quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A tal da sustentabiliadade, por Fernando Fernandez

Via O ECO

Fernando Fernandez
14/11/2008, 08:00

Nem sempre assim é, mesmo se lhe parece.
Parafraseando William Shakespeare, em “As you like it”



Não, não adianta: você não pode escapar de ler ou ouvir a palavra “sustentabilidade”, ainda hoje, em algum lugar.

Poucas palavras, hoje em dia, estão tão na moda quanto sustentabilidade. Ela é repetida à exaustão - seja nos jornais, na TV ou na internet; seja nos discursos dos políticos ou nos anúncios das mais variadas empresas. Pode-se dizer que “sustentabilidade” é quase um mantra dos nossos tempos pós-modernos.

Podemos traçar a origem da popularidade da palavra “sustentabilidade” ao conceito de “desenvolvimento sustentável”, definido formalmente pela primeira vez no Relatório Brundtland em 1987 como “desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias”. Esse conceito tornou-se imensamente popular nas últimas décadas, como a panacéia que permitiria conciliar o desenvolvimento com a necessidade cada vez mais óbvia de não destruir a própria base de recursos da qual o desenvolvimento dependia. A palavra sustentabilidade, embutida no conceito, tomou então conta da mídia. Toda hora fala-se que esse ou aquele recurso natural está sendo explorado de forma sustentável.

À primeira vista podemos pensar que isso é ótimo. Devemos então estar cercados de práticas de exploração sustentável de recursos naturais, permitindo manter os tais recursos para as gerações futuras. Ah, sim, claro, conservando a natureza também.

Será?
A matéria continua.

Via O ECO