidade Federal do Ceará / Maria da Penha: Inspiradora do nome da Lei Federal 11340/2006. Colaboradora de Honra da Coordenadoria de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Mulheres


Via Adital

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O doce sabor da vida



A beleza da Natureza revela-se em poesia
ao olhar atento e sensível do pesquisador.
Dessa forma, Ciência e Arte confluem para a Educação
integral e efetiva do Homem desperto para a vida.





Expositores:

Lucia Maria Paleari
Michele Furlan
Henrique Santos Gonçalves


Local e data:

Mezanino da Biblioteca, de 20 a 25 de Outubro de 2008.



XL TURMA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA
(UNESP, BOTUCATU)


FORMANDOS 2008

FAPESP 08/52134-2


sábado, 18 de outubro de 2008

Só sei chorar em português



Naiara, à esquerda. E Eloá.
Nessa semana recebi um e-mail de uma amiga muito querida, que está morando fora do Brasil. Há dois anos. Me emocionei profundamente com as palavras dela. Longe de casa, longe da língua, longe, enfim.

Outras pessoas muito queridas que lêem esse blog estão também fora do Brasil. E sempre que penso nelas, sinto um aperto dentro do peito, uma sensação de desamparo. Uma sensação de desamparo que pode ser minha, não delas. É que jamais concebi a minha vida fora do Brasil. Jamais. Fugi de tudo que me levasse para fora daqui. Não me imagino chorando em francês, nem em inglês, alemão, espanhol... Não me imagino, simplesmente. Nem de viajar eu gosto. Só viajo quando se faz extremamente necessário. Mesmo assim, relutando.

O porquê de tudo isso: é que nesta semana, desde segunda-feira, estava acontecendo um seqüestro em Santo André, aqui no Estado de São Paulo, um seqüestro que teve um final muito trágico, dramático. E eu evitei, conscientemente, falar sobre o assunto, como se não quisesse preocupar as pessoas que estão fora, como se quisesse protegê-las.

Mas ao ler as notícias hoje pela manhã, e me deparar com a foto da Naiara (15 anos) e da Eloá (15 anos), me senti compelida a falar sobre o assunto.

Adolescentes estudavam. O ex-namorado de uma das adolescentes, armado, invadiu o apartamento onde o grupo estava e, depois de muita confusão, manteve a ex-namorada, Eloá, e a amiga, Naiara, reféns. Naiara foi libertada. Horas depois, Naiara volta – é isso mesmo: volta! -, e é recapturada pelo seqüestrador. Mais de 100 horas se passaram. A polícia invade o apartamento. As garotas foram baleadas, e o ex-namorado preso. As duas foram levadas para o hospital, Eloá em estado gravíssimo. Chegaram até noticiar a morte dela.

Nesse país se mata por qualquer coisa: por uma par de tênis, por uma bicicleta, por uma briguinha banal no trânsito - e fora dele -, por ciúmes, por ódio, por excesso de amor, por falta de amor, por, por, por. Aqui o assassinato, como saída para qualquer conflito, parece ter sido institucionalizado.

Nos olhos, nos sorrisos dessas duas garotas, o futuro.

E eu que só sei chorar em português...

Me belisca que eu tô sonhando!

17.10.08 - LIBERATINEWS






Via LIBERATINEWS

Mundo tem que abandonar obsessão por crescimento, diz revista

17 de outubro, 2008 - do Site BBC Brasil

Em plena crise global, com governos e mercados preocupados com uma possível recessão mundial, a revista especializada britânica New Scientist foi às bancas nesta semana com uma capa na qual defende que a busca por crescimento econômico está matando o planeta e precisa ser revista.

Em uma série de entrevistas e artigos de especialistas em desenvolvimento sustentável, a revista pinta um quadro em que todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto nosso sistema econômico continuar em busca de crescimento.

“A Ciência nos diz que se for para levarmos a sério as tentativas de salvar o planeta, temos que remodelar nossa economia”, afirma a revista.

Segundo analistas consultados pela publicação, o grande problema na equação do crescimento econômico está no fato de que, enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados. Veja a matéria completa.

Via BBC Brasil

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Depressão



"Depressão hoje é o diagnóstico psiquiátrico mais realizado em todo o mundo. Os antidepressivos disputam os primeiros lugares entre os remédios mais vendidos em todo mundo. Há uma proliferação do uso da palavra depressão para explicar estados de alma, como tristeza, tédio ou desânimo. Até o início dos anos 60, o diagnóstico de depressão era dado apenas por psiquiatras. A partir daí, e cada vez mais, passou a ser um diagnóstico dado por outras especialidades clínicas, e até por profissionais não-médicos. Naquele momento, havia uma conotação pejorativa, que se perdeu hoje em dia. As pessoas falam abertamente. Esse é um processo complexo, multifacetado, com vários vetores que se articulam, e que começa com o surgimento da indústria farmacêutica, passa pela transformação nos critérios do diagnóstico e chega na medicalização da vida cotidiana. Sono, comida, sexo, corpo, tudo está medicalizado, num intenso processo de fortalecimento do cientificismo ideológico. O discurso da ciência não tem contestação. Ao lado do mercado, a outra grande agência totalizante, forma-se um movimento tentacular que dá a impressão de que depressão está na moda." Do psicanalista Benilton Bezerra Jr., na entrevista concedida à jornalista Carla Rodrigues.
A entrevista completa pode ser vista aqui!


Cinismo atômico: para Eletronuclear, superfaturamento é "benefício"

14 de Outubro de 2008 - Do site do Greenpeace

Flagrada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) superfaturando as obras da usina Angra 3 em R$ 469,3 milhões, a Eletronuclear se defendeu, em nota pública, afirmando que o contrato do projeto ainda não foi assinado e, portanto, não haveria irregularidade. Se a moda pega, o assaltante que abrir a bolsa de alguém na rua, e for pego no flagra, poderá alegar que não cometeu crime algum porque não chegou a pegar o dinheiro da vítima.

O cinismo é ainda maior quando a empresa alega que os R$ 469,3 milhões que deixaram de ser gastos pela ação do TCU devem ser vistos como "potenciais benefícios" na execução da obra de Angra 3. Ou seja, aquele mesmo assaltante poderia alegar que, além de não ter cometido crime, ainda merecia elogios por ter beneficiado à vítima, que acabou ficando com seu dinheiro.

"Pelo visto, a sanha da indústria nuclear no Brasil, de viabilizar seus planos a qualquer preço, não tem limites. É preciso estar atento aos mínimos detalhes para que os cofres públicos e a saúde da população brasileira não paguem o preço dessa aventura", afirma Rebeca Lerer, coordenadora da Campanha de Energia Nuclear do Greenpeace. A matéria continua.

Via site do Greenpeace

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O planeta Mercúrio





8 de Outubro de 2008


Via Site da NASA


O milagre de Dona Marta

14.10.2008 - 14h48m - Do blog do Noblat



O milagre de Dona Marta

Nunca antes na história deste país os mais destacados blogueiros haviam falado a mesma língua, defendido o mesmo ponto de vista e investido na mesma direção. Pois isso ocorreu ontem - e talvez jamais se repita. Credite-se a proeza a Marta Suplicy, candidata do PT à prefeita de São Paulo, e ao comercial de sua campanha que perguntou sobre a condição civil de Gilberto Kassab (DEM).

De Ricardo Kostcho Ricardo Kotscho, ex-porta-voz do governo Lula:

"Pensei que este tempo de levar a campanha eleitoral para a lama, quando as pesquisas mostram um cenário desfavorável, tivesse ficado para trás e nunca mais eu fosse obrigado a escrever sobre este esgoto da política que, na falta de argumentos, parte para atacar a vida pessoal do adversário.

(...) "É casado? Tem filhos?” O que quis dizer a campanha de Marta ao ficar martelando estas perguntas sobre a vida de Gilberto Kassab? Por acaso tem algum eleitor em São Paulo que não saiba que o atual prefeito candidato à reeleição é solteiro e não tem filhos?

Qual é o problema? O que isso tem a ver com a decisão dos eleitores na hora de votar para escolher o candidato ou a candidata que considerem melhor para administrar a cidade?"

De Rosane de Oliveira, colunista do jornal Zero Hora, de Porto Alegre:

"Que fim levou aquela Marta Suplicy que conhecemos defendendo as minorias? A sexóloga sem preconceitos? A mulher que fez do casamento entre homossexuais (ou união civil) uma das suas bandeira?

A perspectiva de perder a eleição no segundo turno (está 17 pontos percentuais atrás do adversário na pesquisa do Datafolha) transformou aquela Marta numa candidata que apela para o que sempre condenou: a exploração da vida pessoal do adversário. Pior, com insinuações que nada têm a ver com a capacidade de Gilberto Kassab (DEM) para administrar uma metrópole complicada como São Paulo".

De Reinaldo Azevedo na VEJA online:

"Caberia ao DEM indagar se, quando Marta namorou aquele argentino pela primeira vez, já havia rompido formalmente o casamento com Eduardo Suplicy? Eu acho que não. Eis aí. Eis o PT que diz combater preconceitos. Eis o PT de Lula, que ele diz ser alvo de discriminação.”

De Kennedy Alencar na

Kennedy Alencar na Folha Online:

"Comercial político do PT paulistano indaga se o prefeito Gilberto Kassab (DEM) é casado e se tem filhos. Ora, qual a relevância disso para quem é candidato? Qual a importância para administrar a maior cidade do país se ele é casado, solteiro, viúvo, tico-tico no fubá?”

De Gilberto Dimenstein na Folha Online:

"Não sei o que fica pior: ela [Marta] ser a responsável ou dizer que não sabia que algo tão grave iria para o ar e, depois, defender a baixaria. Só posso entender o fato pelo desespero de quem vê a eleição escorrer pelas mãos.

Ficaria muito melhor para a biografia dela (uma biografia que considero respeitável) pedir simplesmente desculpas. Se ela vencer a eleição na base desse tipo de impropriedade, pode ganhar mas, de verdade, perdeu."

De Cristiana Lobo no G1:

"Não pegou nada bem para Marta o tom de seu programa na estréia do horário eleitoral na televisão. Os eleitores de Marta usam como defesa de sua candidata exatamente aquilo que se imaginava que ela era: uma mulher moderna, de cabeça aberta, alguém que sempre frequentou as paradas gays em São Paulo, defensora do casamento entre pessoas do mesmo sexo. E, de repente, aparece outra Marta. Com insinuações sobre a sexualidade alheia".

De Josias de Souza no UOL:

“O curioso é que a própria Marta, quando trocou o senador Suplicy pelo argentino Favre, foi vítima de odiosas insinuações. Pena que o desespero momentâneo a tenha desnudado. Lamentável que o flerte com a derrota a tenha conduzido para a sarjeta eleitoral.”

De Lauro Jardim na VEJA online:

“Num programa que já virou histórico pelo grau de apelação, insinuação e baixaria, um locutor pergunta ao paulistano, tendo ao fundo uma foto de Kassab: ‘É casado? Tem filhos?’. Em seguida, aconselha: ‘Para decidir certo, é preciso conhecer bem’.

De Fábio Campana :

"Kassab é solteiro. Marta insinua. Diz que a população tem o direito de saber se ele é casado e tem filhos. Logo a Marta, sexóloga, primeira mulher a tratar do assunto abertamente na TV e sempre avessa à esse tipo de questionamento.

De Pedro Dória :

"Marta não tem o direito de fazer uma insinuação assim tão grosseira. Não ela, que tem histórico de lutar pela igualdade de direitos entre homossexuais e heterossexuais. (...) Parece dizer: às favas os princípios, o que vale é vencer.

(...) O argumento (cínico) para justificar um ataque desses é que o eleitor tem o direito de saber tudo sobre seu candidato. Mas isso não é verdade. Não é da conta do eleitor quantas vezes Marta pulou a cerca quando era casada com Eduardo, ou vice-versa. Não importa ao eleitor que jogos eróticos lhes agradavam ou desagradavam. Houve o tempo em que considerava-se que perder a virgindade dizia algo a respeito do caráter de uma mulher solteira. Pois opção sexual não diz rigorosamente nada a respeito do caráter, bom ou mau, de Gilberto Kassab."

De Daniel Piza , no site do jornal O Estadão de S. Paulo:

"Uma coisa, porém, já é extremamente lamentável nesta campanha de segundo turno: o tom pessoal da propaganda de TV petista, que entre outras coisas pergunta se Kassab é casado e tem filhos. E daí se tem ou não? Lula sofreu com a história de Miriam Cordeiro em 1989 e a própria Marta com a de Luis Favre em 2000. Que use o mesmo expediente não deixa de ser sinal dos maus tempos".

De Guilherme Fiuza no site da revista ÉPOCA:

"A sexóloga está insinuando que o prefeito de São Paulo é gay. Faz isso no mesmo discurso em que o acusa de ligação com Celso Pitta, processado por corrupção. Para a Marta de hoje, homossexualismo e desonestidade estão do mesmo lado.

A vida é assim, as pessoas mudam seus credos. Não há mal nenhum nisso.

Mas o esclarecimento é importante. Na próxima vez que Marta recomendar a você que relaxe e goze, não vá interpretando ao pé da letra. Confira primeiro a sua situação conjugal."

Via Blog do Noblat


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pivô de crise na Física da USP assinou artigo com plágio



JC e-mail 3618, de 13 de Outubro de 2008.
6. Pivô de crise na Física da USP assinou artigo com plágio

Mahir Hussein reconhece cópia, que diz ser de responsabilidade de co-autores cubanos

Rafael Garcia escreve para a “Folha de SP”:

O físico Mahir Hussein, professor da USP que teve artigos plagiados por um grupo que incluía colegas seus do Instituto de Física, também assinou um trabalho com trechos copiados.

Alvo de uma sindicância aberta no instituto para apurar o novo caso, Hussein disse à Folha que reconhece haver cópia no trabalho, publicado em 1999 na revista "Physical Review C". Mas diz que as passagens plagiadas foram redigidas por outros autores do estudo.

Iraquiano naturalizado brasileiro, Hussein foi o pivô da controvérsia que envolveu os físicos Alejandro Szanto de Toledo, diretor do Instituto de Física, e Nelson Carlin Filho. Os dois assinaram um estudo com trechos copiados de um artigo de Hussein e foram punidos em setembro pela Reitoria da USP com uma advertência. Depois disso, Carlin, que era vice-diretor da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), demitiu-se do cargo.

Hussein reconheceu que também há plágio em seu trabalho, escrito em parceria com o físico Arthur Kerman, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos EUA, e outros colaboradores.

"O artigo foi escrito por várias pessoas e, infelizmente, a parte que nem eu nem o professor Kerman escrevemos fugiu do nosso controle; foi realmente plagiada de outros artigos", disse Hussein. "Isso não quer dizer que eu não assuma a responsabilidade. Considero o caso do meu artigo extremamente sério e preciso resolver isso o mais rápido possível."

Umatroca de e-mails obtida pela Folha revela que o próprio Hussein já entrou em contato a "Physical Review C" e está negociando a anulação do artigo. Os quatro trabalhos copiados desta vez eram em sua maior parte assinados por físicos nucleares russos.

Até os cubanos

Hussein diz que já falou com alguns dos outros autores do trabalho para apurar o caso, mas não conseguiu localizar dois deles -Fernando Guzmán e Oscar Rodríguez, do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Nucleares, de Havana. "Quase com certeza absoluta foram os cubanos que fizeram isso, e passou despercebido por mim", diz o físico da USP.

A reportagem não conseguiu localizar Guzmán e Rodríguez. Seus e-mails não funcionam, o site do instituto está desativado e ninguém atendia ao telefone da entidade na sexta-feira.

Os trechos plagiados no artigo de Hussein foram revelados ainda no ano passado por Szanto, que encaminhou um documento à reitoria da USP "para averiguação e abertura de sindicância, se couber". O diretor do Instituto de Física, que nunca admitiu ter plagiado Hussein, diz no documento que o iraquiano, "por engano, deve ter se esquecido de referenciar" o trabalho copiado.

"Retaliação"

"É evidente que isso foi uma coisa feita por ele [Szanto] como um ato de retaliação, para dizer que não é só ele quem faz isso", diz Hussein. Recém-aposentado, ele também trava uma disputa burocrática contra a diretoria do IF (Instituto de Física) para conseguir uma sala onde possa permanecer na USP como professor colaborador.

Um grupo de colegas de Hussein tem saído em sua defesa, acusando Szanto de tentar intimidar outros físicos do IF para abafar o caso. Ouvidos pela Folha, porém, alguns desses docentes reconhecem que o novo caso requer apuração com o mesmo rigor.

Desde abril de 2007, quando o primeiro artigo plagiado foi revelado, o IF está em crise política. Trocas de acusações têm sido relatadas em documentos à reitoria, e professores do grupo que se opõe a Szanto já receberam advertências éticas por sugerirem que o diretor pratique assédio moral. Eles pedem sua demissão da diretoria do IF e do conselho curativo da Fuvest, do qual é membro.

Szanto nega responsabilidade pelo plágio. Em 2007, disse que a motivação das denúncias era política, mas não deu mais entrevistas depois disso.
(Folha de SP, 13/10)

Via Jornal da Ciência


Veja também:
É proibido colar

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vítimas do fogo em zona de floresta

Monitor
12/10/2008, 22:47

Um incêndio criminoso no entorno de parque estadual no Espírito Santo queima 30 hectares de vegetação nativa e vitima tamanduás e pacas, como mostra vídeo. As imagens são chocantes.

Via O ECO


O que dá pra rir dá pra chorar



A frase que intitula este post foi imortalizada em Canto Chorado (1968), pelo grande compositor brasileiro Billy Blanco , nascido William Blanco Abrunhosa Trindade. Muitos, com certeza, se lembram dessa música. Procurei no youtube para colocá-la aqui, não encontrei.

Mas que dá, dá! Dá mesmo: pra rir e pra chorar. O quê? O conteúdo da mensagem que recebi há um certo tempo, e que agora faço questão de compartilhar com vocês.

Aff!!!! Fala sério!!!

Não chequei, mas as frases devem ser, sim, verdadeiras. Querem ver? Querem ver as pérolas que alicerçaram as nossas psiques, as nossas vidas? Então, vamos lá! Copiado e colocado do jeito que recebi:


O que se publicava nas revistas femininas

- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças, 1957)

- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto. (Revista Claudia, 1962)

- A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa. (Jornal das Moças, 1945)

- A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos. (Jornal das Moças, 1959)

- A esposa deve vestir-se depois de casada com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa. (Jornal das Moças, 1955)

- Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa. (Jornal das Moças, 1957)

- A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara. (Revista Claudia, 1962)

- Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. ( Revista Querida, 1954)

- O noivado longo é um perigo. (Revista Querida, 1953)

- É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal da Moças, 1957)

- O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.(Revista Querida, 1955)


domingo, 12 de outubro de 2008

Joselito



Joselito


Aproveite o dia de hoje e beije, por mim,
a criança que você abriga dentro do peito.





sábado, 11 de outubro de 2008

É proibido colar



JC e-mail 3617, de 10 de Outubro de 2008.
6. É proibido colar

Escândalo de professores da USP envolvidos em caso de plágio mobiliza intelectuais, que defendem ética em pesquisa e temem pelo futuro da produção acadêmica

Carla Rodrigues escreve para o “Valor Econômico”:

Primeiro, a boa notícia: o porcentual de participação da América Latina no total de publicações científicas quase dobrou nos últimos anos. Saiu de 1,8% entre 1991 e 1995 para 3,4% de 1999 a 2003, segundo a Unesco.

Agora, a má notícia. No rastro desse crescimento, surgiu outro fenômeno do qual a comunidade científica tem menos razões para se orgulhar: o plágio intelectual, que há tempos se configura como um problema para grandes universidades no exterior e acaba de causar estragos na Universidade de São Paulo (USP).

Na segunda-feira, o Conselho Curador da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) aceitou o pedido de demissão, feito "em caráter irrevogável", do professor Nelson Carlin, que até então era seu vice-diretor. Denunciado por fraude intelectual, ele recebeu uma moção de censura da reitoria, insuficiente para aplacar os problemas causados pelo episódio.

Só no ano passado, o Escritório de Integridade em Pesquisa (ORI) dos Estados Unidos recebeu 217 denúncias de plágio, abriu 14 investigações, encerrou 28 inquéritos - dos quais 10 registraram má conduta em pesquisa - e puniu 7 pesquisadores com medidas que incluem suspensão de financiamento e cassação de registro. Por falta de um organismo que cuide da questão no Brasil, não é possível contabilizar os casos de má conduta e medir o estado da integridade da pesquisa no país.

Por aqui, são situações exemplares que fazem barulho, como o caso envolvendo Carlin. O escândalo começou no Instituto de Física da USP, no ano passado, quando o professor Mahir Hussein acusou Carlin de ter copiado extensas partes de seus textos em artigo publicado no volume 75 da revista "Physical Review C".

Além da acusação de cópia, uma contagem de palavras indica que menos de 23% do artigo publicado é original. A apuração foi encerrada com o pedido de demissão de Carlin depois de um comunicado da reitoria que reconhecia o plágio e aplicava a moção de censura aos autores.

Diz o documento: "Embora os trabalhos científicos que foram objeto da investigação contenham pesquisa original, houve um desvio ético na redação dos mesmos por uma inaceitável falta de zelo na preparação dos artigos publicados. Isso resultou na consignação, pela comissão, de uma moção de censura ética aos autores, pela não-observância dos preceitos éticos da Universidade."

A moção de censura, distribuída por escrito ao corpo docente da USP, não foi exatamente bem recebida. Primeiro, por ter sido precedida de um comunicado oficial que pretendia manter silêncio sobre o caso. Depois, porque, desde que divulgada, os protestos contra o tratamento brando aos acusados de plágio se multiplicaram. Artigo do colunista da "Folha de S.Paulo" Marcelo Leite exigia da reitoria da USP uma "explicação completa do caso".

Embora o esclarecimento não tenha vindo, na trilha do texto de Leite houve numerosos protestos que fizeram eco à indignação do jornalista, ele mesmo ex-aluno da USP. Questões como o futuro da produção acadêmica no Instituto de Física e na universidade, a prática do autoplágio, os riscos de desmoralização do vestibular, já que Carlin era vice-reitor da Fuvest, e a importância de uma cultura que puna iniciativas de fraudes nos artigos científicos foram alguns dos pontos em discussão. Veja a matéria completa

(Valor Econômico, 10/10)

Via Jornal da Ciência

Veja também:

1) No site Post Express: “Vegonha na USP”, de Marcelo Leite
2) No blog da Regina Volpato: Geração “copia e cola”




Cartola: 100 anos!



Peito vazio / O sol nascerá - Programa Ensaio 1974


Veja também no Portal do Estadão: Os 100 anos de Cartola, o gênio do samba



Ibama permitiu madeireira dentro de assentamento

DEU NA FOLHA DE SÃO PAULO


De Eduardo Scolese:

Autor da lista que apontou os cem maiores desmatadores do país, o Ibama avalizou a presença de uma madeireira dentro do assentamento do Incra que lidera o polêmico ranking.

A Folha teve acesso ao certificado de regularidade emitido pelo instituto à madeireira Mascarello, com sede na agrovila do assentamento Nova Fronteira, em Tabaporã (MT).

Esse documento é um dos papéis obrigatórios usados pela empresa na busca de licenças no órgão ambiental do Estado -a Secretaria do Meio Ambiente. O documento do Ibama identifica a madeireira no endereço do assentamento Nova Fronteira, no norte do Estado, e trata como ativa a sua situação cadastral no órgão federal.

Com esse aval do Ibama, a madeireira obteve três licenças: prévia, de instalação e de operação. Todas emitidas em abril e válidas até o mesmo mês de 2011. Nessas licenças, a atividade principal da madeireira é descrita como "serraria com desdobramento de madeira". Assinante do jornal leia mais em: Ibama permitiu madeireira dentro de assentamento

Via Blog do Noblat

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Uma tragédia do tamanho do mar



Pesca de atum no Mediterrâneo.
Barcos italianos capturam 5 vezes mais
que a cota da UE, denuncia o WWF.
(Foto: Sarah Bladden/WWF)



Gustavo Faleiros

08/10/2008, 16:04

Há uma teoria bem conhecida entre ambientalistas e acadêmicos. Ela se chama ‘A Tragédia dos Comuns’. Foi concebida no fim da década de 60 pelo sociólogo americano Garrett Hardin, para descrever qual era o comportamento padrão do ser humano em relação ao meio ambiente: sem controle, empresas e comunidades iriam extrair recursos naturais até que eles acabassem. O lucro beneficiaria poucos, o prejuízo seria de todos.

Nesta semana, quando milhares de cientistas e autoridades estão reunidos em Barcelona no Congresso Mundial de Conservação da IUCN, surgem informações contundentes de que uma tragédia exatamente nos moldes descritos por Hardin está se concretizando nos oceanos do mundo. Cientistas alertaram, durante a reunião, que alguns ecossistemas marinhos perderam sua resiliência. Ou seja, por conta de poluição e super-exploração pesqueira, regiões inteiras nos mares e oceanos não conseguem mais recuperar um nível saudável de biodiversidade. A matéria continua.

Via O ECO

Governo cede a ruralistas e muda lei ambiental

DEU EM O GLOBO

De Bernardo Mello Franco:

Depois de fazer diversas reuniões com parlamentares da bancada ruralista, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, entrega hoje à Casa Civil uma proposta que afrouxa as punições contra desmatadores. Pressionado, ele aceitou alterar ou revogar artigos do decreto que assinou no fim de julho, com o presidente Lula, para endurecer a Lei de Crimes Ambientais.

O anúncio foi feito ontem na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. Na mesma reunião, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez duras críticas à legislação ambiental do país, e disse que, se todas as regras atuais forem respeitadas, "é melhor fechar o Brasil".

Stephanes disse ainda que levará mais 30 dias para divulgar o novo zoneamento da cana-de-açúcar para a produção de etanol. Ele admitiu que o projeto ainda está parado por causa da polêmica sobre o plantio na Bacia do Alto Paraguai, cujos rios deságuam no Pantanal. Leia mais em O Globo

De Ailton de Freitas:

No primeiro encontro público depois da troca de críticas pela imprensa, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foi interpelado pela antecessora, senadora Marina Silva (PT-AC). Em clima de constrangimento, a ex-ministra fez, diante das câmeras, uma veemente defesa da atual lei ambiental, enquanto Minc anunciava mudanças para flexibilizar o decreto que pune quem desmata na Amazônia.

Na saída da reunião no Senado, um diálogo ríspido mostrou que os dois andam às turras. Sem perceber que era observada, Marina cobrou explicações de Minc sobre declarações que julgou desrespeitosas à sua gestão.

Minc disse a Marina que houve um envenenamento de suas declarações sobre a lista que colocou assentamentos do Incra entre os maiores desmatadores da Amazônia. Na ocasião, Minc fez as críticas dizendo ter anunciado sem ler uma relação feita por Marina. Ela respondeu secamente:

— Sou muito cuidadosa com o que eu falo. Leia mais em O Globo

Via Blog do Noblat

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A América Latina arde em chamas

24/09/2008, 08:51



A imagem acima foi montada no Google Earth com camadas feitas pela Universidade de Maryland a partir de dados dos satélite Terra e Aqua (NASA) captados pelo sensor Modis. Os focos de calor foram registrados nos últimos sete dias. Os polígonos brancos no Brasil são as unidades de conservação. Pode-se notar como na Amazônia as queimadas estão sempre muito próximas, quando não dentro, das áreas protegidas. Os estados com maior incidência de focos de calor são Rondônia e Pará. É interessante também observar como os países vizinhos principalmente, Bolívia, Argentina e Paraguai também tiveram grande quantidade de queimadas. (G Faleiros)

Você pode saber mais sobre o tipo de vegetação queimada e os municípios afetados pelo fogo no Sistema de Monitoramento de Queimadas do INPE.

Fonte O ECO, na página MONITOR.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Madeireira ilegal funciona dentro de terras do Incra

Entre os seis piores desmatamentos do Brasil, seis estão em áreas sob a responsabilidade do próprio Governo Federal.


Fantástico/05.10.2008



Via Site do Fantástico

Tatus arqueólogos rendem Ig Nobel a cientista da USP



JC e-mail 3612, de 03 de Outubro de 2008.
12. Tatus arqueólogos rendem Ig Nobel a cientista da USP

Astolfo Araújo é o primeiro brasileiro a ganhar o Nobel da pesquisa esdrúxula

Claudio Angelo escreve para a “Folha de SP”:

Demorou, mas aconteceu. Pela primeira vez na história deste país, brasileiros foram agraciados com o Ig Nobel, o Nobel da pesquisa esdrúxula, dado a estudos que "fazem você rir e depois pensar".

A honra coube ao arqueólogo Astolfo Araújo, da USP, e seu colega José Carlos Marcelino, do Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, "por demostrarem que tatus são capazes de bagunçar sítios arqueológicos". Por incrível que pareça, o estudo é sério.

Em 2003, Araújo e Marcelino publicaram no periódico "Geoarchaeology" um estudo experimental que mostrava como o tatupeba (Euphractus sexicintus), ao cavar seus túneis, consegue misturar camadas de terra diferentes.

Isso num sítio arqueológico é um potencial problemão, já que nesse processo uma peça arqueológica depositada mais no fundo (e, portanto, há mais tempo) pode ser deslocada para camadas mais jovens do sítio e vice-versa, potencialmente induzindo o arqueólogo a erro.

A notícia sobre o estudo foi publicada na Folha em maio de 2003, e fez este jornalista nomear Araújo como candidato ao Ig Nobel ao humorista americano Marc Abrahams, editor da revista "Anais da Pesquisa Improvável" e organizador do laurel de gozação. Abrahams andava reclamando da falta de candidatos brasileiros. Como no Nobel de verdade, entre a indicação e a premiação às vezes se passam alguns anos.

"Para mim é uma honra", disse Araújo, que desconfiou quando recebeu um e-mail de Abrahams dizendo que queria "discutir o trabalho". O pesquisador, no entanto, se declarou surpreso com a premiação.

"Dentro desse ramo de arqueologia experimental, o que a gente fez não é de outro mundo", contou. Ele lista experimentos como o de um grupo argentino que enterrou cachorros sob tonéis de concreto para ver como o peso dos sedimentos agia sobre os esqueletos. Ou o de um arqueólogo americano, que lascava pedras com as próprias mãos e depois usava as lascas para cortar carne de elefante. A idéia era observar o desgaste do gume.

Mas ele não desdenha do potencial humorístico do próprio trabalho -feito no Zôo de São Paulo, dentro da jaula do tatu e sob o olhar atento de dezenas de crianças. "Os bastidores foram a parte mais divertida."

Entre os outros laureados, que receberam o prêmio ontem numa concorrida cerimônia no Teatro Sanders da Universidade Harvard (EUA), está Deborah Anderson, professora de ginecologia da Escola de Medicina da Universidade de Boston. Em 1985, num estudo no "New England Journal of Medicine", ela mostrou que não só a Coca-Cola tem efeito espermicida como a Coca Diet parece funcionar melhor ainda. Um grupo de médicos de Taiwan divide com ela o prêmio, por mostrar que refrigerantes não são contraceptivos.

A porta-voz da Coca-Cola não comentou a premiação.

O psicólogo Geoffrey Miller, da Universidade do Novo México, levou na categoria Economia por um estudo publicado em novembro passado na revista "Evolution and Human Behavior". Nele, usando dados de 18 voluntárias, ele mostrou que dançarinas de striptease ganham mais dinheiro no pico de seu período fértil.

Araújo só lamenta não poder ter comparecido à premiação, em Cambridge, EUA. "Torrei todo meu dinheiro de bolsa [em viagens acadêmicas]. Como é que eu pediria dinheiro à Fapesp para ir ao Ig Nobel?"
(Folha de SP, 3/10)

Via Jornal da Ciência

sábado, 4 de outubro de 2008

A importância da sociedade internacional na tutela jurídica da dignidade da mulher



Renato Toller Bray - Canal Rio Claro - SP - 30/08/08


A violência contra a mulher é um tema que interessa ao Estado, à sociedade internacional e à sociedade civil articulada. Por isso, os atores mencionados, ao lado do Poder Público, em parceria, devem instituir mecanismos de proteção jurídica na tentativa de estabelecer penas aos que agridem a dignidade da mulher. A pena deve ser justa, sua imposição deve ser inevitável em detrimento da maioria.

A vergonha, a humilhação e a dor física são situações de sofrimento que as mulheres sentem em decorrência dos atos de violência, sendo certo que, na maioria das vezes, os agressores ingerem bebidas alcoólicas, agem movidos pelo ciúme, além de fazerem o uso de substâncias entorpecentes, os quais são apontados pelos estudiosos e especialistas no assunto, como fatores que desencadeiam as desavenças familiares; entre os principais agressores, no ambiente familiar, convém apontar: os maridos, namorados, pais, irmãos, companheiros, chefes, etc. A maioria dos agressores justifica suas ações com base em escusas machistas, pois ainda acredita na sua força de dominação e entende que possui o direito impor sua vontade.

Diante desse fato, a Lei nº. 11.340/06 representa um avanço muito salutar ao considerar que a sua aplicação possibilita penalidades mais rigorosas para o agressor, pois o resultado será a detenção imediata, a estipulação de um alto valor para a fiança e, ainda, facilita o acesso do agressor aos meios de recuperação e tratamento, independentemente de qualquer orientação e expressão sexual das pessoas envolvidas. A boa notícia é que a lei mencionada pode ser aplicada a qualquer momento pelas autoridades, desde que o agressor se enquadre nas hipóteses legais previstas.

Ressaltamos que, para mobilizar as autoridades na criação de um diploma legal de proteção à dignidade da mulher, Maria da Penha, durante duas décadas, fez de sua tragédia pessoal uma bandeira de luta, já que se envolveu num incidente que a tornou paraplégica, após ter sido atingida nas costas por um projétil disparado por seu marido, enquanto ela dormia. Convém ainda registrar que houve uma segunda tentativa de homicídio: o marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro. Na luta pela consagração de seu direito, Maria da Penha precisou recorrer à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, que denunciou o Brasil por omissão, tolerância e impunidade contra as mulheres brasileiras violentadas, com fundamento na "Convenção de Belém do Pará", ratificada pelo Brasil em 1995. Tal diploma internacional é importante em sede regional, pois considera que o reconhecimento e o respeito irrestrito de todos os direitos da mulher são condições indispensáveis para seu desenvolvimento individual e para a criação de uma sociedade mais justa, solidária e pacífica. Ademais, no preâmbulo, o texto salienta que a violência em que vivem muitas mulheres da América, sem distinção de raça, classe, religião, idade ou qualquer outra condição, é uma situação generalizada. A necessidade de dotar o Sistema Interamericano de um Instrumento Internacional que contribua para solucionar o problema da violência contra a mulher igualmente é objeto de preocupação dos Estados signatários da Convenção.

Os direitos humanos das mulheres foram se consolidando, gradativamente, e a sua conquista tornou-se um instrumento de ordem e tutela jurídica com base nos princípios da universalidade e indivisibilidade. A construção dos princípios dependeu, de certa forma, das pressões dos movimentos articulados de mulheres vítimas de violência, tanto no plano nacional, como no internacional. Entendemos que o direito nasce das lutas e das reivindicações sociais, pois acreditamos na defesa jurídica sustentada por Rudolf Von Ihering, autor da obra "A luta pelo direito".

Quanto ao papel do Estado, é de sua responsabilidade programar ações eficientes de forma a prevenir, punir e erradicar as diversas modalidades suscetíveis de violência por meio de Políticas Públicas, com vistas à superação dessa deficiência e torpeza. Portanto, sem democracia e participação conjunta dos setores mais relevantes da sociedade civil brasileira, que atuam na defesa da proteção da dignidade das mulheres, dificilmente se obterá conquistas e avanços na área em questão, o que também depende da ação da sociedade internacional, pois é fato que a Lei Maria da Penha, para sua criação, não só dependeu de lutas reivindicatórias no plano interno, mas sobretudo deve-se muito à força das Convenções Internacionais e das pressões exercidas pela sociedade internacional.

Bray, Renato Toller - Professor de Direito Internacional com atuação docente no IMESB - Bebedouro - SP.

Gabriel, Victor Fabricio - Graduando em Direito no IMESB (Bebedouro-SP). Co-autor do artigo.

--- Publicado pelo Canal Rio Claro (SP), 30/08/08.

Via Instituto Patrícia Galvão

Desmate de assentados na Amazônia equivale a 9,5%

DEU NA FOLHA DE S. PAULO

De Marta Salomon:

Líderes da polêmica lista de maiores desmatadores da Amazônia, os assentamentos de reforma agrária foram responsáveis pelo abate de cerca de uma a cada dez árvores cortadas na floresta nos últimos 12 meses. O levantamento foi feito com base em imagens captadas por satélites entre agosto do ano passado e julho deste ano, o mesmo período de coleta da taxa de desmatamento oficial do ano, que deverá ser divulgada em novembro.

As imagens foram analisadas mês a mês pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e não registram desmatamentos de áreas menores do que 12,5 hectares, o equivalente a aproximadamente 17 campos de futebol. Consideradas as áreas maiores, os assentamentos contribuíram, em 12 meses, com o desaparecimento de uma área de floresta equivalente à terça parte da cidade de São Paulo ou 9,5% do total do período.

De acordo com as imagens analisadas pelo Imazon, mais de 80% do desmatamento ocorrido no período está concentrado em propriedades privadas e terras da União ocupadas por posseiros ou grileiros. O restante da devastação - aproximadamente 12% do total - ocorreu em unidades de conservação e em terras indígenas, teoricamente protegidas da ação das motosserras. Assinante do jornal leia mais em: Desmate de assentados na Amazônia equivale a 9,5%

Via Blog do Noblat

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Um inferno na Terra para as Mulheres



Queridos,
ontem, no Sixty Minutes, vi um documentário que me deixou arrasada. Na República Democrática do Congo, milhares e milhares de mulheres têm sido sistematicamente agredidas, estupradas, escravizadas. Seus órgãos genitais dilacerados por facas, garrafas... Atiram em seus órgãos genitais. Muitas, um sem-número delas, não controlam mais os esfíncteres. É inadmissível! Um horror! É a barbárie institucionalizada!

O primeiro filminho, abaixo, foi o que vi ontem na tevê. O segundo, encontrei no youtube. Ambos estão em inglês.
Sobre o assunto, encontrei um texto muito bom. Em inglês também. Aqui, vocês poderão ler o mesmo texto já traduzido automaticamente. A tradução não é lá muito boa, mas quebra um bom galho.

E eu que pensei postar hoje algo suave...